Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Capítulo 7 - A garota mecânica
Somos os peões deste jogo do xadrez
Que Deus trama. Ele nos move, lança-nos
Uns contra os outros, nos desloca, e depois
Nos recolhe, um a um, à Caixa do Nada
– Omar Khayyam, os Rubaiyat
Havia escurecido do lado de fora do Instituto, e o lampião de Sophie produzia estranhas sombras bruxuleantes nas paredes enquanto ela conduzia Anahí por uma escada após a outra. Os degraus eram antigos, côncavos no centro, onde gerações de pés haviam desgastado-os. As paredes eram de pedra de textura áspera, as janelas minúsculas colocadas nelas em intervalos eventualmente cedendo ao vazio que parecia indicar que elas haviam chegado a subsolo.
— Sophie — Anahí disse por fim, seus nervos em carne viva pela escuridão e o silêncio — estamos indo para a cripta da igreja, por algum acaso?
Sophie riu, e as luzes do lampião tremeluziram nas paredes.
— Costumava ser a cripta antes de o Sr. Branwell transformá-la em seu laboratório particular. Ele sempre está lá embaixo, mexendo com seus brinquedos e experimentos. Quase não enlouquece a Sra. Branwell.
— O que ele está fazendo? — Anahí quase tropeçou em um degrau e teve de agarrar-se à parede para recompor-se.
Sophie não pareceu notar.
— Todos os tipos de coisas — Sophie respondeu, sua voz ecoando de forma estranha pelas paredes — inventando novas armas, equipamentos de proteção para os Caçadores de Sombras. Ele adora engrenagens, mecanismos, e esse tipo de coisa. A Sra. Branwell às vezes diz que acha que ele a amaria mais se ela tiquetaqueasse como um relógio — ela riu.
— Soa como se você gostasse deles. Sr. e Sra. Branwell, eu digo.
Sophie nada disse, porém a postura já orgulhosa de sua coluna pareceu tensionar ligeiramente.
— Gosta mais deles do que de Poncho, ao menos — Anahí continuou, esperando melhorar o ânimo da outra garota com humor.
— Ele — o nojo era evidente na voz de Sophie — ele é... Bem, ele é um tipo ruim, não é? Lembra-me do filho de meu último empregador. Ele era arrogante, assim como o Sr. Herrera. E o que ele quisesse, ele conseguia, desde o dia em que nasceu. E se não conseguisse, bem…
Ela levantou a mão então, quase inconscientemente, e tocou a lateral de seu rosto, onde sua cicatriz corria da boca à têmpora.
— Então o quê?
Porém as maneiras bruscas de Sophie já haviam retornado.
— Então ele provavelmente teria um ataque, é isso — passando a lampião de uma mão para a outra, ela espreitou pela escuridão das sombras — tome cuidado aqui, senhorita. As escadas ficam perigosamente úmidas e escorregadias no final.
Anahí se aproximou da parede. A pedra era gelada contra sua mão nua.
— Você acha que é simplesmente porque Poncho é um Caçador de Sombras? — ela inquiriu. — E eles... Bem, eles acreditam-se superiores, não é mesmo? Jessamine também...
— Mas o Sr. Uckermann não é assim. Ele não é de forma alguma como os outros. Nem o Sr. e a Sra. Branwell.
Antes que Anahí pudesse dizer qualquer outra coisa, elas pararam abruptamente ao fim das escadas. Havia uma pesada porta de carvalho com uma grade na frente; Anahí não conseguia enxergar nada atrás das grades além de sombras. Sophie pegou a larga barra de metal postada na porta e a empurrou com força para baixo.
A porta se abriu para um espaço enorme e bem iluminado. Anahí entrou no cômodo de olhos arregalados. Claramente era a cripta da igreja que originalmente havia ficado neste ponto. Pilares atarracados sustentavam um teto que desaparecia na escuridão. O chão era feito de grandes lajes de pedra escurecidas pelo tempo; algumas eram entalhadas com palavras, e Anahí supôs que estivesse de pé sobre os túmulos – e os ossos – daqueles que foram enterrados na cripta. Não havia janelas, mas a brilhante iluminação branca que Anahí havia descoberto chamar-se pedra enfeitiçada brilhava em luminárias de latão fixadas nos pilares.
No centro da sala encontravam-se diversas mesas de madeira, suas superfícies cobertas com todos os tipos de objetos mecânicos – engrenagens e rodas dentadas feitas de bronze e aço devidamente polidos; compridos fios de cobre; provetas de vidro cheias de líquidos de diferentes cores, alguns deles soltando pequenos feixes de fumaça ou odores amargos. O ar tinha um cheiro metálico e penetrante, como o ar antes de uma tempestade. Uma mesa estava completamente coberta por várias armas espalhadas, suas lâminas brilhando sob a luz da pedra enfeitiçada. Havia um traje não terminado do que parecia uma armadura de finas escamas de metal, pendurado em uma armação de arame ao lado de uma grande mesa de pedra cuja superfície estava oculta por um amontado de grossos cobertores de lã.
Atrás da mesa estava Henry, e a seu lado, Maite. Henry estava mostrando à sua esposa algo que tinha em sua mão – uma roda de cobre, talvez uma roda dentada – e falava com ela em voz baixa.
Ele vestia uma folgada camisa de lona por sobre suas roupas, como uma bata de pescador, e aquilo estava sujo de poeira e um líquido escuro. Ainda assim, o que mais impressionou Anahí sobre ele foi a certeza com que falava com Maite. Não se via nem vestígios de seu usual acanhamento. Ele soava confiante e direto, e seus olhos cor de mel, quando ele os levantou para olhar Anahí, eram claros e firmes.
— Srta. Portilla! Então Sophie lhe mostrou o caminho até aqui, não foi? Muito bom da parte dela.
— Bem, sim, ela... — Anahí começou a dizer olhando para trás, porém Sophie não estava lá.
Deve ter virado na porta e subido silenciosamente as escadas. Anahí se sentiu boba por não ter notado.
— Ela me trouxe — ela completou — disse que queria me ver?
— De fato — Henry concordou — nós poderíamos usar sua ajuda com algo. Pode vir aqui um instante?
Gesticulou para que ela se unisse a ele e Maite ao lado da mesa. Quando Anahí se aproximou, notou que o rosto de Maite estava pálido e tenso, seus olhos castanhos assombrados. Ela olhou para Anahí, mordeu seu lábio, e olhou em direção à mesa, onde a pilha de tecido... se moveu.
Anahí piscou. Ela tinha imaginado aquilo? Mas não, houve um relance de movimento – e agora que estava mais perto, viu que o que estava em cima da mesa não era uma pilha de tecidos e sim tecido cobrindo algo – algo aproximadamente do tamanho e forma de um corpo humano. Ela parou enquanto Henry estendia a mão, pegava uma beirada do tecido e o puxava, revelando o que estava por baixo.
Anahí, sentindo-se repentinamente tonta, agarrou-se à beira da mesa.
Miranda.
Mila Puente Herrera esse historia mal começo...
Fran é eu percebi ontem a tarde que não estava dando pra comentar, mas graças que arrumaram!
É um vampiro bem... misterioso, podemos dizer assim...
Autor(a): Alien AyA
Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
A garota morta jazia deitada sobre a mesa, seus braços tombados para os lados do corpo, seu cabelo castanho apagado disperso sobre os ombros. Os olhos que tanto haviam enervado Anahí não estavam mais lá. Agora havia órbitas negras e vazias em seu rosto pálido. Seu vestido barato tinha sido cortado na frente, deixando seu peito &agrav ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....