Fanfics Brasil - Lustre Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Lustre

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Como Maite insistiu que tinha algo a fazer na sala antes da ceia, Anahí caminhou para a sala de jantar sozinha. Quando chegara ali – muito orgulhosa de si por não ter se perdido no caminho – ela descobriu que Poncho estava de pé sobre um dos aparadores, consertando algo preso ao teto.


Ucker estava sentado em uma cadeira, olhando para Poncho com uma expressão de dúvida.


— Serve-lhe bem se você quebrá-lo — ele disse, e inclinou a cabeça quando avistou Anahí — boa noite, Anahí — seguindo seu olhar, ele sorriu — eu pendurei o lustre a gás torto, e Poncho está se esforçando para endireitá-lo.


Anahí não podia ver nada de errado com o lustre, mas antes que ela pudesse dizer isso, Jessamine adentrou a sala e disparou um olhar para Poncho.


— Realmente! Você não pode pedir a Thomas para fazer isso? Um cavalheiro não precisa...


— Isso é sangue em sua manga, Jessie? — Poncho perguntou, olhando para baixo.


O rosto de Jessamine se contraiu. Sem outra palavra, ela girou nos calcanhares e caminhou até o final da mesa, onde se pôs numa cadeira e ficou olhando impassível para frente.


— Aconteceu alguma coisa enquanto você e Jessamine estavam fora?


Era Ucker, parecendo verdadeiramente preocupado. Quando ele virou a cabeça para olhar Anahí, ela viu algo verde brilhar na base de sua garganta.


Jessamine olhou para Anahí, um olhar de quase pânico no rosto.


— Não — Anahí começou — não foi nada...


— Eu consegui! — Henry entrou na sala triunfantemente, brandindo algo em sua mão. Parecia um tubo de cobre com um botão preto de um lado. — Aposto que vocês pensaram que eu não conseguiria, não é?


Poncho abandonou seus esforços com o lustre para encarar Henry.


— Nenhum de nós tem a menor ideia do que você está falando. Sabe disso, não é?


— Eu finalmente fiz meu fósforo funcionar — Henry brandia orgulhosamente o objeto — funciona com o mesmo princípio da pedra enfeitiçada, mas é cinco vezes mais potente. Simplesmente aperte o botão, e você irá ver uma luz como nunca imaginou.


Houve um silêncio.


— Então — Poncho comentou, finalmente — é uma pedra enfeitiçada muito, muito brilhante?


— Exatamente.


— Isso é útil, precisamente? — Ucker perguntou. — Afinal, a pedra enfeitiçada é apenas para a iluminação. Não é como se fosse perigosa...


— Espere até você ver isso! — Henry respondeu. Ele pegou o objeto. — Olhem.


Poncho se moveu para objetar, mas era tarde demais; Henry já havia pressionado o botão. Houve um clarão de luz cegante e um som de sopro, e a sala foi mergulhada na escuridão. Anahí deu um grito de surpresa, e Ucker riu suavemente.


— Eu fiquei cego? — A voz de Poncho flutuou pela escuridão, fortemente contrariada. — Não ficarei nada satisfeito se você me cegou, Henry.


— Não — Henry parecia preocupado — não, o fósforo parece... bem, parece ter apagado todas as luzes da sala.


— Não é para ele fazer isso? — Ucker parecia leve, como sempre.


— Er... não.


Poncho murmurou algo em voz baixa. Anahí não conseguiu ouvi-lo direito, mas tinha quase certeza de que tinha ouvido as palavras “Henry” e “retardado”. Um momento mais tarde, houve uma queda enorme.


— Poncho! — alguém gritou em alarme.


Luz brilhante encheu a sala, fazendo Anahí piscar várias vezes. Maite estava de pé na soleira, segurando uma luminária de pedra enfeitiçada no alto em uma das mãos, e Poncho estava caído no chão a seus pés em uma profusão de cacos do aparador.


— O que raios…


— Eu estava tentando endireitar o lustre — Poncho disse irritado, sentando-se e espanando pedaços de louça de sua camisa.


— Thomas poderia ter feito isso. E agora você destruiu metade dos pratos.


— E muito obrigado ao seu marido idiota por isso — Poncho olhou para si mesmo — acho que quebrei alguma coisa. A dor está bastante angustiante.


— Você parece bem intacto para mim — Maite foi implacável — levante-se. Suponho que iremos comer à luz de pedra enfeitiçada esta noite.


Jessamine, na ponta da mesa, inalou audivelmente. Foi o primeiro barulho que ela fez desde que Poncho tinha perguntado-lhe sobre o sangue em sua manga.


— Eu odeio pedra enfeitiçada. Faz minha pele parecer absolutamente verde.


Apesar da “verdura” de Jessamine, Anahí descobriu que gostava bastante da pedra enfeitiçada. Ela projetava um brilho branco difuso sobre tudo e fez até mesmo as ervilhas e cebolas parecerem românticas e misteriosas.


Enquanto passava manteiga em um pãozinho com uma pesada faca de prata, ela não conseguia evitar pensar no pequeno apartamento em Manhattan onde ela, seu irmão e sua tia haviam comido suas parcas ceias em torno de uma mesa simples à luz de algumas velas. Tia Harriet sempre teve o cuidado de manter tudo tão escrupulosamente limpo, desde as cortinas de renda branca nas janelas da frente até a chaleira de cobre brilhando no fogão. Ela sempre disse que, quanto menos você tem, mais cuidado deve ter com tudo o que possuir. Anahí se perguntou se os Caçadores de Sombras tinham cuidado com tudo o que possuíam.


Maite e Henry estavam recontando o que haviam aprendido de Mortmain; Ucker e Poncho escutavam atentamente enquanto Jessamine olhava pela janela, entediada. Ucker parecia especialmente interessado na descrição da casa de Mortmain, com seus artefatos do mundo inteiro.


— Eu disse a você. Taipan. Todos eles pensam em si mesmos como homens muito importantes. Acima da lei.


— Sim — Maite concordou — ele tinha aquele jeito, como se estivesse acostumado a ser ouvido. Homens assim muitas vezes são alvos fáceis para aqueles que querem trazê-los para o Mundo das Sombras. Eles são acostumados a ter poder e esperam ser capazes de obter mais poder de forma fácil e com pouco custo para si. Eles não têm ideia de quão alto o preço do poder no Submundo é — ela se virou, franzindo a testa, para Poncho e Jessamine, que pareciam estar discutindo sobre algo em tons mordazes — qual é o problema com vocês dois?


Anahí aproveitou a oportunidade para virar-se para Ucker, que estava sentado ao seu lado direito.


— Xangai — ela falou em uma voz baixa — parece tão fascinante. Eu gostaria de poder viajar para lá. Eu sempre quis viajar.


Quando Ucker sorriu para ela, ela viu aquele brilho novamente em sua garganta. Era um pingente esculpido em pedra verde bruta.


— E agora você viajou. Você está aqui, não está?


— Eu só havia viajado nos livros antes. Sei que parece bobagem, mas...


Jessamine os interrompeu batendo o garfo na mesa.


— Maite — ela exigiu, estridente — faça Poncho me deixar em paz.


Poncho estava recostado na cadeira, seus olhos azuis cintilando.


— Se ela dissesse por que tem sangue em suas roupas, eu iria deixá-la em paz. Deixe-me adivinhar, Jessie. Você encontrou uma pobre mulher no parque que teve a infelicidade de usar um vestido melhor que o seu, então você cortou a garganta dela com aquela sombrinha esperta. Eu entendi direito?


Jessamine arreganhou os dentes para ele.


— Você está sendo ridículo.


— Está mesmo, sabe — Maite concordou.


— Quer dizer, eu estou vestindo azul. Azul combina com tudo — Jessamine continuou — o que, realmente, você deveria saber. Você é vaidoso o suficiente sobre as suas próprias roupas.


— O azul não combina com tudo — Poncho apontou — não combina com o vermelho, por exemplo.


— Eu tenho um colete listrado vermelho e azul — exclamou Henry, alcançando as ervilhas.


— E se isso não é prova de que essas duas cores nunca devem ser vistas juntos debaixo do céu, não sei o que é.


— Poncho —Maite disse bruscamente — não fale com Henry assim. Henry...


Henry levantou a cabeça.


— Sim?


Maite suspirou.


— Este prato em que você está colocando ervilhas é o de Jessamine, não o seu. Preste atenção, querido.



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Autor(a): Alien AyA

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Enquanto Henry olhava para baixo em surpresa, a porta da sala de jantar abriu e Sophie entrou. Sua cabeça estava abaixada, seu cabelo escuro brilhante. Quando ela se curvou para falar baixo com Maite, a pedra enfeitiçada lançou seu brilho em seu rosto, fazendo sua cicatriz brilhar como prata contra sua pele. Um olhar de alívio percorreu o rosto d ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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