Fanfics Brasil - Sr. Mortmain Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Sr. Mortmain

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Foi, sem surpresa, Maite quem se recuperou da surpresa primeiro.


— Sr. Mortmain, eu não estou certa do que o senhor quer dizer...


— É claro que está — ele estava sorrindo, seu rosto magro partindo-se de orelha a orelha em um sorriso travesso — Caçadores de Sombras. Os Nephilins. É assim que vocês chamam a si mesmos, não é? Os filhos ilegítimos de homens e anjos. Estranho, já que os Nephilins na Bíblia eram monstros repugnantes, não eram?


— Sabe, isso não é necessariamente verdade — Henry disse, incapaz de conter seu pedante interior — existe um caso na tradução do original aramaico...


— Henry — Maite disse, em tom de aviso.


— Vocês realmente prendem as almas dos demônios que matam em um cristal gigante? — Mortmain continuou, de olhos amplamente abertos. — Que magnífico!


— Você quer dizer o Pyxis? — Henry parecia perplexo. — Não é um cristal, é mais como uma caixa de madeira. E não são exatamente almas, demônios não têm almas. Eles têm energia...


— Fique quieto, Henry — Maite repreendeu.


— Sra. Branwell — Mortmain disse. Ele soou extremamente animado — por favor, não se preocupe. Eu já sei tudo sobre seu tipo. Você é Maite Branwell, não é? E esse é seu marido, Henry Branwell. Você comanda o Instituto de Londres do local onde um dia foi a Igreja de Todos os Santos, a Menor. Honestamente pensou que eu não saberia quem são vocês? Especialmente quando vocês tentaram usar encantamentos em meu lacaio? Ele não tolera ser encantado, sabe. Faz com que ele tenha brotoejas.


Maite estreitou seus olhos.


— E como você conseguiu toda essa informação?


Mortmain se inclinou para frente avidamente, juntando as mãos como se fosse orar.


— Sou um estudioso do oculto. Desde meu tempo na Índia, quando jovem, aprendi sobre eles, eu estive fascinado pelos reinos das sombras. Para um homem em minha posição, com fundos suficientes e tempo mais que suficiente, muitas portas se abrem. Existem livros que podem ser comprados, informação que pode ser paga. Seu conhecimento não é tão secreto como você pode pensar.


— Talvez — disse Henry, parecendo profundamente infeliz — mas é perigoso, você sabe. Matar demônios... não é como atirar em tigres. Eles podem caçá-lo de volta.


Mortmain riu.


— Meu garoto, eu não tenho nenhuma intenção de correr para lutar com demônios de mãos vazias. É claro que este tipo de informação é perigosa nas mãos dos excêntricos e cabeças quentes, mas a minha é uma mente cuidadosa e consciente. Eu busco apenas uma expansão do meu conhecimento do mundo, nada mais — ele olhou ao redor do aposento — devo dizer, nunca tive a honra de falar com Nephilins antes. Claro, menções a vocês são frequentes na literatura, mas ler sobre algo e experimentar verdadeiramente são duas coisas muito diferentes, tenho certeza de que vão concordar. Há tanto que vocês poderiam me ensinar...


— Isso — Maite disse em um tom gelado — já é o suficiente.


Mortmain olhou para ele, confuso.


— Perdão?


— Já que você parece saber tanto sobre os Nephilins, Sr. Mortmain, posso perguntá-lo se sabe qual é nossa função?


Mortmain pareceu orgulhoso.


— Destruir demônios. Proteger humanos... mundanos, como eu entendo que vocês nos chamam.


— Sim, e em grande parte do tempo nós protegemos os humanos de suas próprias idiotices. Vejo que você não é uma exceção a essa regra.


Com isso, Mortmain pareceu verdadeiramente estupefato. Seu olhar foi para Henry. Maite conhecia aquele olhar. Era um olhar somente trocado entre homens, um olhar que dizia, você não pode controlar sua mulher, senhor? Um olhar, ela sabia, que era totalmente desperdiçado em Henry, que parecia estar tentando ler os diagramas de cabeça para baixo na mesa de Mortmain e prestava bem pouca atenção à conversa.


— Você pensa que o conhecimento oculto que adquiriu o faz muito esperto — Maite continuou — mas já vi minha porção de mundanos mortos, Sr. Mortmain. Não posso contar as vezes em que cuidamos dos restos de algum humano que se achava expert em práticas mágicas. Eu lembro, quando era garota, de ser convocada ao lar de um advogado. Ele pertencia a algum círculo bobo de homens que acreditavam que eram mágicos. Passavam seu tempo cantando, vestindo túnicas e desenhando pentagramas no chão. Uma noite ele determinou que suas habilidades eram suficientes para tentar invocar um demônio.


— E eram?


— Eram. Ele invocou o demônio Marax. O demônio o assassinou, e a toda sua família — seu tom era prosaico — achamos a maioria deles pendendo sem cabeça, presos no alto pelos pés. O mais novo de seus filhos estava assando em um espeto sobre o fogo. Nós nunca achamos Marax.


Mortmain estava pálido, mas manteve sua compostura.


— Existem sempre aqueles que vão muito longe com suas habilidades — ele disse — mas eu...


— Mas você nunca seria tão tolo — Maite completou — salvo que você está, neste exato momento, sendo tão tolo. Olha para Henry e para mim e não tem medo de nós. Você está divertido! Um conto de fadas que ganhou vida! — Ela deu um tapa forte com a mão na beira da mesa dele, fazendo-o pular. — O poder da Clave nos apoia — ela disse, tão friamente quanto pôde — nossa função é proteger humanos. Como Nathaniel Portilla. Ele desapareceu, e algo oculto está claramente por trás desse desaparecimento. E aqui nós encontramos este antigo empregador, claramente envolvido nos assuntos do oculto. É difícil acreditar que os fatos não estejam conectados.


— Eu... Ele... Sr. Portilla desapareceu? — Mortmain gaguejou.


— Sim. A irmã dele veio até nós, procurando por ele; ela foi informada por um par de feiticeiras de que ele estava em grave perigo. Enquanto você, senhor, está se divertindo, ele pode estar morrendo. E a Clave não olha bondosamente para aqueles que ficam no caminho de sua tarefa.


Mortmain passou a mão no rosto. Quando a tirou, ele estava pálido, quase cinza.


— Eu devo, é claro, dizer-lhes tudo o que queiram saber.


— Excelente — o coração de Maite batia forte, mas sua voz não traía nenhuma ansiedade.


— Eu conhecia o pai dele. O pai de Nathaniel. O empreguei quase vinte anos atrás quando a companhia Mortmain era principalmente uma empresa de transporte marítimo. Eu tinha escritórios em Hong Kong, Xangai, Tianjin... — Ele parou assim que Maite tamborilou os dedos impacientemente sobre a mesa. — Richard Portilla trabalhava para mim aqui em Londres. Ele era meu secretário chefe, um homem bom e inteligente. Fiquei triste de perdê-lo quando ele se mudou com sua família para a América. Quando Nathaniel me escreveu e me disse quem era, ofereci-lhe um emprego a ele imediatamente.


— Sr. Mortmain — voz de Maite era dura — isso não é relevante...


— Oh, mas é — o homenzinho insistiu — você vê, meu conhecimento do oculto sempre me ajudou em assuntos de negócio. Alguns anos atrás, por exemplo, um conhecido banco da Lombard Street entrou em colapso – destruiu dúzias de grandes companhias. Minha relação com um feiticeiro me ajudou a evitar o desastre. Pude retirar meus fundos antes do banco se dissolver, e isso salvou minha companhia. Mas levantou as suspeitas de Richard. Ele deve ter investigado, pois eventualmente me confrontou com seu conhecimento do Clube Pandemônio.


— Você é um membro, então — Maite murmurou — é claro.


— Ofereci a Richard filiação ao clube – até mesmo o levei a uma reunião ou duas – mas ele não estava interessado. Pouco depois ele se mudou com sua família para a América — Mortmain abriu suas mãos amplamente — o Clube Pandemônio não é para todos. Viajando tanto quanto viajei, ouvi histórias sobre organizações similares em várias cidades, grupos de homens que sabem do Mundo das Sombras e desejam dividir seus conhecimentos e vantagens, mas se paga o peso do segredo pela filiação.


— Se paga um preço mais pesado que esse.


— Não é uma sociedade do mal — Mortmain disse. Ele soava quase ferido — houveram grandes avanços, várias grandes invenções. Vi um feiticeiro criar um anel de prata que podia transportar quem o usava para outro local sempre que ele colocasse um em seu dedo. Ou uma porta de entrada que podia levá-lo a qualquer lugar do mundo que quisesse ir. Eu já vi homens serem trazidos de volta da beira da morte...


— Estou ciente da magia e do que ela pode fazer, Sr. Mortmain — Maite olhou para Henry, que estava examinando um diagrama para algum tipo de equipamento mecânico, enquadrado em uma parede — há uma questão que me preocupa. As feiticeiras que parecem ter raptado o Sr. Portilla estão de alguma forma associadas ao clube. Sempre ouvi falar que este era um clube para mundanos. Porque haveriam Seres do Submundo nele?




 


Mila Puente Herrera ela vai fazer bastante coisas durante a historia para ter uma vida "normal" de mundano...



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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