Fanfics Brasil - As Pessoas Guardam Segredos Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: As Pessoas Guardam Segredos

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Os Acordos, agora com dez anos de idade, marcaram um momento histórico para ambos, Nephilins e Seres do Submundo. Não mais os dois grupos se esforçariam para destruir uns aos outros. Eles estariam unidos contra um inimigo comum, o demônio. Havia cinquenta homens no momento da assinatura dos Acordos em Idris: dez dos Filhos da Noite; dez dos Filhos de Lilith, conhecidos como feiticeiros; dez do Povo Justo; dez dos Filhos da Lua; e dez do Sangue de Raziel...


Anahí acordou pulando com o som de uma batida em sua porta.


Estava meio adormecida no travesseiro, seu dedo ainda marcando uma página no Códex dos Caçadores de Sombras. Depois de abaixar o livro, ela mal teve tempo de sentar e tirar as cobertas de cima dela antes que a porta se abrisse.


Para dentro veio a luz de lampião, e Maite com ela. Anahí sentiu uma pontada estranha, quase desapontamento – mas quem mais estava esperando? Apesar de ser tarde, Maite estava vestida como se planejasse sair. Seu rosto estava muito sério, e havia linhas de cansaço debaixo dos seus olhos escuros.


— Você está acordada?


Anahí assentiu, e levantou o livro que ela estava lendo.


— Lendo.


Maite não disse nada, apenas atravessou o quarto e sentou-se aos pés da cama de Anahí. Ela estendeu sua mão. Algo brilhava na palma; era o pingente de anjo de Anahí.


— Você deixou isso com Henry.


Anahí abaixou o livro e pegou o pingente. Ela escorregou a corrente pela cabeça, e sentiu-se reconfortada quando o peso familiar repousou contra o vazio em sua garganta.


— Ele descobriu alguma coisa dele?


— Não tenho certeza. Ele disse que estava entupido por dentro com anos de ferrugem, que era um milagre que ainda estivesse funcionando. Ele limpou o mecanismo, mas não parece ter resultado em uma grande mudança. Talvez ele tiquetaqueie mais regularmente agora?


— Talvez — Anahí não se importava; ela estava apenas feliz por ter o anjo, o símbolo de sua mãe e sua vida em Nova York, de volta em sua posse.


Maite cruzou as mãos no colo.


— Anahí, há algo que eu não lhe contei.


O coração de Anahí começou a bater mais rápido.


— O quê?


— Mortmain... — Maite hesitou. — Quando eu disse que Mortmain apresentou seu irmão ao Clube Pandemônio, era verdade, mas não toda ela. Seu irmão já sabia sobre o Mundo das Sombras antes que Mortmain lhe dissesse. Parece que ele aprendeu sobre o assunto com seu pai.


Atordoada, Anahí ficou em silêncio.


— Quantos anos você tinha quando seus pais morreram? — Maite perguntou.


— Foi um acidente — Anahí respondeu, um pouco aturdida — eu tinha três anos. Nate tinha seis.


Charlote franziu a testa.


— Tão jovem para o seu pai confidenciar a seu irmão, mas... Suponho que é possível.


— Não — disse Anahí — não, você não entende. Eu tive a educação mais comum, mais humana, que se possa imaginar. Tia Harriet, ela era a mulher mais prática do mundo. E ela teria sabido, não teria? Ela era irmã mais nova de mamãe; eles a trouxeram com eles de Londres quando vieram para a América.


— As pessoas guardam segredos, Anahí, às vezes até mesmo daqueles que amam — Maite deslizou os dedos sobre a capa do Códex, com o seu selo em alto relevo — e você tem que admitir que faz sentido.


— Sentido? Não faz qualquer tipo de sentido!


— Anahí... — Maite suspirou. — Não sabemos por que você tem a habilidade que tem. Mas se um de seus pais estivesse ligado de alguma forma ao mundo mágico, não faz sentido que essa ligação possa ter algo a ver com isso? Se o seu pai fosse um membro do Clube Pandemônio, não é uma maneira que de Quincey poderia ter sabido sobre você?


— Suponho que sim — Anahí falou de má vontade — é só... eu acreditava tanto que quando cheguei a Londres, tudo o que estava acontecendo comigo era um sonho. Que antes a minha vida tinha sido real e esta era um terrível pesadelo. Pensei que, se eu apenas pudesse encontrar Nate, nós poderíamos voltar à vida que tínhamos antes — ela levantou os olhos para Maite — mas agora não posso evitar me perguntar se talvez a vida que eu tinha antes era o sonho e tudo isso era a verdade. Se meus pais sabiam do Clube Pandemônio... se faziam parte do Mundo das Sombras também... então não existe um mundo para o qual eu possa voltar que esteja limpo de tudo isso.


Maite, suas mãos ainda cruzadas sobre o colo, olhou para Anahí com firmeza.


— Alguma vez você já se perguntou por que o rosto de Sophie é marcado?


Apanhada desprevenida, Anahí só conseguiu balbuciar.


— E-eu tive curiosidade, mas... não quis perguntar.


— Nem deveria — disse Maite. Sua voz era firme e fria — quando vi Sophie pela primeira vez, ela estava agachada em uma porta, imunda, com um trapo sangrento agarrado ao rosto. Ela me viu quando passei, embora eu estivesse com um encantamento naquela hora. Isso foi o que chamou minha atenção para ela. Ela tem um toque da Visão, assim como Thomas e Agatha. Ofereci-lhe dinheiro, mas ela não quis aceitar. Eu a convenci a me acompanhar até uma loja de chá, e ela me contou o que tinha acontecido com ela. Ela havia sido uma criada de salão, em uma bela casa em St. John`s Wood. Criadas de salão, é claro, são escolhidas pela sua aparência, e Sophie era linda – que acabou por ser ao mesmo tempo uma vantagem e uma desvantagem muito grande para ela. Como você pode imaginar, o filho da casa teve um interesse em seduzi-la. Ela o recusou diversas vezes. Num acesso de raiva, ele pegou uma faca e rasgou o rosto dela, dizendo que se não podia tê-la, ele iria se certificar de que ninguém nunca a quisesse novamente.


— Que horrível — Anahí sussurrou.


— Ela foi até sua senhora, a mãe do menino, mas ele alegou que ela havia tentado seduzi-lo, e ele tomou a faca para lutar contra ela e proteger a sua virtude. Claro, eles a despejaram na rua. Quando a encontrei, seu rosto estava muito infeccionado. Eu a trouxe aqui e os Irmãos do Silêncio cuidaram dela, mas embora tenham curado a infecção, não puderam tirar a cicatriz.


Anahí colocou a mão no próprio rosto em um gesto inconsciente de simpatia.


— Pobre Sophie.


Maite inclinou a cabeça para o lado e olhou para Anahí com seus olhos castanhos. Ela tinha uma presença tão forte, Anahí pensou, que era difícil lembrar algumas vezes quão fisicamente pequena ela era, quão delicada e minúscula.


— Sophie tem um dom. Ela tem a Visão. Pode ver o que os outros não podem. Em sua vida antiga, ela muitas vezes se perguntou se estava louca. Agora ela sabe que não é louca, e sim especial. Lá, ela era apenas uma criada de salão, que provavelmente iria perder sua posição quando sua aparência se deteriorasse. Agora ela é um membro valioso de nossa residência, uma garota dotada com muito a contribuir — Maite se inclinou para frente — você olha para trás para a vida que tinha, Anahí, e ela lhe parece segura em comparação com esta. Mas você e sua tia eram muito pobres, se não me engano. Se você não tivesse vindo para Londres, para onde teria ido quando ela morreu? O que teria feito? Você teria se encontrado chorando em um beco como a nossa Sophie? — Maite balançou a cabeça. — Você tem um poder de valor incalculável. Não precisa pedir nada a ninguém. Não precisa depender de ninguém. Você é livre, e essa liberdade é um dom.


— É difícil pensar em algo como um dom quando você foi atormentado e aprisionado por isso.


Maite balançou a cabeça.


— Sophie me disse uma vez que ela estava feliz por ter uma cicatriz. Disse que quem a amasse agora, amaria seu eu verdadeiro, e não seu rosto bonito. Este é o seu verdadeiro eu, Anahí. Este poder é quem você é. Quem a amar agora – e você também deve amar a si mesma – irá amar a verdadeira você.


Anahí apanhou o Códex e abraçou-o contra o peito.


— Então você está dizendo que estou certa. Isto é o que é real, e a vida que eu tinha antes era o sonho.


— Está certa.


Gentilmente, Maite deu tapinhas no ombro de Anahí. Anahí quase pulou com o contato. Tinha se passado um longo tempo, pensou ela, desde que alguém a havia tocado de uma forma tão maternal; ela pensou em Tia Harriet, e sua garganta doeu.


— E agora é hora de acordar.




Até hoje à noite ;)


 



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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