Fanfics Brasil - Cuidado Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Cuidado

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Capítulo 6 - Terra Estranha


Não devemos contemplar estes duendes
Não devemos comprar os seus artigos:
Ninguém sabe que solo satisfez
Toda a avidez das suas raízes
– Christina Rossetti, Goblin Market


— Sabe — disse Ucker — isso aqui não é, de forma alguma, como achei que seria um bordel.


Os dois rapazes se encontravam na entrada do que Anahí chamava de Casa Sombria, ao largo do bairro Whitechapel. Parecia mais suja e sombria do que Poncho se lembrava, como se alguém tivesse atirado sobre ela uma nova camada de sujeira.


— O que você estava imaginando exatamente, Christophe? Damas da noite acenando das sacadas? Estátuas nuas adornando a entrada?


— Suponho que eu estava esperando algo que parecesse um pouco menos monótono.


Poncho havia pensado a mesma coisa na primeira vez que esteve lá. A esmagadora sensação que se tinha dentro da Casa Sombria era de que aquele era um lugar em que ninguém jamais havia pensado como um lar. As janelas fechadas pareciam velhas, as cortinas encardidas e sujas.


Poncho enrolou suas mangas.


— Nós provavelmente teremos que derrubar a porta…


— Ou não — Ucker discordou, estendendo a mão e girando a maçaneta.


A porta se abriu em um retângulo de escuridão.


— Agora, isso é simples preguiça — disse Poncho.


Tirando uma adaga de caça de seu cinto, ele pisou cautelosamente dentro da casa e Ucker o seguiu, mantendo um forte aperto em sua bengala com cabo de jade. Eles tendiam a se revezar na hora de ir primeiro em situações perigosas, porém Ucker preferia ficar na retaguarda na maior parte do tempo – Poncho sempre se esquecia de olhar para trás.


A porta se fechou atrás deles, aprisionando-os em uma meia-luz melancólica. O hall estava quase igual à primeira vez que Poncho esteve lá – a mesma escada de madeira conduzindo para cima, o mesmo piso rachado, mas ainda elegante de mármore, o mesmo ar denso de poeira.


Ucker ergueu a mão e sua pedra enfeitiçada iluminou-se com vida, assustando um grupo de besouros negros. Eles correram precipitadamente pelo chão, fazendo com que Poncho fizesse uma careta.


— Lugar legal para viver, não? Esperemos que eles tenham deixado para trás algo além de sujeira. Endereços de correspondência, alguns membros decepados, uma prostituta ou duas...


— Certamente. Talvez, se formos afortunados, ainda podemos pegar sífilis.


— Ou varíola demoníaca — Poncho sugeriu alegremente, tentando abrir a porta sob a escada. Esta se abriu, destrancada como a porta da frente — sempre há varíola demoníaca.


— Varíola demoníaca não existe.


— Oh, vós de pouca fé — Poncho comentou, desaparecendo na escuridão sob as escadas.


Juntos, eles procuraram pelo porão e nos quartos do térreo meticulosamente, achando pouco além de entulho e pó. Tudo havia sido retirado do cômodo onde Anahí e Poncho lutaram contra as Irmãs Sombrias; após uma longa procura, Poncho descobrira algo na parede que parecia com uma mancha de sangue, mas parecia não haver nenhuma fonte para aquilo, e Ucker salientou que podia ser somente tinta.


Abandonando o porão, eles foram ao andar de cima, e acharam um longo corredor alinhado com portas que era familiar a Poncho. Ele havia percorrido-o com Anahí às suas costas. Entrou no primeiro quarto à direita, que havia sido o quarto onde ele a havia encontrado. Nenhum sinal restava da garota de olhos selvagens que o havia atingido com um jarro florido. O quarto estava vazio, a mobília tendo sido levada para pesquisa na Cidade do Silêncio. Quatro pontos escuros no chão indicavam o lugar onde uma cama esteve uma vez.


Os outros quartos eram basicamente o mesmo. Poncho estava tentando abrir a janela de um quando ouviu Ucker gritar que ele devia vir rápido; ele estava no último quarto à esquerda. Poncho apressou-se e achou Ucker no centro de um grande cômodo quadrado, sua pedra enfeitiçada brilhando em sua mão. Ele não estava só. Uma peça de mobília restava lá – uma poltrona estofada, e sentada nela estava uma mulher.


Ela era jovem – provavelmente não mais velha que Jessamine – e usava um vestido estampado barato, seu cabelo preso na nuca. Tinha o cabelo de um castanho maçante, e suas mãos estavam nuas e vermelhas. Seus olhos estavam arregalados e com um olhar fixo.


— Argh — disse Poncho, muito surpreso para dizer qualquer outra coisa — ela está...?


— Está morta.


— Você tem certeza?


Poncho não conseguia tirar os olhos do rosto da mulher. Ela estava pálida, mas não a palidez de um cadáver, e as mãos jaziam entrelaçadas em seu colo, os dedos suavemente dobrados, não esticados com o rigor da morte. Ele se aproximou e colocou uma mão no braço dela. Estava rígido e frio sob os dedos dele.


— Bem, ela não está respondendo aos meus avanços — ele observou mais vivamente do que se sentia — então deve estar morta.


— Ou ela é uma mulher de bom gosto e juízo — Ucker ajoelhou-se e olhou para o rosto da mulher.


Os olhos dela eram de um azul pálido e protuberante; eles olhavam além dele, parecendo tão mortos quanto olhos pintados.


— Senhorita — ele disse, e alcançou o pulso dela, com a intenção de tirar a pulsação.


Ela se moveu, estremecendo sob a mão dele, e deixou escapar um gemido baixo e inumano.


Ucker se levantou apressadamente.


— O que em...


A mulher levantou a mão. Seus olhos ainda estavam inexpressivos, sem foco, mas seus lábios se moveram com um rangido.


— Cuidado! — ela exclamou.


Sua voz ecoou pelo quarto, e Poncho, com um grito, pulou para trás.


A voz da mulher soava como engrenagens movendo-se uma contra a outra.


— Cuidado, Nephilins. Como vocês destroem os outros, serão destruídos. Seu anjo não pode protegê-los contra aquilo que nem Deus nem o diabo fez, um exército nascido nem do Céu nem do Inferno. Cuidado com a mão do homem. Cuidado. — A voz dela cresceu para um guincho alto, afiado, e ela se balançou para frente e para trás na cadeira, como uma marionete sendo puxada por linhas invisíveis. — CUIDADO CUIDADO CUIDADOCUIDADOCUIDADO...


— Bom Deus — murmurou Ucker.


— CUIDADO! — a mulher guinchou uma última vez, e cambaleou para frente, estatelando-se no chão, abruptamente silenciada.


Poncho olhou, boquiaberto.


— Ela está...? — ele começou.


— Sim — Ucker respondeu — acho que ela está completamente morta dessa vez.


Mas Poncho estava balançando sua cabeça.


— Morta. Sabe, eu não acho.


— O que você acha, então?


Ao invés de responder, Poncho ajoelhou-se ao lado do corpo. Ele pôs dois dedos do lado da bochecha da mulher e virou a cabeça dela gentilmente até que o encarasse. A boca dela estava aberta, o olho direito encarando o teto. O esquerdo estava suspenso no meio de sua bochecha, preso à sua cavidade por uma espiral de fio de cobre.


— Ela não está viva — disse Poncho — mas não está morta, também. Ela pode ser... como um dos dispositivos de Henry, eu acho — ele tocou o rosto dela — quem poderia ter feito isso?


— Não tenho ideia. Mas ela nos chamou de Nephilins. Ela sabia o que nós somos.


— Ou alguém sabia. Eu não creio que ela saiba alguma coisa. Acho que ela é uma máquina, como um relógio. E ela se quebrou — Poncho levantou-se — de qualquer forma, é melhor que a levemos ao Instituto. Henry irá querer dar uma olhada nela.


Ucker não respondeu; estava olhando para a mulher no chão. Os pés dela estavam nus abaixo da bainha do vestido, e sujos. A boca estava aberta e ele podia ver o cintilar de metal dentro da garganta. O olho dela balançava assustadoramente no fio de cobre enquanto em algum lugar fora das janelas o relógio de uma igreja soava o meio-dia.




 


edlacamila é por uma boa causa que o Poncho pediu segredo, logo vocês vão descobrir.
Meu papel aqui é instigar as pessoas a ler haha!
Jessamine não foi criada com para ser uma caçadora de sombras ela não gosta de lá realmente, mas é o único lugar que ela tem...


fran mas já??? Caramba a histori nem começo a esquetar ainda! kkkk`
Sobre o irmão da Annie ele talvez teve suas intenções pra fazer o que fez, ou talvez não, com o decorrer da historia vocês vão ter que decidir se acham que ele é do bem ou do mal, talvez isso seja uma escolha difícil ou talvez muito fácil ;)
Poncho não é difícil ele se tornoi difícil, é só o que eu tenho a declarar por enquanto!


 


E ai gente o que estão achando do novo disigner do site?
Eu só tenho que dizer uma coisa finalmente colocar a opção "excluir capitulo" e "rascunho".



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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