Fanfics Brasil - Seu Anjo Mecânico Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Seu Anjo Mecânico

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Capítulo 13 - A mente tem montanhas


Oh, a mente, mente tem montanhas; penhascos
Assustadores, simples, jamais penetrados por homem algum. Despreze
Aquele que nunca se pendurou. Também não dura nosso pequeno
Acordo de resistência em relação ao íngreme ou profundo. Aqui! Rasteje,
Miserável, sob um conforto em um redemoinho: toda
Vida a morte extingue, e todo dia morre com o sono.
– Gerard Manley Hopkins, Não, não há pior


Anahí não conseguia se lembrar mais tarde se ela gritou quando caiu. Lembrou-se apenas de uma longa e silenciosa queda, o rio e as pedras se lançando em sua direção, o céu a seus pés. O vento atirou o cabelo em seu rosto enquanto ela se torcia no ar, e Anahí sentiu uma forte pressão em sua garganta.


Suas mãos voaram para cima. Seu colar de anjo estava erguido sobre a cabeça dela, como se uma enorme mão tivesse descido do céu para removê-lo. Um borrão metálico a rodeou, um par de grandes asas se abriu como portas e algo a puxou, impedindo sua queda.


Anahí arregalou os olhos, era impossível, inimaginável, mas seu anjo, seu anjo mecânico, tinha de alguma forma crescido ao tamanho de um ser humano e estava pairando sobre ela, as grandes asas mecânicas batendo contra o vento. Ela olhou para cima para um rosto em branco, lindo, o rosto de uma estátua de metal, tão inexpressivo como sempre, mas o anjo tinha mãos articuladas como as dela própria, que estavam segurando-a, mantendo-a no ar enquanto as asas batiam e ela caiu devagar, suavemente, como um dente de leão soprado ao vento.


Talvez eu esteja morrendo, Anahí pensou. Isso não pode estar acontecendo. Mas enquanto o anjo a abraçava, eles foram juntos em direção a terra, o chão entrando em foco. Ela podia ver as pedras individuais nas margens do rio agora, as correntes que corriam para a jusante, o reflexo do sol na água. A sombra das asas surgiu contra a terra e cresceu cada vez mais até que Anahí estava caindo nela, caindo na sombra, e ela e o anjo chegaram juntos ao chão e pousaram suavemente na sujeira e nas pedras espalhadas ali.


Anahí arfou quando desceu, mais de choque do que pelo impacto, e estendeu a mão, como se pudesse amortecer a queda do anjo com seu corpo, mas ele já estava encolhendo, ficando cada vez menor, as asas dobrando sobre si mesmas até que ele atingiu o chão a seu lado do tamanho de um brinquedo, mais uma vez. Anahí estendeu a mão trêmula e agarrou-o. Ela estava deitada nas pedras irregulares, meio dentro, meio fora da água fria, que já estava encharcando suas saias. Colocou o pingente no pescoço e se arrastou até terra firme com o restante de sua força, e então desmoronou sem forças em solo seco com o anjo pressionado contra o peito, a familiar batida contra seu coração.


•••


Sophie sentou-se na poltrona ao lado da cama de Ucker, que sempre fora o lugar de Poncho, e assistiu Ucker dormir.


Houve um momento, ela pensou, quando ficaria quase grata por esta oportunidade, uma chance de estar tão perto dele, colocar panos frios em sua testa quando ele se mexia, murmurava e queimava com febre. E embora ela já não o amasse como antes – aliás, percebeu agora, amou alguém que não sabia disso, com admiração e distância – ainda torcia seu coração vê-lo assim.


Uma das meninas na cidade onde Sophie crescera tinha morrido do vício, e Sophie lembrou que todos tinham falado da forma como a doença a tornou mais bela antes matá-la: deixara-a pálida e delgada, e corara o rosto com um brilho rosado. Ucker tinha as bochechas vermelhas de febre enquanto se jogava contra os travesseiros; seu cabelo branco prateado era como gelo, e os dedos inquietos se contorciam contra o cobertor. De vez em quando ele falava, mas as palavras eram em mandarim, e ela não entendia. Ele chamou por Anahí. Wo ai ni, Anahí. Bu lu run, he qing kuang fa sheng, wo men dou hui zai yi qi. E ele chamou por Poncho também, sheng si zhi jiao, de uma forma que fez Sophie quer tomar sua mão e segurá-la, mas quando tocou-o, Ucker estava queimando em febre e puxou a mão com um grito.


Sophie encolheu-se contra a poltrona, perguntando-se se deveria trazer Maite. Maite gostaria de saber se a condição de Ucker piorasse. Ela estava prestes a levantar quando Ucker repente tossiu e seus olhos se abriram. Sophie afundou na poltrona, encarando-o. Suas íris eram de prata, tão pálidas que eram quase brancas.


— Poncho? Poncho, é você?


— Não — ela respondeu, quase com medo de se mover — é Sophie.


Ele suspirou baixinho e virou a cabeça para ela sobre o travesseiro. O focalizar seu rosto com um esforço e então, incrivelmente, ele sorriu, aquele sorriso de grande doçura que havia conquistado seu coração um dia.


— É claro. Sophie. Poncho não está... enviei Poncho para longe.


— Ele foi atrás de Anahí — Sophie falou.


— Bom — as longas mãos de Ucker arrancaram o cobertor, se contraíram uma vez em punhos – e, em seguida, relaxaram — eu... eu estou feliz.


— Você sente falta dele.


Ucker balançou a cabeça lentamente.


— Eu posso sentir isso – sua distância – como um cabo interno me puxando com muita força. Eu não esperava isso. Não nos separamos desde que nos tornamos parabatai.


— Cecily disse que você mandou-o embora.


— Sim. Foi difícil persuadi-lo. Acho que se ele não estivesse apaixonado por Anahí, eu não teria sido capaz de fazê-lo ir.


A boca de Sophie caiu.


— Você sabia?


— Não há muito tempo — disse Ucker — não, eu não seria tão cruel. Se eu soubesse, nunca teria noivado. Teria ficado longe. Eu não sabia. E, no entanto, agora, como tudo está indo para longe de mim, todas as coisas aparecem em uma luz tão clara que acho que eu teria sabido, mesmo que ele não tivesse me contado. No fim das contas, eu saberia — ele sorriu um pouco para a expressão ferida de Sophie — estou feliz por não ter que esperar até o fim.


— Você não está com raiva?


— Estou feliz — Ucker respondeu — eles poderão cuidar um do outro quando eu me for, ou pelo menos espero por isso. Poncho diz que Anahí não o ama, mas com certeza ela virá a amá-lo com o tempo. Poncho é fácil de se amar, e ele deu-lhe o seu coração inteiro. Posso ver isso. Espero que ela não vá quebrá-lo.


Sophie não conseguia pensar em uma palavra para dizer. Ela não sabia o que alguém poderia dizer em face de um amor como esse – tanta abstenção, tanto sofrimento, tanta esperança. Houve muitas vezes nestes meses anteriores quando ela lamentou ter tido um pensamento ruim sobre Poncho Herrera, quando percebeu como ele ficou quieto e permitiu que Anahí e Ucker fossem felizes juntos. E ela sabia a agonia tinha chegado para Anahí juntamente com a felicidade, a certeza de que ela estava machucada. Só Sophie sabia, ela pensou, que Anahí chamava por Poncho às vezes enquanto dormia, só ela sabia que a cicatriz na palma da mão de Anahí não era fruto de um encontro acidental com um atiçador de lareira, mas um ferimento deliberado, infligido fisicamente em si mesma, que de alguma forma correspondesse à dor emocional que ela sentiu ao negar Poncho. Sophie tinha assistido Anahí enquanto ela chorava e retirava as flores de seu cabelo que tinham a mesma cor dos olhos de Poncho, e Sophie cobrira com pó com as evidências de lágrimas e noites sem dormir.


Deveria dizer a ele?, Sophie se perguntou. Seria realmente uma gentileza lhe dizer, sim, Anahí o ama muito, ela tentou não fazê-lo, mas conseguiu? Poderia alguém honestamente querer ouvir isso sobre a garota que ele estava prestes a se casar?


— A senhorita Portilla tem grande respeito pelo Sr. Herrera, e ela não iria quebrar qualquer coração levianamente, penso — disse Sophie — mas eu gostaria que não falasse como se sua morte fosse inevitável, Sr. Uckermann. Neste momento, a Sra. Branwell e os outros estão esperançosos de descobrir uma cura. Acho que você vai viver até a velhice com a senhorita Portilla e serão muito felizes.


Ele sorriu como se soubesse de algo que ela não sabia.


— Esse é o tipo de coisa que você diria, Sophie. Sei que sou um Caçador de Sombras, e nós não vivemos facilmente a vida. Lutamos até o fim. Viemos do reino dos anjos, e ainda temos medo dele. Creio, porém, que se pode enfrentar o fim e não ter medo, sem se curvar para a morte. A morte nunca me governará.


Sophie olhou-o, um pouco preocupada. Ele soava como se estivesse delirando um pouco.


— Sr. Uckermann? Devo buscar Maite?


— Em um momento, mas, Sophie... sua expressão, antes, quando eu falei... — ele inclinou-se para frente — é verdade, então?


— O que é verdade? — Ela perguntou em voz baixa, mas sabia qual era a questão, e não conseguiria mentir para Ucker.



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Autor(a): Alien AyA

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Poncho estava de mau humor. O dia teve amanhecera nublado, molhado e terrível. Acordara sentindo mal do estômago, e mal foi capaz de engolir os ovos borrachudos e o bacon frio que esposa do dono servira no salão atulhado; cada parte do seu corpo cantarolava para ele voltar à estrada e continuar em sua jornada. Rajadas de chuva o deixaram tremendo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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