Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico
Tentou puxar sua mão para trás, mas só conseguiu atrair a mulher para ela; ela fazia um estridente barulho de zumbido e clique em sua garganta que soava desagradavelmente como um inseto, e de perto, seus olhos eram sem pupilas e pretos. Anahí puxou o pé para trás para chutar...
E houve o súbito ressoar de metal contra metal; a lâmina de Ucker brilhou para baixo com um golpe perfeito, cortando o braço da mulher no meio, no cotovelo.
Anahí, liberta, caiu para trás, a mão sem corpo caindo de seu pulso, atingindo o solo a seus pés. A mulher estava cambaleando na direção de Ucker, zumbe-clique, zumbe-clique. Ele moveu-se para frente, golpeando a mulher vigorosamente com a superfície lisa da bengala, empurrando-a um passo atrás, depois outro e outro até que ela bateu no parapeito da ponte tão forte que se desequilibrou. Sem um grito ela caiu, mergulhando em direção à água abaixo. Anahí correu para o parapeito a tempo de vê-la deslizar sob a superfície. Nenhuma bolha subiu para mostrar onde ela havia desaparecido.
Anahí se virou. Ucker estava segurando a bengala, respirando com dificuldade. Sangue escorria de um corte no lado do rosto, mas ele parecia do outro modo ileso. Ele segurava sua arma livremente em uma das mãos enquanto olhava para uma forma escura dobrada no chão a seus pés, uma forma que se movia e agitava, brilhos de metal aparecendo entre as tiras de sua roupa rasgada.
Quando Anahí se aproximou, viu que era o corpo do cocheiro, se contorcendo e agitando. Sua cabeça havia sido perfeitamente cortada, e uma substância oleosa escura era lançada do coto de seu pescoço, manchando o chão.
Ucker levantou a mão para puxar o cabelo umedecido de suor para trás, espalhando o sangue em sua bochecha. Sua mão tremia. Hesitante, Anahí tocou em seu braço.
— Você está bem?
Seu sorriso era fraco.
— Eu é quem deveria estar te perguntando isso — ele estremeceu ligeiramente — essas coisas mecânicas, me enervam. Eles...
Ele parou, olhando acima dela ela.
Na extremidade sul da ponte, se deslocando em direção a eles com movimentos agudos acentuados, estavam pelo menos mais meia dúzia de criaturas mecânicas. Apesar dos espasmos de seus movimentos, eles estavam se aproximando rapidamente, quase se arremessando para frente. Já estavam a um terço do caminho através da ponte.
Com um clique forte a lâmina desapareceu de volta para dentro da bengala de Ucker. Ele pegou a mão de Anahí, sua voz sem fôlego.
— Corra.
Eles correram, Anahí agarrando sua mão, olhando para trás uma única vez, em terror. As criaturas tinham chegado ao centro da ponte e estavam indo na direção deles, ganhando velocidade. Eram do sexo masculino, Anahí viu, vestidos com o mesmo tipo de casaco de lã e chapéus de feltro escuro que o cocheiro. Seus rostos brilhavam ao luar.
Ucker e Anahí alcançaram os degraus no final da ponte, e Ucker manteve um controle apertado sobre a mão de Anahí quando se precipitaram escada abaixo. As botas dela escorregaram na pedra úmida e ele a pegou, sua bengala batendo desajeitadamente contra as costas dela; ela sentiu o peito dele subir e descer contra o dela, forte, como se ele estivesse ofegante. Mas ele não poderia estar com falta de ar, poderia? Ele era um Caçador de Sombras. O Códex dizia que eles podiam correr por milhas.
Ucker se afastou, e ela viu que seu rosto estava contraído, como se estivesse sentindo dor. Ela queria perguntar se ele havia sido ferido, mas não houve tempo. Podia ouvir barulho de passos na escada acima deles. Sem uma palavra, Ucker agarrou seu pulso novamente e puxou-a atrás dele.
Eles passaram pelo Aterro, iluminado pelo brilho de seus postes em forma de golfinho antes de Ucker desviar e mergulhar entre dois prédios até um beco estreito. O beco subia, indo para longe do rio.
O ar entre os prédios era úmido e abafado, os paralelepípedos manchados de imundície. Roupas lavadas sacudiam como fantasmas nas janelas acima. Os pés de Anahí estavam gritando em suas botas da moda, seu coração batendo violentamente contra o peito, mas não houve desaceleração. Ela podia ouvir as criaturas atrás deles, ouvir o zumbe-clique dos seus movimentos, cada vez mais perto.
O beco abriu para uma rua larga, e ali, elevando-se diante deles, estava o iminente edifício do Instituto. Eles correram pela entrada, e Ucker a soltou enquanto se virava para bater e fechar os portões atrás deles. As criaturas os alcançaram na mesma hora em que as trancas se fecharam; eles se chocaram contra o portão, como brinquedos de corda incapazes de parar, chacoalhando o ferro com um estrondo enorme.
Anahí recuou, olhando. As criaturas mecânicas estavam pressionadas contra o portão, esticando suas mãos através das aberturas no ferro. Ela olhou em volta freneticamente. Ucker estava ao seu lado. Ele estava branco como papel, uma mão pressionando sua lateral. Ela tentou pegar a mão dele, mas ele recuou, fora de seu alcance.
— Anahí — sua voz era desigual — entre no Instituto. Você precisa entrar.
— Você está machucado? Ucker, você está ferido?
— Não — sua voz estava abafada.
Um barulho do portão fez Anahí olhar para cima. Um dos homens mecânicos colocara a mão por uma fresta no portão e estava puxando a corrente de ferro que o mantinha fechado. Enquanto ela encarava com horror fascinado, viu que ele estava puxando os elos de metal com tanta força que a pele estava soltando de seus dedos, mostrando as mãos com juntas de metal embaixo. Havia, obviamente, uma tremenda força naquelas mãos. O metal estava entortando e torcendo em suas garras; era claramente uma questão de minutos antes de a corrente partir e se quebrar.
Anahí agarrou o braço de Ucker. Sua pele estava ardente ao toque; ela podia sentir isso através de suas roupas.
— Vamos.
Com um gemido, ele a deixou puxá-lo em direção à porta da frente da igreja; ele estava cambaleando, e apoiando-se nela pesadamente, sua respiração agitando seu peito. Eles cambalearam até as escadas, Ucker deslizando de seu apoio no momento em que chegaram ao degrau mais alto. Ele bateu no chão de joelhos, tosse asfixiante lhe rasgando, seu corpo inteiro tendo espasmos.
Autor(a): Alien AyA
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O portão arrebentou. As criaturas mecânicas derramaram-se pelo caminho, liderados por aquele que havia despedaçado a corrente, suas mãos sem pele brilhando ao luar. Lembrando o que Poncho tinha dito, que alguém tinha que ter sangue de Caçador de Sombras para abrir a porta, Anahí alcançou a corda da sineta que pendia ao ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 325
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nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03
que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43
adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53
que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!
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franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12
adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss
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Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54
Chorei :/ Adeus não viu Adri..
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10
chorrei bastante viu... ;(
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37
nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.
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franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..
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Postado em 23/09/2015 - 13:52:16
sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.
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franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41
Nossa....