Fanfics Brasil - Filhos de Lilith Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Filhos de Lilith

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Capítulo 12 - Sangue e água


Não me atrevo a tocá-la sempre, para que o beijo
Não deixe meus lábios carbonizados. Sim, Senhor, um pouco de alegria,
Breve alegria amarga, que um tem por um grande pecado;
No entanto tu sabes quão doce é a coisa.
– Algernon Charles Swinburne, Laus Veneris


Quando chegaram ao Instituto, Sophie e Agatha estavam esperando nas portas abertas com lamparinas. Anahí tropeçava de cansaço enquanto saía da carruagem, e ficou surpresa – e grata – quando Sophie veio para ajudá-la a subir os degraus.


Maite e Henry meio que carregaram Nathaniel. Atrás deles, a carruagem com Poncho e Ucker dentro entrou com barulho pelos portões, a voz de Thomas sendo carregada no ar fresco da noite quando ele gritou um cumprimento.


Jessamine, não para a surpresa de Anahí, estava longe de ser vista.


Eles instalaram Nathaniel em um quarto como o de Anahí – a mesma mobília de pesada madeira escura, a mesma cama grande e guarda-roupa. Enquanto Maite e Agatha ajeitavam Nathaniel na cama, Anahí afundou na cadeira ao lado dele, meio-febril com preocupação e exaustão.


Vozes – suaves vozes de enfermaria – giravam em volta dela. Ela ouviu Maite dizer algo sobre os Irmãos do Silêncio, e Henry respondeu em uma voz suave. Em algum ponto Sophie apareceu ao seu lado e a estimulou a beber algo quente e agridoce que trouxe energia lentamente de volta às suas veias. Logo ela foi capaz de sentar e olhar ao seu redor um pouco, e ela percebeu, para sua surpresa, que à exceção dela e de seu irmão, o quarto estava vazio. Todos tinham ido embora.


Ela olhou para Nathaniel. Ele estava deitado imóvel como um cadáver, seu rosto lividamente machucado, o cabelo sujo emaranhado contra os travesseiros. Anahí não podia evitar lembrar com uma pontada o irmão maravilhosamente vestido de suas memórias, seu cabelo louro sempre tão cuidadosamente escovado e arrumado, sapatos e punhos impecáveis. Este Nathaniel não se parecia com alguém que tinha girado sua irmã ao redor da sala em uma dança, cantarolando para si mesmo em voz baixa pela simples alegria de estar vivo.


Ela se inclinou para frente, pensando em olhar mais atentamente para seu rosto, e viu um lampejo de movimento pelo canto do olho. Virando a cabeça, viu que era apenas ela mesma, refletida no espelho da parede oposta. No vestido de Camille, ela pareceu a seus próprios olhos uma criança brincando de vestir-se. Ela era muito pequena para o estilo sofisticado dele. Parecia uma criança boba. Não admira que Poncho tenha...


— Gio? — A voz de Nathaniel, fraca e frágil, tirou-a instantaneamente de seus devaneios sobre Poncho. — Gio, não me deixe. Acho que estou doente.


— Nate — ela pegou sua mão, agarrou-o entre as palmas das mãos enluvadas — está tudo bem com você. Tudo dará certo. Eles chamaram os médicos...


— Quem são “eles”? — Sua voz era um grito fino. — Onde estamos? Eu não conheço este lugar.


— Este é o Instituto. Você estará seguro aqui.


Nathaniel piscou. Havia anéis escuros, quase negros, em torno de cada um de seus olhos, e seus lábios estavam incrustados com o que parecia ser sangue seco. Seus olhos vagavam de um lado para o outro, não se fixando em nada.


— Caçadores de Sombras — ele suspirou a palavra em uma exalação de respiração — eu não achava que eles realmente existissem... O Magistrado... — Nathaniel sussurrou de repente, e os nervos de Anahí deram um salto — ele disse que eles eram a Lei. Disse que deviam ser temidos. Mas não há lei neste mundo. Não há nenhuma punição... apenas matar ou ser morto — sua voz levantou — Gio, eu sinto muito... sobre tudo...


— O Magistrado. Você quer dizer de Quincey? — Anahí exigiu, mas Nate fez um som sufocante então, e olhou para trás dela com um olhar de medo terrível.


Soltando sua mão, Anahí virou-se para ver o que ele estava olhando.


Maite havia entrado no quarto sem fazer ruído algum. Ela ainda estava usando sua roupa masculina, embora tivesse jogado um manto à moda antiga longo por cima, com um duplo fecho na garganta. Ela parecia muito pequena, em parte porque o Irmão Enoch estava ao seu lado, lançando uma sombra vasta através do chão. Ele usava o mesmo manto cor de pergaminho que usara antes, embora agora o seu cajado fosse preto, a cabeça esculpida em forma de asas escuras. O seu capuz estava levantado, lançando seu rosto na sombra.


— Anahí — disse Maite — você se lembra do Irmão Enoch. Ele está aqui para ajudar Nathaniel.


Com um uivo de terror animal, Nate pegou o pulso de Anahí. Ela olhou para ele perplexa.


— Nathaniel? O que há de errado?


— De Quincey me falou sobre eles — Nathaniel ofegou — os Gregori... os Irmãos do Silêncio. Eles podem matar um homem com um pensamento — ele estremeceu — Anahí — sua voz era um sussurro — olhe para o rosto dele.


Anahí olhou. Enquanto ela estava conversando com seu irmão, Irmão Enoch havia silenciosamente tirado seu capuz. As covas lisas dos seus olhos refletiram a pedra enfeitiçada, o brilho irreconciliável na costura vermelha escoriada em volta da sua boca.


Maite deu um passo adiante.


— Se o Irmão Enoch puder examinar o Sr. Portilla...


— Não! — Anahí gritou. Arrancando seu braço das mãos de Nate, ela se colocou entre seu irmão e os dois outros ocupantes da sala. — Não toquem nele.


Maite fez uma pausa, perecendo incomodada.


— Os Irmãos do Silêncio são os nossos melhores curadores. Sem Irmão Enoch, Nathaniel... — a voz dela sumiu — bem, não há muito o que podemos fazer para ele.


Srta. Portilla.


Ela demorou um instante para perceber que a palavra, o nome dela, não tinha sido falada em voz alta. Em vez disso, como um pedaço de uma canção semiesquecida, havia ecoado dentro de sua própria cabeça – mas não na voz de seus próprios pensamentos. Esse pensamento era estranho, hostil – outro. A voz do Irmão Enoch. Era a maneira que ele tinha falado com ela quando ele havia deixado o quarto em seu primeiro dia no Instituto.


É interessante, Srta. Portilla, Irmão Enoch continuou, que você é uma Ser do Submundo, e ainda assim, seu irmão não. Como uma coisa dessas aconteceu?


Anahí ficou imóvel.


— Você... você pode dizer isso só de olhar para ele?


— Gio! — Nathaniel empurrou-se até sentar contra os travesseiros, o rosto pálido corado. — O que você está fazendo, conversando com o Gregori? Ele é perigoso!


— Está tudo bem, Nate — disse Anahí, sem tirar os olhos do irmão Enoch.


Ela sabia que deveria ter medo, mas o que ela realmente sentiu foi uma pontada de decepção.


— Você quer dizer que não há nada de incomum sobre Nate? — ela perguntou, em voz baixa. — Nada de sobrenatural?


Nada, disse o Irmão Silencioso.


Anahí não tinha percebido o quanto ela estava meio que esperando que seu irmão fosse como ela até este momento. Decepção afiou sua voz.


— Suponho, já que você sabe tanto, que sabe o que eu sou? Eu sou uma feiticeira?


Eu não posso te dizer. Há aquilo em você que a marca como uma dos Filhos de Lilith. Ainda assim, não há nenhum sinal do demônio em você.


— Eu percebi isso — disse Maite, e Anahí percebeu que ela podia ouvir a voz do Irmão Enoch também — pensei que talvez ela não fosse uma feiticeira. Alguns seres humanos nascem com algum poder leve, como a Visão. Ou ela poderia ter o sangue das fadas...


Ela não é humana. Ela é outra coisa. Estudarei sobre isso. Talvez haja alguma coisa nos arquivos para me guiar. Sem olhos como ele era, o Irmão Enoch parecia estar procurando da face de Anahí com seu olhar. Há um poder que eu sinto que você tem. Um poder que nenhum outro feiticeiro possui.


— A transformação, você quer dizer — disse Anahí.


Não. Eu não quero dizer isso.


— Então o quê? — Anahí estava atônita. — O que eu poderia...?


Ela parou com um ruído de Nathaniel. Virando, viu que ele tinha lutado para fora de seus cobertores e estava deitado meio-fora da cama, como se tivesse tentado se levantar; seu rosto estava suado e mortalmente branco. Culpa esfaqueou-a. Ela havia se distraído pelo o que o Irmão Enoch tinha dito e se esquecido de seu irmão.



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Autor(a): Alien AyA

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Ela se lançou para a cama, e com a assistência de Maite, lutou para levar Nate de volta para os travesseiros, puxando o cobertor em torno dele. Ele parecia muito pior do que tinha estado momentos antes. Quando Anahí ajeitou o cobertor em torno dele, ele agarrou seu pulso novamente, seus olhos selvagens. — Será que ele sabe? — perguntou ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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