Fanfics Brasil - Precisamos Dos Nephilins Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Precisamos Dos Nephilins

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Um calafrio subiu pela espinha de Anahí; ela se afastou do irmão e viu que uma das janelas da sala estava aberta, as cortinas flutuando na brisa. Então o calafrio fora mais do que apenas nervosismo.


— Você abriu a janela? Está tão frio aqui, Nate.


Nate abanou a cabeça.


— Ela estava aberta quando entrei.


Sacudindo a cabeça, Anahí atravessou a sala e puxou a janela para baixo.


— Ainda vai ser a sua morte...


— Não interessa a minha morte — retorquiu Nate, irritado — e os Caçadores de Sombras? Você está dizendo que não te mantiveram aprisionada aqui?


— Não — Anahí se afastou da janela — eles não mantiveram. Eles são pessoas estranhas, mas os Caçadores de Sombras têm sido gentis comigo. Eu quis ficar aqui. Eles foram generosos o bastante para me deixar ficar.


Nate abanou a cabeça.


— Eu não entendo.


Anahí sentiu uma centelha de raiva, o que a surpreendeu; ela a mandou embora. A culpa não era de Nate. Havia tanto que ele não sabia.


— Para onde mais eu iria, Nate? — ela perguntou, cruzando a sala até ele e pegando no seu braço. Ela o levou de volta à poltrona. — Sente. Você está se cansando.


Nate sentou, obediente, e a fitou. Havia uma expressão distante em seus olhos. Anahí conhecia aquele olhar. Significava que ele estava planejando, tramando algum plano maluco, sonhando um sonho ridículo.


— Ainda podemos fugir deste lugar — ele disse — ir até Liverpool, apanhar um vapor. Voltar a Nova York.


— E fazer o quê? — perguntou Anahí com toda a suavidade possível. — Não há nada lá para nós. Não com titia morta. Tive de vender todas as nossas coisas para pagar o funeral. O apartamento se foi. Não havia dinheiro para o aluguel. Não há nenhum lugar para nós em Nova York, Nate.


— Nós arranjaremos um lugar. Uma nova vida.


Anahí fitou o irmão com tristeza. Havia dor em vê-lo assim, o rosto cheio de súplica desesperada, contusões negras desabrochando em suas bochechas como flores feias, o cabelo loiro ainda colado em certos lugares com sangue. Nate não era como as outras pessoas, tia Harriet sempre dissera. Ele tinha uma encantadora inocência nele que tinha de ser protegida a todo o custo.


E Anahí havia tentado. Ela e a tia tinham escondido de Nate as suas próprias fraquezas, as consequências das suas falhas e defeitos. Nunca lhe contando o trabalho que tia Harriet tivera de fazer para conseguir o dinheiro que ele havia perdido no jogo, as provocações que Anahí aguentara de outras crianças, chamando o irmão de bêbedo e vagabundo. Elas tinham escondido estas coisas para não o magoarem. Mas ele se havia se magoado de qualquer modo, pensou Anahí. Talvez Ucker tivesse razão. Talvez a verdade fosse sempre melhor.


Sentando no divã em frente ao irmão, ela o olhou com firmeza.


— Não pode ser assim, Nate. Ainda não. Esta confusão em que estamos metidos agora nos seguirá mesmo que fujamos. E se fugirmos, estaremos sozinhos quando ela finalmente nos apanhar. Não haverá ninguém para nos ajudar ou proteger. Precisamos do Instituto, Nate. Precisamos dos Nephilins.


Os olhos azuis de Nate estavam confusos.


— Acho que sim — ele disse, e a frase atingiu Anahí, que não ouviu senão vozes britânicas por quase dois meses, como tão americana que ela sentiu saudades de casa — é por minha causa que você está aqui. De Quincey me torturou. Me obrigou a escrever aquelas cartas, te mandar aquela passagem. Ele me disse que não te faria mal quando a tivesse, mas então nunca me deixou te ver e eu pensei... eu pensei... — Ele levantou a cabeça e olhou para ela, apático. — Você deveria me odiar.


A voz de Anahí era firme.


— Eu nunca poderia te odiar. Você é o meu irmão. Sangue do meu sangue.


— Você acha que, quando tudo isto estiver terminado, nós podemos voltar para casa? — Nate perguntou. — Esquecer que tudo isto aconteceu? Ter vidas normais?


Ter vidas normais. As palavras evocaram uma imagem de Nate e ela em algum pequeno e ensolarado apartamento. Nate podia arranjar outro emprego, e à noite, ela podia cozinhar e limpar a casa para ele, enquanto nos fins de semana eles poderiam passear no parque, ou pegar o trem para Coney Island e andar no carrossel, ou subir no topo da Iron Tower e assistir os fogos de artifício explodir à noite, por cima do Manhattan Beach Hotel. Haveria luz do sol de verdade, não esta versão cinzenta e chuvosa de verão, e Anahí poderia ser uma menina comum, com a cabeça num livro e os pés firmemente plantados no pavimento familiar de Nova York.


Mas quando ela tentou manter esta imagem mental na sua cabeça, a visão pareceu desmoronar e se desprender dela, como uma teia de aranha quando se tenta erguer ela inteira nas mãos. Ela viu o rosto de Poncho, o de Ucker, o de Maite e até o de Christian quando disse, pobre coitada. Agora que você sabe a verdade, já não pode voltar atrás.


— Mas nós não somos normais — Anahí falou — eu não sou normal. E você sabe disso, Nate.


Ele olhou para o chão.


— Eu sei — ele fez um pequeno aceno desamparado com a mão — então é verdade. Você é o que o de Quincey disse que era. Mágica. Ele disse que você tinha o poder de mudar de forma, Anahí, de se tornar qualquer coisa que quisesse ser.


— Você acreditou nele? É verdade... bem, quase verdade... mas eu própria mal acreditei ao princípio. É tão estranho...


— Eu já vi coisas mais estranhas — sua voz era vazia — meu Deus, deveria ter sido eu.


Anahí franziu a testa.


— O que você quer dizer?


Mas antes que ele pudesse responder, a porta se abriu de rompante.


— Srta. Portilla — era Thomas, com ar de quem pede desculpa — Srta. Portilla, Mestre Poncho está...


— Mestre Poncho está bem aqui.


Era Poncho, se curvando com agilidade por detrás de Thomas, apesar da corpulência do outro rapaz. Ele ainda estava com as roupas que vestira na noite anterior, e elas pareciam amarrotadas. Anahí se perguntou se ele havia dormido na cadeira do quarto de Ucker. Haviam sombras cinza-azuladas por baixo de seus olhos, e ele parecia cansado, embora os seus olhos brilhassem – com alívio? Divertimento? Anahí não podia dizer... quando o seu olhar caiu sobre Nate.


— O nosso desaparecido, enfim encontrado. Thomas disse que você estava escondido atrás das cortinas?


Nate olhou apático para Poncho.


— Quem é você?


Rapidamente, Anahí fez as apresentações, embora nenhum dos rapazes parecesse assim tão feliz por conhecer o outro. Nate ainda parecia prestes a morrer, e Poncho estava observando Nate como ele se fosse uma nova descoberta científica, e uma não muito atrativa.


— Então você é um Caçador de Sombras — Nate falou — de Quincey me contou que vocês eram monstros.


— Isso foi antes ou depois de ele ter tentado te comer? — inquiriu Poncho.


Anahí se ergueu com rapidez.


— Poncho. Posso falar com você no corredor por um momento, por favor?


Se ela havia esperado resistência, não a teve. Após um último olhar hostil a Nate, Poncho assentiu e saiu com ela em silêncio para o corredor, fechando a porta da sala atrás dele.




Até Mais!


 



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Autor(a): Alien AyA

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A iluminação no corredor sem janelas era diferente, a pedra enfeitiçada lançando discretas poças brilhantes de luz que não se tocavam. Poncho e Anahí se encontravam nas sombras entre duas das poças, olhando um para o outro – desconfiados, pensou Anahí, como gatos furiosos se circulando em uma viela. F ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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