Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
— Casar? — Anahí ecoou.
O choque foi tão intenso que de repente ela podia ver o quarto inteiro mais claramente – Miranda, o tapete respingado de sangue no chão, o pesado globo de metal sobre a mesa, ainda na posição inclinada que a Sra. Black havia deixado.
— Eu? Mas... quem é ele?
— Ele é um homem muito importante — Miranda repetiu — será uma honra — ela moveu-se para Anahí — você precisa vir comigo agora.
— Não.
Anahí se afastou da outra menina, recuando até que a parte baixa de suas costas bateu dolorosamente contra a mesa. Ela olhou em volta desesperadamente. Poderia correr, mas nunca passaria por Miranda até a porta; não havia janelas, nem portas para outras salas. Se ela se escondesse atrás da mesa, Miranda iria simplesmente arrastá-la e levá-la a seu quarto.
— Miranda, por favor.
— Você precisa vir comigo agora — Miranda falou de novo, ela quase tinha alcançado Anahí.
Anahí podia ver-se refletida nas pupilas negras dos olhos da outra menina, podia sentir o cheiro fraco, amargo, quase carbonizado que se agarrava à roupa e pele de Miranda.
— Você precisa...
Com uma força que não sabia que possuía, Anahí agarrou a base do globo de bronze sobre a mesa, ergueu-o e golpeou com toda força na cabeça de Miranda.
Ele bateu com um som doentio. Miranda recuou – e então se endireitou. Anahí gritou e soltou o globo, encarando. O lado esquerdo inteiro da face de Miranda estava esmagado, como uma máscara de papel que tinha sido amassada de um lado. Sua maçã do rosto estava achatada, seus lábios amassados contra os dentes. Mas não havia sangue, sem sangue absolutamente.
— Você precisa vir comigo agora — Miranda falou outra vez, no mesmo tom monótono que sempre usava.
Anahí olhou boquiaberta.
— Você precisa vir... você p-precis... você... você... você... voccccccccc—...
A voz de Miranda estremeceu e partiu, degenerando em uma corrente de sons inarticulados. Ela se moveu em direção a Anahí, em seguida, sacudiu para o lado, contorcendo-se e tropeçando.
Anahí afastou-se da mesa e começou a recuar enquanto a menina ferida girava, mais e mais rápido. Ela titubeou através da sala como um bêbado cambaleante, ainda gritando, e se chocou contra a parede – o que pareceu atordoá-la. Ela caiu no chão e ficou imóvel.
Anahí correu para a porta e saiu para o corredor, parando apenas uma vez, logo fora da sala, para olhar para trás. Pareceu, naquele breve momento, como se um fio de fumaça preta estivesse subindo do corpo de bruços de Miranda, mas não havia tempo para olhar. Anahí correu pelo corredor, deixando a porta aberta atrás dela.
Se precipitou para a escada e se lançou violentamente para cima, quase tropeçando em suas saias e batendo os joelhos dolorosamente em um dos degraus. Ela gritou e subiu adiante, até o primeiro andar, onde correu para o corredor. Ele se estendia à sua frente, longo e curvo, desaparecendo nas sombras. Enquanto corria, viu que ele era alinhado com portas. Parou e tentou uma, mas esta estava trancada, e também a próxima, e a próxima depois desta.
Outro conjunto de escadas levava para baixo no final do corredor. Anahí desceu-as correndo e encontrou-se em um fall.
Parecia ter sido esplêndido um dia – o chão era de mármore rachado e manchado, e janelas altas de ambos os lados estavam protegidas com cortinas. Um pouco de luz derramava através da renda, iluminando uma enorme porta de entrada. O coração de Anahí pulou. Ela mergulhou para a maçaneta, segurou-a, e arremessou a porta aberta.
Ali havia uma estreita rua de pedra, com fileiras de casas geminadas alinhadas de ambos os lados. O cheiro da cidade acertou Anahí como um golpe – fazia tanto tempo desde que respirou o ar exterior. Era perto do anoitecer, o céu azul do crepúsculo, obscurecido por manchas de neblina. À distância, ela podia ouvir vozes, os gritos de crianças brincando, o clop-clop dos cascos dos cavalos. Mas aqui a rua estava quase deserta, exceto por um homem encostado numa lâmpada de gás nas proximidades, lendo um jornal sob sua luz.
Anahí arremeteu descendo as escadas em direção ao desconhecido, pegando-o pela manga.
— Por favor, senhor... se você puder me ajudar...
O homem se virou e olhou para ela.
Anahí abafou um grito. Seu rosto era tão branco e pálido quanto na primeira vez que o viu, na doca de Southampton. Seus olhos esbugalhados ainda lembraram-na dos olhos de Miranda, e seus dentes brilhavam como metal quando ele sorriu.
Era o cocheiro das Irmãs Sombrias.
Anahí virou-se para correr, mas já era tarde demais.
Até amanhã talvez... e comentem porque se não eu não sei o que estão achando da fanfic!
Autor(a): Alien AyA
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....