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Capítulo: 11? Capítulo

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CAPÍTULO XI


 


        Chris já tinha saído quando Dulce entrou na cozinha. Ela tirou o pão da torradeira, serviu-se de café, pegou a bandeja e o jornal e foi comer no terraço.


        O calor do sol era convidativo, o ar estava pesado... uma perfeita manhã de primavera. Flores começavam a desabrochar no jardim. Logo, botões multicoloridos trariam nova vida ao local.


        Paz e tranqüilidade, Dulce pensou. Mordeu uma torrada, tomou um gole de café e começou a ler o jornal.


        Enfim chegou à coluna de bisbilhotices.


       


        Que conhecido homem de negócios de Sydney, recentemente reconciliado com sua esposa milionária, foi dispensado da posição de pai pelo teste do DNA? O mecanismo usado pela ex-amante a fim de conseguir uma pensão para si, folhou, devido ao progresso da ciência médica.


 


        Chris? Dulce sentiu um nó no estômago. Lembrando-se de sua conversa com Pablo na véspera, admitiu que a referência tinha muita coincidência com o que foi comentado no jornal, para não se tratar do mesmo assunto.


        Ela olhou pela janela, não vendo mais a maravilhosa paisagem, a piscina. Sua mente era um caleidoscópio de imagens do passado, de quando se separara de Chris.


        Belinda informando-a que estava grávida do filho de Chris. O desmentido de Chris. Sua própria descrença. Os argumentos. O silêncio gelado. Seguido pela decisão que a fizera sair de casa.


        Em câmera lenta pegou o prato, a xícara, o jornal e levou tudo à cozinha. Como uma autômata vestiu-se a fim de ir trabalhar.


        Telefonou para seu escritório, informou-a que chegaria atrasada, e meia hora mais tarde entrava no elegante escritório de Chris na cidade.


        Disse à secretária que precisava falar com sr. Uckermann. Ao que a secretária respondeu que lamentava muito mas ele estava ocupada em importante reunião.


        _É caso de urgência. _ Urgência dela, em descobrir a verdade.


        _Recebi ordens do sr. Uckermann para não interromper a reunião sob nenhum pretexto.


        _Eu assumo a culpa_ Dulce respondeu friamente.


        _Vou dizer a ele que a senhora está aqui. _ A moça pegou o fone e, segundos após, colocando o fone no gancho, disse a Dulce: _ Vou conduzi-la, à sala do sr. Uckermann. Ele irá vê-la em alguns minutos.


        Tratava-se de uma grande saca com vista para o porto de Jackson, os móveis eram de couro, antigos, e havia quadros valiosos nas paredes. Dulce foi à janela e ficou apreciando a vista.


        Um quase silencioso click da porta que fechava chamou sua atenção. E viu Chris.


        _O que houve?_ Chris perguntou.


        Ela tirou do bolso o recorte de jornal e entregou-o ao marido.


        _Leia_ disse.


        Não houve mudança na expressão do rosto de Chris. Ele passou os olhos pelo artigo, amassou-o e jogou-o no cesto de papéis.


        _Por isso você me tirou da reunião?_ indagou.


        _Considerei importante.


        _Tão urgente que não poderia esperar até a noite?


        _Não.


        _Quer que eu diga o que houve?


        _Quero.


        _Deixe-me adivinhar_ Chris comentou com a maior calma do mundo. _ Belinda contou tudo a Pablo então vendeu a informação a um jornal. Concorda?


        _Sim. Mas você não tinha esse direito. Devia ter me relatado os fatos pessoalmente em vez de deixar que eu descobrisse através de um jornal!


        _Quando você queria que eu lhe revelasse minha intenção de fazer Belinda fornecer o material para o teste de DNA, Dulce? Poderia entrar nesse assunto como simples conversa nas poucas ocasiões em que estivemos juntos? Com Fernado morrendo no hospital? No dia do enterro?


        Dulce arregalou os olhos.


        _Você sabia que Fernado tinha alterado o testamento, acrescentando a condição sobre meu controle da Saviñon? E ficou quieto assim mesmo? Vocês dois tomando uma decisão aproveitando-se da vantagem de uma situação delicada?_ ela perguntou.


        _Sim.


        _Não tinha esse direito, Chris!


        _O mínimo que pude fazer para ele e para você foi permitir que Fernado a tivesse em mente, livre de outros problemas que poderiam ser resolvidos...


        _Mais tarde_ Dulce terminou a frase. _ E se a saúde de Fernado não fosse tão delicada no momento?


        _Acha que eu teria hesitado em contar-lhe?


        Ela não podia ter certeza. Queria muito tê-la. Desesperadamente. De todo seu coração.


        Chris sentiu a momentânea indecisão, a intensidade das emoções de Dulce. Mas ainda esperou pela resposta dela.


        _Imagina o que passei quando Belinda me contou sobre sua gravidez insistindo que você era o pai da criança?


        _Na ocasião, me lembrei distintamente que meu relacionamento com Belinda havia terminado muito antes de eu ter me encontrado com você;


        Porém ela preferira não acreditar em Chris.


        _Você deve admitir que as evidências pesavam contra sua pessoa. Belinda providenciou datas, lugares, que coincidiam com sua ausência da cidade.


        _Mesmo se considerando que era tudo mentira, acha que eu sou tão idiota a ponto de não tomar precauções contra  uma possível gravidez?


        _É bem conhecido o fato que providências às vezes falham_ Dulce protestou de imediato.


        Chris teve vontade de torcer-lhe o pescoço.


        _Eu lhe dei minha palavra de honra, devia ter sido suficiente.


        Fernado acreditara em Chris. Por que não ela?


        Porque Belinda agira com sabedoria, pressionando os botões certos. Choque, descrença, raiva, fizeram o resto.


        _O que você esperava, Chris? Que eu permanecesse insensível? Foi como se meu coração houvesse sido arrancado do peito!


        _Por acaso pensou em mim, Dulce? Soube quanto tempo levei para provar minha inocência? Quantas batalhas legais lutei a fim de conseguir que Belinda se submetesse ao DNA durante a gravidez? E quantas vezes falhei? Como o sistema legal me forçou a esperar até o nascimento da criança para consentir no teste?


        _Desde quando você sabia do resultado do teste?_ ela perguntou.


        _Desde ontem à tarde. Belinda queria que eu garantisse a manutenção da criança e uma pensão vitalícia para ela. Não se importava quanto a quem ela iria ferir. Tenho cópias dos documentos emitidos pelo tribunal e agora tenho o resultado do DNA_ Chris explicou.


        Foram nove meses de angústia, de sonhos destruídos, de noites solitárias. Cada um dos dois experimentando seu inferno individual, causado por uma mulher maldosa que desejava acabar com o casamento de seu ex-amante.


        Só em pensar como Belinda estivera perto de atingir sua meta fez Dulce estremecer.


        _Devo pedir-lhe desculpas, Chris.


        _Está me oferecendo uma?


        _Claro!_ Mas não choraria, Dulce pensou. Não, seria o máximo da humilhação.


        Dulce tentou se afastar, porém Chris segurou-a pelo braço.


        _Oh, não!_ ele disse. _ Não vai fugir dessa vez.


        _O que você quer?


        _Um dia me acusou de eu ter me aproveitado dos termos do testamento de Fernado. Pois bem, para provar que aquilo que usufruímos é muito especial para ser jogado fora, quero que veja, que sinta, que é a única mulher de minha vida. Cada vez que estamos juntos é como um ato de amor. Não apenas sexo.


        Santo Deus, e como sabia disso!, Dulce admitiu. Bem no fundo, sempre tivera certeza disso. Devia ter acreditado em seus instintos em vez de permitir que as insinuações de Belinda criassem raízes.


        _Exceto uma vez_ Chris revelou sombrio. _ Quando a arrastei do hotel. Eu estava tão furioso por outro atraso legal! Então, ao chegar em casa e descobrir que você havia sumido, senti-me prestes a tomar uma decisão. Enxerguei você abertamente me desafiando, atacando as barreiras de meu controle. Perdi-o por completo. E choquei-a.


        _Não, apenas me desarmou_ Dulce corrigiu-o. _ Sempre foi você quem controlava as emoções. E vê-lo naquele grau de paixão desordenada me excitou. Não sobrou nada em mim, nem ao menos meu orgulho. Amei-o tanto pelo que fez!_ Foi tudo o que ela disse. Palavras. Contudo, vieram do fundo de sua alma.


        Chris ergueu a mão para acariciar-lhe o rosto.


        _E agora?_ perguntou.


        _Nada mudou_ Dulce confessou com simplicidade. Os lábios dela tremiam.


        _Obrigado. _ Chris sabia muito bem o que lhe custava dizer aquilo.


        _Foi tão difícil assim?


        _Foi.


        Ele beijou os lábios trêmulos com paixão intensa. E não teve dúvidas quanto ao amor de Dulce.


        Escorregou a mão pelas costas dela, até as firmes nádegas, antes de afagá-las sob a saia.


        O calor do corpo de Dulce excitou-o tanto que não desejou outra coisa além de despi-la naquele instante, não se importando onde estavam.


        Acariciou-a com uma habilidade que a deixou quase louca. Era mais do que ela poderia agüentar. Desabotoou a camisa de Chris e tocou-o como ela a tocava.


        Santo Deus, mas não era suficiente, Chris se convenceu disso.


        O telefone tocou.


        _Uckermann_ ele atendeu com voz dura, inflexível, enquanto Dulce dava um passo para atrás.


        Mas Chris segurou-a a firme pelo pulso. Seus olhos nunca a deixaram.


        _Reorganize nosso encontro, por favor. Para amanhã à tarde.


        Dulce podia imaginar a resposta da secretária.


        _Não me interessa a desculpa que você vai dar. O negócio é mais importante para eles do que para mim. Vão aceitar, sem a menor dúvida. _ E Chris desligou o telefone.


        _Preciso ir_ Dulce, disse tentando se acalmar.


        _Nós vamos.


        Ele abotoou a blusa de Dulce, enfiou sua camisa dentro da calça e arrumou a gravata. Sorriu.


        _Vamos para um lugar onde não haja interrupções.


        _Mas você tem uma reunião importante...


        _Acabei de cancelar.


        _Eu vi.


        Ele beijou-a brevemente, um gesto que nem por sombra conseguiu satisfazê-los.


        Dulce observava o marido no transito, consciente da masculinidade dele. O aroma próprio do homem misturado à suavidade da colônia.


        Ele possuía uma sexualidade que a sacudia. Sexualidade primitiva, crua, e totalmente hipnótica, que tinha o poder de transformá-la numa mulher pronta a amar, sem acanhamentos, libidinosa, totalmente dele.


        _Um hotel?_ ela sugeriu.


        _Quer chocar minha secretária?


        _Espero que isso não aconteça.


        Minutos mais tarde Chris entregava o carro ao porteiro e os dois entraram no espaçoso saguão de um hotel. Dulce examinou os arranjos florais enquanto Chris preenchia as fichas na recepção. Subiram no elevador juntos.


        Poderiam os outros ocupantes notar sua paixão pelo olhar?


        Chris conduziu-a à suíte, colocou na porta o cartaz “Não perturbe”, trancou-a e tomou Dulce nos braços. Colocou-a na cama.


        Beijava-a com fome enquanto a despia e se despia, até haver a intimidade de pele sobre pele.


        Calor e paixão, desejo e fome. Necessidade violenta.


        Agora.


        Era uma linguagem silenciosa que os dois amantes compartilhavam, e um gemido escapou dos lábios de Dulce quando Chris ergueu-a segurando-a pelos quadris e penetrou-a com força. Beijou-lhe os seios até ela gritar de prazer.


        Chris penetrou-a várias vezes a fim de conseguir o máximo do prazer.


        Exaustos ambos, carregou-a ao banheiro, encheu a banheira e colocou-a na água em movimento antes de se retirar para ir buscar champanhe na geladeira.


        Dulce provou o líquido gelado de sua flûte enquanto Chris sentava-se diante dela.


        Saúde. As duas flûtes se tocaram e ambos sorriram.


        Dulce percebeu que emoções incríveis invadiam seus sentidos. Aquilo era amor. E percebeu que nenhum outro homem seria capaz de tomar o lugar de Chris em seu coração.


        Tratava-se de uma certeza gravada em sua alma. Inviolável.


        _Obrigada_ Dulce sussurrou.


        _Pelo quê, precisamente?


        Os olhos dela tinham um tom verde intenso, incrivelmente eloqüente.


        _Por você­_ ela respondeu simplesmente. Pela tenacidade, por tudo o que fazia de Chris o homem que era. Só em pensar que mesmo por segundos ele poderia deixá-la escapar, enchia-se de dor.


        _Você é minha_ Chris disse com amor. _ Nenhuma outra mulher chegou perto de você em meu coração.


        Dulce sofria agora em se lembrar de que duvidara dele. Belinda fora muito convincente. A antiga amante de Chris quase destruíra um casamento.


        Um tremor percorreu-lhe a espinha. Belinda quase conseguira...


        _Não pense nisso agora.


        Ele a lia tão bem... Bem demais, Dulce concluiu em silêncio.


        Chris abraçou-a, acariciou-lhe o rosto. Um suave suspiro saiu dos lábios dela.


        _Chris...


        _O quê?


        _Se pretende continuar com seu jogo de amor, preciso preveni-lo de que não almocei hoje.


        Ele deu uma gargalhada.


        _Pensei que só eu tivesse de posse de toda sua atenção.


        Dulce beijou-o, e disse:


        _E está. _ Acredite-me, tem toda minha atenção, ela repetiu mentalmente.


        Chris levantou-se e ergueu-a. Colocando-a no chão de ladrilhos. Depois enrolou-a na toalha antes de envolver uma toalha em sua cintura.


        Mas foi muito mais tarde, depois de ligeira refeição e o resto de champanhe, que Dulce perguntou:


        _Tem planos para esta noite?


        _Podemos ficar em casa, ora.


        _Ou... podemos trocar de roupa e ir a uma boate.


        _Ou ir a um cinema_ Chris sugeriu. _ Mas será uma pena deixarmos esta suíte.


        _Temos algum vinho aqui?_ ela quis saber.


        _Tinto ou branco?


        _Não importa.


        _Quer que eu vá verificar, querida?


        _Quero.


        Chris deu uns passos e retirou uma garrafa de vinho de um armário. Serviu duas taças e deu uma a Dulce.


        Ela mergulhou um dedo no líquido, passou-o ao longo do pescoço de Chris e depois seguiu o mesmo percurso com a língua.


        Com uma das mãos soltou o cinto do robe que ele usava e desnudou-lhe um ombro, em seguida o outro, deixando o robe cair no chão.


        Minutos mais tarde ele suspirou e com dedos firmes agarrou-lhe o pulso, dizendo:


        _Santo Deus, está pronta?


        _E você? Não teve o suficiente?


        _Quero retribuir o que recebi_ disse ele com o músculo da mandíbula contraído.


        _E eu estou contando com  isso.


        Mais tarde, muito mais tarde, foi ela quem gemeu alto. Foi ela quem suplicou que chegassem à completa satisfação de seu desejo e ao relaxamento.


        Dulce achou que não tinha condições nem de andar. Até erguer uma das mãos requeria muito esforço. Estava prostrada quando Chris puxou as cobertas e abraçou-a.


        Dormiram. Ela só acordou na manhã seguinte quando Chris percorreu-lhe o corpo com todos os dedos. Beijou-a nos lábios.


        Era um meio maravilhoso de começar o dia. Devagar, em sedução preguiçosa, sexo vagaroso.


        Depois tomaram banho juntos, vestiram-se e foram tomar o café da manhã no terraço, apreciando a cidade que acordava com as balsas atravessando a lagoa e o tráfego da estrada começava a surgir.


        Um novo dia, Dulce pensou enquanto saboreava o aromático café. O céu tinha um tom azul bastante límpido, com quase nenhuma nuvem, e o sol que aparecia lentamente prometia um dia quente.


        Havia no ar uma sensação de ausência do tempo e uma necessidade de guardar aquele momento num lugar seguro.


        Chris examinava o perfil, cada traço do rosto dela. Dulce tinha uma beleza de alma e de espírito, uma qualidade intrínseca difícil de encontrar em outra mulher.


        Chris sentia que se excitava só em se lembrar da intimidade que haviam compartilhado horas atrás. Duas mentes tão harmonizadas, pois ele conhecia os pensamentos todos de Dulce e seus mais ocultos segredos.


        Ela também começou a se excitar, desejosa de voltar à cama. Mas disse, levantando-se e estendendo-lhe a mão:


        _Hora de irmos embora.


        Juntos tomaram o elevador até a recepção e foram apanhar o carro. Dez minutos mais tarde Chris estacionava no edifício da Saviñon.


        Dulce beijou os próprios dedes e tocou brevemente com eles os lábios do marido.


        _Até a noite.


        Ele viu-a desaparecer na porta de vidro e continuou seu caminho.


        Havia um lugar nas ilhas Gregas onde o sol beijava as águas transparentes, as trepadeiras cresciam nos muros, e Vilas cobriam a encosta das montanhas. Chris queria demais levar a esposa lá, para relaxar e usufruir os simples prazeres da vida durante algum tempo. Precisava pedir a sua secretária que fizesse as reservas.


        Em minutos chegou ao escritório, pegou o fone, deu as instruções para o dia e começou a trabalhar.


        Dulce, por sua vez, viu sobre a cadeira em sua sala no escritório o pacote que o correio entregara. Rasgou o papel protetor e deparou com o quadro que ela apreciara na galeria.


        Apanhou o fone e discou o número de Chris. Disse, assim que ele atendeu.


        _Obrigada, é lindo!


        _O prazer é meu.


        A voz dele era quente e fez Dulce sentir arrepios no longo da espinha.


        Minutos mais tarde houve outra entrega. Uma caixa de floricultura com uma única rosa vermelha e um cartão: Dulce, meu amor. Chris.


        Meu amor. Ela roçou a rosa no rosto e aspirou o delicado perfume.


        Dulce arquitetou um plano. Telefonou para Blanca com um convite e acomodou-se na poltrona com um sorriso nos lábios.


        _Um jantar íntimo_ ela declarou na manhã seguinte ao marido, ao se levantar, com a rosa ao lado da cama_ Em celebração. Temos que nos vestir a rigor, um para o outro.


        _Algo especial?_ Chris lhe perguntou, ao se juntar a ela no chuveiro.


        E era. Muito especial, um presente seu a Chris.


        Será que ele adivinharia?, ela se perguntou enquanto atravessavam os jardins. Lá, entre os galhos de um lindo jacarandá estava o padre com Blanca.


        _Uma confirmação de nossos votos matrimoniais.


        Chris tomou-a nos braços, beijou-a com fervor, um beijo que lhe tirou a respiração.


        _O senhor devia fazer isso depois da cerimônia_ o padre caçoou gentilmente.


        _Pode ter certeza de que o farei.


        Blanca enxugou uma lágrima enquanto o celebrante pronunciava as palavras pedidas por Dulce. A emoção de Blanca era pela nova felicidade que sua filha encontrara, junto ao homem que amava tanto.


        A refeição que Dulce e Marie prepararam era simples mas foi servida à luz de velas na sala de jantar. Champanhe gelada e uma miniatura de bolo de camadas acrescentava um toque inesperado á celebração.


        Depois, Chris levou Dulce ao escritório e pôs um anel de diamante em seu dedo.


        _Para a eternidade. Nossa_ ele disse com carinho, vendo os lindos olhos da mulher, cheio de emoção. _ Há apenas uma outra coisa. _ Ele abriu uma gaveta da escrivaninha e entregou-lhe um documento. _ Leia.


        Em documento devidamente legalizado, dava-lhe de presente um terço das ações da Saviñon, originalmente dadas a ele por Fernado Saviñon.


        _Sempre foram suas_ Chris declarou. _ Agora o são oficialmente.



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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CAPÍTULO XII           Dulce acomodou-se melhor na chaise-longue e deixou que o quente sol do mar Egeu acariciasse seu corpo mal coberto pelo biquíni. Óculos escuros protegiam seus olhos, e ela ajeitou o grande chapéu de palha sobre o rosto.         Chris tivera de fazer ...


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Comentários da Fanfic 128



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