Fanfics Brasil - A Velha Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: A Velha

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Capítulo 15 - Estrelas, escondam o seu brilho


Estrelas, escondam o seu brilho;
não permitam que a luz veja meus profundos e escuros desejos.
– Shakespeare, Macbeth


Cônsul Wayland,


Escrevo-lhe em uma questão de grave importância. Um dos Caçadores de Sombras do meu Instituto, Alfonso Herrera, está na estrada para Cadair Idris enquanto eu escrevo. Ele descobriu no caminho um sinal inequívoco da passagem da senhorita Portilla. Estou anexando a carta para sua leitura, mas tenho certeza de que vai concordar que o paradeiro de Mortmain foi agora estabelecido e que devemos com toda a pressa juntar as forças que pudermos e marchar imediatamente para Cadair Idris. Mortmain mostrou no passado a notável capacidade de escapar das redes que lhe são lançadas. Devemos aproveitar este momento e atacar com toda a pressa e força possível. Aguardo sua resposta rápida.


Maite Branwell


O quarto estava frio. O fogo havia queimado até acabar na lareira, e o vento lá fora estava uivando nos cantos do Instituto, ruidosamente balançando os vidros das janelas. A lâmpada na cabeceira iluminava pouco, e Anahí estremeceu na poltrona ao lado da cama, apesar do xale enrolado ao redor de seus ombros.


Ucker estava dormindo em sua cama, a cabeça apoiada nas mãos. Ele respirava apenas o suficiente para mover um pouco os cobertores, apesar de seu rosto estar tão pálido quanto os travesseiros. Anahí se levantou, deixando o xale escorregar dos ombros. Ela estava de camisola, da mesma forma de quando o vira pela primeira vez, explodindo em seu quarto para encontrá-lo tocando o violino próximo à janela.


Poncho? Ele tinha dito. Poncho, é você?


Ele se mexeu e murmurou agora enquanto Anahí se arrastou para a cama com ele, puxando os cobertores sobre os dois. Segurou as mãos dele entre as suas. Enroscado os pés juntos e beijou seu rosto frio, aquecendo sua pele com a respiração.


Lentamente, sentiu que ele se mexia contra ela, como se sua presença o trouxesse à vida. ele abriu os olhos e a fitou. Eles eram azuis, dolorosamente azuis, o azul do céu onde se encontra com o mar.


— Anahí? — Poncho disse, e ela percebeu que era Poncho em seus braços, Poncho que estava morrendo, Poncho expirando o seu último suspiro, e havia sangue em sua camisa, pouco acima de seu coração, uma mancha vermelha...


Anahí sentou-se, ofegante. Por um momento, olhou em volta, desorientada. O minúsculo quarto escuro, o mofado cobertor enrolado ao seu redor, suas próprias roupas úmidas e o corpo machucado pareciam estranhos a ela. Em seguida a memória voltou em uma inundação, e com ela uma onda de náusea.


Perdera o Instituto lancinantemente, de um jeito que nunca tinha perdido sua casa em Nova York. Perdeu a voz autoritária, mas carinhosa de Maite, o toque de compreensão de Sophie, as invenções Henry e, é claro, perdeu Ucker e Poncho. Estava aterrorizada por Ucker, por sua saúde, mas temia por Poncho também. A batalha no pátio tinha sido sangrenta, cruel. Qualquer um deles poderia ter sido ferido ou morto. Qual era o significado de seu sonho, Ucker virando Poncho? Ucker estava doente, era a vida de Poncho em perigo? Não seja qualquer um deles, ela orou em silêncio. Por favor, deixe-me morrer antes que qualquer mal aconteça a qualquer um deles.


Um barulho a tirou de seu devaneio – a raspagem seca e repentina que enviou um arrepio brutal por sua espinha. Ela congelou. Certamente era apenas um galho arranhando a janela. Mas não, veio de novo. Era uma raspagem, um ruído de algo se arrastando.


Anahí estava de pé em um momento, o cobertor ainda envolto em torno dela. Terror era como uma coisa viva dentro dela. Todos os contos que ela ouvira de monstros em florestas escuras pareciam estar lutando por espaço em sua mente.


Ela fechou os olhos, dando uma respiração profunda, e viu os autômatos sobre os degraus da frente do Instituto, suas sombras longas e grotescas, como humanos arrancados de sua forma.


Puxou o cobertor mais em torno de si mesma, os dedos fechando espasmodicamente no material. Os autômatos vieram por ela nos degraus do Instituto. Mas eles não eram muito inteligentes – eram capazes de seguir simples comandos, reconhecer determinados seres humanos. Ainda assim, eles não podiam pensar por si mesmos. Eram máquinas, e máquinas podiam ser enganadas.


O cobertor era uma colcha de retalhos, do tipo que teria sido costurado por uma mulher, uma mulher que viveu nesta casa. Anahí prendeu a respiração e procurou – procurou no cobertor, em busca de uma centelha de propriedade, a assinatura de qualquer alma que uma vez foi dona daquela peça.


Era como mergulhar a mão na água escura e sentir a mão em torno de um objeto. Depois do que pareceu um milênio de busca, algo acendeu sobre ela, um lampejo na escuridão, a solidez de uma alma.


Anahí concentrou-se nela, envolvendo-a em torno de si como o cobertor a que se agarrava. A Transformação era mais fácil agora, menos dolorosa. Ela viu seus dedos deformarem e mudarem, viraram as mãos artríticas de uma mulher velha. Manchas surgiram em sua pele, ela ficou curvada e seu vestido começou a escorregar de sua forma seca. Quando o cabelo caiu diante de seus olhos, era branco.


O som raspando voltou. Uma voz ecoou no fundo da mente de Anahí, uma voz ranzinza de uma mulher velha querendo saber quem estava na casa dela. Anahí tropeçou para a porta, sua respiração vindo em lufadas, o coração palpitando em seu peito, e foi para a sala principal da casa.


Por um momento, ela não viu nada. Seus olhos estavam remelentos, cobertos por uma película; as formas eram turvas e distantes. Então algo ergueu-se ao lado do fogo, e Anahí conteve um grito.


Era um autômato. Este foi construído para parecer quase humano. Tinha um corpo largo, vestia um terno cinza escuro, mas os braços que se projetavam das mangas eram finos bastões terminando em mãos espatuladas, e a cabeça acima do colarinho era lisa e oval. Dois olhos protuberantes estavam na cabeça, mas a máquina não tinha outras características.


— Quem é você? — Anahí exigiu na voz da velha, brandindo a ferramenta pontuda que pegara antes. — O que você fazendo na minha casa, criatura?


A coisa fez um zumbido, clicando, obviamente confusa. Um momento depois, a porta da frente se abriu e a Sra. Black entrou. Ela estava envolta em seu manto negro, o rosto pálido brilhando sob o capuz.


— O que está acontecendo aqui? — ela exigiu. — Você encontrou... — Ela parou de falar, olhando para Anahí.


— O que está acontecendo? — Anahí perguntou, na voz lamentosa da velha. — Eu devia pedir que... invadir a casa de gente decente... — ela piscou os olhos, como se quisesse deixar claro que não podia ver muito bem — saia daqui, e leve seu amigo — ela balançou o objeto que segurava (o apanhador de sapo, disse a voz da velha em sua mente, você pode usá-lo para limpar os cascos do cavalo, menina tola) — com você. Não vai encontrar nada aqui que valha a pena roubar.


Por um momento, ela pensou que tinha funcionado. O rosto da Sra. Black era inexpressivo. Ela deu um passo adiante.


— Você não viu uma jovem por estas bandas, viu? — ela perguntou. — Muito bem vestida, cabelo castanho, olhos cinzentos. Ela estaria perdida. Seus pais estão procurando por ela e oferecendo uma bela recompensa.


— A mesma história, procurando uma garota perdida — Anahí soou tão ranzinza quanto pôde, mas não foi difícil. Ela tinha uma sensação de que a velha mulher cujo rosto estava usando tinha sido uma pessoa naturalmente ranzinza — saia agora, falei!


O autômato zumbiu. Os lábios da Sra. Black de repente se pressionaram juntos, como se ela estivesse segurando o riso.


— Eu vejo. Posso dizer que é bastante fino o colar que está usando, velha senhora?


A mão de Anahí voou para o peito, mas já era tarde demais. O anjo mecânico estava ali, claramente visível, tiquetaqueando suavemente.


— Pegue-a — disse a Sra. Black em uma voz entediada, e o autômato se jogou para a frente, tentando alcançar Anahí.


Ela deixou o cobertor cair e foi para longe, brandindo seu apanhador de sapo. Ela o manejou de modo a fazer um longo corte na suposta barriga do autômato, mas ele estendeu a mão e bateu os braços dela para o lado. O apanhador de sapos caiu no chão e Anahí gritou dor, no mesmo momento em que a porta da frente se abriu e uma inundação de autômatos encheu a sala, os braços estendidos para ela, as mãos mecânicas se fechando em sua carne.


Sabendo que estava dominada, que não faria diferença, ela finalmente se permitiu gritar.




Mila o que aconteceu com o Poncho foi a desconexão com seu parabatai que só ocorrer quando um deles não é mais vivo.


 



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Autor(a): Alien AyA

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O sol em seu rosto acordou Poncho. Ele piscou, abrindo os olhos lentamente. Céu azul. Virou-se e se estendeu rigidamente em uma posição sentada. Estava no alto de uma colina verde, fora da vista da Estrada Shrewsbury-Welshpool. Não podia ver nada ao seu redor, penas casas de fazenda dispersas à distância. Passara por algumas aldeias ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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