Fanfic: Cicatriz da alma adaptada AyA/ ponny | Tema: AyA/ ponny
A mulher não entendia indiretas muito bem. Ao entrar no escritório, ele a encontrou ali, empoleirada em uma cadeira ao lado de sua mesa, a postura perfeita, as pernas cruzadas à altura dos tornozelos esbeltos. Pernas nuas.
Aquilo chamou a atenção dele. Principalmente porque era raro para uma mulher em sua posição. Mas, enfim, ali era muito mais quente que em Austrich, o que poderia justificar o que parecia ser um guarda-roupa composto inteiramente por peças curtas e justas. Todas modestas, tecnicamente, mas que exibiam o suficiente para incendiar a imaginação de Alfonso.
Teria sido melhor se ela estivesse vestida com algo totalmente transparente. Pelo menos, não haveria mistérios. Se ela era tão alva e suave quanto parecia, se seus seios eram firmes e redondos sem a ajuda da roupa íntima... Questões importantes que agora o sobrepujavam.
Se ele soubesse que a presença de uma mulher era necessária para reviver seu ímpeto sexual, ele teria resolvido isso há muito tempo.
Para quê? Para expô-la a um espetáculo de demônios internos? Para vê-la fugir aos gritos?
Como Amarah fizera.
Ele nem, ao menos, podia culpá-la. Ele podia estar agindo como uma fera agora, mas naquela época... Logo após o atentado... Ele não era nada menos que um monstro.
— Não me olhe assim — explanou Anahi.
— Assim como? — Ele contornou a mesa e sentou-se na cadeira de couro. Ela era muito pequena para ele, pois tinha sido feita para outro homem. Seu irmão.
— Como se você estivesse chocado em me ver aqui. Eu assegurei que estaria aqui para discutirmos o acordo, e aqui estou. E é bem complicado. Com o histórico de problemas médicos de meu pai, sempre houve a chance de que qualquer um que fosse meu marido teria de ser nomeado regente até Alexander ter a idade legal, e claro que isso foi levado em conta quando Christopher foi escolhido para ser meu...
— Deixe-me ver. — Ele estendeu a mão, e ela entregou-lhe uma pilha de papéis.
Alfonso deu uma olhada nos documentos, a maioria sobre o casamento. Herdeiros. Alianças e acordos comerciais. No final, havia a seção que detalhava o que poderia acontecer se o rei morresse antes de seu herdeiro poder governar.
— O poder de decisão é seu. E não quero tomá-lo. Escreva isso aí. — Ele apontou o local.
Ela piscou rapidamente, antes de inclinar-se na cadeira.
— Não posso. Não sem levar a questão ao parlamento. E eu precisaria da permissão de meu pai e... Não acho que eu a conseguiria.
— Ele está doente demais para segurar uma caneta?
O rubor subiu pelo pescoço dela até suas bochechas.
— Ele prefere que você detenha o poder.
— Ele não confia em você?
Anahi respirou fundo, fechando os punhos sobre o colo.
— Bem, eu sou uma mulher.
— Não consigo entender por que isso importa. Você tem mais coragem do que a maioria dos homens que conheço.
Os lábios dela curvaram-se, e uma sensação estranha e acalentadora espalhou-se por seu peito, como quase a de satisfação.
— Ele vem de uma geração diferente — argumentou ela. — Não o culpo.
— E, ainda assim, ela poderia dizer que sim. Poderia falar que a raiva residia dentro de si, afastando-a dele. — Para ele, essa responsabilidade é minha. Proteger meu país casando-me com um homem capaz de ser regente.
Ele estudou o rosto dela, tão nobre, tão determinado. Tão lindo. Seu pulso aumentou, espalhando o calor por seu corpo.
— Tenho meu próprio país para governar, eu seria um regente ausente, até negligente.
— Você jamais conseguiria ser tão negligente quanto meu primo, nem se estivesse dormindo.
— Austrich será de sua responsabilidade, independente de deixarmos isso por escrito ou não.
— Eu... Obrigada. — Ela encarou as próprias mãos, fingindo um interesse pelas unhas. — Temos um parlamento. Não é como se eu pudesse mudar as leis, orçamentos ou nada do tipo, não tenho quase nenhum envolvimento. Apenas aparecer na sacada e acenar para a multidão.
A multidão.
Ele fechou os olhos, e um flash de imagens nebulosas invadiu sua mente enquanto seu escritório despedaçou-se para dar lugar às lembranças. A multidão. Grande e populosa. Cercando a carreata. Ele levou um tempo para perceber que a barricada fora rompida. As pessoas ao redor deles não eram cidadãos querendo se aproximar da família real.
Foi tudo o que ele pôde ver. O som ensurdecedor, rugindo em seus ouvidos. O cheiro de fumaça e enxofre entrando por suas narinas, a fumaça queimando seus pulmões. Ele não conseguia respirar, não conseguia pensar.
— Alfonso? — A voz dela penetrou pela neblina.
Ele abriu os olhos novamente e viu apenas o escritório. E Anahi, encarando-o. Ele via a preocupação naqueles olhos azuis-claros. O que ele fizera? Ele percebeu que seu punho estava fechado sobre a mesa, tão tenso que os tendões saltavam à vista. Ele havia se perdido por um instante. Por completo.
Isso não acontecia com tanta freqüência quanto antes, pois ele aprendera a não baixar a guarda e deixar as emoções aflorarem. Ela o havia distraído... E Anahi vira sua fraqueza.
— Eu não faço isso — atestou ele, sentindo a garganta fechada. Droga. — Essa coisa de multidões, digo. Tenho um rosto bom para o rádio.
Ela sorriu de novo, e desta vez a expressão continha uma ponta de desconforto, como se ela não tivesse certeza da resposta apropriada.
— Pode rir, não tem problema — garantiu-o.
Ela então o fez, uma risada leve que produziu de novo aquela sensação boa. Mas ele a conteve desta vez, cortando-a com a força de um torniquete aplicado a um ferimento.
— Bem, eu faço muitas aparições públicas — esclareceu ela.
— Eu sei. Você está sempre na mídia. Inclusive por causa do seu senso de estilo.
— Claro. Por mais que eu sempre me pergunte se as pessoas reparariam na cor de gravata que eu usaria se fosse homem. Mas não posso reclamar. É bom ver meu país nas notícias internacionais. Mesmo se for apenas por causa de meus sapatos. Isso ajuda no turismo.
— Vocês recebem muitos turistas em Austrich? — Ele buscou lá no fundo pelo controle total, pelo tipo de dormência abençoada ao qual estava acostumado.
— Apenas recentemente. Mas isso faz parte dos projetos que venho desenvolvendo há cinco anos.
Desde a morte do irmão dele. Ela precisava manter-se ocupada, pensou ele. Se tudo tivesse acontecido conforme o planejado, ela teria se casado com Christopher em seu aniversário de 21 anos.
— Temos um sistema de transporte que leva as pessoas até os Alpes. A vista é maravilhosa. E também há vários resorts cujo desenvolvimento eu mesma patrocinei. Nós precisávamos de pontos turísticos de luxo para férias, e agora Austrich tornou-se muito popular entre a realeza.
— E acredito que isso seja em parte devido aos seus esforços pessoais.
— Você acha que eu vou a todas aquelas festas pelos canapés? — Ela arqueou uma sobrancelha.
— Achei. Mas não acho mais.
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Autor(a): day
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franmarmentini: sim fran o pon sofreu bastantinho :/ belle_doll: eu sei belle tambem fico triste :/ dayy: hahhaha né quem resiste a um homem daquele danny_portilla: falei que ela ia ser safadinha nessa fic kkkkk postado linda *-* edlacamila: hahhahha se viu filha any asanhada kkkkkkkkkkkkkkkkkk comentarios via facebook: Rayssa Viitoria: bem vinda f ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 137
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thayswan Postado em 08/01/2016 - 14:49:24
Foi muito linda!
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Mila Puente Herrera Postado em 21/07/2015 - 19:43:51
Ameeeei mamy *----* foi linda dms :3
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franmarmentini♥ Postado em 21/07/2015 - 19:27:07
day se vc fizer eu sofrer na outra fic eu te esgano!!!!!!!!!!!! ;(
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franmarmentini♥ Postado em 21/07/2015 - 19:25:58
q lindoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo o
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franmarmentini♥ Postado em 21/07/2015 - 18:53:10
*.*
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franmarmentini♥ Postado em 17/07/2015 - 09:43:12
ele é um idiota pq fez isso ;(
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Mila Puente Herrera Postado em 17/07/2015 - 00:13:39
Ain scrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr ALFONSO SEU LERDO MAS PFTO *---* Postaaaaaaaaaaaa <3 Ainnnnn fim noooooo pelo menos tem outra *-----*
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Belle_ Postado em 16/07/2015 - 17:18:05
Como assim os últimos capítulos???? Já??? :/ Continua...
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franmarmentini♥♥ Postado em 15/07/2015 - 20:45:33
Ai ponchito...tenho muita dó de vc... ;( tem q ae libertar desses medos e se entregar total pra any
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franmarmentini♥♥ Postado em 15/07/2015 - 20:34:01
*.*