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Capítulo: 3? Capítulo

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CAPÍTULO III


 


        Havia certa evidência de que Chris já tomara o café da manhã quando Dulce entrou na cozinha na manhã seguinte.


        O aroma de café feito na hora convidou-a a servir-se. Ela pegou uma xícara, encheu-a, colocou açúcar, pôs uma fatia de pão na torradeira e tomou um gole de café enquanto esperava que a torrada saltasse.


        O jornal do dia estava sobre a mesa e Dulce passou o olhar pelos títulos da primeira página.


        Quando a torrada ficou pronta ela passou geléia, encheu novamente a xícara, puxou uma cadeira e dedicou quinze minutos para ler sobre as notícias do dia.


        Ao chegar na página social viu a foto dela e de Chris tirada num evento qualquer, não muito depois do casamento deles. O título do artigo era: Juntos de novo?


 


        Fonte não identificada afirma que Chris e Dulce se uniram de novo para satisfazer uma condição do testamento de Fernado Saviñon (da Saviñon). Verdade ou boato?


 


        Dulce ficou furiosa, e uma praga escapou de seus lábios.


        Sem para refletir pegou a página do jornal e foi atrás do marido.


        Encontrou-o no escritório, sentado à escrivaninha, de olho na tela do computador.


        Ele ergueu a cabeça quando Dulce entrou, pressionou a tecla “save”, e disse:


        _Bom dia.


        Dulce lançou-lhe um olhar de fogo.


        _Viu isto?_ perguntou, jogando sobre o monitor a página do jornal.


        _Vi. Você desejar fazer uma queixa ou preferi exigir uma retratação?


        _Para que adiantaria isso?


        _Para nada_ Chris respondeu.


        _Você é o responsável?


        _Sua pergunta nem ao menos merece uma resposta.


        _Quem, então?


        O silêncio de Chris foi eloqüente, e a fúria de Dulce tomou novas dimensões.


        _Preciso fazer alguns telefonemas. Por isso, tenho de ir.


        _Recebi um convite para jantar esta noite_ Chris comentou.


        _Eu nem sonharia em impedi-lo de aceitar.


        _Para nós dois.


        _Pode ir sozinho_ Dulce sugeriu.


        _Seria despertar curiosidade, não acha? Devido à nossa recente reconciliação?


        _Não tenho intenção, Chris, de ir com você a reuniões sociais.


        _Mesmo considerando-se serem tão raras?


        _Não estamos propriamente reconciliados. Apenas dividimos a mesma casa!


        _É verdade. Contudo, durante um ano devemos compartilhar das necessidades que surgirem.


        _Essa não é uma condição do testamento de meu pai.


        _Considere então uma de minhas condições. Esteja pronta às seis e quinze.


        Os olhos verdes de Dulce expeliram faíscas.


        Ela não se deu ao trabalho de responder.


        Foi ao quarto, vestiu um terninho, apanhou as chaves do carro e dirigiu-se à garagem.


        Dez minutos mais tarde parou num estacionamento, pegou seu celular e fez o primeiro de vários telefonemas.


        Embora Andréia, segunda esposa de Fernado, cobiçasse riqueza e vida luxuosa, não tinha defeitos graves. A filha Fuzz, do primeiro casamento da mãe, tinha um imenso prazer em causar desgostos a Dulce.


        Uma hora mais tarde ela teve a resposta que desejava quanto a notícia do jornal. Pablo. Mas, por que isso a surpreendia?


        Esse meio-irmão não fazia segredo que, em sua opinião, ele, o único representante masculino da família, deveria ser o herdeiro majoritário da Saviñon. Não se importava com o fato que Fernado insistira que cada uma de suas sucessivas esposas assinasse um documento declarando ser de conhecimento delas que Dulce seria sua única sucessora.


        Pablo era o tipo de homem que adorava vida luxuosa, carros velozes e mulheres lindas.


        Finalmente Dulce soube quem era o inimigo. Foi para seu apartamento em Double Bay a fim de apanhar alguma roupa.


        Telefonou para as amigas a fim de se encontrar com elas mais tarde. Evitara falar sobre a morte do pai. Sabia que esse seria o desejo de Fernado.


        Sentia, sem dúvida, muita falta do sorriso dele, do amor paterno. Fernado fora sua rocha de segurança, seu porto seguro. Sentindo que um dia deixaria a filha sem sua proteção, escolhera Chris para ocupar o lugar dele.


        Dulce insistira com o pai que não queria a proteção de Chris. Porém Fernado jogara sua cartada final e não lhe deixara escolha.


 


        Eram mais de cinco horas quando ela voltou à casa com três vestidos de festas.


        Enquanto subia as escadas Chris apareceu no hall. Dulce parou, com uma expressão de controlada cortesia.


        _Só agora você está voltando, Dulce?


        Ela empalideceu. Como pudera ter se esquecido da festa para onde deveria ir com Chris naquela noite?


        Era um dos principais eventos sociais que Fernado patrocinava havia anos.


        Tinha... quanto tempo, disponível para se aprontar? Quarenta e cinco minutos para tomar banho, para arrumar os cabelos e aplicara maquiagem, e depois se vestir.


        Fez tudo dentro desse tempo e se pôs diante de Chris esperando a aprovação dele.


        O vestido de crepe da cor de jade, com babados, acentuava as curvas de seu corpo e enfatizava a cor da pele. Para ganhar tempo ela simplesmente puxara os cabelos para trás, pusera brincos de diamantes e uma gargantilha de diamantes também.


        Com Smoking de talhe perfeito, camisa branca e gravata borboleta preta, Chris estava deslumbrante. E com sua sensualidade acrescentava um quê todo especial ao mundo das mulheres.


        Um ano atrás Dulce faria um comentário, acariciaria o rosto dele, e lhe daria um suave beijo.


        Agora, não fez nada disso. Atravessou o hall em silêncio e entrou no carro estacionado à porta.


        _Devemos conversar sobre alguma coisa antes de chegarmos lá?_ ela perguntou ao marido.


        _Com referência à bisbilhotice de Pablo a um certo colunista social?


        _Você sabia?


        _Imaginou que eu não tentasse descobrir?


        Dulce não respondeu. Em vez disso apreciava a paisagem por onde passavam, com grande interesse. Apesar de ter percorrido quase o mundo inteiro, Sydney era seu lar.


        Tratava-se de uma linda cidade, com magníficas baías e construções nas mais diversas arquiteturas. Possuía clima temperado, céu sempre azul, e águas brilhantes em Port Jackson onde havia numerosas mansões nas várias enseadas. Chris estacionou diante do hotel, deixando o carro com o manobrista.


        Convidados se aglomeravam no imenso saguão que comunicava com o salão de baile. Garçons uniformizados circulavam pela área carregando bandejas de drinques.


        A elite social, Dulce notou, vestia-se luxuosamente, e as mulheres estavam carregadas de jóias, e em tamanha quantidade que daria para alimentar um país inteiro do terceiro mundo durante o ano.


        Muitos dos que haviam lido o jornal com a foto de Dulce e Chris Uckermann bisbilhotavam entre si. Dulce tentava ignorar o que se passava e, ao lado de Chris, saboreava um cocktail de champanhe.


        Algumas pessoas foram lhe dar os pêsames pela morte do pai, outras acenavam com a mão indicando que falariam com ela no decorrer da noite.


        As duas madrastas se encontravam na outra extremidade da sala. Andrea, ao lado de seu companheiro do momento, enquanto Chloe comparecera acompanhada do filho Pablo.


        Dulce considerou uma benção Blanca, ao menos, não ter ido. Sua mãe preferia uma vida menos mundana.


        Três ex-esposas de Fernado seria demais. Dulce já tivera bastante trabalho em manter a paz no dia do funeral do pai.


        Chris observava a expressão de sua mulher e notou que ela estava pronta para alguma confrontação.


        O interesse de Andrea e Chloe pela filha de Fernado talvez fosse apenas superficial. Em Pablo, por outro lado, havia algo mais.


        _Você não terá de fazer isso sozinha, Dulce.


        Ela fitou o marido e sorriu, dizendo:


        _Isso quer dizer que vai me ajudar?_ ela disse, em tom de caçoada.


        _Isso também_ ele respondeu.


        _Dulce, querida!_ Ela virou-se e deparou com Andrea. _ Fernado ficaria orgulhoso pelo seu esforço em estar aqui tão pouco tempo depois de sua morte.


        Um elogio ou uma condenação?


        _Obrigada, Andrea.


        Cinco minutos depois que Andrea se foi Chloe estava ao lado dela.


        _Não tínhamos certeza se você viria esta noite. _ A terceira esposa de Fernado caminhava com pose de modelo.


        _É o que Fernado gostaria que eu fizesse_ Dulce respondeu antes de ter visto seu irmão por afinidade. Pablo.


        Pablo se entusiasmara com o casamento da mãe na esperança de seduzir a filha de Fernado... mas logo descobrira que Dulce não queria saber dele. E nunca a perdoou por ter estragado seus planos de que um dia dirigiria a Saviñon. Mas não desistira de seu sonho, de forma alguma.


        _Você está linda, querida!_ ele exclamou.


        _Não é mesmo?_ Chris tomou a mão da esposa e levou-a aos lábios.


        A pulsação de Dulce acelerou e isso exigiu enorme esforço de sua parte para parecer inalterada.


        _O que pensa que está fazendo?_ perguntou ao marido no instante em que Chloe e Pablo se afastaram um pouco.


        _Controlando a situação.


        _Para o benefício de quem?_ ela perguntou com cepticismo.


        _Seu_ Chris disse com voz de seda.


        _Duvido que isso funcione.


        Um garçom passou e pegou o copo vazio de Dulce, oferecendo-lhe outro que ela não aceitou.


        E foi um alívio para ela quando as portas do salão de baile se abriram minutos mais tarde e os convidados tomaram seus lugares de mesa.


        A comida era deliciosa, Dulce comeu apenas umas garfadas de cada prato, tomou champanhe e conversou com seu companheiro de mesa.


        Uma dor de cabeça a incomodava e ela queria voltar a casa o mais depressa possível.


        Só que sua casa não era mais seu apartamento, e sua vida com Chris apenas começava.


        Foi ao toalete. Havia uma fila e teve de esperar para chegar perto do espelho a fim de renovar o batom.


        Teria sido preparado ou coincidência o fato de Pablo ter sido a primeira pessoa que ela viu? Conhecendo bem seu meio-irmão, optou pela primeira hipótese.


        _Eu queria mesmo ver você sozinha_ ele comentou a falar, sem preâmbulos. _ Preciso de dinheiro.


        _Não tenho nada comigo.


        _Mas pode conseguir.


        Não era primeira vez que isso acontecia. No começo ela ajudou-o, até perceber que isso estava se tornando um hábito.


        _Não.


        _Amanhã. Encontre-se comigo na hora do almoço e traga o dinheiro.


        Dulce não sentia mais pena dele.


        _Você não entende o que quer dizer “não”?


        _Estou lhe suplicando, por Deus. Mil, Dulce. Só isso.


        _Sua informação à imprensa não rendeu muito?


        _Não sei do que está falando.


        A dor de cabeça dela aumentou.


        _E mesmo que eu fosse emprestar esse dinheiro, quanto tempo duraria em seu bolso, Pablo? Uma semana? E aí, o que faria?


        _Tudo o que necessito é um...


        _Não!


        Dulce notou que a feição dele mudara, escurecera. E Pablo de mau humor era algo que ela preferia evitar. Ele segurou-a com força pelo braço.


        _Cadela!_ praguejou. _ Vai pagar caro por isso.


        _Deixe-me ir_ ela pediu com calma e cerrou os dentes para não gritar quando os dedos do rapaz torceram-lhe o braço.        


        _Faça o que Dulce está pedindo. _ A voz de Chris foi como uma rajada gelada. _ Agora!


        Pablo soltou-a.


        _Não posso pensar em nenhuma boa razão para você ameaçar minha mulher_ acrescentou Chris. _ Toque-a de novo e juro que não andará ou falará por muito tempo.


        _Devo lhe prevenir que instruí meu advogado a contestar o testamento de Fernado_ Pablo declarou com veemência.


        _O que resultará num a inutilidade, numa futilidade. _ Chris foi inflexível. _ Cada esposa de Fernado foi bem beneficiada. Nem você e nem Fuzz têm razão para protestar contra o testamento de Fernado.


        _Não é como eu enxergo as coisas!_ Sem outra palavra, Pablo retirou-se.


        Dulce lançou a Chris um olhar de fúria.


        _Não lhe pedi para vir em meu auxílio!_ ela quase gritou.


        _Não? Do lugar em que eu estava, pareceu-me ver que seu meio-irmão levava vantagem.


        Dulce podia lhe dizer que Pablo usara uma variedade de táticas no passado, pois achava que tinha direitos devido ao casamento de sua mãe com Fernado Saviñon.


        Mas ergueu a cabeça e declarou:


        _Posso controlar a situação sozinha.


        _Verbalmente, sem a menor dúvida_ Chris respondeu, com ironia.


        _Não assuma atitudes prepotentes comigo, Chris.


        _Vou levá-la pra casa já.


        _Pensa que vai...


        _Pretende me contrariar cada vez que tiver oportunidade, Dulce?


        _S e não voltarmos para sala agora, Chris, Pablo imaginará que ganhou um ponto contra mim.


        _Nesse caso, daqui a quinze minutos sairemos_ Chris fez a concessão. _ Era quase uma hora da madrugada. À meia noite chegaram em casa. Juntos subiram as escadas. Em cima, ela virou e disse:


        _Boa noite.


        Chris segurou-lhe o queixo e beijou-a, um beijo muito breve. Provou-a com a língua e retirou-se.


        Por segundos Dulce desejou mais e refreou seu desejo instintivo de chagar mais perto dele e devolver-lhe o beijo.


        Só que dessa forma invalidaria o esforço que fizera durante tantos meses para construir uma barreira contra o marido.


        Afastou-se então, e deixou-o ir.


        Entrou em seu quarto e fechou a porta.



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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CAPÍTULO IV           O domingo chegou com um céu cinza e ameaça iminente de chuva. Dulce levantou-se cedo, vestiu camiseta, bermuda, e desceu para a cozinha. Preparou um copo de suco de laranja, bebeu, e desceu a escada em espiral para ir ao ginásio.         A casa esta ...


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Comentários da Fanfic 128



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