Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
— Diagrama para um autômato — disse Christian, inclinando a cabeça para o lado — um ser humano artificial. Humanos sempre foram fascinados pelas criaturas – suponho que seja porque eles são humanoides, mas não podem morrer ou se ferir. Você já leu O livro de conhecimento de engenhosos dispositivos mecânicos?
— Eu nunca nem mesmo ouvi falar nele — Poncho respondeu — há algum pântano deserto nele, envolto em uma misteriosa névoa? Noivas fantasmagóricas andando pelos corredores de castelos em ruínas? Um bonito rapaz correndo para resgatar uma bela, mas pobre donzela?
— Não — disse Christian — há um pedaço bastante picante sobre rodas dentadas lá pela metade, mas realmente a maior parte dele é seca.
— Então Anahí não deve ter lido, também — Poncho falou.
Anahí lhe lançou um olhar cortante, mas não disse nada; ela não tinha lido, e não estava no humor de deixar Poncho atingi-la.
— Bem, então, — ele foi escrito por um estudioso árabe, dois séculos antes de Leonardo da Vinci, e descreve como máquinas poderiam ser construídas para imitar as ações de um ser humano. Agora, não há nada de alarmante nisto por si só. Mas é isto — o dedo longo de Christian passou gentilmente pela escrita do lado esquerdo da página — que me preocupa.
Poncho se inclinou para mais perto. Sua manga roçou o braço de Anahí.
— Sim, é sobre isto que eu queria te perguntar. Isto é um feitiço?
Christian assentiu.
— Um feitiço de ligação. Feito para infundir energia demoníaca dentro de um objeto inanimado, deste modo dando a este objeto um tipo de vida. Eu já vi o feitiço sendo usado. Antes dos Acordos, vampiros gostavam de se entreter criando pequenos mecanismos demoníacos como caixas de música que tocariam apenas à noite, cavalos mecânicos que podiam cavalgar apenas depois do pôr do sol, este tipo de tolices — ele bateu com o dedo no topo de sua bengala, pensativo — um dos grandes problemas de criar autômatos convincentes, é claro, sempre foi sua aparência. Nenhum outro material dá realmente o semblante de carne humana.
— Mas e se alguém usasse carne humana? — Anahí perguntou.
Christian pausou delicadamente.
— O problema aqui, para inventores humanos, é óbvio. Preservar a carne destrói sua aparência. Alguém teria de usar magia, e então usar magia de novo, para vincular a energia demoníaca ao corpo mecânico.
— E o que isto iria fazer? — Poncho perguntou.
— Foram construídos autômatos que podem escrever poemas, desenhar paisagens – mas apenas aquelas que eles são direcionados a criar. Eles não têm criatividade individual ou imaginação. Animados por energia demoníaca, entretanto, um autômato teria uma medida de pensamento e vontade. Mas qualquer espírito ligado está escravizado. Ele seria inevitável e totalmente obediente a quem quer que tivesse feito o vínculo.
— Um exército mecânico — Poncho disse, e havia um tipo de humor amargo em sua voz — nascido nem do Inferno nem do Céu.
— Eu não iria tão longe — Christian respondeu — energias demoníacas são dificilmente um item fácil de conseguir. Alguém deve invocar demônios e então vinculá-los, e você sabe quão difícil este processo é. Obter energias demoníacas suficientes para criar um exército seria quase impossível e de um risco extraordinário. Mesmo para um bastardo mal intencionado como de Quincey.
— Entendo — e com isto, Poncho enrolou o papel e colocou dentro de sua jaqueta — muito obrigado pela ajuda, Christian.
Christian pareceu fracamente intrigado, mas sua resposta foi cordial.
— É claro.
— Acredito que você não sentiria muito em ver de Quincey sumir e ter outro vampiro em seu lugar — Poncho comentou — você já o observou verdadeiramente quebrando a Lei?
— Uma vez. Eu fui convidado aqui para testemunhar uma de suas “cerimônias”. Como aconteceu... — Christian pareceu estranhamente sombrio — bem, deixe-me mostrar a vocês.
Ele se virou e se moveu em direção à estante que Anahí esteve examinando mais cedo, fazendo um gesto para eles se juntarem a ele. Poncho o seguiu, Anahí a seu lado. Christian estalou seus dedos de novo, e enquanto faíscas azuis voaram, a Bíblia ilustrada deslizou para o lado, revelando um pequeno buraco que tinha sido cortado na madeira no fundo da prateleira.
Quando Anahí se inclinou para frente em surpresa, viu que ele oferecia uma vista para uma elegante sala de música. Pelo menos, foi o que ela pensou no início, vendo as cadeiras arrumadas em fileiras de frente para o fundo da sala; parecia um tipo de teatro. Fileiras de candelabros estavam ali para iluminação, cortinas de cetim vermelho até o chão bloqueavam as paredes do fundo, e o chão era levemente elevado, criando um tipo de palco improvisado. Não havia nada nele a não ser uma única cadeira de madeira de espaldar alto.
Algemas de metal estavam anexadas aos braços da cadeira, brilhando como carapaças de inseto à luz de vela. A madeira na cadeira estava manchada aqui e ali de vermelho-escuro. As pernas da cadeira, Anahí viu, estavam pregadas no chão.
— É aqui que eles têm suas pequenas... performances — Christian falou, um tom suave de repugnância em sua voz — eles trazem o humano e o prendem – ou a prendem – na cadeira. Então eles revezam drenando a vitima lentamente, enquanto a multidão assiste e aplaude.
— E eles apreciam isso? — Poncho indagou. A aversão em sua voz era mais do que um tom suave. — A dor do mundano? Seu medo?
— Nem todos os Filhos da Noite são assim — Christian respondeu calmamente — estes são os piores deles.
— E as vítimas, onde eles os acham?
— Criminosos, a maioria — Christian respondeu — bêbados, viciados, prostitutas. Os esquecidos e perdidos. Aqueles de quem ninguém sentirá falta — ele olhou para Poncho firmemente — você gostaria de elaborar seu plano?
— Nós começamos quando virmos a Lei ser quebrada. No momento que um vampiro se mover para ferir um humano, eu farei um sinal para o Enclave. Eles irão atacar.
— Sério? Como eles irão entrar?
— Não se preocupe com isto — Poncho estava imperturbável — seu trabalho é levar Anahí neste ponto e tirá-la em segurança daqui. Thomas está esperando lá fora com a carruagem. Joguem-se dentro dela e ele irá leva-los de volta para o Instituto.
— Parece um desperdício dos meus talentos, me atribuir para tomar conta de uma garota de tamanho moderado — Christian observou — certamente você poderia me usar...
— Isto é um assunto de Caçadores de Sombras. Nós fizemos a Lei, e nós mantemos a Lei. A assistência que você nos deu até agora tem sido inestimável, mas não exigimos nada mais de você.
Christian encontrou os olhos de Anahí sobre os ombros de Poncho; seu olhar era irônico.
— O isolamento orgulhoso dos Nephilins. Eles têm uso para você quando precisam, mas não podem se levar a dividir uma vitória com Seres do Submundo.
Anahí se virou para Poncho.
— Você também está me mandando embora antes da luta começar?
— Eu devo. Será melhor para Camille não ser vista cooperando com Caçadores de Sombras.
— Isto é absurdo — disse Anahí — de Quincey saberá que eu – ela – te trouxe aqui. Ele saberá que ela mentiu sobre onde te encontrou. Será que ela pensa que, depois disto, o resto do clã não saberá que ela é uma traidora?
Em algum lugar no fundo de sua cabeça, a risada suave de Camille ronronou. Ela não soava com medo.
Poncho e Christian trocaram um olhar.
— Ela não espera — Christian observou — que um único vampiro que está aqui esta noite sobreviva para acusá-la.
— Os mortos não podem contar historias — Poncho falou suavemente.
A luz oscilante na sala pintava seu rosto em sombras alternantes de negro e ouro; a linha de seu queixo estava rígida. Ele observou pelo buraco, seus olhos estreitando.
— Veja.
Os três se aglomeraram para chegar mais perto do buraco, pelo qual eles viram as portas em um canto da sala de musica se abrir. Através delas estava a grande sala de estar iluminada a velas; vampiros começaram a passar pela porta, tomando seus lugares nos assentos em frente ao “palco”.
— Está na hora — Christian disse calmamente, e deslizou o painel de madeira, fechando-o.
Mila Puente Herrera pois é o Chris não podeia dexar de ser meio "doido" eu primeiro quase coloquei ele como o Henry, mas dai como feiticeiro combino mais com o Chris além de que o personagem é bisexual então...
nandacolucci ;P
Autor(a): Alien AyA
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A sala de música estava quase cheia. Anahí, de braço dado com Christian, observou enquanto Poncho fazia seu caminho através da multidão, procurando por três assentos juntos. Ele estava mantendo a cabeça baixa, olhos no chão, mas mesmo assim... — Eles ainda estão olhando para ele — ela disse para Chris ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....