Fanfic: O Extremo AyA FINALIZADA | Tema: AyA I Ponny I Anahí e Alfonso

Com Alfonso :

 Ao desligar o telefone sorri feito bobo por ter convidado Anahí para tomar um café e ela ter aceitado sem eu ter insistido tanto. Acho que agora sim a primeira parte do plano foi concluída. Imagino a carinha de brava dela e depois seu nervosismo. Continua sendo a mais bela de todas. 

Confesso que o dia demorou pra passar. E finalmente chegou a noite. Pensei em mandar uma mensagem pra ela mas meu telefonema já tinha mexido o suficiente. Era apenas uma questão de tempo agora até tudo voltar a seu lugar e Anny de volta pros meus braços. 

Acordei no outro dia me sentido bem disposto indo cedo pra empresa que peguei até minha secretária de surpresa pois ela nunca me via ali antes das 9 horas da manhã. Comprimentei ela com um aceno breve de cabeça e entrei na minha sala. Meu relógio que costumo deixar numa mesa próxima a minha não saiu do meu lado meio segundo e toda hora olhava para verificar as horas. Até meu sócio Christopher estranhou e já ia fazer uma das suas gracinhas porém meu olhar sério o fez mudar de ideia. 

Finalmente deu 13h30 da tarde e meu coração foi a mil. Dentro de exatas meia hora encontraria Anahí novamente. Tratei de surpreendê-la e mandar comprar as flores preferidas dela que até onde me lembrava eram rosas brancas. Comprei logo um buquê bem grande e caprichado. Entregaram em minha sala e eu demorei vários minutos até conseguir escrever a frase perfeita. Acabou saindo isso :

" Cada pétala que cair dessas rosas serão os dias que estarei contando para ficar de novo ao seu lado. 

   Mesmo que não durem muito tempo, sempre irão te dizer por mim o quanto você é especial. 

                              Alfonso"

Romântico, sincero, um pouco sem vergonha e sutil. Perfeito. 

Coloquei o cartãozinho no envelope e o prendi entre as flores.  Consultei o relógio e já eram 13h45. Hora de ir. Peguei com cuidado o buquê de flores e fui para a cafeteria esperar Anahí chegar. 

Fiquei uns 15 minutos esperando na cafeteria Anahí aparecer. Já estava desistindo quando a vejo entrar mais linda do que nunca. Usava uma saia preta até os joelhos um pouco justa, uma blusa branca de alças finas, cabelos soltos com seus famosos cachos, maquiagem suave apenas para realçar seus olhos azuis, sapatos altos na cor vinho. Uma verdadeira princesa. Sorri ao vê-la e chamei sua atenção. Ela logo se aproximou de mim e antes de sentar na cadeira a minha frente eu a entreguei o buquê de rosas a deixando surpresa.

_São pra você. - a entreguei e ela pegou cheirando as rosas

_Minhas preferidas. Obrigada Alfonso. - sorriu e se sentou colocando as rosas ao seu lado. 

_Posso te dizer ? 

_O que ?

_Está linda hoje. 

Anny corou um pouco e sorriu agradecida. Como era linda. 

_Vamos tomar nosso café ?  - a perguntei chamando o garçon

Anny assentiu e eu fiz nossos pedidos. O garçon rapidamente anotou e nos deixou sozinhos de novo. Não sabia muito o que dizer e nem fazer me senti como no dia em que saímos a primeira vez. 

_Pensei que não viria

_Quase fiz isso mas fiquei com pena de você 

_Nossa ! Você é cruel  

_Não sou não. Mas também depois da noite péssima e da manhã meio tensa que tive hoje merecia um descanso. 

Fiquei surpreso. Será que o "namoradinho" tinha aprontado ?  Essa eu precisava saber.

_O que houve ? Problemas no trabalho ? 

_Não

_Então ?  

_Alfonso ! Deixa de ser curioso

_Mas é só uma simples pergunta. - fiz cara de inocente e ela riu

_Problemas do dia a dia. Normal. Mas já resolvi. - falou baixando os olhos e eu notei sua preocupação. Senti raiva súbita imaginando se o tal namoradinho tinha feito algo pra ela. 

_Me conta o que houve Anny. Por favor ! - nem percebi que a chamei pelo apelido e ela logo arregalou os olhos. - Perdão ! Força do hábito. Conta pra mim vai ?  

Anahí me analisou uns segundos e senti que havia invadido sua vida. Me culpei e logo já ia pedir desculpas quando o garçon chegou com nossos pedidos. Deixou tudo em nossa frente e saiu. Cada um pegou sua xícara e seus doces e comemos em silêncio. Logo a própria Anahí o quebrou fazendo perguntas. 

_Por que me chamou pra tomar café ?  Tudo isso é saudade ? 

_Sim. Saudade de uma pessoa querida. 

_Que lindo !  Se fosse em outra ocasião até ganharia um abraço. 

_Pode dar um se quiser

_Alfonso ! 

_Calma !  Foi só uma ideia. 

_Só vim porque precisava me distrair. Não é para você vir de gracinhas não viu ? 

_Estou comportado hoje. Eu juro. Me conta como vai sua vida ?  Seus pais ?  Você já se casou ? 

_Eu estou bem e trabalhando bastante. Papai andou doentinho mas já está bem e mamãe está ótima, a mesma tagarela de sempre. 

_Faltou você responder uma pergunta né ?

Anahí revirou os olhos, bebeu mais um gole de seu café e eu fiquei ainda mais na espectativa do que ela iria falar.  Temia a resposta. 

_Para matar sua curiosidade eu ainda não casei apesar de já estar com Fernando a 3 anos. - disse tão segura de si que chegou a dar raiva. então era Fernando o nome do filho da p.... que roubou a Anahí de mim. Bom saber. 

_3 anos já é um tempo bom. 

_Sim e estamos bem e felizes. - com certeza ela tava mentindo - E você ?  Casou ?  

_Infelizmente depois que me largaram nada mais deu certo então tive que me direcionar para o trabalho mesmo. 

Discretamente vi que Anahí esboçou um pequeno sorriso. Como amava vê-la sorrir. Me perdi nos pensamentos até ela me chamar e rir da minha cara de bobo. Terminamos o café e ainda tínhamos alguns minutos para conversar antes de ambos voltarem as suas atividades. Sugeri irmos em uma pracinha próxima e ela topou. Claro que eu paguei a conta afinal sou um cavalheiro. 

_Vamos então ?  

_Vamos !

Nos levantamos, abri a porta pra ela e saímos. A pracinha era a 5 minutos dali e o dia estava muito agradável. Notei que ela estava toda feliz com seu buquê de flores dado por mim que me esqueci de avisar do cartão. Lembrei assim que nos sentemos em um dos muitos bancos da praça. Quando eu ia falar nisso ela notou, pegou o cartão, me olhou uns segundos, abriu e leu as palavras ali escritas.  

_E então ? Gostou ?  - estava apreensivo

_Muito.... bonito. Obrigada. - corou novamente e guardou o cartão entre as flores de novo.

_Me desculpe. Tinha que escrever algo que você gostasse.

_Não tem problema Alfonso. Eu gostei bastante. 

Anahí se quer olhava pra mim e aquilo começou a me dar nos nervos. Peguei na mão dela e logo obtive sua atenção e seu olhar todo voltado pra mim. 

_Estou muito feliz de estar aqui com você. Minha intenção não era assustá-la mas eu precisava te ver novo. Age como se não quisesse estar aqui comigo. É verdade ?  - segurei mais firma a delicada mão dela e fiz leves carinhos. 

Anahí paralisou vários minutos até conseguir responder. 

_Não é que não quissesse, você sabe que se passou muito tempo e tudo mudou. Mas.... - se interrompeu e uma coisa que odeio que é vê-la chorar começou a acontecer. Passei a ponta dos meus dedos em seu rosto. Imediatamente ela fechou os olhos. Meu coração disparou e tentei não mostrar o nervosismo. Aos poucos ela foi se acalmando e me olhou novamente.

_Alfonso... sabe que não podemos, não sabe ?  Estou em outro relacionamento, gosto de Fernando e te ver foi mesmo a pior coisa. Me desculpe. - deixou de me olhar e pequenas lágrimas foram caindo daquele rosto de anjo que ela tem. 

_Anahí, não se culpe. Estamos apenas como amigos aqui. Jamais irei fazer nada que te aborreça ou magoe. Só não acho justo me dizer que está feliz quando na verdade sei que não está. - continuei enxugando as lágrimas do rosto dela. E a fiz olhar pra mim. - Olha, se quiser podemos ir embora agora. Não quero que chore e fique triste. Isso acaba comigo. 

_Por favor ! Vamos ficar.

Só a vi se aproximar de mim e encostar a cabeça no meu ombro. Por instito a abracei e a senti se grudar mais a mim. Acariciava seus longos e sedosos cabelos. Sua respiração acelerada foi se tornando mais amena enquanto o abraço durou. Queria ficar ali com ela pra sempre apenas a consolando e sentindo seu corpo junto ao meu. Algo aconteceu e vi Anahí desescostar um pouco a cabeça sem deixar de ficar próxima a mim. Olhei seus lábios e ela notou isso mas continuou parada no mesmo lugar. Sabia que se ficasse mais alguns segundos com o rosto dela colado ao meu faria uma besteira. 

Os próximos segundos foram intermináveis naquela perda total de inibição. Fui aproximando minha boca da dela e a vi fechar os olhos novamente. Seu perfume me inebriou de maneira tão rápida que não pensei em mais nada. Encostei meus lábios nos seus e o beijo foi surgindo de dentro cada vez mais rápido a medida que nossos corações iam se acelerando, nossos rostos se colando ainda mais e as bocas sentindo o sabor tão conhecido. 

Perdi qualquer razão naquele beijo. Os lábios dela tão macios e sua língua inquieta brincando em minha boca. Não sei dizer ao certo quanto tempo durou aquele beijo mas eu nunca mais queria parar. 

O ar foi faltando e com ele os selinhos foram necessários até que nos separamos só pelos lábios pois nossas testas e rostos continuavam próximos. Fui criando coragem para afastar ela de mim até que Anahí tomou um susto súbito, pegou as rosas e saiu correndo tão depressa que sequer tive tempo de entender o que havia acontecido. 

Só lembro de ficar uns segundos com uma das mãos nos lábios ainda com o gosto dela em minha boca. O que eu havia feito ? O que tinha acontecido ?