Fanfics Brasil - Empreendedor Anjo Mecânico [FINALIZADA]

Fanfic: Anjo Mecânico [FINALIZADA] | Tema: Anahi, Alfonso, Christopher, Suspense, Anjo Mecânico


Capítulo: Empreendedor

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Nate, tendo quietado sua tosse com chá, continuou.


— Tendo encontrado as páginas do diário, eu me senti como se tivesse tropeçado em uma mina de ouro. Eu havia ouvido falar de Mortmain. Sabia que o homem era rico como Creso, mesmo que fosse evidentemente um pouco louco. Escrevi para ele e disse que era Nathaniel Portilla, o filho de Richard e Elizabeth Portilla, que meu pai estava morto, e também minha mãe, e que entre os papéis dela eu havia encontrado evidência de suas atividades ocultas. Insinuei que estava ansioso por me encontrar com ele e discutir um possível emprego, e que se ele se provasse menos ansioso por me encontrar, havia vários jornais que eu imaginava que fossem se interessar pelo diário de minha mãe.


— Isso foi empreendedor — Poncho soava quase impressionado.


Nate sorriu. Anahí lhe lançou um olhar furioso.


— Não pareça satisfeito consigo mesmo. Quando Poncho diz “empreendedor”, ele quer dizer “moralmente deficiente”.


— Não, eu quero dizer empreendedor — disse Poncho — quando eu quero dizer moralmente deficiente, eu digo “Agora, aí está algo que eu teria feito.”


— Já basta, Poncho — Maite interrompeu — deixe o Sr. Portilla terminar sua história.


— Eu pensei que ele talvez fosse me mandar um suborno, algum dinheiro para me calar — Nate continuou — ao invés disso eu ganhei uma passagem de primeira classe em um navio a vapor para Londres e a oferta oficial de um emprego quando chegasse. Calculei que estava em direção a uma coisa boa, e pela primeira vez na minha vida, eu não planejava estragá-la. Quando cheguei a Londres, fui direto para a casa de Mortmain, onde fui levado ao escritório para encontrá-lo. Ele me cumprimentou com grande entusiasmo, dizendo-me o quanto estava feliz de me ver e como eu parecia exatamente com minha querida mãe falecida. Então ele ficou sério. Convidou-me a sentar e me disse que sempre havia gostado de meus pais e havia se entristecido quando eles deixaram a Inglaterra. Ele não soubera que eles estavam mortos até receber minha carta. Mesmo que eu fosse a público com o que sabia sobre ele, ele afirmou que me daria alegremente um emprego e faria o que pudesse por mim, por amor de meus pais.


“Eu falei a Mortmain que guardaria seu segredo – se ele me levasse com ele para participar de uma reunião do Clube Pandemônio, que devia me mostrar o que havia mostrado a meus pais. A verdade era que a menção de jogos de azar no diário de minha mãe havia acendido meu interesse. Eu imaginava uma reunião de um grupo de homens estúpidos o suficiente para acreditar em mágica e demônios. Certamente não seria tão difícil ganhar um pouco de dinheiro de tais tolos.


Nate fechou os olhos.


— Mortmain concordou, relutantemente, em me levar. Suponho que ele não tinha escolha. Naquela noite, a reunião era na casa da cidade de de Quincey. No momento em que a porta se abriu, soube que eu era o tolo. Este não era um grupo de amadores mexendo com espiritualismo. Isso era a coisa real, o Mundo das Sombras de que minha mãe havia feito apenas referências indiretas em seu diário. Era real. Eu mal posso descrever meu senso de choque enquanto olhava ao meu redor – criaturas de um grotesco indescritível enchiam a sala. As Irmãs Sombrias estavam lá, me olhando maliciosamente por detrás de suas cartas de uíste, suas unhas como garras. Mulheres com seus rostos e ombros empoados de branco sorriram para mim com sangue escorrendo dos cantos de suas bocas. Pequenas criaturas cujos olhos mudavam de cor corriam pelo chão. Eu nunca havia imaginado que tais coisas eram reais, e disso isso para Mortmain.


Há mais coisas no Céu e na Terra, Nathaniel, do que sonha a tua filosofia ele me dissera. Bem, eu conhecia a citação por sua causa, Anahí. Você estava sempre lendo Shakespeare para mim, e eu até mesmo prestava atenção de vez em quando. Eu estava prestes a dizer a Mortmain para não fazer troça de mim, quando um homem veio a nós. Vi Mortmain ficar tenso como uma tábua, como se esse fosse alguém de quem ele tinha medo. Ele me apresentou como Nathaniel, um novo empregado, e me disse o nome do homem. De Quincey.


“De Quincey sorriu. Eu soube imediatamente que ele não era humano. Eu nunca havia visto um vampiro antes, com aquela pele branca como a morte deles, e é claro que quando ele sorriu, eu vi suas presas. Acho que apenas fiquei encarando. Mortmain, você está escondendo coisas de mim de novo, ele dissera. Este é mais do que apenas um novo empregado. Este é Nathaniel Portilla. O filho de Elizabeth e Richard Portilla. Mortmain balbuciou algo, parecendo perplexo. De Quincey riu. Eu ouço coisas, Axel, falara. Então se virou para mim. Eu conhecia seu pai. Eu gostava um tanto dele. Talvez você se juntaria a mim para um jogo de cartas?


“Mortmain sacudiu a cabeça para mim, mas eu havia visto a sala de carteado quando entrei na casa, é claro. Fui atraído para as mesas de jogo como uma mariposa para a luz. Sentei jogando faraó a noite inteira com um vampiro, dois lobisomens e um feiticeiro de cabelo emaranhado. Eu fiz minha sorte aquela noite – ganhei uma grande quantia de dinheiro, e bebi uma grande quantidade dos drinques coloridos e brilhantes que eram passados pela sala em bandejas de prata. Em algum ponto, Mortmain foi embora, mas eu não me importei. Emergi na luz do amanhecer me sentindo exultante, no topo do mundo – e com um convite de de Quincey para voltar ao clube sempre que quisesse.


“Fui um tolo, é claro. Eu estava me divertindo tanto porque os drinques eram misturados com poções de feiticeiros, viciantes. E haviam deixado que eu ganhasse aquela noite. Eu voltei, é claro, sem Mortmain, noite após noite. A princípio eu ganhei – ganhei constantemente, que foi como eu consegui mandar dinheiro de volta para você e tia Harriet, Gio. Certamente não foi de trabalhar para Mortmain. Eu ia para o escritório irregularmente, mas mal podia me concentrar mesmo nas tarefas simples a que era designado. Tudo em que eu pensava era voltar para o clube, beber mais daqueles drinques, ganhar mais dinheiro.


— Então eu comecei a perder. Quanto mais eu perdia, mais obcecado ficava com ganhar o dinheiro de volta. De Quincey sugeriu que eu começasse a jogar a crédito, então peguei dinheiro emprestado; eu parei totalmente de ir ao escritório. Eu dormia o dia inteiro, e jogava a noite inteira. Eu perdi tudo — sua voz era distante — quando recebi sua carta que titia havia morrido, pensei que fosse um julgamento sobre mim. Uma punição por meu comportamento. Eu queria me apressar e comprar uma passagem para voltar a Nova York naquele dia – mas não tinha dinheiro.


“Desesperado, fui ao clube – eu estava com a barba por fazer, miserável, com os olhos vermelhos. Devo ter parecido com um homem em seu ponto mais baixo, porque foi aí que de Quincey me abordou com uma proposta. Ele me levou para uma sala dos fundos e indicou que eu havia perdido mais dinheiro para o clube do que qualquer homem jamais poderia pagar. Ele parecia divertido com aquilo tudo, o demônio, retirando poeira invisível de seus punhos, sorrindo para mim com aqueles dentes de agulha. Ele me perguntou o que eu estaria disposto a dar para pagar minhas dívidas. Eu respondera, “Qualquer coisa.” E ele disse, “Que tal sua irmã?”


Anahí sentiu os pelos de seu braço se eriçarem, e estava desconfortavelmente ciente dos olhos de todos na sala nela.


— O que... o que ele disse sobre mim?




Até Mais ;)


 



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Autor(a): Alien AyA

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— Eu fui pego completamente desprevenido — Nate contou — eu não me lembrava de ter discutido com ele sobre você, nunca, mas eu estive bêbado tantas vezes no clube, e nós havíamos conversado muito abertamente... — a xícara de chá em sua mão tremeu no pires; ele os depositou na mesa, pesadamente &mda ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 325



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  • nandacolucci Postado em 27/09/2015 - 09:05:03

    que tristeza vc não vai postar mais fic :( poncho morreu que final em <3 :´(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:54:43

    adri...eu quase morri de tanto chorra...poncho morreu...isso acabou comigo...ai deus ai deus...eu to mal...nao quero que vc pare de postar!!!!!!!!!!!! plis!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 14:01:53

    que lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini♥ Postado em 25/09/2015 - 13:25:12

    adri...mas achei os outros livros..vc tem que postar os outros doissssssssssssssssssss

  • Mila Puente Herrera Postado em 24/09/2015 - 00:56:54

    Chorei :/ Adeus não viu Adri..

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:25:10

    chorrei bastante viu... ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 14:15:37

    nossa...cara que tristeza eu vendo poncho viu...ele só sofre...o melhor amigo se foi...e a mulher que ele ama..ama outro.

  • franmarmentini♥ Postado em 23/09/2015 - 13:53:21

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho..

  • Postado em 23/09/2015 - 13:52:16

    sinceramente...não gostei..desse negocio da any ainda continuar haver o ucker...pelo jeito se fosse pra ela escolher ela sempre iria ficar com ele e não o poncho.

  • franmarmentini♥ Postado em 22/09/2015 - 22:32:41

    Nossa....


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