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CAPÍTULO XII

        Dulce acomodou-se melhor na chaise-longue e deixou que o quente sol do mar Egeu acariciasse seu corpo mal coberto pelo biquíni. Óculos escuros protegiam seus olhos, e ela ajeitou o grande chapéu de palha sobre o rosto.

        Chris tivera de fazer alguns telefonemas para delegar seu trabalho a uma pessoa de confiança, para reservar o vôo a Atenas, e conseguir o elegante cruzeiro.

        Estavam lá havia uma semana já. Dias lindos e preguiçosos e noites cheias de amor. Dias idílicos, ela pensou ao fechar os olhos e deixar a mente vagar.

        Todas as dúvidas e tormentas, as inseguranças, sumiram. Uma prova de fogo, ela refletiu, estremecendo quando a imagem vingativa de Belinda surgiu com toda a clareza em sua mente.

        _Não!_ Chris repreendeu-a com ternura.

        Permanecia sempre sintonizado com Dulce que sentia a menor tensão surgida, e agora tentou aliviá-la afagando-lhe o rosto.

        A pele dela estava dourada, e a textura era de seda sob seus dedos. Sentiu prazer na carícia em especial no instante em que explorou a linha limite do biquíni nos quadris.

        Notou o ventre de Dulce se contrair e beijou-lhe o umbigo.

        _Você vai acabar escandalizando os nativos_ ela preveniu-o, e Chris deu uma gargalhada.

        _Não há uma alma por aqui.

        _Há binóculos, paparazzie câmeras de longo alcance_ ela comentou, mas sem fazer menção de se levantar do lugar.

        Chris tinha a habilidade que a levava ao auge do calor em alguns segundos. Desejo e paixão seguiam juntos.

        _Vamos descer para a nossa cabine?

        Dulce sorriu e fitou-o:

        _Você fala sério?

        _Você não quer?

        Ela fingiu considerar opções.

        _Acho que posso ser persuadida. _ Dulce lembrou-se de como era maravilhoso ser persuadida por ele. E seu coração começou a palpitar mais forte.

        Chris acariciou-a e Dulce gemeu.

        _Não brinque comigo_ ele disse.

        Ela gemeu mais uma vez e Chris silenciou-a quando sua boca tomou posse da dela, num beijo que prometia muita sedução.

        Quando Chris levantou a cabeça, Dulce percorreu com a língua o contorno inchado da própria boca. Depois pressionou os lábios dele com os dedos num gesto de carícia, o que o fez erguer-se num único movimento.

        A embarcação era grande, o quarto espaçoso.

        Chris carregou-a e pousou o queixo nos cabelos sedosos dela.

        Possuiu-a lentamente. Tinham todo o tempo do mundo e saboreou cada tremor de Dulce, cada suspiro.

        Ela era sua. Era a coisa mais importante de sua vida. Sempre fora, mesmo quando viveram separados. Jamais outra mulher ocuparia o lugar dela em seu coração.

        Chris disse algumas palavras em grego, traduziu-as ao inglês, e Dulce sentiu seus olhos úmidos o que provava sua evidente emoção.

        Ela segurou a cabeça do marido, deixou que as mãos acariciassem seu rosto, e enxergou o amor incondicional de um homem por uma mulher. Além das fronteiras, eterno. Tratava-se de um presente infinitamente precioso que guardaria pelo resto de sua vida.

        _Prometa-me uma coisa_ Dulce começou a falar com suavidade, e viu-o sorrir.

        _Precisa pedir?

        _Vamos trabalhar para fazer cada dia de nossa vida especial.

        _Já está subentendido.

        _Mais uma coisa, apenas mais uma. _ Dulce beijou-o, um beijo rápido. _ Você tem meu amor, minha confiança. _ Os lábios dela tremeram um pouco. _ Para sempre.

        _Como você tem o meu, querida_ Chris sussurrou, e começou a demonstrar uma profunda paixão que ultrapassava qualquer experiência que haviam usufruído antes.

FIM