Fanfics Brasil - O Diário De Mamãe Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: O Diário De Mamãe

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Ucker estava completamente vestido, mas parecia como se tivesse acabado de acordar de um sono febril, seu cabelo amassado e suas bochechas queimando com cor.


Poncho pareceu surpreso, e não inteiramente satisfeito, em vê-lo.


— O que você está fazendo fora da cama?


— Encontrei Maite no corredor. Ela disse que todos nós estávamos nos reunindo na sala de estar para falar com o irmão de Anahí — o tom de Ucker era suave, e era impossível prever por sua expressão o quanto da conversa de Poncho e Anahí ele havia ouvido — eu estou bem o suficiente para ouvir, pelo menos.


— Oh, bom, vocês estão todos aqui.


Era Maite, se apressando pelo corredor. Atrás dela caminhava Henry, e em cada lado dele, Jessamine e Sophie. Jessie havia se trocado para um de seus vestidos mais bonitos, Anahí observou, um de musselina azul transparente, e ela estava carregando um cobertor dobrado. Sophie, ao lado dela, segurava uma bandeja com chá e sanduíches.


— Isso é para Nate? — Anahí perguntou, surpresa. — O chá, e os cobertores?


Sophie assentiu.


— A Sra. Brandwell pensou que ele provavelmente estaria com fome...


— E eu pensei que ele poderia estar com frio. Ele estava tremendo tanto noite passada — Jessamine interviu avidamente — devemos levar essas coisas para ele, então?


Maite olhou para Anahí para sua aprovação, o que a desarmou. Maite seria amável com Nate; ela não podia evitar.


— Sim. Ele está esperando por vocês.


— Obrigada, Anahí — Maite disse suavemente, e então ela empurrou a porta da sala de estar e entrou, seguida pelos outros.


Quando Anahí se moveu para ir atrás deles, ela sentiu uma mão em seu braço, um toque tão leve que ela quase poderia não ter notado.


Era Ucker.


— Espere — ele pediu — apenas um momento.


Ela se virou para olhar para ele. Pela porta aberta, ela podia ouvir um murmúrio de vozes – o barítono amigável de Henry, o falsete ansioso de Jessamine aumentando quando ela disse o nome de Nate.


— O que é?


Ele hesitou. A mão dele no braço dela estava fria; seus dedos pareciam como finas hastes de vidro contra a pele dela. Ela se perguntou se a pele sobre os ossos das bochechas dele, onde ele estava corado e febril, seria mais quente ao toque.


— Mas minha irmã... — A voz de Nate flutuou no corredor, soando ansiosa. — Ela irá se juntar a nós? Onde ela está?


— Esqueça. Não é nada.


Com um sorriso tranquilizador, Ucker deixou a mão cair. Anahí hesitou, mas se virou e foi para a sala de estar, Ucker atrás dela.


Sophie estava ajoelhada perto da grade, atiçando o fogo; Nate ainda estava na poltrona, onde ele sentava com o cobertor de Jessamine jogado sobre seu colo. Jessamine, ereta em um banco, estava sorrindo orgulhosamente. Henry e Maite sentavam no sofá oposto a Nate – Maite claramente explodindo de curiosidade – e Poncho, como sempre, estava apoiado na parede mais próxima encostando-se a ela e parecendo irritado e divertido ao mesmo tempo.


Quando Ucker foi se juntar a Poncho, Anahí fixou sua atenção em seu irmão. Um pouco da tensão havia saído dele quando ela havia voltado à sala, mas ele ainda parecia miserável. Estava beliscando o cobertor de Jessamine com as postas dos dedos.


Ela cruzou a sala e afundou no divã aos pés dele, resistindo ao impulso de bagunçar o cabelo dele ou dar um tapinha em seu ombro. Podia sentir todos os olhos da sala nela. Todos estavam observando ela e seu irmão, e ela poderia ter ouvido um alfinete cair.


— Nate — ela disse suavemente — acredito que todos já se apresentaram?


Nate, ainda beliscando o cobertor, assentiu.


— Sr. Portilla — Maite falou — nós já falamos com o Sr. Mortmain. Ele nos contou muito sobre você. Sobre sua predileção pelo Submundo. E jogos de azar.


— Maite — Anahí protestou.


Nate falou pesamente:


— É verdade, Gio.


— Ninguém culpa seu irmão pelo o que aconteceu, Anahí — Maite fez sua voz muito gentil quando se voltou novamente para Nate — Mortmain diz que você já sabia que ele estava envolvido em práticas ocultas quando chegou a Londres. Como você soube que ele era um membro do Clube Pandemônio?


Nate hesitou.


— Sr. Portilla, nós simplesmente precisamos entender o que aconteceu com você. O interesse de de Quincey em você – eu sei que você não está bem, e nós não temos desejo de interrogá-lo cruelmente, mas se pudesse nos oferecer mesmo pouca informação, ela pode ser da mais inestimável ajuda...


— Foram as noções de costura de tia Harriet — Nate disse em uma voz baixa.


Anahí piscou.


— Foram o quê?


Nate continuou, em uma voz baixa.


— Nossa tia Harriet sempre manteve o porta-joias velho da mamãe no criado-mudo ao lado de sua cama. Ela disse que guardava noções de costura nele, mas eu... — Nate inspirou profundamente, olhando para Anahí enquanto falava — eu estava devendo. Havia feito algumas apostas imprudentes, perdido algum dinheiro, e estava em apuros. Não queria que você ou titia soubessem. Eu lembrei que havia um bracelete de ouro que mamãe costumava usar quando estava viva. Botei na cabeça que ele ainda estava naquele porta-joias e que tia Harriet era teimosa demais para vendê-lo. Você sabe como ela é... como ela era. De qualquer forma, eu não podia me livrar da ideia. Eu sabia que, se empenhasse o bracelete, podia conseguir o dinheiro para pagar minhas dívidas. Então um dia, quando você e titia estavam fora, eu peguei a caixa e procurei nela. É claro que o bracelete não estava lá. Mas eu encontrei um fundo falso na caixa. Não havia nada lá de valor, apenas um monte de papéis velhos dobrados. Eu os apanhei quando ouvi você subindo a escada, e os trouxe para o meu quarto.


Nate pausou. Todos os olhos estavam nele. Após um momento, Anahí, não mais capaz de segurar suas perguntas, incitou:


— E...?


— Eram páginas do diário de Mamãe — Nate contou — arrancadas de seu volume original, com várias faltando, mas o suficiente para eu juntar uma história estranha. Começava quando nossos pais estavam vivendo em Londres. Papai estava longe frequentemente, trabalhando no escritório de Mortmain nas docas, mas mamãe tinha tia Harriet para lhe manter companhia, e eu para lhe manter ocupada. Eu havia acabado de nascer. Isto é, até que papai começou a voltar para casa noite após noite cada vez mais aflito. Ele relatava coisas estranhas na fábrica, pedaços de maquinaria dando defeito de maneiras estranhas, barulhos ouvidos a toda hora, e até mesmo o vigia noturno desaparecendo uma noite. Havia rumores, também, de que Mortmain estava envolvido em práticas ocultas — Nate soava como se estivesse lembrando tanto quanto recitando a história — papai ignorou os boatos primeiramente, mas eventualmente os repetiu a Mortmain, que admitiu tudo. Eu percebo que ele conseguiu fazer isso soar bastante inofensivo, como se ele estivesse apenas fazendo algumas brincadeiras com feitiços e pentagramas e coisas assim. Ele chamou a organização a que pertencia de Clube Pandemônio. Sugeriu que papai fosse a uma das reuniões deles, e trouxesse mamãe.


— Trazer mamãe? Mas ele nunca poderia querer fazer isso...


— Provavelmente não, mas com uma esposa nova e um filho novo, papai estaria ansioso para agradar seu empregador. Ele concordou em ir, e em trazer mamãe com ele.


— Papai deveria ter ido à polícia...


— Um homem rico como Mortmain teria a polícia em seu bolso — interrompeu Poncho — se seu pai tivesse ido à polícia, teriam rido dele.


Nathaniel tirou o cabelo da testa; ele estava suando agora, mechas de cabelo colando em sua pele.


— Mortmain providenciou que uma carruagem fosse até eles tarde da noite, quando ninguém estaria vendo. A carruagem os trouxe para a casa da cidade de Mortmain. Após isso há muitas páginas faltando, e nenhum detalhe sobre o que aconteceu naquela noite. Foi a primeira vez que eles foram, mas não, eu descobri, a última. Eles se encontraram com o Clube Pandemônio várias vezes durante o curso dos próximos poucos meses. Mamãe, pelo menos, odiava ir, mas eles continuaram a comparecer às reuniões até que algo mudou abruptamente. Eu não sei o que era; havia poucas páginas depois daquilo. Fui capaz de discernir que, quando eles deixaram Londres, o fizeram sob a sombra da noite, que não contaram a ninguém onde estavam indo, e não deixaram nenhum endereço de correspondência. Eles poderiam muito bem ter desaparecido. Nada no diário, porém, dizia algo sobre o por quê...


Nathaniel interrompeu sua história com um ataque de tosse seca. Jessamine se apressou para o chá que Sophie havia deixado na mesa de canto, e um momento depois estava pressionando uma xícara na mão de Nate. Ele deu a Anahí uma expressão superior enquanto o fazia, como se para assinalar que Anahí deveria ter pensado nisso antes.



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Autor(a): Alien AyA

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Nate, tendo quietado sua tosse com chá, continuou. — Tendo encontrado as páginas do diário, eu me senti como se tivesse tropeçado em uma mina de ouro. Eu havia ouvido falar de Mortmain. Sabia que o homem era rico como Creso, mesmo que fosse evidentemente um pouco louco. Escrevi para ele e disse que era Nathaniel Portilla, o filho de Richard ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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