Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico

Enquanto Henry olhava para baixo em surpresa, a porta da sala de jantar abriu e Sophie entrou. Sua cabeça estava abaixada, seu cabelo escuro brilhante. Quando ela se curvou para falar baixo com Maite, a pedra enfeitiçada lançou seu brilho em seu rosto, fazendo sua cicatriz brilhar como prata contra sua pele.

Um olhar de alívio percorreu o rosto de Maite. Um momento depois, ela havia se levantado e se apressado para fora da sala, parando apenas para tocar Henry levemente no ombro enquanto se retirava.

Os olhos castanhos de Jessamine se arregalaram.

— Onde ela está indo?

Poncho olhou para Sophie, seu olhar deslizando sobre ela daquele jeito que Anahí sabia ser como dedos acariciando a sua pele.

— De fato, Sophie, minha querida. Aonde ela foi?

Sophie lançou-lhe um olhar venenoso.

— Se a Sra. Branwell quisesse que você soubesse, tenho certeza de que ela teria lhe dito — ela estourou, e se apressou para fora da sala atrás de sua senhora.

Henry, tendo abaixado as ervilhas, tentou um sorriso afável.

— Bem, então. O que era que estávamos discutindo?

— Nada disso — Poncho disse — queremos saber para onde Maite foi. Aconteceu alguma coisa?

— Não — Henry respondeu — quer dizer, eu penso que não... — ele olhou ao redor da sala, viu quatro pares de olhos fixos nele e suspirou. — Maite nem sempre me diz o que está fazendo. Vocês sabem disso — sorriu um pouco dolorosamente — não posso culpá-la, realmente. Não se pode contar comigo para ser sensato.

Anahí desejava que pudesse dizer algo para confortar Henry. Algo sobre ele a fez pensar em Nate quando era mais jovem, tímido, desajeitado e facilmente ferido. Reflexivamente ela elevou a mão para tocar o anjo em sua garganta, buscando segurança em seu constante tique-taque.

Henry olhou para ela.

— Esse objeto mecânico que você usa ao redor do pescoço... eu poderia vê-lo por um momento?

Anahí hesitou, depois assentiu. Era apenas Henry, afinal de contas. Ela desprendeu o fecho do cordão, retirou o colar e entregou a ele.

— Este é um pequeno objeto interessante — falou, virando-o em suas mãos — onde você o conseguiu?

— Foi de minha mãe.

— Como uma espécie de talismã — ele olhou para cima — você se importaria se eu o examinasse no laboratório?

— Oh — Anahí não conseguiu esconder sua ansiedade — apenas se você tomar muito cuidado. É tudo o que eu tenho da minha mãe. Se fosse quebrado...

— Henry não irá quebrá-lo ou danificá-lo — Ucker a tranquilizou — ele é realmente muito bom com esse tipo de coisa.

— É verdade — Henry confirmou, tão modesto e prosaico que não parecia haver nada vaidoso sobre a declaração — irei devolvê-lo em bom estado.

— Bom... — Anahí hesitou.

— Eu não entendo para que tanto barulho — disse Jessamine, que parecia entediada durante toda esta conversa — não é como ele tivesse diamantes.

— Algumas pessoas valorizam mais os sentimentos do que os diamantes, Jessamine — era Maite, em pé na porta. Ela parecia perturbada — há alguém aqui que quer falar com você, Anahí.

— Comigo? — Anahí inquiriu, o anjo mecânico esquecido por agora.

— Bem, quem é? — Poncho perguntou. — Você tem de nos manter em suspense?

Maite suspirou.

— É Lady Belcourt. Ela está lá embaixo. No Santuário.

— Agora? — Poncho franziu o cenho. — Aconteceu alguma coisa?

— Eu entrei em contato com ela — Maite explicou — acerca de de Quincey pouco antes do jantar. Eu esperava que ela tivesse alguma informação, e ela tem, mas insiste em ver Anahí primeiro. Parece que, apesar de todas as nossas precauções, boatos sobre Anahí vazaram para o Submundo, e Lady Belcourt está... interessada.

Anahí bateu o garfo com um estrondo.

— Interessada em quê? — Ela olhou ao redor da mesa, percebendo que quatro pares de olhos estavam agora fixos nela. — Quem é Lady Belcourt?

Quando ninguém respondeu, ela voltou-se para Ucker, sendo ele o mais provável a dar-lhe uma resposta.

— Ela é uma Caçadora das Sombras?

— Ela é uma vampira — Ucker respondeu — uma informante vampira, na verdade. Dá dados para Maite e nos mantém informados sobre o que está acontecendo na comunidade da Noite.

— Você não precisa falar com ela se não quiser, Anahí — Maite falou — posso mandá-la embora.

— Não — Anahí empurrou seu prato para longe — se ela está bem informada sobre de Quincey, talvez saiba algo sobre Nate também. Não posso arriscar mandá-la embora, se ela pode ter informações. Eu irei.

— Você não quer mesmo saber o que ela quer de você? — Poncho perguntou.

Anahí olhou para ele deliberadamente. A pedra enfeitiçada deixava sua pele mais pálida, seus olhos mais intensamente azuis. Eles eram da cor da água do Atlântico Norte, onde o gelo deslizava em sua superfície preta azulada como neve agarrada à vidraça escura de uma janela.

— Além das Irmãs Sombrias, nunca realmente conheci outro Ser do Submundo. Eu acho... que gostaria.

— Anahí... — Ucker começou, mas ela já estava em pé.

Sem olhar para ninguém na mesa, saiu correndo da sala atrás de Maite.

Até Mais!
Espero que estejam gostando! ;)