Fanfics Brasil - Esperam Que Você Tenha Mais Juízo Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Esperam Que Você Tenha Mais Juízo

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Uma mão surgiu, agarrou Poncho pelas costas da camisa e o arrastou para dentro. A porta se fechou com um barulho depois dele, e Thomas, sentando muito ereto, agarrou as rédeas dos cavalos. Um momento depois a carruagem havia se lançado para frente na noite, deixando Gabriel encarando, furiosamente, ela se afastar.


— O que você estava pensando?


Ucker, tendo depositado Poncho no assento da carruagem oposto a ele, balançou a cabeça, seus olhos prateados brilhando na obscuridade. Ele segurava sua bengala entre os joelhos, a mão descansando levemente sobre a cabeça de dragão entalhada. A bengala havia pertencido ao pai de Ucker, Poncho sabia, e havia sido desenhada para ele por um fabricante de armas Caçador de Sombras em Pequim.


— Atormentar Gabriel Lightwood daquele jeito... por que você faz isso? Qual é o objetivo?


— Você ouviu o que ele disse sobre você...


— Eu não me importo com o que ele fala sobre mim. É o que todos pensam. Ele só tem coragem de dizer — Ucker se inclinou para frente, descansando o queixo em sua mão — você sabe, eu não posso funcionar como o seu senso de autopreservação desaparecido para sempre. Eventualmente você terá que aprender a manejar sem mim.


Poncho, como sempre, ignorou isso.


— Gabriel Lightwood dificilmente é uma grande ameaça.


— Então esqueça Gabriel. Há alguma razão em particular para você continuar mordendo vampiros?


Poncho tocou o sangue seco em seus pulsos e sorriu.


— Eles não esperam por isso.


— É claro que não. Eles sabem o que acontece quando um de nós consome sangue vampírico. Eles provavelmente esperam que você tenha mais juízo.


— Essa expectativa nunca parece servi-los muito bem, parece?


— Ela dificilmente serve a você, também — Ucker olhou para Poncho pensativamente.


Ele era o único que nunca perdia a paciência com Poncho. O que quer que Poncho fizesse, a reação mais extrema que ele parecia ser capaz de provocar em Ucker era uma leve exasperação.


— O que aconteceu lá dentro? Nós estávamos esperando pelo sinal...


— O maldito fósforo de Henry não funcionou. Ao invés de mandar uma labareda de luz, ele incendiou as cortinas.


Ucker fez um barulho estrangulado.


Poncho o encarou.


— Não é engraçado. Eu não sabia se o resto de vocês iria aparecer ou não.


— Você realmente pensou que nós não viríamos atrás de você quando o lugar inteiro virou uma tocha? — Ucker perguntou sensatamente. — Eles poderiam estar assando você em um espeto, pelo o que sabíamos.


— E Anahí, a criatura tola, deveria ter ido embora com Christian, mas ela não queria sair...


— O irmão dela estava algemado a uma cadeira na sala — Ucker apontou — não tenho certeza se eu iria embora, também.


— Vejo que você está determinado a não ver o meu ponto.


— Se seu ponto é que havia uma garota bonita na sala e isso estava te distraindo, então acho que entendi seu ponto imediatamente.


— Você a acha bonita?


Poncho estava surpreso; Ucker raramente opinava nesse tipo de coisa.


— Sim, e você também acha.


— Eu não notei, realmente.


— Sim, você notou, eu percebi — Ucker estava sorrindo.


Apesar do estresse da batalha, ele parecia saudável esta noite. Havia cor em suas bochechas, e seus olhos eram um escuro e estável prata. Havia vezes, quando a doença estava em seu pior, que toda a cor sumia até mesmo de seus olhos, deixando-os horrivelmente pálidos, quase brancos, com aquela partícula preta de pupila no centro como um grão de cinza negra na neve. Era em vezes como essa que ele também ficava delirante. Poncho havia segurado Ucker enquanto ele se debatia e gritava em outra língua e seus olhos rolavam para trás em sua cabeça, e cada vez que isso acontecia, Poncho pensava que era isso, e Ucker realmente iria morrer dessa vez. Ele algumas vezes então pensava no que iria fazer depois, mas não conseguia imaginar, não mais do que conseguia olhar para trás e se lembrar de sua vida antes de chegar ao Instituto. Nenhum deles ele suportava pensar por muito tempo.


Mas então havia outras vezes, como essa, quando ele olhava pra Ucker e não via marcas de doença nele, e se perguntava como seria um mundo em que Ucker não estivesse morrendo. E nisso também não suportava pensar. Era um terrível lugar negro dentro dele de onde o medo vinha, uma voz escura que ele só podia silenciar com raiva, risco e dor.


— Poncho — a voz de Ucker cortou o devaneio desagradável de Poncho — você ouviu uma única palavra do que eu disse nos últimos cinco minutos?


— Não realmente.


— Nós não precisamos falar sobre Anahí se você não quiser, sabe.


— Não é Anahí.


Isso era verdade. Poncho não estava pensando em Anahí. Estava ficando bom em não pensar nela, na verdade; tudo o que precisava era determinação e prática.


— Um dos vampiros tinha um servo humano que me atacou. Eu o matei sem nem mesmo pensar sobre isso. Ele era apenas um estúpido garoto humano, e eu o matei.


— Ele era um subjugado — disse Ucker — estava se transformando. Seria uma questão de tempo.


— Ele era apenas um garoto — Poncho repetiu.


Virou seu rosto para a janela, embora o brilho da pedra enfeitiçada na carruagem significasse que tudo o que ele podia ver era seu próprio rosto refletido de volta para ele.


— Eu irei me embebedar quando chegarmos em casa — adicionou — acho que terei de fazer isso.


— Não, você não irá. Você sabe exatamente o que irá acontecer quando chegarmos em casa.


Já que ele estava certo, Poncho fez uma careta.


***


À frente de Poncho e Ucker, na primeira carruagem, Anahí sentava no banco de veludo do outro lado de Henry e Maite. Eles estavam falando em murmúrios sobre a noite e como ela tinha ido. Anahí deixou as palavras passarem por ela, mal se importando. Apenas dois Caçadores de Sombras haviam sido mortos, mas a fuga de de Quincey era um desastre, e Maite estava preocupada que o Enclave ficasse com raiva dela. Henry fazia sons tranquilizadores, mas Maite parecia inconsolável. Anahí teria se sentido mal por ela, se tivesse a energia para sentir qualquer coisa.


Nathaniel estava deitado ao lado de Anahí, a cabeça no colo dela. Ela se inclinou sobre ele, acariciando seu sujo cabelo emaranhado com suas mãos enluvadas.


— Nate — ela disse, tão suavemente que esperava que Maite não a ouvisse — está tudo bem agora. Tudo está bem.


Os cílios de Nathaniel tremeram e seus olhos se abriram. A mão dele subiu – as unhas quebradas, suas juntas inchadas e torcidas – e ele agarrou fortemente a mão dela, enlaçando seus dedos nos dela.


— Não vá — ele disse com a voz grossa.


Os olhos dele se fecharam de novo; ele estava claramente flutuando para dentro e para fora da consciência, se estava realmente consciente de qualquer modo.


— Gio... fique.


Ninguém mais jamais a chamara assim; ela fechou os olhos, desejando que as lágrimas voltassem. Ela não queria que Maite – ou qualquer Caçador de Sombras – a visse chorar.




Até Mais!


 



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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