Fanfics Brasil - 2 Parte IV Calor Perverso

Fanfic: Calor Perverso | Tema: Vondy


Capítulo: 2 Parte IV

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— Não. Isso já está certo. Nada mudou desde que nos falamos há um mês — ela finalmente disse em voz baixa.
Annie estendeu a mão e cobriu a de Dulce.
— Você está fazendo a coisa certa, Dulcel. Vai ultrapassar isso, com a bênção de seus pais ou não. — Annie não pode deixar de fazer uma careta irritada neste momento. Como os pais de Dulce achavam estar sendo solidários com sua filha com aquelas ações estava além da compreensão de Annie. — Eu não sei como você fez isso, querida. Não é possível alguém existir da maneira que você tem feito nestes últimos anos.
Dulce riu suavemente.
— Existir? Confie em mim, Annie, milhões de pessoas nesta terra o fazem e até mesmo prosperam em condições exponencialmente piores do que você ou eu jamais poderíamos imaginar. Estou existindo bem, obrigada.
— Você está certa — disse Anne com seu severo olhar professoral. — Eu não deveria ter dito existir. Eu deveria ter dito viver. Você não pode chamar o que tem feito desde a morte de Michael e do que ocorreu com Stephen, de viver.
Dulce inspirou lentamente para acalmar os efeitos do inesperado golpe que sentiu ao ouvir o nome de seu filho em voz alta. Ela realmente precisava reagir melhor a isso. Ela queria muito ser capaz de ouvir o nome de Michael, falar sobre ele e ser capaz de se lembrar de coisas maravilhosas como o cheiro doce do bebê em seu pescoço que ainda não tinha se dissipado completamente em quatro anos, a expressão séria e pensativa em seu rosto quando ele desenhava com o lápis em uma mão e segurava um picolé roxo com a outra, o som de sua risada...
Como seria justo para o seu menino que suas memórias mais significativas sobre ele se remetessem à sua morte abrupta, chocante e totalmente sem sentido?
Mas, além disso, as palavras de Annie chegaram um pouco perto demais do fato em que ela tem pensado ultimamente, desde que vibrara com vida sob o toque de um completo estranho 12 dias atrás, desde que se lembrou do que significava estar vivo. Foi um pouco difícil voltar à rotina de um robô, uma vez que tinha sido despertada para as maravilhas da carne.
Você tem uma buc*eta muito quente e está me provocando com isso, não é, Dulce?
Dulce fechou os olhos brevemente para afastar a memória. Um arrepio percorreu-lhe a espinha. Mesmo a lembrança de seu sussurro rouco tinha um potente efeito sobre ela. Ela pensava que iria desaparecer, mas não... Parecia, de fato, que a memória daquele encontro, selvagem e carnal, ficava cada vez mais forte, com o passar dos dias.
Christopher.
Ela não o tinha visto desde aquela noite. Ele havia dito a ela que ia para sua fazenda em Illinois às sextas-feiras, e como tinha sido a noite de quinta-feira quando ele... fez o que fez com ela. Ela não tinha certeza de como descrever o que aconteceu exatamente. Fodeu, consumiu, queimou-a até torná-la viva?, Dulce pensou desesperadamente.
Ela havia feito uma viagem de negócios à Tóquio. Viajou na noite de domingo e só voltara ontem. E se ele tivesse tentado entrar em contato com ela? E se tivesse, o que ela teria feito exatamente?
Ela não estava mais perto de saber a resposta para isso do que estava para compreender exatamente o que tinha acontecido naquela noite no apartamento de Christopher.
Certamente era um assunto discutível, de qualquer maneira. Ele a havia, praticamente, jogado para fora de seu apartamento enquanto ela estava deitada de braços abertos em seu corredor.
Você deve ir.
E foi isso. Nada mais. Sem toque, nem uma outra palavra. Nem mesmo um olhar, apesar de sua boca e nariz ainda brilharem molhados com os sucos de sua vagina.
— Querida, você está bem? — Annie perguntou ansiosamente, alarmada com as duas manchas de cor brilhante que, de repente, floresceram nas bochechas pálidas de Dulce.
— Eu estou bem... de verdade — Dulce respondeu. Ela sorriu tranquilizadora para a amiga enquanto tentava ganhar uma aparência de controle. Por um segundo ela se perdeu nas memórias incrivelmente eróticas, nas sombras de imagens e sensações que tinha tentado trazer à vida de novo e de novo com seu vibrador. O pequeno aparelho tinha sido mais usado na última semana e meia do que nos dois primeiros anos em que ela o possuía.
Annie deve ter entendido mal a expressão aturdida no rosto de Dulce.
— Eu sinto muito. Eu sei que forcei você a trazer à tona o assunto, mas me preocupo com você.
Dulce riu abruptamente.
— O quê? — Annie perguntou, surpresa com o som do riso de Dulce.
— Você tem ideia do que eu daria para que as pessoas não se sentissem na obrigação de dizer isso a mim? — Ela sorriu e pegou a mão de Annie quando viu sua expressão abatida. — Eu sei que você está preocupada comigo porque você se importa. E eu te amo por isso. Mas estou bem. Realmente.
Ela bateu, carinhosamente, a mão da mulher mais velha na toalha da mesa até que viu seu sorriso.
— Por que você não me conta sobre o novo dormitório que o Instituto está planejando na Randolph Street? Vai custar uma fortuna o que o Teatro Distrito tem construído em Chicago, não vai? — Dulce perguntou cativante, enquanto pegava a salada com o garfo.
Annie suspirou. Ela sabia que sua amiga estava contornando a conversa. Mas deixou-se desviar, sabendo o quanto Dulcel precisava de uma noite relaxante.
Depois que Dulce terminou uma xícara de cappuccino descafeinado e Annie devorou uma fatia cremosa de tiramisu, ambas estavam muito menos tensas e discutiam de forma relaxada sobre onde deveriam tirar as férias juntas no ano seguinte. Elas concordaram com a Itália, mas Annie achava que Roma e Florença seriam o ideal enquanto Dulce estava mais no clima da uma ensolarada e sonolenta Toscana.
— Toscana — Annie bufou. — Nós estaríamos muito melhores se ficássemos em Chicago em relação ao fornecimento de homens. Qual — ela parou de repente e piscou duas vezes enquanto olhava por cima do ombro direito de Dulce. — Oh, meu, isso é um punhado de hormônios... falando de homens...
Dulce riu.
— Eu não tinha percebido que estávamos.
Annie ignorou. Ela tomou um gole rápido de sua água gelada, como se sua boca tivesse acabado de ficar seca.
— Eu vou ser amaldiçoada se o próprio Christopher Uckermann não está olhando para a parte de trás de sua cabeça agora, como se tivesse acabado de descobrir o segredo do universo em seu cabelo.
— Christopher...uckermann? — Dulce perguntou lentamente.
Annie pousou o copo com água e desviou os olhos por um segundo antes de olhar disfarçadamente para o bar.


— Claro, Christopher. O dramaturgo — ela murmurou sob sua respiração. — O Teatro Hesse – para não mencionar Chicago – marcou um verdadeiro golpe contratando-o como o diretor e dramaturgo residente. Ele ganhou vários Pulitzer, para não falar de dezenas de outros prêmios. Mas o homem odeia Nova York, é um genuíno artigo do Oeste, você sabe. É um milagre que ele tenha concordado em viver no extremo Leste. — Sua expressão mudou sutilmente, como se ela tivesse acabado de colocar dois e dois juntos. — Ah, e a primeira peça dessa temporada é uma das suas. Estreia na próxima semana. Saiu em todos os jornais. Um dos professores do Departamento de Teatro vem trabalhando com um assistente de Uckermann para conseguir um programa onde alguns alunos possam ajudar na peça para conseguir uma boa experiência nas trincheiras. É claro ele teve que incentivar especialmente os meninos, uma vez que as meninas imediatamente encheram a lista. Christopher Uckermann é um diabo muito sexy.


E foi isso. O último remanescente fio de autocontrole de Dulce desapareceu.


Ela virou-se na cabine e olhou. Seus olhos se encontraram imediatamente.


Ele estava no bar lotado, ou pelo menos era isso que parecia. Estava sentado e inclinado para frente, mas, mesmo assim, sua cabeça superava as de todos ao seu redor. Seus ombros eram mais amplos do que os de qualquer outra pessoa, especialmente agora, enfatizados por um bem cortado blazer marrom. A camisa que ele usava por baixo parecia excessivamente branca contra sua pele escura. Mesmo que sua postura parecesse relaxada para um observador casual, Dulce sentiu sua atenção, toda sua atenção, focada nela.
Por alguns segundos eles apenas se olharam, ambos imóveis.
Em seguida, uma mulher de cabelos escuros que se encontrava no bar falou com ele. O queixo de Christopher deslocou para o lado para pegar o que ela dizia, seu olhar, antes firme em Dulce, quebrando ligeiramente.
Dulce se virou rapidamente, como se tivesse recebido uma inesperada remissão da prisão de seus olhos.
Annie não tinha perdido a troca, carregada e não-verbal.
— Você conhece Christopher Uckermann, Dulce?
Sua mão tremia um pouco quando ela tomou um gole de água.
— Não. Sim. Mais ou menos. — Dulce limpou a garganta, percebendo o quão estúpida soava. Seu coração batia em seus ouvidos, tão alto, que se perguntou se um vaso sanguíneo acabaria rompendo. — Ele mora no apartamento oposto ao meu em Riverview Towers. Pelo menos por parte da semana — acrescentou sem convicção.
Annie sorriu bastante.
— Ele mora? Puta merda, você é uma mulher de sorte! Já viu algo de bom como ele saindo de manhã para pegar o jornal vestindo apenas cueca? E por que diabos você não me disse que Christopher Uckermann morava a vinte metros de distância de você?
Dulce fez uma careta. Ela tinha visto muita coisa que valia a pena em Christopher. Ela também sabia em primeira mão que ele não usava cueca. Em sua experiência, não havia nada debaixo de seus jeans além de uma pele suave e quente. Ela estremeceu um pouco de excitação nervosa ao mesmo tempo em que uma onda de náusea a varria. O homem de sua noite de sexo selvagem, primitivo e sublime subitamente possuía um nome e os contornos de uma identidade.
E podia sentir seu olhar sobre ela novamente.
— Eu não sabia quem ele era — disse Dulce quando percebeu que Annie estava tensa, à espera de uma resposta. — Você disse que ele é um dramaturgo? Isso é tão estranho.
— Por que você diz isso? — Annie perguntou, intrigada.


— Porque ele mal fala — Dulce murmurou.


Annie parecia estar prestes a comentar essa vaga referência quando levantou as sobrancelhas e tombou o guardanapo sobre a mesa num afetado gesto casual.
— Bem, ele se levantou do bar e parece que tem toda a intenção de vir aqui. Uckermann, obviamente, tem algo para falar com você, Dulce.



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Autor(a): Thaaaay

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Capítulo Três   Dulce ponderou sobre a declaração de Annie, no entanto, quando Christopher se aproximou de sua mesa, nenhum dos dois pronunciou uma palavra. Exatamente quando ele parecia prestes a dizer algo, seu olhar se moveu para Annie. Dulce experimentou um momento de pânico durante o tenso silêncio. Ela olhou para ele, tendo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • vandira20 Postado em 18/03/2024 - 18:06:09

    Ameiiii demais essa história ❤️

  • stellabarcelos Postado em 21/09/2015 - 07:37:41

    Fanfic maravilhosa, linda, incrível! Uma história de amor e dor! Amei! Parabéns!

  • juhcunha Postado em 15/05/2015 - 20:20:20

    ja acabou queria mais amei essa web ela e maravilhosa vc vai adaptar outros livros? se for posta os links aqui ta?!

  • juhcunha Postado em 06/05/2015 - 23:36:17

    posta mais

  • juhcunha Postado em 23/04/2015 - 22:53:03

    fique puta com ucker ele nao que escuta ela cara nao acredito que a dul vai aceita so sexo com ele eu madaria ele se fude cara mesmo se fosse que eu amo ta loca na aceitava uma merda dessa. Cara porque vc colocou a maite com a puta tinha que ser outra eu gosta da maite mais na web eu odiooooo!

  • Anny Lemos Postado em 23/04/2015 - 16:59:32

    Hey moça, tudo bom com você moça? Comigo ta moça. Moça gostei da capa da sua web, é do jeito das capas da WNV moça. Moça, continua logo viu moça. Ei moça, a senhora e lacradora em besha. Ei moça, a senhora troca divulgação? Moça tive um orgasmo só com o titulo da web viu moça. Moça a senhora deixe de safadeza, vou ali moça, gudy naite

  • nessavondy Postado em 16/04/2015 - 13:00:42

    Oieeee Affs dul nao vai falar pro Christopher nao? Ela tem que falar, pra eles voltarem E LOGOOOO CONTINUA

  • dulamaucker95 Postado em 15/04/2015 - 17:41:45

    Olá, acho que é a primeira vez que comento aqui, mas já tenho vindo a acompanhar essa fic desde o inicio. Bem, mas decidi comentar, porque está otima e acho que quem a posta deveria merecer reconhecer seu merito atraves de suas leitoras. (experiencia propria). Não sei qual é a dos pais de Dulce ao querer tomar as decisões dela e em insistir que ela deve estar junto a Stephen, mas ela já é uma mulherzinha e cara por o que to percebendo, ela sofreu muito, não só seu filho morreu como ainda teve que encarar a loucura de seu marido. Odeio a mãe de Dulce argh! Acho que Dulce devia contar tudo para Christopher, porque ela parece que gosta de sofrer, né porque assim ta dificil. Continua :)

  • juhcunha Postado em 11/04/2015 - 23:34:56

    Dulce corvade porque ela nao esplicou logo a cituaçao

  • juhcunha Postado em 10/04/2015 - 23:09:56

    a dul tem que contar a verdade paera o ucker logo


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