Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Ucker sorriu.
— Onde você esteve? O dragão azul? A sereia?
— A taverna do diabo, se você quer saber — Poncho suspirou e encostou-se a um dos postes da cama — eu tinha tantos planos para esta noite. A busca da embriaguez cega e mulheres da vida eram meus objetivos. Mas, infelizmente, não era para ser. Mal eu tinha consumido minha terceira bebida no Diabo quando fui abordado por uma pequena criança encantadora vendendo flores, que me pediu duas moedas por uma margarida. O preço parecia exorbitante, então eu recusei. Quando disse isso à garota, ela começou a me assaltar.
— Uma menininha te roubou? — Anahí perguntou.
— Na verdade, ela não era uma menininha no fim das contas, mas um anão em um vestido com um pendor para a violência, que atende pelo nome de Nigel Seis Dedos.
— Erro fácil de cometer — Ucker comentou.
— Eu o peguei no ato de deslizar a mão no meu bolso — Poncho disse, gesticulando animadamente com suas esbeltas mãos com cicatrizes — não podia deixar que isso procedesse, naturalmente. A briga começou quase que imediatamente. Eu tinha a vantagem até que Nigel pulou no bar e me atingiu por trás com um jarro de gim.
— Ah. Isso explica porque seu cabelo está molhado — Ucker observou.
— Foi uma luta justa. Mas o proprietário do Diabo não viu isso dessa forma. Jogou-me para fora. Eu não posso voltar por uma quinzena.
— A melhor coisa para você — Ucker replicou sem compaixão — fico feliz em ouvir que são negócios como de costume, então. Fiquei preocupado por um momento que você tivesse voltado para casa mais cedo para ver se eu estava me sentindo melhor.
— Você parece estar se virando perfeitamente bem sem mim. Na verdade, vejo que você conheceu nossa misteriosa trocadora de forma residente — Poncho falou, olhando para Anahí. Foi a primeira vez que ele reconheceu a presença dela desde que apareceu na porta — você normalmente aparece em quartos de cavalheiros no meio da noite? Se eu soubesse disso, teria feito campanha mais árdua para ter certeza de que Maite a deixasse ficar.
— Não vejo como isso é do seu interesse — Anahí respondeu — especialmente já que você me abandonou no corredor e me deixou para encontrar o caminho de volta para o meu quarto.
— E você encontrou o caminho para o quarto de Ucker ao invés disso?
— Foi o violino — Ucker explicou — ela me ouviu praticando.
— Ruído terrivelmente lamentoso, não é? — Poncho perguntou a Anahí. — Não sei como todos os gatos da vizinhança não saem correndo toda vez que ele toca.
— Achei que foi bonito.
— Isso porque era — Ucker concordou.
Poncho apontou um dedo acusador na direção deles.
— Vocês estão se juntando contra mim. É assim que será a partir de agora? Eu serei o estranho de fora? Querido Deus, terei que me tornar amigo de Jessamine.
— Jessamine não te suporta — Ucker apontou.
— Henry, então.
— Henry irá te atear fogo.
— Thomas — Poncho sugeriu.
— Thomas... — Ucker começou, e se dobrou, de repente atormentado com um ataque de tosse explosivo tão violento que ele escorregou do baú para agachar-se sobre os joelhos.
Muito chocada para se mover, Anahí só pôde olhar enquanto Poncho – sua embriaguez intensa desaparecendo em uma fração de segundo – pulou da cama e ajoelhou-se ao lado de Ucker, colocando a mão em seu ombro.
— Christophe — ele chamou suavemente — onde está?
Ucker levantou uma mão para repeli-lo. Suspiros torturantes sacudiam seu corpo magro.
— Eu não preciso... estou bem...
Ele tossiu novamente e um fino borrifo de vermelho se espalhou no chão na frente dele. Sangue.
A mão de Poncho apertou o ombro de seu amigo; Anahí viu as articulações ficarem brancas.
— Onde está? Onde você colocou?
Ucker acenou debilmente para a cama.
— Em cima... — ele suspirou. — Em cima da cornija... na caixa... a prateada...
— Eu vou buscá-la, então — Poncho foi gentil de um modo que Anahí nunca ouvira Poncho antes — fique aqui.
— Como se eu fosse a qualquer lugar — Ucker esfregou o dorso da mão na boca, a marca do olho aberto voltou com listras vermelhas.
Levantando-se, Poncho virou e viu Anahí. Por um momento ele pareceu puramente surpreso, como se tivesse esquecido de que ela estava lá.
— Poncho — ela sussurrou — existe alguma coisa...
— Venha comigo — pegando-a pelo braço, Poncho a direcionou, gentilmente, em direção à porta aberta. Ele empurrou-a para o corredor, movendo-se para bloquear sua visão do quarto — boa noite, Anahí.
— Mas ele está tossindo sangue — Anahí protestou em voz baixa — talvez eu devesse buscar Maite...
— Não.
Poncho olhou por cima do ombro, então de volta para Anahí. Ele se inclinou em direção a ela, sua mão no ombro dela. Ela podia sentir cada um dos seus dedos pressionando sua pele. Eles estavam próximos o suficiente para que ela pudesse sentir o ar noturno em sua pele, o cheiro de metal, fumaça e neblina. Algo sobre o jeito que ele cheirava era estranho, mas ela não podia apontar exatamente o que.
Poncho falou em voz baixa.
— Ele tem remédio. Irei dá-lo. Não há necessidade de Maite saber sobre isso.
— Mas se ele está doente...
— Por favor, Anahí — havia uma urgência suplicante nos olhos azuis de Poncho — seria melhor se você não dissesse nada sobre isso.
De alguma forma, Anahí percebeu que não podia dizer não.
— Eu... tudo bem.
— Obrigado.
Poncho soltou o ombro dela e ergueu a mão para tocar seu rosto tão levemente que ela pensou que poderia quase ter imaginado isso. Muito surpresa para dizer qualquer coisa, permaneceu em silêncio enquanto ele fechava a porta entre eles. Enquanto ouvia a tranca deslizar, ela percebeu por que havia pensado que algo estava estranho quando Poncho tinha se inclinado em sua direção.
Apesar de Poncho ter dito que tinha estado fora a noite toda bebendo – apesar de ele até mesmo alegar ter tido um jarro de gim arrebentado sobre a cabeça – não havia nenhum cheiro de álcool nele.
• • •
Demorou um longo tempo antes de Anahí conseguir dormir de novo. Ela estava deitada, o Códex aberto ao seu lado, o anjo mecânico tiquetaqueando em seu peito, enquanto assistia a luz do lampião traçar padrões pelo teto.
edlacamila Ucker talvez ajude ela a lidar com ele já que é o único amigo dele...
fran ele só faz pra irritar pode ficar tranquila não tem nada acontecendo entre os dois. A Annie e o Poncho vão ter seus arranca rabo sim, mas como já disse ela vai ter que aprender a lidar com ele porque ele não vai mudar tão cedo... mas como sempre digo tudo há uma explicação não posso dar spoiler pra vocês se não não tem graça!
OBS.: Se vocês acha que em Silence & Secrets eu deixei vocês loucas vocês mal podem esperar por essa fanfic vocês vão querer me esfolar!
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....