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Capítulo: 2? Capítulo

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CAPÍTULO II


 


        A noite estava quente, uma suave brisa soprava do mar, quando Dulce trancou o carro e ligou o alarme.


        A entrada do hotel ficava um pouco mais adiante, com sua majestosa fachada atestando a elite de hóspede.


        Dulce estava elegantemente vestida, embora só ela soubesse o tempo que levara escolhendo sua toalete.


        Chris observou-a entrando no saguão, com disfarçado interesse.


        Negócios, ele sussurrava a si mesmo, notando cada detalhe do conjunto preto de Dulce. O corte da jaqueta, a saia curta e justa, as meias pretas que cobriam pernas perfeitas, sapatos de sal bem alto, pretos também. As jóias limitavam-se a um diamante preso a uma corrente de ouro, e brincos também de diamantes.


        Saberia ela como Chris podia ler o que lhe ia na mente?


        Os pequenos sinais que indicavam seu temperamento eram evidentes no modo como sacudia os cabelos, na expressão do olhar, no formato da boca, no tique nervoso do queixo.


        Isso era o começo. Chris se lembrava muito bem de como o corpo de Dulce se derretia ao seu simples toque. Os cabelos longos se suavizavam quando o roçava com a ponta dos dedos até a nunca, e Dulce inclinava a cabeça para receber o beijo. A paixão que o dominava naqueles momentos Chris jamais sentira com qualquer mulher, em tempo algum.


        Dulce foi ao seu encontro.


        _Chris. Como vai?_ cumprimentou-o com cortesia, porém friamente.


        Controle-se, uma voz interior a preveniu.


        _Vamos terminar logo com isso?_ ela pediu.


        Fogo e gelo, Chris pensou. Uma combinação que sempre o intrigara em Dulce.


        _Ansiosa por terminar com tudo, Dulce?


        _Gostaria de fazer as coisas da maneira mais rápida possível_ ela declarou com frieza.


        _Que franqueza!_ Chris caçoou.


        Chris não fez tentativa de tocá-la. E Dulce concluiu que aquela noite não passava de uma formalidade para que pudessem coexistir durante o próximo ano.


        Chris não tinha nada a perder, enquanto ela...


        Não pense sobre isso, dizia a si mesma, enquanto entrava no restaurante ao lado de Chris.


        Sentada, deixou que ele escolhesse ovinho enquanto percorria o menu com o olhar, escolhendo apenas uma salada e uma entrada.


        _Não está com fome?_ Chris observou-a saboreando o excelente Chardonnay.


        _Não na verdade. _ seu estômago fazia circunvoluções, e Dulce se irritava por Chris ainda produzir nela  aquele efeito. E o pior de tudo era o fato de ser suficiente um olhar dele para acelerar sua pulsação.


        Estaria Chris percebendo isso? Dulce esperava que não. Ela passara uma existência treinando mascarar seus sentimentos. Sorria, e finja ser imune aos espinhos que suas duas madrastas e os meios-irmãos infligiam nela a qualquer oportunidade.


        Adotar uma fachada não era difícil. Fizera isso todos os dias da vida. Profissionalmente. Emocionalmente.


        _Vamos acabar com isso logo, está bem?_ sugeriu ela.


        _Por que não terminar de comer antes?_ Chris declarou com suavidade.


        Dulce apenas provou o jantar, afastou logo o prato, dizendo:


        _Perdi o apetite.


        _Quer mais vinho?


        _Não. Preciso de uma cabeça fria para raciocinar. É essencial.


        Droga, por que ele te de ser tão másculo?, pensou. Chris saboreava a comida como saboreava uma mulher. Com cuidado, com prazer e satisfação.


        Havia algo incrivelmente sensual no movimento de suas mãos, e ela olhava para os lábios de Chris com o fim de imaginar como se sentiria se estivessem encostado nos dela. Era o bastante um toque para deixar uma mulher louca.


        Céus, mas isso não tem nada a ver comigo. Ou com Chris. Tinha a ver apenas com os direitos sobre a Saviñon.


        _Precisamos decidir onde vamos morar_ ela começou a falar com firmeza.


        _Tenho a impressão de que você preferia continuar no seu apartamento.


        _Sim. _ Seria tão fácil?, ela raciocinou.


        _A casa de Point Piper é grande. Acho que seria mais conveniente se você se mudasse para lá.


        Dulce se surpreendera por ele ainda não ter vendido a luxuosa mansão que os dois haviam ocupado nos poucos meses do malfadado casamento de duração tão curta. Uma obra primas de arquitetura construída na encostas de uma rocha e que possuía uma sala moderna de três níveis, com terraços, jardins ornamentais, piscina e magnífica vista.


        E guardava também muitas recordações.


        _Não, não seria melhor se eu mudasse para lá.


        _Com medo, Dulce?


        Ela notou que o marido a fitava com olhar firme e reconheceu em silêncio que Chris Uckermann possuía uma mente alerta, e um instinto perigoso. Qualidades essas que lhe valiam imenso respeito da parte de amigos e inimigos. Na arena dos negócios e na elite social.


        Isso fora o que chamara a atenção de Fernado Saviñon, que vira em Chris o que ele próprio era, uma pessoa que sabia o que queria e que ia atrás disso qualquer que fossem as coisas ou pessoas que estivessem em seu caminho.


        _Tenho motivos para ter medo?


        _Você deve saber que guardo sua felicidade em meu coração.


        _Sendo assim, deveria ter ficado fora da posição de testamenteiro das últimas vontades de Fernado.


        _Dei-lhe minha palavra de não interferir em meu proveito.


        _E isso é tudo?


        _Cinismo não combina com você, Dulce.


        Dulce tomou um gole de vinho.


        _Por que não pede uma sobremesa?


        Dulce suspirou fundo e tentou manter-se calma.


        _Precisamos chegar logo a uma conclusão.


        Chris colocou uma das mãos no bolso e tirou de dentro um envelope, jogou-o sobre a mesa, em frente dela.


        Dulce olhou-o, com suspeita.


        _O que é isso?_ perguntou.


        _Um controle remoto do portão da frente e as chaves de minha casa.


        Ele era seguro demais de sim mesmo, Dulce pensou e disse:


        _Presunçoso, não?


        _Prático_ ele corrigiu-a.


        _Arrogante_ ela acrescentou. _ E se eu insistir que você se mude para meu apartamento?


        _Você quer mesmo que eu durma no quarto pegado ao seu?_ Chris lhe perguntou. _ Usando as mesmas salas, a mesma cozinha? E um apartamento construído para uma pessoa em vez de duas?


        _Você não sabe nada sobre meu apartamento.


        _Fui responsável pela reforma... Não sabia?


        _Agora vai querer dizer que é seu?


        Se ela tivesse sabido disso, nunca teria comprado aquele apartamento. Pensando no fato, lembrou-se de que fora seu pai quem a fizera escolhe-lo, uma cobertura graciosa. Menos de um mês após ter se separado de Chris.


        _Mythos Investments é uma de minhas companhias.


        Naturalmente. O nome apenas a devia ter alertado, mas na ocasião ela não pensara em nada além de encontrar abrigo solitário para si.


        _Você contratou um detetive particular para seguir meus passos?_ Dulce indagou.


        Sim, ele contratara um ex-militar com instruções para observar tudo, protegê-la se necessário, mas discretamente. E o homem recebia uma boa remuneração.


        O silêncio de Chris foi mais eloqüente que palavras, e Dulce disse:


        _Entendo.


        _O que você entende, meu amor?_ A voz dele soou perigosamente suave.


        Suave demais. Como a calmaria antes da tempestade. Algo que ela preferiu ignorar.


        _Dois homens manipularam minha vida_ ela declarou. _ Meu pai durante a vida dele e agora você. _Dulce pegou o copo de água e por um segundo teve vontade de jogar o conteúdo no rosto de Chris.


        _Não!_ ele preveniu-a com gentileza.


        _Você lê mentes?


        _A sua, sim.


        _A reportagem desse detetive deve ter sido incrivelmente repetitiva_ ela começou a falar com certa irritação.


        _Trabalho, atividades sociais, alguns parceiros masculinos mas que não passaram a noite.


        _Como ousou? Isso é invasão de privacidade. Importunação. Eu devia processar você!


        _Tratou-se apenas de proteção.


        _Fernado sabia?


        _Discutimos sobre isso.


        Traidores, ambos.


        _Por Deus, tenho vinte sete anos, não dezessete.


        _É filha de um homem muito rico, e...


        _E a esposa de um homem quase tão rico como meu pai_ Dulce terminou, com amargor.


        _Sim.


        _Eu odeio você.


        _Pois bem, me odeie. Ao menos é uma emoção viva. _ Ela tremia de ódio. _ Mas, se for embora agora, vai apenas adiar o inevitável. _ Chris preveniu-a. _ E provocar outro encontro.


        _Não quero isso_ ela falou com desusada veemência. _ Nada disso.


        _Mas quer a Saviñon.


Era verdade. Dulce reconheceu que não podia negar.


        Morar com o marido durante um ano resolveria mesmo seus problemas? Por quê? Claro que sim. Eram ambos adultos. Tinham obrigações diferentes no trabalho, interesses separados. Com um pouco de sorte, nem se veriam durante o dia todo.


        Dulce ergueu a cabeça e enxergou o envelope. Disse:


        _Não dormirei no mesmo quarto com você.


        _Não acredito lhe ter pedido isso.


        A voz dele era fria, quase como gelo, mas provocou um tremor em sua espinha.


        _Começaremos na sexta-feira. À noite_ ela estabeleceu.


        _Chegarei em casa tarde.


        _Não vejo problema nisso_ Dulce ergueu uma sobrancelha com desdém.


        Chris fez sinal ao garçom para que trouxesse o café.


        _Não para mim. _ Ela queria sair de lá o mas depressa possível, ficar longe do homem que um dia tivera seu coração, seu mundo, nas mãos.


        O que quer que tivesse de enfrentar, enfrentaria na sexta-feira. Mas, agora,desejava ficar o mais longe que pudesse de Chris Uckermann.


        Levantou-se, apanhou a bolsa, suspirando ligeiramente quando Chris segurou-lhe o pulso.


        _O que pensa que vai fazer?_ ela protestou.


        _Eu diria, o óbvio.


        O garçom apareceu, aceitou o pagamento, saudou-os com um sorriso ao ver a quantia da gorjeta. E Dulce não teve outro remédio senão acompanhar Chris até a saída.


        Lá, como Chris não lhe soltasse a mão, ela ameaçou:


        _Se não largar minha mão, gritarei_ sussurrou.


        _Vá em frente, e grite. Mulheres histéricas despertam muita atenção, em geral.


        _Você é o homem mais impossível que conheci! Vá para o inferno!


        _Não quer que a leve comigo para lá, quer?_ Chris ameaçou-a com uma doçura perigosa que lançou ondas de gelo ao longo de sua coluna.


        _Não quero você... e chega!


        _Trata-se de um desafio?


        _Uma afirmação.


        _Um ano, Dulce. Talvez possamos ter sorte. O que acha?


        _Duvido que seja possível.


        _Tente_ ele sugeriu apenas.


        Dulce pegou a bolsa e tirou de dentro um molho de chaves.


        _Do meu carro_ informou.


        _Está querendo provar alguma coisa, Dulce? Sua independência?


        _Sim.    


        _Talvez eu deva seguir seu exemplo. _ Ele abraçou-a num movimento rápido.


        Dulce abriu a boca para protestar, mas nenhuma palavra escapou de sua garganta. Impossível. Apenas lembrou-se do que fora a vida entre eles dois, um dia.


        Pelo espaço de alguns segundos sentiu-se voltando ao lar, reconhecendo sua necessidade.


        A penetração da língua dele foi algo que a fez estremecer.


        Santo Deus, como podia deixar-se afetar com tanta facilidade?, se questionou.


        Com relutância ela se afastou, mas sua tristeza foi evidente e lutou com um misto de raiva e ressentimento quando ele percorreu com a ponta dos  dedos o contorno de seu queixo.


        _Química_ ela apresentou como desculpa de sua alteração.


        _Acha?_ Chris tomou as chaves da mão dela, desativou o alarme e abriu a porta do carro. Colocou a chave na ignição e ficou ao lado enquanto ela se sentava à direção.


        _sexta-feira, Dulce.


        Como se ela precisasse ser lembrada1 ligou o carro e partiu imediatamente.


        Minutos mais tarde chegava a seu apartamento.


        Não era tarde, alguns minutos depois das nove. Cedo demais para deitar-se e dormir. Pensou em telefonar para algumas amigas sugerindo que se encontrassem em algum lugar agradável. Porém concluiu que elas fariam perguntas, e preferia evitar perguntas no momento.


        Em vez disso, despiu-se, vestiu uma camiseta folgada, removeu a maquiagem, acomodou-se numa poltrona confortável para assistir tevê.


        Dormiu na poltrona e quando acordou sentia dor no pescoço e tinha uma perna adormecida. Bem depois da meia-noite.


        Minutos mais tarde arrastou-se para a cama e ficou acordada, perseguida pela imagem de Chris, a boca grudada na dela.


 


 


        Escolher o que pretendia levar custou-lhe mínimo esforço. Algumas roupas de trabalho e várias toaletes para as raras ocasiões sociais.


        Fechou as malas, lançou um último olhar ao apartamento, ligou o alarme e desceu de elevador para a garagem.


        A distância entre Double Bay e Point Piper era pequena, apenas alguns quilômetros, mas teve dificuldade em controlar sua tensão ao entrar na elegante rua onde Chris morava.


        Parou o carro, apertou o botão do controle remoto, esperou que o portão se abrisse e entrou. Havia uma série de residência na área, algumas antigas, outras modernas, dando um ar de riqueza ao condomínio.


        O acesso ao pórtico de entrada da casa de Chris se fazia através de portas duplas protegidas por um sofisticado sistema de alarme.


        Um casal de empregados vinha a cada fim de semana cuidar da propriedade e dos jardins, mas devia ter saído havia horas, Dulce concluiu ao entrar no hall.


        A casa estava silenciosa, e foi impossível a ela esquecer de que vivera lá durante algum tempo.


        O chão era de mármore, o teto alto onde havia um suntuoso lustre. À direita ficava o salão e a sala de jantar, a esquerda o escritório e a sala íntima, uma sala de almoço e a cozinha.


        No subsolo situava-se a sala de entretenimentos, a sauna, o ginásio. Havia também uma piscina aquecida com portas para o terraço e jardins. No andar de cima havia cinco dormitórios com magnífica vista para o porto.


        Pelo espaço de alguns meses aquele fora seu lar. Um lugar onde dividira com Chris o amor, as risadas, e uma grande paixão.


        Não vá lá, uma vozinha a preveniu.


        A emoção a dominava. Tornara a entrar na casa de Chris Uckermann amedrontada com a tensão que imaginara iria sentir. Mas, que outra escolha tinha?


        Nenhuma. Queria o controle da Saviñon, Dulce refletiu enquanto subia as escadas.


        Teria Chris ocupado o quarto principal, o que um dia dividira com ela? Ou mudara-se para um dos outros quartos?


        Sim, ocupara o quarto principal, ela constatou ao abrir a porta. Suas roupas se encontravam lá e uma série de artigos masculinos de toalete sobre a cômoda de tampo de mármore. 


        Ela lançou um olhar para a enorme cama, e estremeceu. Como pudera ele ficar lá? Ocupar aquele quarto, aquela cama?


        Dulce sentiu um aperto no estômago e saiu do quarto, numa tentativa de abafar suas lembranças.


        Controle, ela possuía. Mas, por quanto tempo? E foi procurar um quarto na outra extremidade do corredor.


        Enxergou imediatamente uma pequena escrivaninha, perfeita para seu computador. Teria Chris adivinhado que ela escolheria aquele quarto?


        Desfaça suas malas, tome um banho, verifique seus e-mails, faça alguns telefonemas, e vá para a cama cedo, ela ordenou a si mesma.


        Eram dez horas da noite quando se deu conta de que ainda não tinha jantado. No almoço comera um sanduíche no escritório, e seu café da manhã limitara-se a um suco e café preto.


        Foi à cozinha. Um sanduíche de presunto e uma xícara de chá seriam suficientes. E havia quase terminado de comer quando ouviu o barulho da porta da entrada que se abria.


        Não poderia fugir para seu quarto sem ser notada. E não houve tempo de pensar uma segunda vez. Ele entrava na cozinha.


        A simples presença de Chris sacudiu suas emoções. Havia nele uma dramática combinação de primitiva sexualidade e poder latente que tinham efeito letal na paz de espírito de qualquer mulher. Especialmente na sua.


        _Um sanduíche de fim de noite ou você não jantou?_ Chris atravessou a cozinha e ficou a um metro de distância dela.


        Olhava para a camiseta de Dulce que chegava até as coxas, para as pernas nuas e pés descalços, e para os cabelos puxados para trás num rabo-de-cavalo. Aparência oposta à de uma executiva.


        _Você voltou cedo.


        _Evitando uma resposta à minha pergunta?


        _Ambas as coisas.


        Chris tirou a gravata e pôs as mãos nos bolsos. Achou Dulce abatida, com olheiras. Apostou que ela não dormira bem nas últimas noites.


        Ansiedade por causa dos arranjos forçados?


        _Vamos tentar uma conversação cortês_ Dulce sugeriu.


        Contudo, o instinto a prevenira de que deveria ter cuidado com o que falasse. Sim, ela era prisioneira de um demônio que poderia arrastá-la a uma conflagração.


        _Como foi seu encontro? Quer dizer jantar?_ ela de corrigiu logo. Mas errara de propósito.


        _Por que chegou a conclusão de que se tratava de companhia feminina?


        _Adivinhei, devido à enorme quantidade de mulheres na arena de negócios.


        _E minha inclinação pela companhia de mulheres?_ Chris indagou, com voz de seda.


        _Você tem essa reputação. _ A resposta de Dulce veio rica de ironia.


        _Não negaria minha intimidade com sócias anteriores_ ele declarou com ousadia. _ Mas os relacionamentos eram seletivos e significavam algo mais na ocasião.


        _Mas não garante fidelidade nunca. Dentro ou fora do casamento.


        _Quer que eu repita algo em que se recusa acreditar? É isso?_ ele perguntou.


        Havia eletricidade no ar.


        Por que se dar a esse trabalho? Já fez isso na ocasião, e não chegamos a nada. Acho que o resultado será o mesmo agora.


        O controle de Chris era admirável, mas os olhos dele estavam escuros, quase gelados como aço.


        _Se eu lhe fizesse a mesma pergunta em sua volta de um jantar de negócios, qual seria sua resposta?


        _Vá para o diabo_ Dulce não hesitou em responder.


        _Frase eloqüente!


        Dulce virou-se e colocou na máquina de lavar louça a xícara que usara para o chá.


        _Esqueça a cortesia_ disse ela. _ Vamos nos limitar com bom dia e boa noite.


        _Acha que vai funcionar?


        _A alternativa seria termos uma zona de guerra.


        _Batalhas ganhas e perdidas?_ Chris fez a pergunta.


        _Não é importante se você ganha ou perde, mas como executa o jogo.


        _Interessante ponto de vista.


        _Não é mesmo?_ Ela tomou a direção a porta_ Boa noite.


        _Durma bem, meu amor.


        Essas palavras irônicas soaram nos ouvidos de Dulce enquanto ela subia as escadas, e mesmo na relativa segurança do próprio quarto, as palavras afetuosas se repetiam em seus ouvidos.


        Conseqüentemente seu sono sumiu, até a exaustão sobrepujar os infindáveis cenários que ela tramava contra Chris.



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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Comentários da Fanfic 128



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