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Capítulo: 7? Capítulo

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CAPÍTULO VII


 


        _ O que pensa que vai fazer?


        _Preparar uma cama improvisada_ Dulce informou-o, enquanto tirava um cobertor e um travesseiro do armário.


        _Nossa cama é bastante larga_ declarou Chris com uma suavidade perigosa.


        _Não vou dormir com você_ falou Dulce com determinação.


        _É em mim que não confia? Ou em si mesma?


        _Em você.


        Ela foi à saleta e colocou duas poltronas juntas, uma de encontro à outra, e concluiu   que ficaria muito confortável se tomasse a posição fetal.


        Segundos após tirou uma longa camiseta de sua mala e foi ao banheiro para se trocar.


        Deitou-se. Não muito confortável, confessou a si mesma, depois de vinte minutos deitada.


        Ela rememorou os eventos do dia, pensando no entusiasmo que seria mo de Blanca ao abrir uma filial em Melbourne... e mudou a posição das poltronas.


        Não funcionou, pois uma de suas nádegas logo ficou adormecida devido ao estofamento. Muito duro. Quem sabia de deitasse de costas.


        Quanto tempo demorou para concluir que poltronas jamais se transformariam em leito confortável? Meia hora?


        Enfim, colocou o cobertor sobre o tapete e se deitou. Ergueu o braço a fim de apanhar o travesseiro, e bateu com o cotovelo numa das poltronas. Gemeu. Céus, como doeu!


        Estaria Chris dormindo? Teve ímpetos de pegar o travesseiro e jogá-lo na cabeça dele.


        Devia ter insistido em quartos separados. Droga, por que não o fizera?


        Naquele exato momento a luz do quarto ascendeu, e no instante seguinte Chris apareceu na porta que separava a pequena sala do quarto.


        Sem uma palavra carregou-a nos braços.


        _Ponha-me no chão!_ Dulce berrou.


        Ele obedeceu mas a pôs ao lado da enorme cama de casal.


        _Fique aí_ disse, com a voz ameaçadora, e foi para o outro lado da cama.


        _Não fico!


        _Se quer luta, tudo bem. Mas cuidado com o modo como vai essa luta terminar.


        _Estou tremendo de medo!


        _Vai tremer, se não se deitar.


        Dulce não se moveu.


        _Desde quando você passou a seu um tirano ditador?_ Os olhos verdes expeliam faíscas.


        _Há dez segundos, Dulce.


        Ela olhou para o telefone.


        _ A recepção pode me providenciar outra suíte. _ Ela pegou o fone mas nem havia digitado o primeiro número quando Chris cortou a conexão.


        _Nem pense nisso_ ele ameaçou-a.


        _Como ousa agir assim?


        _Muito facilmente.


        Ela então apanhou um travesseiro e jogou-o nele, mas Chris com o braço desviou-o para cama.


        A fúria de Chris era quase palpável.


        _Três noites atrás dormimos numa cama metade desta_ disse.


        _Foi diferente.


        Com a agilidade de um gato ele contornou a cama.


        Dulce rolou para o outro lado do colchão e saiu da cama. Ela não poderia vencer, não tinha para onde ir, e lutou com fúria incrível quando Chris agarrou-a, segurando-lhe os braços com muita facilidade.


        Num momento de loucura Dulce mordeu-o com força no peito, e Chris jogou-a no colchão.


        Em vão ela tentava se libertar, e deu um grito quando Chris abriu-lhe as pernas e prendeu-lhe os pulsos acima da cabeça.


        _Solte-me!


        Ele segurava-a firme, com os joelhos. Mesmo assim Dulce arqueou o corpo tentando soltar os braços.


        _Pare com isso. Vai se machucar.


        _Droga, solte-me!


        Dulce tinha os olhos verdes arregalado, num misto de ultraje e raiva, seus cabelos grespos era uma massa em desordem.


        Ela fez um esforço desesperado, mas não conseguiu nada. Sua respiração arfava.


        Chris esperava que Dulce voltasse ao normal, os olhos dele ficaram terrivelmente escuros. Mas havia uma calma aparente naqueles traços fortes, masculinos.


        Não. Foi um grito silencioso no meio da noite.


        Um gemido escapou dos lábios de Dulce, um tanto rouco, mas de desespero. O que estaria acontecendo com ela? Parecia que tudo havia sumido e Chris se tornara o total foco do lugar.


        Maldito seja você, Chris. A maldição silenciosa não encontrou sou.


        Bem devagar, Chris baixou a cabeça e roçou os lábios nos dela, um toque suave que trouxe a Dulce muitas lembranças, que ela tentava a todo custo esquecer.


        O tremor do corpo dela não passou despercebido a Chris, que contornou-lhe os lábios com a ponta da língua.


        A potente excitação de Chris contra a parte mais vulnerável da anatomia feminina provocou uma sensação violenta, urgente, libidinosa em Dulce.


        Ela entreabriu os lábios suplicando por mais, por muito mais do que aquela gentil sedução, e gemeu quando Chris beijou-lhe o pescoço.


        Preciso parar com isso agora, antes que seja tarde demais, Dulce gemeu baixinho.


        Mas sentia-se incapaz de parar com sua profunda necessidade, com a erótica magia da sedução.


        Quando os lábios de ambos se encontraram de novo, Dulce beijou-o com fome, uma fome possessiva. Todo seu corpo estava em chamas. Chris soltou-lhe então os pulsos e a fez despir a longa camiseta de algodão.


        Com um movimento rápido ele tirou a cueca. Dulce gritou quando Chris beijou-lhe os seios e acariciou-lhe os mamilos antes de chupá-los, sem o menor constrangimento.


        Ela escorregou as mãos pelos ombros de Chris, afagou-lhe a espinha e enterrou os dedos nas nádegas firmes.


        A respiração dela ficou irregular. Seu corpo estava em chamas e ela gemeu, mais alto agora, suplicando que a possuísse.


        Chris penetrou-a enquanto Dulce se movia para acomodá-lo. E ele começou a se mover, bem devagar, quase se afastando completamente antes de chegar ao orgasmo, para provocá-la.


        Mais uma vez, e outra, repetiu o ato, aumentando o movimento até o ritmo de ambos combinarem.


        Dulce fechou os olhos e gemeu quando ele agarrou-a e rolou, deitando-se de costa.


        Dulce sentiu-se bem, como se voltasse ao lar após vencer um mar tenebroso.


        Lentamente levantou o corpo. Ergueu uma das mãos e com a ponta dos dedos traçou uma linha por entre os pêlos escuros no tórax de Chris, chegando até a cintura.


        Percebeu que ele se excitava. O prazer de ambos surgiu de imediato. E dessa vez foi ela quem o conduziu ao auge do arrebatamento.


        Dulce adormeceu logo depois nos braços do marido, a cabeça apoiada no tórax firme.


        Durante toda a noite repetiram a mesma experiência, satisfazendo suas necessidades numa lenta e mágica união.


        Dulce não desejava que a noite terminasse. Quantas vezes sonhara com aquilo, vivera aquela noite, para acordar sozinha numa solidão real?


        Mas quando os primeiros raios de luz surgiram no horizonte ela exultou devido ao toque íntimo, e derreteu-se no corpo de seu amante, ajeitando-se tão bem um no outro como se fossem duas metades de um todo.


        Era bem tarde quando se levantaram da cama e tomaram o banho juntos. Mais tarde ainda quando pediram o café da manhã e se vestiram para partir.


        Chegaram a Sydney depois do meio-dia. Chris pegou o carro no estacionamento do aeroporto e deixou-a na Saviñon antes de ir ao próprio escritório.


        Devia estar cansada, Dulce pensou, mas em vez disso sentia-se cheia de energia quando pediu à secretária que lhe providenciasse um sanduíche.


        Chris telefonou às quatro horas dizendo que chegaria tarde e Dulce informou-o que levaria trabalho para casa.


        _Não me espere para jantar_ ele disse.


        _Quer que eu telefone a Marie?_ Dulce indagou, mas Chris informou-a que já havia telefonado.


        Já passavam das seis horas quando ela entrou em casa. Abriu a geladeira e viu uma deliciosa salada que Marie lhe deixara. Depois subiu para se trocar e encher a banheira.


        Seu jantar poderia esperar meia hora parta ela poder relaxar na água em movimento.


        Lembrou-se do amor que fizera com Chris e se emocionou. Só em lembrar experimentou todas as sensações de novo, e gemeu.


        Nada mudara, ela queria se convencer, e fechou os olhos em resignação frustrada. Mas... a quem queria enganar? Tudo mudara.


        Eram quase sete horas quando vestiu um jeans, um top de algodão, e desceu para a cozinha.


        A salada estava de fato deliciosa. Depois de ter comido, acomodou-se numa poltrona da sala e ficou assistindo tevê.


        Devia ter dormido, porque acordou ao toque de mãos escorregando sob suas coxas.


        _Chris?


        _Quem você esperava que fosse?


        _Ponha-me no chão_ ela insistiu. _ Posso andar.


        _Duvida da minha habilidade em carregá-la?


        E ele subiu as escadas. Dulce pesava pouco mais de uma criança, e Chris nem respirava ofegante quando chegou em cima.


        _Ponha-me no chão, por Deus!


        Ele obedeceu e Dulce tomou a direção de seu próprio quarto.


        _Boa noite_ disse.


        _Onde pensa que vai?_ A voz dele era de aço.


        _A meu quarto.


        _Não!


        _O que quer dizer com esse não?


        _Ontem à noite...


        _Ontem à noite foi um erro.


        _Com os diabos que foi.


        _Nós... _ ela fez uma pausa_ nos deixamos levar...


        _É como você chama o que houve? Nos deixamos levar?


        _Como você chamaria aquilo?


        _Dormimos no mesmo quarto, na mesma cama...


        _Desde quando considerou minha decisão para sempre?_ Dulce perguntou.


        _Desde que fizemos amor na noite passada.


        _Tivemos sexo apenas.


        _Claro, meu amor.


        Ele parecia se divertir, e Dulce lutava contra a resposta de seu corpo. Não queria sucumbir à sedução de Chris, não queria precisar lutar por sua própria preservação. Levara meses para construir uma resistência. E numa noite ele a destruíra como se a invisível muralha nunca existira.


        _Estou cansada_ Dulce apresentou a desculpa, em desespero. _ Tudo o que desejo é ir para a cama. Minha cama. Sozinha.


        _Então pode ir_ ele disse. _ Mas não será sozinha.


        Com essas palavras ele seguiu para o próprio quarto, sem olhar para trás.


        Por Deus, será que Chris não via que ela precisava de tempo para assimilar o que acontecera entre os dois? Que estava em guerra consigo mesma, e num estado de constante desaponto por ter cedido às necessidades da carne?


        À luz do dia, tudo o que enxergaria era sua debilidade. Aquele homem a traíra com outra mulher. Pior ainda, aquela mulher lhe dera um filho.


        Dulce queria odiá-lo, e disse a si mesma que o odiava. Mas se odiava mais ainda.


        Ela foi ao próprio quarto e fechou a porta. Não havia chave, e a menos que arrastasse um móvel para segurar a porta, não havia nada que pudesse fazer para impedir a entrada de Chris.


        Ela lembrou-se então de que havia outros dormitórios na casa. Ocuparia um, na esperança de que isso concorreria para Chris entender sua intenção de não dormir com ele.


        Escolheu um quarto, fez a cama e entrou embaixo das cobertas. Devia ter dormido no instante em que sua cabeça tocou o travesseiro. Em vez disso ficou olhando para a escuridão, tensa como um arame esticado.


        Dizia a si mesma o tempo todo que não podia desejá-lo. Mas seu corpo não concordava com isso, persistia em desejar uma repetição do que tiveram na noite da véspera.


        Seria tão fácil aceitar apenas a intimidade do sexo. Por que não?, uma voz interior lhe perguntava. Apenas usufruir o intenso prazer do contato físico durante os anos em que era forçada a ficar com Chris. Depois ir embora. E sem remorsos.


        Impossível. Ela lhe entregara o coração, a alma, quase desde o primeiro momento em que se conheceram. Durante meses acreditara que se libertara desses sentimentos, mas a última noite tivera certeza de que tudo continuava dele. E que dele sempre seriam, seu coração e sua alma.


        Odiou-se por isso. Odiou-o.


        Um jato de luz entrou no quarto quando a porta se abriu, ela ficou tensa ao constatar que Chris se encontrava lá.


        E se fingisse que dormia?


        Mas na questão de segundos sentiu as cobertas da cama se mexerem. E a depressão do colchão provou que Chris se deitara.


        Quanto tempo levaria para abraçá-la? Cinco segundos, dez?


        _Quais são seus planos, Dulce?_ Chris perguntou. _ Um jogo de troca de camas?_ Adivinhara Chris que ela estava acordada? Ou apenas arriscara?_ Não fique de mau humor, Dulce.


        _Nunca fiquei de mau humor em toda minha vida_ ela sussurrou ao encará-lo, mas desejou que nunca tivesse feito isso, pois Chris a fitava com o cotovelo apoiado no travesseiro.


        Com um movimento rápido ele acendeu o abajur de cabeceira.


        _Estou tentando dormir_ Dulce disse.


        _Sem sucesso. Acertei?


        _Isso você não sabe.


        Ele roçou o dorso da mãos contra o resto dela e depois foi abaixando até a boca de lábios crispados.


        _Não faça isso, Chris.


        Ela estava pálida, seus lábios tremeram ao toque da mão de Chris.


        _Cansada?_ ele perguntou.


        _Sim.


        Ele beijou-a.


        _Quer que eu faça todo o trabalho?_ perguntou.


        _A mão dele chegara até o umbigo, parara um pouco, e começava a atingir  regiões mais íntimas.


        _Você não faz jogo honesto. _ A voz dela não era mais do que um sussurro.


        _Isso é sim, ou não?


        Dulce arqueou o corpo contra o dele.


        E a língua de ambos iniciaram uma dança erótica. Um gemido escapou da garganta de Dulce.


        Chris agia lentamente, seduzindo-a com toques gentis, e Dulce permitiu que o ato fosse conduzido a uma total entrega. A dela


        Depois, Chris segurou-a bem junto a seu corpo, os lábios contra os cabelos revoltos, enquanto roçava os dedos ao longo das costas de pele macia.



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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Comentários da Fanfic 128



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