Fanfic: Cicatriz da alma adaptada AyA/ ponny | Tema: AyA/ ponny
CAPÍTULO DOZE
Alfonso dormiu muito mal. Imagens de Anahi, do corpo dela, do perfume dela, da sensação de estar dentro dela... Assombraram-no à noite toda.
E, ainda assim, mantiveram seus demônios longe. Era muito mais fácil lidar com uma frustração sexual resolvida.
Depois do oásis, ele mandou-a para o quarto dela. Pois ela acabara de perder a virgindade, e ele fora celibatário por tempo demais para confiar que não iria exigir demais do corpo dela. E porque não a queria em sua cama. Não tencionava correr o risco de feri-la.
Mas os sonhos não vieram.
Ele não sabia o que isso significava.
Ele levantou-se atrás da mesa e alongou os músculos. Dobrou os joelhos para aquecê-los. Ele sempre piorava depois de um tempo de inatividade. Ou depois de muita.
Alfonso sempre considerara seu corpo novo como uma prisão, mas na noite passada ele percebeu que isso era mentira. Ele não gostava de sentir-se limitado. Não gostava de parecer um monstro, com um olho que mal podia enxergar. Ele odiava mancar. Odiava os flashbacks acima de tudo, embora eles parecessem ser gerenciáveis.
Mas aquele era seu corpo.
No instante em que ele penetrou Anahi, sentindo uma intensidade de prazer que jamais sentira, ele percebera. Aquele era seu corpo. Não um local onde sua alma havia sido trancafiada.
Isso significava que Alfonso nunca seria liberto dele. E que precisava parar de ficar esperando, como se fosse.
A batida suave na porta de seu escritório não pertencia a Anahi. Mas só de pensar nela seu estômago se retesou de antecipação.
Era Rafiq, seu principal assessor. Ele entrou com um grande sorriso.
— Fico feliz em saber que correu tudo bem no casamento. Sinto muito não poder ter comparecido.
— Tudo bem. O nascimento do seu filho é mais importante. — Alfonso permitiu-se imaginar como seria ter um filho. Quando jovem, ele tinha certeza de que um dia teria um.
Mas agora...
— O povo quer ver você e sua nova esposa.
— Eles tiveram a benção de não me ver pelos últimos cinco anos. — Com a exceção de suas recentes incursões ao mercado. — Duvido que eles queiram mudar isso. Você sabe o que eles dizem. Sabe o que eles pensam.
— Mas eles querem vê-lo. O senhor apareceu nas revistas de toda a Europa. Um casamento da realeza. O sheik e sua princesa.
— A Fera e sua mulher? Já posso ler as manchetes. O engraçado é que, entre ver minhas cicatrizes serem ridicularizadas ou romanceadas, prefiro ser ridicularizado.
— Só você, meu amigo.
— O que você sugere que eu faça Rafiq?
— Você e sua princesa precisam fazer uma aparição pública. Uma celebração matrimonial seria perfeito. Faria com que seu povo se sentisse envolvido.
— Não tive a intenção de fazê-lo se sentir excluído.
— Mas ele sente assim.
— Mas isso...
— Ah! — O som de espanto veio de Anahi, parada na porta olhando de Alfonso para Rafiq. — Não sabia que você estava ocupado.
— Você quis dizer que não sabia que alguém se atrevesse a profanar esse santuário? Sou Rafiq, o assessor de Alfonso. Estive ausente porque minha mulher estava grávida. Sinto muito por não termos ido ao casamento.
— Muito prazer.
Rafiq levantou-se e ofereceu um sorriso estonteante para Anahi. Mesmo sabendo que Rafiq jamais olharia para outra mulher que não fosse sua esposa, Alfonso sentiu as entranhas se agitarem. Rafiq sempre fora bonito era o que todas as mulheres diziam, pelo menos. Ele se questionou se Anahi concordava com esse veredicto.
— Estou tentando convencer seu marido a fazer uma celebração matrimonial para o povo de Hajar. As fotos do casamento estão por toda a imprensa da Europa, e acredito que as pessoas daqui se sentem menosprezadas.
Anahi encarou-o, de olhos arregalados.
— Não podemos deixar que pensem assim.
Alfonso cerrou os punhos.
— Ah, não, mas queremos que eles pensem que o governante deles é um lunático?
— Você se saiu bem no casamento — argumentou ela.
— Pode ter certeza, estou contando a vocês o que tem sido falado por aí — declarou Rafiq.
Alfonso percebeu que não podia dar as costas para o pedido. Mudanças precisavam ser feitas, e algumas inclusive já haviam começado. Mas esta seria a maior provação que ele enfrentaria desde o atentado.
Mas ele a encararia. Ele não cumpriria mais uma sentença dentro do próprio corpo.
— Para quando devemos marcá-la então? — interrogou ele.
Anahi olhou para Rafiq, e depois para ele.
— Acho que podemos planejar algo para semana que vem se agirmos rápido.
— Maravilha — explanou Rafiq. — Vamos fazer a celebração na praça.
Autor(a): day
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Alfonso engoliu em seco. A praça. A área comum da capital. Onde as celebrações eram feitas, onde o atentado à família real ocorrera. Mas ele estava cansado de viver com medo. Ele vencera o casamento. Ele fizera amor com Anahi como um homem deve fazer com sua esposa. Ele não temia a própria mente, o próprio corpo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 137
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thayswan Postado em 08/01/2016 - 14:49:24
Foi muito linda!
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Mila Puente Herrera Postado em 21/07/2015 - 19:43:51
Ameeeei mamy *----* foi linda dms :3
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franmarmentini♥ Postado em 21/07/2015 - 19:27:07
day se vc fizer eu sofrer na outra fic eu te esgano!!!!!!!!!!!! ;(
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franmarmentini♥ Postado em 21/07/2015 - 19:25:58
q lindoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo o
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franmarmentini♥ Postado em 21/07/2015 - 18:53:10
*.*
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franmarmentini♥ Postado em 17/07/2015 - 09:43:12
ele é um idiota pq fez isso ;(
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Mila Puente Herrera Postado em 17/07/2015 - 00:13:39
Ain scrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr ALFONSO SEU LERDO MAS PFTO *---* Postaaaaaaaaaaaa <3 Ainnnnn fim noooooo pelo menos tem outra *-----*
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Belle_ Postado em 16/07/2015 - 17:18:05
Como assim os últimos capítulos???? Já??? :/ Continua...
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franmarmentini♥♥ Postado em 15/07/2015 - 20:45:33
Ai ponchito...tenho muita dó de vc... ;( tem q ae libertar desses medos e se entregar total pra any
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franmarmentini♥♥ Postado em 15/07/2015 - 20:34:01
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