Fanfics Brasil - Jean Dubois Má Combinação

Fanfic: Má Combinação | Tema: Romance, Roubo


Capítulo: Jean Dubois

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Era uma coisa boa que a rua não estivesse muito movimentado, porque se fosse esse o caso, eu já teria batido há muito tempo. De qualquer maneira, isso não tinha qualquer importância no momento. Chutei a porta do carro e saí rapidamente carregando meu amigo em direção as portas iluminadas do hospital. Não foi muito difícil conseguir atendimento, não com a camisa branca de Damien toda suja de sangue. Eles o levaram para dentro imediatamente enquanto eu respondia aos olhar inquiridor da recepcionista.


—Assalto.


Foram longos minutos andando para lá e para cá na recepção do hospital até a enfermeira pedir delicadamente que eu me sentasse, segundo ela, para não me cansar. Apesar do seu jeito gentil, eu sabia que ela estava enlouquecendo com o meu nervosismo. Quando ela foi embora prometendo me trazer alguma notícia, eu fui até a saída do hospital tentando me acalmar.


—Como ele está? —uma voz perguntou atrás de mim.


Surpreso, olhei para trás para ver quem tinha falado. De pé, bem na minha frente estava Dom fitando-me com o que parecia ser curiosidade.


Sem pensar duas vezes o agarrei pelo colarinho e o empurrei contra parede com força o suficiente para ouvi-lo arfar de dor.


—Ele, eu ainda não sei, mas você vai ficar muito mal se não me disser o que foi aquilo — rosnei para ele.


—Espere Jean — seu rosto estava muito vermelho — se você me deixar respirar eu posso explicar tudo.


Mantive o meu aperto.


—Eu acho que você pode responder perfeitamente bem assim.


—Não fui eu! — ele parecia alarmado e eu sorri satisfeito.


—Não? Que estranho. Porque não é o que parece.


Ele deu um suspiro cansado.


—Mas é a verdade. Tudo isso foi um teste Jean. E ele funcionou muito bem pelo que eu percebi.


—Um teste — eu estava perplexo — você está me dizendo que tudo isso não passou de uma armação? Está brincando comigo?


—Certamente não — ele me deu um olhar firme —eu posso lhe explicar tudo, como eu já havia dito, mas eu preciso que se acalme. O fato é que talvez seja melhor que conversemos num lugar mais...privado.


Arqueei uma sobrancelha refletindo brevemente sobre o assunto. Sim, por ora eu deveria me acalmar e ouvir o que quer que aquele engravatado de merda tivesse para dizer. Para o bem dele é bom que fosse uma ótima explicação.


Ele caminhou pelo corredor até uma sala vazia e eu o segui silenciosamente. Assim que ele fechou a porta eu indaguei impaciente.


—E então?


Ele afrouxou o nó a gravata como se a verdade custasse a sair.


—Eu trabalho numa agência de investigação secreta dos Estados Unidos — começou ele.


Ótimo, agora eu sabia por que eu não gostava dele. Um tira americano.


—Há anos eu venho trabalhando duro na investigação de um esquema enorme envolvendo personalidades importantes num tráfico internacional de drogas.


—Bom para você — dei de ombros — o que eu tenho a ver com isso?


—Eu vou chegar lá — respondeu ele ácido —um esquema onde, apesar de eu não ter as provas necessárias, eu tenha a mais absoluta certeza de que Tarik Rozala está envolvido. O problema é que toda vez que eu chego perto...eu acabo dando de cara com a parede. De uma hora para outra todos eles somem como fumaça.


Ele apertou os punhos visivelmente frustrado. Nem era preciso ser um agente secreto para adivinhar qual era o problema.


—Você tem um dedo-duro enfiado na sua operação — completei.


Dom enrugou a testa. Ele também acreditava nisso, mas parecia um pouco relutante em admitir.


—Talvez...eu achava que se vocês não obtivessem sucesso na missão de hoje, significaria que eu realmente tenho um informante na minha equipe. Mas vocês escaparam com o pacote.


Foi então que a ficha caiu.


—Você só nos mandou lá porque achava que não iríamos conseguir, não é? Achou que morreríamos naquele maldito lugar!


O maldito policial apenas encarou-me friamente.


—Não achei que morreriam. Apenas falhariam e seriam obrigados a abandonar o serviço.


O resto de paciência que me sobrava foi para o inferno com o cinismo daquele velho.


—Achou coisa nenhuma! Se alguma coisa acontecer com Damien, seja você o próprio presidente, eu vou esfolá-lo com as minhas próprias mãos.


Eu sabia que tinha algo errado. Porque eu não segui meus instintos e pulei fora disso tudo quando tive a chance? Merde! Eu era o mais imbecil dos criminosos.


Ele passou a mão pelos cabelos perfeitamente penteados antes de falar.


—Você tem problemas maiores no momento. São, você e Damien, um alvo para os homens de Tarik.


—Jura? — indaguei sarcasticamente.


Ele não pareceu aborrecido com o meu tom.


—Eu quero lhe fazer uma proposta.


Ergui uma sobrancelha para ele.


—Isso tudo começou com uma proposta.


Sim, uma simples proposta que em nada envolvia ser crivado de balas.


—Ouça-me. Eu posso realmente ajuda-lo. Posso fazer muito mais do que oferecer proteção a você e seu amigo. Mas eu quero que você trabalhe para mim — ele se apressou em completar — por um tempo, é claro.


Definitivamente aquele sujeito era um estúpido. Ou louco. Talvez os dois considerando o fato de que ele achou em algum momento de sua patética vida que eu fosse me envolver ainda mais com assuntos da polícia.


—É uma piada?


Os olhos dele se estreitaram.


—Claro que não. Veja bem Jean, eu tenho tentado desfazer o esquema de Tarik há um bom tempo e até hoje eu nunca cheguei nem perto. Você e seu amigo, com seus métodos mais...diferenciados conseguiram uma informação valiosa hoje. Eu acho que talvez seja a hora de mudar de tática. Por isso quero recrutá-lo.


Percebendo minha expressão de desagrado ele suspirou.


—Querendo ou não você está envolvido. Os homens dele sabem quem você é e não vão pensar duas vezes antes de matá-lo.


—Eu posso simplesmente dar o fora daqui, sabe? — comentei cruzando os braços — não significa que eu tenha que entrar no “Soldadinhos de Chumbo”.


—É mais complicado que isso — rebateu Dom retirando um papel do bolso —é de uma dos chefes da máfia local, cortesia do Tarik.


No papel lia-se: 100 mil euros pela minha cabeça e a de Damien. Pouco a pouco as coisas começaram a fazer sentido. Ah, caramba é claro que o italiano filho da cadela estava envolvido nisso. Fazia todo o sentido.


—Como pode ver, isso é assunto seu agora— seus olhos brilhavam em antecipação —O que você me diz Jean?


 




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Autor(a): Tynna

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • mirelly_perroni Postado em 15/06/2015 - 13:58:24

    Amando a Fanfic! Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Please, Please. Beijooos.


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