Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Capítulo 5 - O Códex dos Caçadores de Sombras
Os sonhos são verdadeiros enquanto duram, e não vivemos nos sonhos?
– Alfred, Lord Tennyson, O panteísmo superior
Levou uma era vagando mal-humorada de corredor a corredor antes de Anahí, por pura sorte, reconhecer um rasgo em mais uma das infinitas tapeçarias e percebeu que a porta do seu quarto devia ser uma das que se alinhavam naquela entrada particular. Alguns minutos de tentativa e erro mais tarde, e ela estava gratamente fechando a porta correta atrás dela e deslizando o ferrolho na fechadura.
No momento em que estava de volta em sua camisola e deslizara sob as cobertas, ela abriu o Códex dos Caçadores de Sombras e começou a ler. Você nunca irá nos entender lendo um livro, Poncho tinha dito, mas esse não era realmente o ponto. Ele não sabia o que livros significavam para ela, que livros eram símbolos de verdade e sentido, que este reconhecia que ela existia e que havia outros como ela no mundo. Segurá-lo em suas mãos fez Anahí sentir que tudo o que havia acontecido com ela nas últimas seis semanas, fora real – mais real até mesmo do que ter vivido isso.
Anahí aprendeu do Códex que todos os Caçadores de Sombras descendiam de um arcanjo chamado Raziel, que tinha dado ao primeiro deles um volume chamado Livro Cinza, cheio com “a língua do Paraíso” – as marcas rúnicas pretas que cobriam a pele dos Caçadores de Sombras treinados como Maite e Poncho. As marcas eram feitas em suas peles com uma ferramenta parecida com um estilete chamada estela – o objeto estranho parecido com uma caneta que ela tinha visto Poncho usar para desenhar na porta da Casa Sombria. As marcas proviam aos Nephilins todo tipo de proteção: cura, força e velocidade sobre-humana, visão noturna, e até mesmo os permitia se esconderem dos olhos mundanos com runas. Mas elas não eram um presente que qualquer um poderia usar. Fazer marcas na pele de um Ser do Submundo ou humano – ou mesmo de um Caçador de Sombras que fosse muito jovem ou impropriamente treinado – seria torturantemente doloroso e resultaria em loucura ou morte.
As marcas não eram a única forma com que eles se protegiam – eles usavam vestimentas de couro resistentes e encantadas quando iam para uma batalha. Havia desenhos de homens no equipamento de diferentes países. Para a surpresa de Anahí, havia também desenhos de mulheres em longas camisas e calças – não calçolas, tais como o tipo que ela tinha visto ser ridicularizado nos jornais, mas calças de homens de verdade. Virando a página, ela balançou a cabeça, imaginando se Maite e Jessamine realmente usavam tais trajes estranhos.
As páginas seguintes eram dedicadas aos outros presentes que Raziel tinha dado aos primeiros Caçadores de Sombras – poderosos objetos mágicos chamados Instrumentos Mortais – e um país de origem: um pequeno pedaço de terra retirado do que era então o Sacro Império Romano, rodeado com barreiras de modo que os mundanos não pudessem entrar. Era chamado Idris.
A lâmpada piscou fracamente enquanto Anahí lia, suas pálpebras se fechando cada vez mais. Seres do Submundo, ela leu, eram criaturas sobrenaturais, como fadas, lobisomens, vampiros e feiticeiros. No caso dos vampiros e lobisomens, eles eram seres humanos infectados com uma doença demoníaca. Fadas, por outro lado, eram meio-demônios e meio-anjos e, portanto, possuíam uma grande beleza e uma natureza maligna. Mas feiticeiros – feiticeiros eram os descendentes diretos de humanos e demônios.
Não era surpresa que Maite tinha perguntado se ambos os seus pais eram humanos. Mas eles eram, ela pensou, então não é possível eu ser uma bruxa, graças a Deus. Ela olhou fixamente para uma ilustração que mostrava um homem alto com cabelo bagunçado, de pé no centro de um pentagrama riscado em um chão de pedra. Ele parecia completamente normal, exceto pelo fato de que tinha os olhos com pupilas estendidas como as de um gato. Velas queimavam em cada uma das cinco pontas da estrela. As chamas pareciam deslizar em conjunto, borrando enquanto a própria visão de Anahí borrava em exaustão. Ela fechou seus olhos – e instantaneamente estava sonhando.
No sonho, ela dançava em meio a fumaça girando por um corredor forrado de espelhos, e cada espelho que passava lhe mostrava um rosto diferente. Ela podia ouvir uma música encantadora, perturbadora. Parecia vir de certa distância, e ainda assim estava por toda parte. Havia um homem caminhando a sua frente – um rapaz, na verdade, esbelto e sem barba – mas mesmo ela sentindo que o conhecia, não podia ver seu rosto ou reconhecê-lo. Ele poderia ter sido seu irmão, ou Poncho, ou alguém completamente diferente. Ela seguiu, chamando-o, mas ele regrediu pelo corredor, como se a fumaça o levasse com ela. A música ergueu-se e ergueu-se em um crescendo...
E Anahí acordou, respirando com dificuldade, o livro caindo de seu colo quando ela sentou. O sonho havia ido, mas a música continuava, alta, assombrosa e doce. Ela caminhou até a porta e espiou o corredor.
A música estava mais alta no corredor. De fato, estava vindo do quarto do outro lado. A porta estava suavemente entreaberta, e as notas pareciam fluir pela abertura como água através do estreito gargalo de uma jarra.
Um roupão estava pendurado em um gancho ao lado da porta; Anahí o pegou e colocou-o por cima de sua roupa de dormir, saindo para o corredor. Como num sonho, ela atravessou o corredor e colocou a mão suavemente na porta; ela se abriu sob o seu toque.
Dentro, o cômodo estava escuro, iluminado apenas pelo luar. Ela viu que não era diferente de seu próprio quarto, a mesma grande cama de dossel, a mesma mobília escura pesada. As cortinas tinham sido abertas em uma janela alta, e luz prateada pálida fluía para o quarto como uma chuva de agulhas. No trecho quadrado de luar na frente da janela, alguém estava de pé. Um garoto – ele parecia pequeno demais para ser um homem adulto – com um violino encostado no ombro. Seu rosto descansava contra o instrumento, e o arco movia-se para frente e para trás sobre as cordas, tirando notas delas, notas mais bonitas e perfeitas que qualquer coisa que Anahí tinha ouvido.
Os olhos dele estavam fechados.
— Poncho? — ele disse, sem abrir os olhos ou deixar de tocar. — Poncho, é você?
Anahí não disse nada. Ela não conseguia suportar falar, interromper a música – mas em um momento o garoto parou por si só, baixando o seu arco e abrindo os olhos com uma careta.
— Poncho... — ele começou e, em seguida, vendo Anahí, seus lábios se separaram em surpresa — você não é Poncho.
edlacamila será que ele queria beijar a Anahí?!
Ele é estressado e carrancudo, Annie vai ter que aprender a lidar com ele... ou não...
Autor(a): Alien AyA
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Ele soava curioso, mas não incomodado, apesar do fato de que Anahí tinha invadido seu quarto no meio da noite e o surpreendido tocando violino de pijama, ou o que Anahí assumiu ser pijama. Ele usava um conjunto leve e folgado de calças e uma camisa sem gola, um roupão preto de seda amarrado frouxamente sobre elas. Ela tinha razão. El ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....