Fanfic: Cicatriz da alma adaptada AyA/ ponny | Tema: AyA/ ponny

CAPÍTULO TREZE

— Não se preocupe, eu coloquei bastante protetor solar.

Alfonso virou-se e viu Anahi passar pela entrada do palácio. Um ombro nu revelava-se completamente, enquanto o outro estava coberto por uma faixa transparente de tecido com contas bordadas de um verde-escuro que complementava sua pele alva e seu cabelo castanho.

Seus braços e mãos, incluindo as palmas, foram pintados de henna em um tom de ferrugem claro, em motivos florais, tradição das noivas hajarianas. Ficou muito exótico nela, até mesmo para Alfonso.

— Espero que sim — informou ele. — Espero que tenha colocado também naquele dia no oásis.

Ela corou levemente, e por um instante, ele ficou impressionado que ela ainda ficasse envergonhada.

— Eu coloquei. Se não tivesse, você já saberia, pois eu estaria parecendo um rabanete.
Ele a observou por um instante, maravilhado por sua beleza natural.

— Você é linda, Anahi. Mas não foi sua beleza que me fez aceitar o casamento. Foi seu argumento. O fato de você saber o que queria, do que precisava, e de ter ido atrás. Eu respeito isso.

Anahi sentiu as lágrimas se formarem. Ela engoliu em seco.

— Obrigada.

— É a verdade. — Ele encolheu os ombros e virou-se.

Ele estava agindo de forma estranha desde a manhã. Mas enfim, da última vez que eles fizeram amor não houve a manhã seguinte, então isso era melhor do que nada.

Ela estudou o perfil dele, os ombros eretos.

— Você está bem? — Não era exatamente uma pergunta. Ela conseguia ver que ele estava.

— Isso é uma celebração. — Ele virou-se para encará-la, a luz fria em seus olhos verdes fazendo-a estremecer. — Vamos celebrar.

A limusine passou pelo centro apinhado de gente da praça. A multidão estava firmemente contida por barricadas, e a segurança vinha na frente e atrás do carro. Tudo estava em segurança. Ainda assim, Anahi procurava por sinais de tensão em Alfonso, o coração dela disparado, as mãos suadas pelo intenso nervosismo.

Nada podia ser mais aterrorizante para ele do que isso. Nada exigiria mais dele. Cada fibra dela torcia por ele. Porque ele podia chegar até o fim. Ele era o homem mais forte que ela já vira.

— O que vai acontecer agora? — a indagou quando a limusine estacionou em uma vaga atrás da imensa área do palco que fora montado no fundo da praça.

— Vou fazer meu discurso.

— Na frente de todos?

Ele exigiu um meio sorriso.

— São os riscos da vida política.

— É o que você está fazendo agora. Vivendo a vida política, digo.

— É o que eu preciso fazer.

Anahi sentiu a garganta apertar-se e lhe ofereceu um sorriso, o melhor que podia à beira das lágrimas. Ela estava muito emocionada e tensa para falar.

O motorista abriu a porta, e Alfonso deslizou para fora, estendendo a mão para ela?

— Vem comigo?

Ela segurou a mão dele, apertando-a conforme ele a conduzia até o palco. O clamor da multidão era como uma colméia de abelhas amplificada, e deixou Anahi atordoada. As celebrações em Hajar eram bem mais barulhentas do que em Austrich. Ela gostou daquela alegria incontida, toda direcionada para Alfonso.

— Vá — pediu ela quando chegaram aos degraus.

Ele a encarou e soltou sua mão, caminhando até o palco sozinho. Anahi observou-o, tensa e com dificuldade para respirar.

Assim que Alfonso chegou ao pódio, a multidão ficou em silêncio, com os olhos vidrados na Fera de Hajar.

Alfonso falou em árabe, e Anahi utilizou todo seu conhecimento do idioma que aprendera durante o noivado com Christopher e sua estadia no país.

— Por muito tempo, houve uma nuvem negra sobre nosso país. Alguns podem dizer que eu era essa nuvem. Mas não sou mais. Somos um país forte, um povo forte. Nós perdemos muito naquele dia, quando nossa liberdade e nossa felicidade foram atacadas. Mas nós nos levantamos ainda mais fortes. Sim, temos marcas para provar. — Houve uma pequena comoção na platéia, e Alfonso continuou. — Mas estamos mais fortes por eles. E continuaremos caminhando em direção ao futuro, sem jamais nos esquecermos daqueles que foram perdidos e sem jamais nos esquecermos de viver. Porque nós recebemos uma dádiva. Nós continuamos vivos. E o que importa agora é o que fazemos com a vida. Isso é algo que aprendi com minha nova sheika, minha esposa, Anahi Portilla.

As lágrimas pingavam das bochechas de Anahi quando ele acenou para que ela subisse ao palco. Ela piscou, tentando engolir o nó na garganta no momento em que subia a escada, acenando para o povo que a aplaudia. Seu povo.

Alfonso segurou a mão dela em sinal de solidariedade, e a ovação tornou-se ainda maior. E Alfonso sentiu- se mais forte. Um homem pronto para governar seu povo, de uma nova forma. Ele subira até o palco como a Fera e agora descia como rei.

 BOM AMORES POR HJ É SÓ SEI QUE É POUCO E ESTOU EM DIVIDA COM VCS MAS QUINTA FEIRA EU TRAGO UMA SURPRESA ......

AGUARDEM HEHEHEH

BJS COMENTEM^^