Fanfic: A god in my life | Tema: The avengers

Odin estava mais uma vez em seu sono profundo, quando acordou soube que Loki havia se passado por ele e acabou condenando o filho mais uma vez a cumprir pena na prisão asgardiana. Desta vez a punição não fora tão pesada, visto que o crime foi "leve" e Thor contou os feitos de Loki no mundo sombrio, o que amenizou a ira do pai de todos. Loki estava sendo conduzido até a sala do trono, para ter uma nova audiência com Odin.

–-Podem tirar a mordaça. Ordenou o pai de todos. Loki ergueu a cabeça, assumindo um ar de superioridade.

–-Finalmente está livre Loki. Espero que utilize sua liberdade de maneira sábia. Declarou o ancião. Loki nada respondeu, apenas estendeu suas mãos na direção do guarda, para que suas algemas fossem removidas. O soldado olhou para Odin, que assentiu com a cabeça autorizando que Loki fosse liberto. O trapaceiro deu as costas para o pai de todos.

–-Loki! Para onde vai? Questionou Odin. O deus se virou para o rei, encarando-o friamente, como se fosse um completo estranho.

–-Não que isso seja da sua conta, mas se quer saber estou indo para Midgard. Respondeu o trapaceiro sem emoção alguma na voz.

–-E o que vai fazer lá? O ancião transpareceu um pouco de preocupação em relação a partida do filho. Odin pensou em detê-lo, mas lembrou das últimas palavras de Frigga. A rainha pediu que o esposo desse mais uma chance ao filho.

–-Resolver assuntos pessoais que não lhe dizem respeito. Respondeu Loki, dando as costas a Odin mais uma vez e seguindo para a Bifrost.

–-Quer que eu o traga de volta majestade? Perguntou um dos guardas.

–-Não é necessário, ele não fez nada de errado... Ainda. Respondeu Odin, que ficou pensativo.

Midgard, 8 anos atrás:

Fiorella Campanholo é uma adolescente de 17 anos, estagiária do setor de arquivos da SHIELD. A jovem fora morar em New York, na casa de sua tia para concluir os estudos, abandonando a pequena cidade de New Ulm no condado de Minessota.

Naquela manhã, a garota acordou sentindo dores por todo o corpo e principalmente na região íntima, sem se lembrar de absolutamente nada da noite anterior. Levantou-se da cama assustada e viu algumas manchas de sangue no lençol. Sentiu o pânico tomando conta de si. Tirou toda a roupa de cama e correu para a lavanderia, jogando os lençóis na máquina.

Enquanto observava a roupa de cama girando dentro da lavadora, a última coisa que se lembrou foi de ter saído de casa a caminho da SHIELD no dia anterior. Não fazia a menor idéia do que aconteceu depois disso. Foi até o chuveiro e tomou um longo banho, saiu do box e limpou o vapor do espelho do banheiro. Percebeu que havia algumas marcas avermelhadas em seu pescoço, não pode conter as lágrimas de medo e terror.

Naquele dia Fiorella não foi para a aula, ficou sozinha em casa, trancanda em seu quarto pensando em inúmeras possibilidades lógicas que pudessem explicar sua breve perda de memória e toda aquela situação. Pensou que talvez tivesse sido sedada e que esse estranho se aproveitou dela da maneira mais sórdida e suja, mais lágrimas inundaram seu rosto com aquele pensamento. A jovem ouviu seu celular tocar.

–-Alô! Fiorella?

–-Sim.

–-Aqui é a senhorita Hopkins do RH, preciso que venha falar comigo. Em quanto tempo você chega aqui?

–-Em uns 15 minutos, já estou indo senhorita Hopkins. Antes de ouvir uma resposta do outro lado da linha a ligação fora interrompida. A gerente do setor de recursos humanos havia desligado o telefone, ela parecia mais mal humorada do que de costume. Alguns minutos depois Fiorella estava no prédio da SHIELD.

Fiorella pensou que sua chefe queria falar sobre seu relatório de estágio ou alguma documentação de seu cadastro. Andou apressada até a sala da temida gerente de 
Recursos Humanos. A jovem bateu na porta e não obteve respostas, resolveu entrar.

–-Bom dia senhorita Hopkins. A estagiária cumprimentou sua chefe, com a voz tímida.

–-Sente-se. Respondeu a idosa. A jovem se acomodou desconfortavelmente na cadeira, olhando ao seu redor. A sala era branca, fria, silenciosa e o único som audível era o tic tac do relógio, que aos ouvidos de Ella parecia o rufar de um tambor.

–-Onde estão as pastas funcionais dos agentes Bruce Banner, Clint Barton, Natasha Romanov, Tony Stark e Steve Rogers? A gerente perguntou, indo direto ao ponto, observando cada reação e expressão da garota. Encarava a jovem com olhar de reprovação. A estagiária ficou completamente confusa, se essa era a dúvida, bastava ter lhe perguntado por telefone.

–-No armário da sala do arquivo, ordenadas em ordem alfabética. A garota respondeu, com uma expressão confusa.

–-Não minta para mim. Temos a gravação que mostra você saindo do prédio com essa documentação. Disse a velha, em um tom frio e calmo.

–-Não, isso não é possível, as pastas devem estar no lugar. O nervosismo tomou conta de Fiorella, que começou a chorar, como poderia explicar que não se lembrava de absolutamente nada do dia anterior.

–-Fiorella Campanholo, você está demitida. Me devolva seu crachá e pegue suas coisas, depois passe no departamento financeiro para fazer o acerto de contas.

Ella ficou algum tempo imóvel, aquilo tudo parecia um pesadelo, talvez ela ainda estivesse dormindo. Piscou algumas vezes e ficou observando o "nada" com um olhar vazio. Não podia acreditar no que estava acontecendo, havia sido demitida sob a acusação de roubo. Uma jovem ingênua e honesta, criada em uma pacata cidade do interior, jamais pegou nada de ninguém e agora estava sendo demitida por roubo. A adolescente se perguntava por que aquelas coisas estavam acontecendo com ela, justo ela que jamais fez mal a uma mosca, tudo aquilo era muito injusto.

–-Fiorella? Não me ouviu? Perguntou a senhorita Hopkins, tirando a jovem de seus devaneios. A morena limpou algumas lágrimas do rosto e assentiu com a cabeça.

–-Quero ver as imagens. Respondeu decidida, talvez aquilo a ajudasse a descobrir o grande mistério.

–-Não está em condições de exigir nada. Vou lhe dar apenas um aviso, é bom trazer aquela documentação de volta. Disse a gerente, em um tom ameaçador. Agora saia, já perdi muito tempo com você. Ella saiu da sala ainda mais arrasada. As palavras de sua chefe apenas a deixaram mais confusa.

Talvez Fiorella tenha sido coagida com uma arma, essa era a única explicação e seja lá quem for que a usou, era alguém que tinha interesse nos integrantes do projeto vingadores. A jovem já tinha ouvido falar da equipe que Nick Fury pretendia formar, não sabia muitos detalhes pois não tinha acesso a todas as informações, mas ela havia arquivado o relatório com o perfil completo dos integrantes.

Lembrou-se que eram seis agentes e por que sumiram apenas cinco pastas? Talvez o estranho conhecesse muito bem o sexto vingador, a ponto de não precisar de sua ficha. Ella já havia cruzado com Natasha e Clint pelos corredores e conhecia o Sr. Stark por revistas e pela televisão. Mas Banner, Rogers e o sexto vingador, ela nunca tinha visto. O desaparecimento das pastas era a única pista que tinha, precisava descobrir quem era o misterioso sexto vingador e porque sua pasta não desapareceu. Fiorella dirigiu de volta para casa e no caminho, ligou o rádio para tentar se distrair e fazer sua mente parar de torturá-la, ao menos por alguns instantes.

–-Interrompemos a programação para fazer um comunicado. Ella aumentou o volume.

"Ao vivo do Centro de Nova Iorque. A cidade está sob o mais completo caos, está chegando mais uma equipe de paramédicos para resgatar alguns feridos que estão nos escombros do New York Times Building... Só um momento, Tony Stark acabou de chegar aqui, vamos ver se conseguimos uma entrevista exclusiva.

–-Sr. Stark! O que está acontecendo? Isso foi um atentado terrorista?

–-Quem lhe disse uma besteira dessas? Tony sorriu. Pedimos aos cidadãos nova iorquinos que mantenham a calma e que fiquem em suas casas. Já estamos tomando providências. Obrigada Sr. Stark Eu sou Edna Sandoval da KNN e em breve voltaremos com mais informações ao vivo."

Ao ouvir aquela notícia a garota entrou em pânico. Parou o carro e tentou ligar incansáveis vezes para Isabella, sua tia, mas o celular dela estava desligado. Isabella, trabalhava no prédio atingido. Fiorella descansou a cabeça no volante e sentiu as lágrimas quentes aquecendo seu rosto. Aquele era de longe o pior dia de sua vida.