Fanfics Brasil - O Cabeça Do Clube Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: O Cabeça Do Clube

171 visualizações Denunciar


A testa de Mortmain enrugou-se.


— Seres do Submundo? Você quer dizer povo sobrenatural – feiticeiros, licantropos e esse tipo? Existem níveis e níveis de afiliação, Sra. Branwell. Um mundano como eu pode se tornar um membro do clube. Mas os diretores – aqueles que controlam o negócio – eles são Seres do Submundo. Feiticeiros, licantropos e vampiros. O Povo Justo nos evita, no entanto. Chefes de indústria – vias férreas, fábricas, coisas assim – são demais para eles. Eles odeiam tais coisas — ele balançou a cabeça — amáveis criaturas, as fadas, mas realmente temo que o progresso vá ser a morte para eles.


Maite não tinha interesse nos pensamentos de Mortmain sobre fadas; a mente dela girava.


— Deixe-me adivinhar. Você apresentou Nathaniel Portilla ao clube, exatamente como havia apresentado o pai dele.


Mortmain, que parecia estar começando a recuperar um pouco de sua velha confiança, murchou novamente.


— Nathaniel havia trabalhado em meu escritório em Londres por somente alguns dias antes de me confrontar. Entendi que ele havia descoberto sobre a experiência de seu pai no clube, e isso lhe deu um forte desejo de saber mais. Eu não podia recusar. Levei-o a uma reunião e pensei que seria o fim disso. Mas não foi — ele balançou a cabeça — Nathaniel agarrou-se ao clube como um pato à água. Algumas semanas depois daquele primeiro encontro, ele havia desaparecido de seu alojamento. Me mandou uma carta, demitindo-se de seu emprego e dizendo que iria trabalhar para outro membro do Clube Pandemônio, alguém que aparentemente estava disposto a lhe pagar o suficiente para sustentar seus hábitos de aposta — ele suspirou — não há necessidade de dizer, ele não deixou nenhum endereço.


— E isso é tudo? — A voz de Maite aumentou em descrença. — Você não tentou procurar por ele? Descobrir aonde ele havia ido? Quem era seu novo empregador?


— Um homem pode trabalhar onde desejar — Mortmain disse, com raiva — não havia motivo para pensar...


— E você não o viu desde então?


— Não. Eu lhe disse...


Maite o interrompeu.


— Você disse que ele agarrou-se ao Clube Pandemônio como um pato à água, e ainda assim não o viu em uma reunião sequer desde que ele deixou sua empresa?


Um olhar de pânico tremulou nos olhos de Mortmain.


— Eu... Eu não estive em uma reunião desde então. O trabalho me manteve extremamente ocupado.


Maite olhou duramente para Axel Mortmain por cima de sua sólida mesa. Sempre havia acreditado ser uma boa juíza de caráter. Não era como se não tivesse conhecido homens como Mortmain antes. Homens francos, geniais, confiantes, homens que acreditavam que seu sucesso nos negócios ou outra ocupação mundana significava que teriam o mesmo sucesso se decidissem perseguir as artes mágicas. Ela pensou no advogado novamente, as paredes de sua casa em Knightsbridge pintadas de escarlate com o sangue de sua família. Pensou em quão aterrorizado ele devia ter ficado naqueles momentos finais de sua vida. Podia ver o começo de um medo similar nos olhos de Axel Mortmain.


— Sr. Mortmain, não sou tola. Sei que há algo que o senhor está escondendo do mim.


Ela tirou de sua bolsa uma das rodas dentadas que Poncho havia resgatado da casa das Irmãs Sombrias, e colocou-a sobre a mesa.


— Isso parece com algo que suas fábricas poderiam produzir.


Com um olhar distraído, Mortmain olhou para baixo até o pequeno pedaço de metal em sua mesa.


— Sim, sim, esta é uma de minhas rodas dentadas. O que tem isso?


— Duas feiticeiras chamando a si mesmas de Irmãs Sombrias – ambas membros do Clube Pandemônio – elas têm matado humanos. Garotas jovens. Pouco mais que crianças. E achamos isso no porão da casa delas.


— Eu não tenho nada a ver com nenhum assassinato! — Mortmain exclamou. — Eu nunca... pensei....


Ele havia começado a suar.


— O que você pensou? — A voz de Maite era gentil.


Mortmain pegou a roda dentada em seus dedos estremecidos.


— Você não pode imaginar... — a voz dele quebrou — alguns meses atrás, um dos membros do conselho administrativo do clube – um Ser do Submundo, muito velho e poderoso – veio a mim e me pediu para vender-lhe alguns equipamentos mecânicos por um preço mais barato. Rodas dentadas, roldanas e coisas do tipo. Eu não perguntei para que, por que iria? Não parecia haver nada extraordinário sobre o pedido.


— Por acaso — Maite perguntou — esse foi o homem que empregou Nathaniel depois que ele deixou sua empresa?


Mortmain soltou a roda dentada. Enquanto ela rolava pela mesa, ele bateu sua mão no topo dela, parando-a. Mesmo que não tenha dito nada, Maite podia ver pelo brilho de medo em seus olhos que seu palpite estava correto. Uma sensação de triunfo correu pelos nervos dela.


— O nome dele. Diga-me o nome dele.


Mortmain encarava a mesa.


— Custaria-me a minha vida lhe dizer.


— E a vida de Nathaniel Portilla? — Maite perguntou.


Sem encontrar os olhos dela, Mortmain balançou a cabeça.


— Você não tem ideia do quão poderoso este homem é. Quão perigoso.


Maite ajeitou-se.


— Henry. Henry, me traga o Convocador.


Henry virou-se da parede e piscou em confusão.


— Mas, querida...


— Traga-me o dispositivo! — Maite repreendeu.


Ela odiava repreender Henry; era como chutar um filhote. Mas às vezes precisava ser feito.


O olhar de confusão não deixou o rosto de Henry enquanto ele se juntava a sua esposa em frente a mesa de Mortmain e tirava algo do bolso de sua jaqueta. Era um paralelogramo de metal escuro, com uma sequência de mostradores de relógio de aparência peculiar sobre sua superfície. Maite pegou-o e o brandiu em direção a Mortmain.


— Isto é um Convocador — ela explicou-lhe — irá me permitir convocar a Clave. Dentro de três minutos eles irão cercar sua casa. Nephilins irão arrastá-lo desta sala, gritando e chutando. Irão empregar as torturas mais intensas até que você seja forçado a falar. Sabe o que acontece com um homem quando sangue de demônio é pingado em seus olhos?


Mortmain deu a ela um olhar pavoroso, mas não disse nada.


— Por favor, não me teste, Sr. Mortmain — o dispositivo na mão de Maite estava escorregadio de suor, mas sua voz estava calma — eu odiaria vê-lo morrer.


— Homem, diga a ela! — Henry explodiu. — Sinceramente, não há necessidade disso, Sr. Mortmain. Só está tornando mais difícil para si mesmo.


Mortmain cobriu seu rosto com as mãos. Ele sempre quis conhecer Caçadores de Sombras reais, Maite pensou, olhando-o. E agora ele tinha.


— De Quincey — ele falou — não sei o primeiro nome dele. Só de Quincey.


Pelo Anjo. Maite exalou vagarosamente, abaixando o dispositivo para seu lado.


— De Quincey? Não pode ser…


— Você sabe quem é? — A voz de Mortmain estava entorpecida. — Bem, suponho que sim.


— Ele é o chefe de um poderoso clã vampiro de Londres — Maite disse quase relutantemente — um Ser do Submundo muito influente, e um aliado da Clave. Não posso imaginar que ele iria...


— Ele é o cabeça do clube — Mortmain contou. Ele parecia exausto, e um pouco cinza — todos os outros respondem a ele.


— O cabeça do clube. Ele tem um título?


Mortmain pareceu fracamente surpreso pela pergunta.


— O Magistrado.


Com uma mão que tremia apenas levemente, Maite escorregou o dispositivo que estava segurando para dentro da manga.


— Obrigada, Sr. Mortmain. Foi-nos de muita utilidade.


Mortmain olhou para ela com uma espécie de ressentimento exaurido.


— De Quincey irá descobrir que eu lhe contei. Ele irá me matar.


— A Clave irá tomar providências para que ele não o faça. E manteremos seu nome fora disso. Ele nunca saberá que você falou conosco.


— Você faria isso? — Mortmain perguntou suavemente. — Por um, como era... um mundano tolo?


— Tenho esperanças para você, Sr. Mortmain. Parece ter notado sua própria estupidez. A Clave estará lhe observando – não somente para sua proteção, mas para ter certeza de que você permaneça longe do Clube Pandemônio e organizações como esta. Para o seu próprio bem, espero que considere nosso encontro como um aviso.


Mortmain assentiu. Maite moveu-se para a porta, Henry atrás dela. Já havia aberto a porta e estava na soleira quando Mortmain falou novamente.


— Elas eram somente rodas dentadas — ele disse suavemente — somente mecanismos. Inofensivos.


Foi Henry, para a surpresa de Maite, quem respondeu, sem se virar:


— Objetos inanimados são realmente inofensivos, Sr. Mortmain. Mas não se pode sempre dizer o mesmo dos homens que o usam.


Mortmain estava silencioso enquanto os dois Caçadores de Sombras deixavam o cômodo.


Alguns momentos depois, estavam fora na praça, respirando ar fresco – tão fresco quanto o ar de Londres sempre era. Pode ser pesado de fumaça de carvão e poeira, Maite pensou, mas ao menos era livre do medo e desespero que pendiam como neblina no escritório de Mortmain.


Tirando o dispositivo de sua manga, Maite ofereceu-o a seu marido.


— Suponho que deva lhe perguntar — ela disse enquanto ele o recebia com uma expressão grave — o que é este objeto, Henry?


— Algo em que eu venho trabalhando — Henry olhou para ele carinhosamente — um dispositivo que pode detectar energias demoníacas. Eu ia chamá-lo de sensor. Ainda não consegui que funcionasse, mas quando eu conseguir...!


— Tenho certeza de que será esplêndido.


Henry transferiu sua expressão amorosa do dispositivo para sua esposa, uma ocorrência rara.


— Que puro gênio, Maite. Fingir que podia convocar a Clave imediatamente, apenas para apavorar aquele homem! Mas como você sabia que eu tinha um dispositivo que você poderia usar?


— Bem, você tinha, querido — Maite falou — não tinha?


Henry parecia encabulado.


— Você é tão aterradora quanto maravilhosa, minha querida.


— Obrigada, Henry.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Alien AyA

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

O caminho de volta ao Instituto foi silencioso; Jessamine olhava pela janela do cabriolé para o raivoso trânsito londrino e recusava-se a dizer uma palavra. Ela segurava seu guarda-sol sobre o colo, aparentemente indiferente ao fato de que o sangue em suas bordas estava manchando sua blusa de tafetá. Quando pararam, ela deixou que Thomas a ajudasse a desc ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais