Fanfic: Cicatriz da alma adaptada AyA/ ponny | Tema: AyA/ ponny
Anahi viu o quão assustador Alfonso pode ficar nessas circunstâncias, mas ela ficara com medo por ele, e não dele. No instante em que ele a prensou contra a parede, ela soube ele estava tentando protegê-la de qualquer perigo que achou que houvesse ali.
Que ele estava se colocando em risco. Por ela.
— Sim. Eu me senti segura com você.
— Bem, mas ela não se sentiu assim. E não posso culpá-la. Eu não a machuquei em nenhuma das ocasiões em que isso aconteceu. Mas se eu perdesse muito o controle? E se ela estivesse ali durante um terror noturno? E quando eu imaginava que existiam inimigos ao nosso redor? O que eu teria feito para ela? Amarah foi inteligente em me deixar.
Anahi tampouco queria fazer a próxima pergunta.
— Você sente falta dela?
— Não sinto nada por ela. — Ela percebeu pela expressão estóica naqueles olhos verdes que aquilo era verdade. Ele dissera não ser mais capaz de sentir o amor, mas tampouco parecia lamentar a perda do sentimento.
— Não saia novamente — ordenou ele. — Não sem me avisar.
— Vou tentar mantê-lo informado, Alfonso, mas não consegui encontrar você. E não sou uma prisioneira. Enfim, Kahlah sabia onde eu estava indo, e eu estava acompanhada de seguranças. Sei que isso não tranqüiliza você inteiramente, mas é o melhor que eu posso fazer. E estou acostumada a ir e vir livremente.
— E agora o país inteiro vai ficar sabendo.
— Que você estava preocupado com minha segurança. E nada mais. A verdade está apenas entre nós. Embora eu acredite que se as pessoas souberem, elas entenderão.
— Alguns iriam — disse ele. — Mas aqui... Há um misto de mentalidades novas e conservadoras. Os povos que vivem nas tribos, os beduínos... Inclusive há um rumor entre os povos mais tradicionais de que não foi Alfonso quem saíra vivo do atentado, mas sim um demônio que agora o possui. Tenho convicção de que algumas pessoas no mercado acreditaram nisso. Ou pelos menos pensam que o sheik deles é um insano ou que minha posição como líder reflete certa... Fraqueza.
— Vamos mostrar para eles o contrário.
— Anahi...
— Por que não, Alfonso? Você terá de saber lidar com o casamento.
— Eu vou saber lidar com o casamento — afirmou ele rispidamente. — Não sou uma criança.
— Eu sei. Não duvido de sua força, nem por um instante, e é por isso que eu acredito que você irá superar tudo isso.
— Como se eu já não tivesse tentado.
— Você se isola. A sua solução tem sido ignorar o problema, e descobrimos hoje que isso não está dando certo.
— Estava dando certo. Antes de você.
— Mas agora eu estou aqui. — E parte dela arrependia-se disso. Por ela ter destruído a ordem que Alfonso criara para si mesmo. Pelo que ela fizera com o orgulho dele.
— Sim, você está.
— O que aconteceu naquele dia, Alfonso?
Os tendões do pescoço dele contraíram-se por um instante, mas depois relaxaram.
— Leia as reportagens sobre o ocorrido.
— Eu já as li. E também fui ao funeral de sua família, mas quero que você me conte.
Ele balançou a cabeça.
— Eu não me lembro de tudo e... Não consigo recordar daquele dia sem ver as coisas, como se eu ainda estivesse lá. Eu não consigo simplesmente me lembrar, eu preciso reviver aquele dia, de novo e de novo.
Pensar em fazê-lo reviver aquele inferno causou um calafrio em Anahi.
— Certo. Então você não precisa me dizer. Mas podemos ajudar você a sair do palácio.
— Eu saio. Sempre que meus deveres exigem que eu saia.
Alfonso lutou contra a raiva que aumentava dentro dele, ameaçando sufocá-lo. Ser visto naquela forma... Era uma fraqueza além do aceitável.
Ele odiava o fato de Anahi tê-lo visto daquele jeito, em sua forma mais vulnerável. Ele baixara a guarda. O fino véu entre o presente e o passado se rompera.
O terror puro e real tomara conta dele, e Anahi era tudo o que ele conseguia ver. Salve-a. Salve-a. Aquilo era como a batida de um tambor reverberando por todo o corpo, uma diretiva constante cujo único foco era ela. E então ele a encontrou e ouviu sua voz, e o horror recuou.
— Mas o casamento será mais do que isso, e precisaremos ir para Austrich, para sermos abençoados na igreja ortodoxa. Caso contrário, não estaremos legalmente casados aos olhos de meu povo. Os costumes exigem isso, e meu pai me lembrou de que nosso acordo também.
Autor(a): day
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A exigência de que aquilo fosse alterado estava na ponta da língua de Alfonso, mas isso seria admitir derrota. Ninguém jamais pedira para que ele fizesse nada além do que ele vinha fazendo há cinco anos. Todos estavam contentes em deixar a Fera de Hajar em sua caverna, chafurdando na sua própria tristeza. Contanto que a economia conti ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 137
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thayswan Postado em 08/01/2016 - 14:49:24
Foi muito linda!
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Mila Puente Herrera Postado em 21/07/2015 - 19:43:51
Ameeeei mamy *----* foi linda dms :3
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franmarmentini♥ Postado em 21/07/2015 - 19:27:07
day se vc fizer eu sofrer na outra fic eu te esgano!!!!!!!!!!!! ;(
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franmarmentini♥ Postado em 21/07/2015 - 19:25:58
q lindoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo o
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franmarmentini♥ Postado em 21/07/2015 - 18:53:10
*.*
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franmarmentini♥ Postado em 17/07/2015 - 09:43:12
ele é um idiota pq fez isso ;(
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Mila Puente Herrera Postado em 17/07/2015 - 00:13:39
Ain scrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr ALFONSO SEU LERDO MAS PFTO *---* Postaaaaaaaaaaaa <3 Ainnnnn fim noooooo pelo menos tem outra *-----*
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Belle_ Postado em 16/07/2015 - 17:18:05
Como assim os últimos capítulos???? Já??? :/ Continua...
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franmarmentini♥♥ Postado em 15/07/2015 - 20:45:33
Ai ponchito...tenho muita dó de vc... ;( tem q ae libertar desses medos e se entregar total pra any
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franmarmentini♥♥ Postado em 15/07/2015 - 20:34:01
*.*