Fanfics Brasil - Ele Quer Falar Com Você Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Ele Quer Falar Com Você

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Capítulo 15 - Lama estrangeira


Ah Deus, que o amor fosse como uma flor ou chama,
Que a vida fosse como o significado de um nome,
Que a morte não fosse mais lamentável que o desejo,
Que estas coisas não fossem o mesmo!
– Algernon Charles Swinburne, Laus Veneris


— Srta. Anahí — a voz era de Sophie. Anahí se virou e a viu enquadrada no umbral, uma lamparina balançando em sua mão — você está bem?


Anahí se sentiu lamentavelmente agradecida por ver a outra garota. Ela estava se sentindo tão sozinha.


— Eu não estou machucada. Henry foi atrás das criaturas, porém, e Maite...


— Eles ficarão completamente bem — Sophie pôs uma mão no cotovelo de Anahí — vamos, venha para dentro, senhorita. Você está sangrando.


— Estou?


Intrigada, Anahí levantou os dedos para tocar sua testa; eles vieram manchados de vermelho.


— Devo ter batido minha cabeça quando caí contra os degraus. Eu nem mesmo senti.


— Choque — Sophie disse calmamente, e Anahí pensou em quantas vezes, em seu emprego aqui, Sophie devia ter feito essas coisas – posto curativos em cortes, enxugado sangue — venha comigo, e eu conseguirei uma compressa para sua cabeça.


Anahí assentiu. Com uma última olhada sobre o ombro para a destruição no jardim, ela deixou Sophie guiá-la de volta para o Instituto.


Os próximos momentos foram algo como um borrão. Depois que Sophie a ajudou a subir as escadas e a sentar em uma poltrona na sala de estar, ela se apressou a sair e voltou momentos depois com Agatha, que pressionou uma xícara de algo quente na mão de Anahí.


Anahí sabia o que era no momento em que sentiu o cheiro – conhaque e água. Ela pensou em Nate e hesitou, mas uma vez que havia tomado alguns goles, as coisas começaram a entrar em foco novamente.


Maite e Henry retornaram, trazendo consigo o cheiro de metal e luta. Com os lábios apertados, Maite colocou suas armas em uma mesa e chamou por Poncho. Ele não respondeu, mas Thomas sim, se apressando pelo corredor, seu casaco manchado de sangue, para dizer a ela que Poncho estava com Ucker, e que Ucker iria ficar bem.


— As criaturas o machucaram, e ele perdeu algum sangue — Thomas disse, correndo uma mão por seu cabelo castanho embaraçado. Ele olhava para Sophie enquanto falava — mas Poncho deu a ele uma iratze...


— E o remédio dele? — Sophie perguntou rapidamente. — Ele tomou um pouco?


Thomas assentiu, e a atitude tensa dos ombros de Sophie relaxou apenas um pouco. O olhar de Maite suavizou também.


— Obrigada, Thomas. Talvez você possa ver se ele precisa de algo mais?


Thomas assentiu, e saiu de novo pelo corredor com um último olhar sobre o ombro para Sophie, que não pareceu notar. Maite afundou no divã oposto a Anahí.


— Anahí, você pode nos dizer o que aconteceu?


Agarrando a xícara, seus dedos gelados apesar do calor dela, Anahí estremeceu.


— Vocês pegaram os que escaparam? Os... o que quer que eles fossem. Os monstros de metal?


Maite sacudiu a cabeça gravemente.


— Nós os perseguimos pelas ruas, mas eles desapareceram quando alcançamos a Ponte Hungerford. Henry pensa que houve alguma mágica envolvida.


— Ou um túnel secreto — Henry apontou — eu também sugeri um túnel secreto, minha querida.


Ele olhou para Anahí. Seu rosto amigável estava riscado com sangue e óleo, seu colete listrado cortado e rasgado. Ele parecia um aluno que havia caído de mau jeito.


— Você os viu saindo de um túnel, talvez, Srta. Portilla?


— Não — Anahí respondeu, sua voz um meio sussurro.


Para limpar a garganta, ela tomou outro gole da bebida que Agatha havia lhe dado, e pôs a xícara na mesa antes de discorrer sobre tudo – a ponte, o cocheiro, a perseguição, as palavras que a criatura havia falado, a maneira que haviam irrompido pelos portões do Instituto. Maite ouvia com um rosto branco apertado; mesmo Henry parecia severo. Sophie, sentada quietamente em uma cadeira, prestava atenção à história com a solene intensidade de uma estudante.


— Eles disseram que aquilo era uma declaração de guerra — Anahí terminou — que estavam vindo para saciar sua vingança sobre nós... sobre vocês, eu suponho, pelo o que aconteceu a de Quincey.


— E a criatura se referiu a ele como o Magistrado? — Maite perguntou.


Anahí pressionou seus lábios juntos firmemente para que eles não tremessem.


— Sim. O cocheiro disse que o Magistrado me queria e que ele havia sido mandado para me reaver. Maite, isso é culpa minha. Se não fosse por mim, de Quincey não teria mandando aquelas criaturas hoje à noite, e Ucker... — ela baixou os olhos para as mãos — talvez vocês apenas devessem deixá-lo me pegar.


Maite estava sacudindo a cabeça.


— Anahí, você ouviu de Quincey noite passada. Ele odeia Caçadores de Sombras. Ele iria atacar a Clave independentemente de você. E se nós a déssemos para ele, tudo o que estaríamos fazendo é colocar uma arma potencialmente valiosa nas mãos dele — ela olhou para Henry — eu me pergunto porque ele esperou tanto tempo. Por que não vir por Anahí quando ela estava fora com Jessie? Ao contrário dos demônios, essas criaturas mecânicas podem sair durante o dia.


— Elas podem — disse Henry — mas não sem alarmar a população – não ainda. Elas não parecem o suficiente com seres humanos normais para passarem sem provocar comentários — ele pegou uma engrenagem brilhante de seu bolso e a levantou — eu examinei os restos dos autômatos no pátio. Esses que de Quincey enviou atrás de Anahí na ponte não são como aquele na cripta. São mais sofisticados, feitos de metais mais resistentes, e com juntas mais sofisticadas. Alguém tem estado trabalhando no desenho daqueles diagramas que Poncho encontrou, aperfeiçoando-o. As criaturas são mais rápidas agora, e mais mortais.


Mas quão aperfeiçoadas?


— Havia um feitiço — Anahí disse rapidamente — no diagrama. Christian o decifrou…


— O feitiço de ligação. Feito para vincular uma energia demoníaca a um autômato — Maite olhou para Henry — de Quincey...?


— Conseguiu realizá-lo? — Henry sacudiu a cabeça. — Não. Aquelas criaturas são simplesmente configuradas para seguir um padrão, como caixas de música. Mas não são animadas. Elas não têm inteligência, vontade ou vida. E não há nada demoníaco nelas.


Maite exalou em alívio.


— Precisamos encontrar de Quincey antes que ele consiga seu objetivo. Aquelas criaturas são difíceis o suficiente de matar como são. O Anjo sabe quantas delas ele fez, ou quão difíceis de matar elas seriam se tivessem a astúcia de demônios.


— Um exército nascido nem do Céu, nem do Inferno — Anahí falou suavemente.


— Exatamente — Henry confirmou — de Quincey deve ser encontrado e parado. E nesse meio tempo, Anahí, você precisa ficar no Instituto. Não que queiramos mantê-la prisioneira, mas seria mais seguro se você ficasse aqui dentro.


— Mas por quanto tempo...? — Anahí começou, e deixou a voz morrer quando a expressão de Sophie mudou. Ela estava olhando para algo além do ombro de Anahí, seus olhos cor de mel subitamente arregalados. Anahí seguiu o olhar dela.


Era Poncho. Ele estava de pé na soleira da porta da sala de estar. Havia um fio de sangue em sua camisa branca; parecia tinta. Seu rosto estava imóvel, quase como uma máscara, seu olhar fixo em Anahí. Quando seus olhares se encontraram, ela sentiu seu pulso pular em sua garganta.


— Ele quer falar com você — Poncho disse.


Houve um momento de silêncio enquanto todos na sala de estar olhavam para ele. Havia algo ameaçador na intensidade do olhar de Poncho, a tensão de sua imobilidade. Sophie tinha a mão na garganta, seus dedos nervosamente mexendo em sua gola.


— Poncho — Maite falou finalmente — você quer dizer Ucker? Ele está bem?


— Ele está acordado e falando — o olhar dele deslizou momentaneamente para Sophie, que havia olhado para baixo, como se para esconder sua expressão — e agora ele quer falar com Anahí.


— Mas... — Anahí olhou em direção a Maite, que parecia perturbada — ele está bem? Ele está bem o suficiente?


A expressão de Poncho não mudou.


— Ele quer falar com você — repetiu, enunciando cada palavra muito claramente — portanto você irá levantar, virá comigo e falará com ele. Entende?


— Poncho — Maite começou rispidamente, mas Anahí já estava levantando, alisando suas saias amassadas com as palmas das mãos.


Maite olhou preocupadamente para ela, mas não disse mais nada.


Poncho estava completamente silencioso enquanto eles desciam o corredor, arandelas de pedra enfeitiçada jogando suas sombras contra as paredes distantes em padrões espichados. Havia óleo negro assim como sangue respingado em sua camisa branca e sujando sua bochecha; seu cabelo estava embaraçado, sua mandíbula firme. Ela se perguntou se ele sequer havia dormido desde o amanhecer, quando ela o havia deixado no sótão. Ela queria perguntar, mas tudo sobre ele – sua postura, seu silêncio, a posição de seus ombros – dizia que nenhuma pergunta seria bem-vinda.


Ele abriu a porta do quarto de Ucker e a convidou a entrar antes dele.




Mila Puente Herrera proximo capitulos ;)


nandacolucci acho que não até porque eles sabem da "doença" do Ucker...



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Autor(a): Alien AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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