Fanfics Brasil - Sangue Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Sangue

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Sangue. Sangue nas lajes do pátio. Sangue manchando as escadas da casa. Sangue nas folhas do jardim, os restos do que tinha sido o irmão-de-lei de Gabriel deitado na grossa piscina de sangue seco, jatos quentes de sangue espirrando na roupa de combate de Gabriel enquanto a flecha que ele tinha lançado acertou seu pai no olho...


— Lamentando sua decisão de permanecer no Instituto, Gabriel? — A voz fria, familiar, interrompeu os pensamentos febris de Gabriel, e ele olhou para cima com um suspiro.


O Cônsul estava em cima dele, delineado pela fraca luz do sol. Ele usava um casaco pesado, luvas e uma expressão como se Gabriel tivesse feito algo para diverti-lo.


— Eu... — Gabriel recuperou o fôlego e obrigou as palavras a saírem de maneira uniforme. — Não. Claro que não.


O Cônsul arqueou uma sobrancelha.


— Deve ser por isso que você está agachado aqui fora da igreja, em roupas sangrentas, olhando como se estivesse com medo de que alguém pudesse encontrá-lo.


Gabriel ficou de pé, agradecendo a sólida parede de pedra atrás dele, apoiando-o. Ele olhou para o Cônsul.


— Você está sugerindo que eu não sei lutar? Que fugi?


— Eu não estou sugerindo que coisa alguma — disse o Cônsul suavemente — sei que você ficou. Sei que seu irmão foi ferido...


Gabriel arquejou e os olhos do Cônsul estreitaram.


— Ah. Então é isso, não é? Você viu seu pai morrer, e pensou que fosse ver o seu irmão morrer também?


Gabriel queria raspar a parede atrás dele. Queria bater no rosto untuoso e falsamente simpático do Cônsul. Queria correr para o andar superior e atirar-se na cama de seu irmão, se recusar a sair como Poncho havia se recusado a deixar Ucker até que Gabriel forçou-o a ir embora.


Poncho era um irmão melhor para Ucker do que ele mesmo era para Gideon, pensou amargamente, e não havia sangue compartilhado entre eles. Foi isso que, em parte, o levara para fora Instituto, escondendo-se naquele espaço atrás dos estábulos. Certamente ninguém iria procurá-lo ali, falara para si mesmo.


Mas ele estivera errado. Esteve errado tantas vezes, o que significava mais uma vez?


— Você viu o seu irmão sangrar — disse o Cônsul, ainda com a mesma voz suave — e se lembrou...


— Eu matei meu pai. Coloquei uma flecha em seu olho... derramei seu sangue. Acha que eu não sei o que isso significa? O seu sangue clama para mim do chão, como o sangue de Abel clama pelo de Caim. Todos dizem que ele não era mais meu pai, mas ainda era tudo o que restava dele. Ele foi um Lightwood uma vez. Gideon poderia ter sido morto hoje. Perdê-lo seria...


— Você vê o que eu quis dizer quando falei de Maite e sua recusa em obedecer a Lei — o Cônsul falou — o custo da vida é alto. A vida de seu irmão poderia ter sido sacrificada por seu orgulho arrogante.


— Ela não parece orgulhosa.


— Foi por isso que você escreveu isso? — O Cônsul tirou do bolso do casaco a primeira carta que Gabriel e Gideon tinham enviado. Ele olhou com desprezo para o garoto e deixou a carta planar até chão. — Esta missiva ridícula, escrita para me irritar?


— Será que funcionou?


Por um momento, Gabriel pensou que o Cônsul fosse bater nele. Mas o olhar de raiva sumiu rapidamente da expressão do homem mais velho; quando ele falou de novo, foi com calma.


— Suponho que eu não deveria ter esperado uma boa reação ao chantagear um Lightwood. Seu pai não reagiria bem. Confesso que pensei que vocês seriam mais fracos.


— Se pretende tentar outro caminho para me persuadir, não se dê ao trabalho — disse Gabriel — não há.


— Sério? Você é fiel a Maite Branwell depois de tudo o que a família dela fez à sua? De Gideon eu poderia ter esperado isso, ele parece-se muito com sua mãe. Muito confiante em natureza. Mas não você, Gabriel. De você eu teria esperado mais orgulho em seu sangue.


Gabriel deixou cair a cabeça para trás contra a parede.


— Não havia nada. Você entendeu? Não havia nada na correspondência de Maite do seu interesse, do interesse ninguém. Você nos disse que iria nos destruir se não o informássemos sobre as atividades dela, mas não havia nada a relatar. Não nos deu outra escolha.


— Vocês poderiam ter me dito a verdade.


— Você não queria ouvi-la — Gabriel respondeu — não sou estúpido, e nem meu irmão. Você quer Maite removida de seu cargo de chefe do Instituto, mas não quer que esteja muito claro que a sua mão que a removeu. Quis descobrir o seu envolvimento em algum tipo de transação ilegal. Mas a verdade é que não há nada para ser descoberto.


— A verdade é maleável. Ela pode ser encoberta, com certeza, mas também pode ser criada.


O olhar de Gabriel prendeu-se ao rosto do Cônsul.


— Você preferiria que eu mentisse para você?


— Oh, não — disse o Cônsul — não para mim — ele colocou a mão no ombro de Gabriel — os Lightwood sempre tiveram honra. Seu pai cometeu erros. Você não deve pagar por eles. Deixe-me dar-lhe de volta o que você perdeu. Deixe-me devolver-lhe a mansão Lightwood, o bom nome de sua família. Você poderia viver na mansão com seu irmão e irmã. Não precisa mais ser dependente da caridade do Enclave.


Caridade. A palavra era amarga. Gabriel pensou no sangue de seu irmão cobrindo as pedras do Instituto. Se Maite não tivesse sido tão tola, tão determinada a manter a garota transmorfa no seio do Instituto, contra as objeções da Clave e do Conselho, o Magistrado não teria enviado suas forças contra o Instituto. O sangue de Gideon não teria sido derramado. Na verdade, sussurrou uma vozinha no fundo de sua mente, se não tivesse sido por Maite, o segredo do meu pai teria permanecido um segredo. Benedict não teria sido forçado trair o Magistrado. Ele não teria perdido a fonte da droga que retardava a astriola. Poderia nunca ter se transformado. Seus filhos poderiam nunca ter conhecimento de seus pecados. Os Lightwood poderiam ter continuado felizes em sua ignorância.


— Gabriel — o Cônsul falou — esta oferta é apenas para você. Deve ser mantida em segredo de seu irmão. Ele é como sua mãe, também leal. Leais a Maite. Sua lealdade duvidosa pode dar-lhe crédito, mas não vai nos ajudar aqui. Diga a ele que cansei de suas palhaçadas, que não desejo qualquer coisa de vocês. Você é um bom mentiroso — com esta frase ele sorriu amargamente — e tenho certeza de que pode convencê-lo. O que você acha?


Gabriel trancou a mandíbula.


— O que quer que eu faça?



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Autor(a): Alien AyA

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Poncho se moveu na poltrona ao lado da cama de Ucker. Ele estava ali há horas, e sua coluna estava dura, mas Poncho se recusava e se mover. Havia sempre a possibilidade de que Ucker acordasse, e ele queria esperá-lo lá. Pelo menos não estava com frio. Bridget tinha abastecido o fogo na lareira, e a madeira úmida estalou e rangeu, enviando ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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