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Capítulo: 6? Capítulo

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Capitulo VI


 


        Melbourne era uma grande cidade cosmopolita, de espaçosas ruas com três faixas de trânsito, bondes elétricos e clima variável.


        Dulce visitara a cidade havia dois anos e nada mudara, ela notou, enquanto seguiam de táxi pela familiar estrada do aeroporto.


        Entraram no hotel, construção moderna, situado numa colina com vista panorâmica da cidade. Após alguns minutos passados na recepção, Dulce e Chris entraram no elevador com paredes de vidro.


        O apartamento, como não podia deixar de ser, tinha uma vista magnífica, mas, enquanto constava dele uma saleta com duas poltronas confortáveis, uma mesinha, uma escrivaninha com telefone, fax, não havia duas suítes, apenas uma, e esta com uma cama de casal.


        _Se acha que vou dividir essa cama com você, está redondamente enganado_ Dulce declarou enquanto Chris colocava a bagagem de mão numa cadeira.


        _Dividimos uma casa_ Chris protestou, lançando um olhar de esguelha.


        _Mas não um quarto. Em especial, não uma cama.


        _Medo de mim ou de si mesma?


        _Essa pergunta nem merece resposta.


        Ele pendurou duas camisas no guarda-roupa e levou a maleta com os artigos de toalete ao banheiro. Dulce observava-o. Pendurou no guarda-roupa  o vestido que pretendia usar no jantar.


        Jurou a sim mesma que não dormiria naquela cama. Uma das poltronas da sala seria suficiente para ela. Melhor ainda, poderia pôr as duas juntas e fazer uma cama com um coberto e um travesseiro.


        A par da irritação por causa da cama ela se perturbava emocionalmente por ter de dormir no mesmo quarto de Chris.


        Lembrou-se de que estavam ali para negócios, acima de tudo. Almoçariam, assistiriam a uma reunião, voltariam ao hotel para se trocar e jantariam com o primo de Chris, Stavros Kidas e sua esposa Eleni.


        O almoço foi agradável, a comida excelente, e Dulce começou a relaxar um pouco.


        Ela e Chris não se demoraram muito no café. Tomaram um táxi e foram ver o local que os interessava.


        _Eles vão demolir tudo_ Dulce informou, observando dois velhos chalés que deviam ter sido construídos havia um século. Pareciam desocupados.


        Fernado iniciara negociações com os últimos dez chalés, planejando remodelá-los transformando-os em butiques, assim preservando a área ao redor. Mas uma grande multinacional oferecera a Fernado uma quantia exorbitante pela área já pertencente à Saviñon.


        _Respeito a visão de Fernado_ ela comentou._ Porém essas monstruosidade de vidro aprovada pela prefeitura não se mesclaria bem com a área.


        _Decidiu então desistir do negócio?_ Chris perguntou.


        _Eles já adquiriram a maior parte da área construída, e se eu conservar nossa pequena parte mais sofisticada que as demais, ela perderá o valor. Venderemos, mas por um bom preço. Eles pagarão, porque lhes convém. Imagino que conseguiremos duzentos e cinqüenta mil.


        _Fernado ficaria orgulhoso de você, ouvindo isso_ Chris comentou, colocando a mão no ombro dela.


        Dulce esperava que sim. Desesperadamente estabelecer o próprio crédito no setor de vendas de seu pai. Por ser mulher, sabia que não seria fácil. Por esse motivo, não podia errar.


        _Certo, vamos agora inspecionar a área chamada Toorak.


        Ela voltou para o táxi consciente de que Chris segurava-lhe a mão com força. Achou que deveria se livrar daquele aperto de mão, mas cedeu a seu desejo por alguns segundo e usufruiu o prazer do toque, do claro. Contudo, logo pôs em dúvida sua sanidade mental.


        Toorak era um subúrbio exclusivo, um misto de velho e novo dinheiro, com elegantes residências, avenidas com três pistas, e uma rua só de butiques e de pequenos restaurantes.


        _Acho interessante ficarmos com isto e restaurar tudo. _ Virando-se para Chris, perguntou: _ O que você acha?


        _Talvez Blanca goste de estabelecer uma filial aqui.


        Chris era bom, muito bom, em ler seu pensamento, Dulce pensou.


        _Temos hora marcada com a agência às quatro horas. E fica perto.


        Dulce levou uma hora nas negociações, mas saiu do escritório do advogado triunfante.


        _Fechamos negócio_ ela disse a Chris que a precedera no andar térreo.


        Seus olhos brilhavam e o sorriso refletia orgulho.


        _Você fechou negócio. Conseguiu tudo_ Chris corrigiu-a. _ Eu apenas fiquei sentado observando-a negociar.


        E foi verdade, mas a presença dele tornara tudo bem mais fácil, uma retaguarda que ela muito apreciara. Dulce sabia agir em negócios, com Fernado ao lado, pois mão todos os homens consideravam as mulheres em pé de igualdade na arena de negociações, e ela não tinha a menor dúvida de que as coisas seriam bem mais difíceis se tivesse ido sozinha.


        _Obrigada_ disse.


        _Pelo quê?


        _Por estar aqui comigo.


        _Foi meu prazer.


        Voltaram para o hotel. Eram cinco horas quando entraram na suíte. Dulce tirou os sapatos e desabotoou a jaqueta.


        _Quer tomar banho primeiro ou eu tomo antes?_ perguntou ao marido.


        _Podemos tomar juntos_ ele respondeu, com toda a calma do mundo, mas se divertindo.


        _Não, não podemos_ ela protestou.


        Dulce não tinha dificuldades em lembrar do aspecto dele sem roupa. Da maravilhosa musculatura, da largura dos ombros, das coxas fortes. Quanto ao instrumento da masculinidade...


        Não se demore pensando nisso, ela recomendava a si mesma. Recordava-se do toque das mãos de Chris e de sua reação. Santo Deus, ele nunca falhara em ascender chamas em seu corpo.


        Sem uma palavra, pegou uma calcinha e um sutiã, um roupão, e entrou no banheiro.


        Vinte minutos mais tarde saiu com a maleta de toalete nas mãos e o roupão bem fechado.


        Chris estava sentado na beirada da cama, assistindo a um documentário na tevê.


        _Pronta?


        _Sim_ ela respondeu. Sem se dar conta, segurou a respiração por alguns segundos até ele fechar a porta do banheiro.


        E quando Chris voltou ao quarto, estava vestida e maquiada.


        Chris não sentiu embaraço nenhum em tirar o roupão ficando completamente nu. Vestiu-se.


        Pensar que estivera nos braços dele noite após noite foi terrível para Dulce. Oh, como tinha saudade do conforto que aqueles braços lhe ofereciam. A proximidade, o carinho...


        O que fazia ela, por Deus? Não devia desejar nada do homem que a traíra!


        No entanto, havia uma química que a atraía. Mas pegou a bolsa e disse:


        _Vamos?


        _Vamos nos encontrar com Stavros e Eleni no bar do hotel_ Chris informou-a.


        Dulce não os vira desde sua separação. Teria Chris lhes contado acerca do rompimento e da reconciliação?


        _Não_ Chris disse, enquanto entravam no saguão. _ Embora tenha certeza de que eles ouviram falar.


        Serei eu transparente?, pensou.


        Não houve tempo de Dulce perguntar como Chris adivinhara sua pergunta, porque duas pessoas levantaram-se do sofá e foram ao encontro deles.


        _É um prazer ver vocês_ Eleni cumprimento-os.


        Chris pediu ao garçom que trouxesse champanhe.


        _Estamos comemorando alguma coisa?_ indagou  Eleni.


        _Mais ou menos_ Chris respondeu, lançando um olhar malicioso a Dulce.


        _Senti muito a morte de seu pai_ disse Stavros. _ Perda lamentável.


        _Obrigada.


        Stavros dirigiu-se a Chris e começaram a falar de negócios, enquanto Eleni e Dulce conversavam.


        _Não posso deixar de lhe dizer logo como me alegra ver vocês dois juntos de novo_ Eleni comentou.


        O que devo responder?, Dulce se perguntou. Enfim, disse:


        _Já faz algum tempo.


        _Belinda não passa de uma causadora de problemas_ Eleni sussurrou. _ Criou sérios problemas a Chris.


        Mesmo? Nas poucas ocasiões em que Dulce o vira durante os meses de separação achou-o muito bem.


        _Mas naturalmente acho que você deve saber disso_ Eleni acrescentou.


        Dulce não fez comentários.


        _Aquela mulher é uma bruxa. _ Depois dessas palavras, Eleni resolveu mudar de assunto. _ Então,quer dizer que você está ocupada em negócios o dia todo. Agora, vamos comemorar nosso encontro. É uma comemoração para mim também, pois estou grávida.


        _Que ótima notícia_ O entusiasmo de Dulce foi sincero. Uma criança era um lindo presente, e Eleni desejara ter um filho desde o dia de seu casamento.


        Minutos mais tarde os quatro estavam no restaurante. A comida foi excelente, o serviço perfeito, e as horas passaram tão depressa que seria difícil acreditar que eram dez horas quando Eleni anunciou que precisavam ir.


        _Minha mulher se cansa com facilidade agora_ Stavros se desculpou quando Chris cuidou da conta.


        _Num minuto estou bem, no minuto seguinte mal consigo ter meus olhos abertos_ Eleni explicou.


        Dulce e Chris acompanharam os primos até a porta do hotel.


        _Nós nos veremos outra vez logo, não é verdade?_ Eleni abraçou Chris e depois, virando-se para Dulce, disse: _ Cuide-se bem.


        Assim que os amigos se afastaram, Chris perguntou à esposa:


        _Quer tomar um café no salão?


        _Sim. _ Qualquer coisa que atrasasse a ida ao quarto seria bem-vinda.


        Chris pediu o café e Dulce bebeu o dela lentamente, enquanto todos a observavam. Casais, solteiros, jovens e velhos.


        _Em que está pensando?_ Chris quis saber.


        _Que hoje foi um dia muito proveitoso.


        _Sim. Foi.


        _Posso interpretar esse comentário como aprovação sua a minhas decisões?


        _Não tenho dúvidas sobre a sua habilidade em negócios, Dulce.


        _Obrigada.


        _Acredito que você esteja sendo cuidadosa.


        _Estou usando somente minhas propriedades pessoais, o que não lhe dá razões para me questionar.


        _Eu estava apenas fazendo uma observação, Dulce.


        _Quer os endereços de todas elas? Assim pode verificar? Ou sua fonte de informação já lhe forneceu um relatório?


        _Não se esqueça que você usa o advogado de Fernado para seus negócios pessoais. _ ele observou.


        _Ele se deu o direito de contar a você sobre meus negócios?_ ela indagou, escandalizada.


        _De forma alguma, mas apenas comentou sobre sua perspicácia em negócios_ Chris respondeu.


        _Adoro restaurar propriedades.


        _A casas cheias de terraços são um bom investimento.


        _Você sabe delas também? Como?


        _Estive pensando em comprar três do mesmo bloco. O agente me telefonou esta manhã e mencionou o interesse de minha esposa acerca das casas.


        Outra quebra de confiança sobre o advogado? Ou teria o agente imobiliário simplesmente concluído que marido e mulher estavam a par dos negócios assumidos por um ou por outro?


        _Você pretendia me sobrepujar num lance?


        _Não. Tinha me mente de que poderíamos colaborar.


        _Luigi ficaria encantado_ ela apressou-se em explicar. _É o decorador que eu uso. É muito bom.


        _Diga a ele que me telefone.


        O garçom apareceu com o bule de café e se ofereceu para tornar a encher as xícaras. Ambos recusaram.


        Dulce disfarçou um bocejo e levantou-se.


        _Vou para cama. _ Ela estava cansada e os dois tomariam o primeiro avião de volta para Sydney na manhã seguinte.


        Chris acompanhou-a ao elevador e em poucos minutos entravam no quarto.



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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CAPÍTULO VII           _ O que pensa que vai fazer?         _Preparar uma cama improvisada_ Dulce informou-o, enquanto tirava um cobertor e um travesseiro do armário.         _Nossa cama é bastante larga_ declarou Chris com uma suavidade peri ...


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Comentários da Fanfic 128



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