Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Capítulo 12 - Fantasmas na estrada
Oh, que beleza, que cordialidade! Diga,
No Paraíso, é crime amar demais?
Ter um coração suave ou firme demais,
Ser um romano ou um amante?
Não existe reviravolta brilhante no céu,
Para aqueles que pensam grande ou morrem corajosamente?
– Alexander Pope, Elegia à memória de uma dama desafortunada
Poncho estava sobre a crista de uma colina baixa, as mãos enfiadas nos bolsos, olhando impacientemente para o campo tranquilo de Bedfordshire.
Galoparam para longe de Londres à velocidade máxima que ele e Balios aguentaram, em direção à Rodovia Great North. Sair tão perto do amanhecer significava que as ruas estavam razoavelmente vazias enquanto ele cavalgava pelos distritos de Islington, Holloway e Highgate. Havia passado por alguns carrinhos de vendedores ambulantes e um pedestre ou dois, mas por outro lado não havia muito para segurá-lo e, como Balios não se cansava tão rapidamente quanto um cavalo comum, Poncho logo estava fora do distrito de Barnet e foi capaz de galopar através das vilas South Mimms e London Colney.
Poncho que adorava galopar – o corpo inclinado contra o cavalo, o vento em seu cabelo, os cascos de Balios comendo a estrada debaixo deles. Agora que estava fora de Londres, sentiu uma dor rasgando e ao mesmo tempo uma estranha liberdade. Era curioso sentir tanto de uma só vez, mas não podia evitar. Perto de Colney havia lagoas; ele parou para que Balios bebesse água antes de seguir adiante.
Agora, quase 50 quilômetros ao norte de Londres, ele não podia deixar de recordar que veio por este caminho para o Instituto anos atrás. Viera com um cavalo de seu pai parte do caminho do País de Gales, mas teve que vendê-lo em Staffordshire quando percebeu que não possuía dinheiro para os pedágios das estradas. Sabia agora que negociara muito mal o preço, e fora difícil dizer adeus a Hengroen, o cavalo com que cresceu cavalgando. Fora ainda mais complicado seguir os quilômetros restantes até Londres à pé. No momento em que chegara ao Instituto, seus pés estavam sangrando, e as mãos, também, onde tinha caído na estrada e ralado-as.
Ele olhou para suas mãos agora, com a memória daquelas mãos sobre ele. Finas mãos com dedos longos – todos o Herrera tinham. Ucker sempre havia dito que era uma pena ele não ter inclinação à música, pois suas mãos foram feitas para tocar piano. Pensar em Ucker era como o golpe de uma lâmina; Poncho empurrou a memória para longe e virou-se para Balios.
Parara aqui não apenas para dar água o cavalo, mas para alimentá-lo com um punhado de aveia – bom para a velocidade e resistência – e deixá-lo descansar. Tinha ouvido muitas vezes que a cavalaria montava os cavalos até que eles morressem, mas mesmo desesperado para chegar até Anahí, não podia se imaginar fazendo algo tão cruel.
Havia certa quantidade de tráfego: carroças na estrada, cavalos puxando vagões de cerveja, transportes de laticínios, até mesmo um estranho ônibus puxado a cavalo. Realmente, o que todas essas pessoas tinham para fazer fora de casa no meio de uma quarta-feira, atravancando as estradas? Pelo menos não havia salteadores; ferrovias, rodovias com pedágio e a polícia adequada puseram fim aos ladrões de estrada décadas atrás. Poncho teria odiado perder tempo tendo que matar alguém.
Ele contornou Saint Albans, sem se preocupar em parar para o almoço em sua pressa para alcançar a Rua Watling – a antiga estrada romana que agora era dividida em Wroxeter, com metade cruzando até a Escócia e a outra parte cortando a Inglaterra até o porto de Holyhead, no País de Gales.
Havia fantasmas na estrada – Poncho escutava sussurros de antigos anglo-saxões no vento, chamando a estrada de Wœcelinga Strœt e falando da última posição das tropas de Boadicea, que foram derrotadas pelos romanos nesta estrada, há tantos anos.
Agora, com as mãos nos bolsos, olhando fixamente para a zona rural – eram três horas e o céu estava começando a escurecer, o que significava que Poncho em breve teria que considerar o cair da noite, e encontrar uma pousada para parar, descansar seu cavalo, e dormir. Não deixava de lembrar quando disse a Anahí que Boadicea provou que as mulheres poderiam ser guerreiras também. Ele não tinha falado-lhe, então, que havia lido suas cartas, que já amava a alma da guerreira dentro dela, escondida por trás daqueles olhos cinzentos tranquilos.
Lembrou-se de um sonho que tivera, o céu azul e Anahí sentada ao lado dele em um colina verde. Você vai sempre estar em primeiro lugar em meu coração. Raiva feroz floresceu em sua alma. Se Mortmain se atrever a tocá-la... Ela era uma deles. Não pertencia a Poncho, ela era demais para que pertence a alguém, mesmo Ucker, mas ela era uma deles, e Poncho silenciosamente amaldiçoou o Cônsul por não enxergar isso.
Ele iria encontrá-la. Iria encontrá-la e trazê-la de volta para casa, e mesmo que ela nunca o amasse, tudo iria ficar bem, ele teria feito isso por ela, por si mesmo.
Girou de volta para Balios, que olhou para ele sinistramente. Poncho montou na sela.
— Vamos lá, meu velho. O sol está se pondo e nós devemos chegar a Hockliffe ao cair da noite, e é possível que chova.
Ele cravou os calcanhares nos flancos do cavalo e Balios, como se tivesse entendido as palavras de seu cavaleiro, partiu como um tiro.
Meninas sei que não ando respondendo vocês, sempre que eu conseguir vou tentar responde-las, algumas até respondo no whats que me infernizão pra saber quando o Ucker vai morrer (Mila) kkk`
Mila como já te disse um trilhão de vezes sem metas pra possível ou não morte do Ucker, apenas espere, mas espere sentada se não cansa
nanda o Magistrado quer casar com ela por motivos principais do que a Annie é e o que ele sabe sobre e o que o pai dele sabia sobre, ficou confuso, né? Mas é o máximo que posso dizer sem dar grandes spoilers.
Fran eu sei que não é legal ler Barken gostando tando de Los A como gostamos, mas te juro que não terá mais por um bom tempo deles na fanfic
Autor(a): Alien AyA
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— Ele foi ao País de Gales sozinho? — Maite demandou. — Como você pôde tê-lo deixado fazer algo tão estúpido assim? Christian deu de ombros. — Não é minha responsabilidade agora, nem nunca será, policiar Caçadores de Sombras rebeldes. Na verdade, n& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....