Fanfic: Calor Perverso | Tema: Vondy
Capítulo Três
Dulce ponderou sobre a declaração de Annie, no entanto, quando Christopher se aproximou de sua mesa, nenhum dos dois pronunciou uma palavra. Exatamente quando ele parecia prestes a dizer algo, seu olhar se moveu para Annie. Dulce experimentou um momento de pânico durante o tenso silêncio. Ela olhou para ele, tendo em seus pensamentos todas as imagens daquela noite – o anseio, o jeans nas coxas, a potência, as características faciais estoicas, os peculiares olhos cinzentos. Ele ficava bem na jaqueta casual esporte – ficava muito bem –, mas suas roupas não conseguiam disfarçar o musculoso animal cheio de graça que existia no homem as vestia.
Parecia surreal estar olhando para ele no meio de um restaurante lotado.
Dulce tentou buscar algo para dizer, mas nada veio.
Nada.
Ela piscou quando ele abruptamente perguntou em seu típico jeito lacônico.
— Onde você foi?
Dulce forçou um sorriso, apesar da crescente sensação de pânico.
— Acabei de voltar de uma viagem de negócios em Tóquio.
Ela pensou ter visto irritação piscando em seu rosto bonito por sua resposta involuntariamente dura, mas desapareceu em um instante. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios, aprofundando as linhas ao redor de sua boca.
— Eu pensei que talvez você tivesse ido embora... Decidido que o bairro era muito perigoso ou algo assim.
Dulce o olhou fixamente. Seu sorriso havia aumentado apenas o suficiente para mostrar aquele mortal dente da frente um pouco fora do lugar. O humor e calor que brilharam em seus olhos deixaram Dulce sem palavras. Ela não esperava que ele sutilmente a provocasse, senão, ela poderia ter se preparado para o potente resultado.
Falar sobre sexualidade, pura e destilada. Se Christopher pudesse empacotar-se, seria um bilionário.
Ela riu nervosamente.
— Claro que não. Eu tenho que viajar de vez em quando por causa do meu trabalho. Voltei ontem.
Ele balançou a cabeça lentamente, seus olhos nunca a deixando. Ela reconheceu o movimento minúsculo, quase imperceptível que ele fez com a boca fechada, um ligeiro balanço em seu queixo anguloso, enquanto a considerava, sem pressa. Bastava olhar para sua boca e pensar no que seus dentes fizeram para uma dor de desejo se expandir em seu baixo ventre.
— Christopher — Uma voz feminina quebrou o transe de Dulce. Ela desviou o olhar e viu a atraente e escultural morena que havia falado com ele no bar. Dulce pensou que ela parecia vagamente familiar. Não havia nada de indistinto no olhar afiado que ela dedicou a Dulcel, no entanto. Apesar da óbvia irritação, a mulher sorriu quando Christopher se virou. — Nossa mesa está pronta — disse ela animada.
— Eu vou deixar você voltar para o seu jantar — ele disse com um breve aceno de desculpas para Annie.
— Não há nada a voltar — Annie disse, com um largo sorriso. — Nada além de migalhas.
Os olhos dele encontraram brevemente os de Dulce, antes de começar a se afastar. Dulcel tentou sorrir, mas suspeitava que havia feito uma careta. Depois de ter dado um passo, ele parou de repente.
— Estaria tudo bem se eu ligasse para você?
Dulcel, Annie e a morena que esperava por Christopher congelaram, todas simultaneamente.
— Sim — Dulce finalmente resmungou. Seus olhos se arregalaram quando ele continuou a olhar para ela.
— Eu não tenho seu número. Ele não está na lista — disse ele depois de um silêncio que durou apenas alguns segundos, mas que pareceram eras para Dulce.
Ele queria ligar para ela? Ele havia tentado ligar?
— Eu vou anotar para você — Dulce conseguiu dizer, eventualmente, quando o choque se desvaneceu.
Ela se atrapalhou com a bolsa, mas finalmente retirou seu cartão e uma caneta. Ela escreveu o número de seu celular na parte de trás, claramente evitando os olhares significativos e mal reprimindo o mesmo sorriso maroto que Anne estava dando a ela do outro lado da mesa.— O do meu trabalho e o do celular. Eu não instalei uma linha no apartamento. Afinal é temporário — afirmou sem jeito quando lhe entregou o cartão.
Ele acenou com a cabeça uma vez quando o pegou e seguiu a mulher de cabelos escuros para longe de sua mesa.
— Está tudo bem, Dulce — disse Annie sufocando um riso quando ele estava longe o bastante para escutar. — Você pode respirar agora.
Annie pegou o primeiro táxi na fila do lado de fora do The Art; Dulce, o segundo. Dulce adorava Annie, claro, mas ela estava muito feliz por escapar do questionamento quase ininterrupto de sua amiga em relação a Christopher Uckermann. No momento em que Annie tomou o táxi e acenou adeus, Dulce estava bastante certa de que a mulher mais velha sabia que a relação de Christopher e Dulce consistia em mais do que lampejos ocasionais de cumprimento entre um vizinho e outro.
A tendência que Dulce tinha de corar nos momentos mais inoportunos, garantiu isso.
Seu taxista disparou pela Randolph Street a uma velocidade alarmante, mas Dulce nem percebeu. Ela estava muito ocupada imaginando a forma como Christopher olhou para ela enquanto se sentava em sua mesa, muito preocupada com o fato dele ter pedido seu número de telefone.
Tinha sido errado de sua parte dá-lo a ele sem um pingo de hesitação, tal como havia sido errado lhe dar seu corpo sem um pensamento de recusa.
E se não tivesse sido errado?
Ambas as coisas pareceram tão corretas e naturais que a recusa nunca lhe tinha ocorrido em qualquer ocasião.
Seu telefone começou a tocar no exato momento em que o táxi fez uma curva apertada na Wacker Drive, fazendo sua bolsa deslizar pelo banco traseiro. Dulce se lançou para a bolsa antes de se endireitar. Ela engoliu fortemente quando viu o prefixo 217 do número de quem estava ligando.
Não era que um código da área rural de Illinois?
Certamente Christopher não estava ligando tão cedo. Ele só se afastou de sua mesa há dez minutos atrás!
— Alô?
— Dulce?
— Sim?
— É Christopher.
— Ah... oi — disse ela, sem fôlego. O taxista fez outra curva violenta à esquerda da Lake Street, fazendo-a agarrar-se firmemente na abertura da janela de plástico rígido que separava o motorista de seus passageiros, a fim de manter o corpo ereto. Pela forma como o rapaz dirigia, ele tinha sorte de ter aquela pequena proteção contra clientes que, com certeza, ficavam frequentemente irados.
Ela se debateu tanto física quanto mentalmente nos segundos de silêncio que se seguiram.
— Você está voltando para casa? — Christopher finalmente perguntou.
Dulce fechou os olhos e deixou sua voz a atingir, lhe permitindo sentir emoções descontroladamente caóticas. Ela adorava o som dele. Um pensamento vago a golpeou, pensou que Christopher Uckermann não era o tipo de homem que deveria usar o telefone. Apreciadores de conversas por telefone não conseguiam suportar silêncios extensos, sentindo a necessidade de preencher o vazio insuportável. Suas palavras eram tão livres e escassas como o próprio homem, chamando a atenção para uma paisagem austera e robusta que estava longe, muito longe de ser simples.
— Sim. O dia vai terminar cedo para mim. Estou um pouco cansada depois da minha viagem — ela murmurou.
— Tóquio você disse, certo?
— Sim.
Outro breve silêncio se seguiu. Neste período Dulce afundou naquela sensação... abraçou-a em vez de combatê-la. Seus olhos permaneceram fechados. Seu mundo inteiro reduzido àquela conexão, frágil e temporária com um homem através de uma tecnologia que não podia sequer começar a compreender.
Onde exatamente ele estava enquanto falava com ela? Na entrada do The Art, protegendo-se do vento fresco de novembro? Ou talvez na calçada com espectadores passeando por ele de braços dados?
Lá fora, Dulce decidiu de forma inequívoca. Um homem como Christopher abraçava os elementos, nunca os evitava. Ela podia imaginá-lo perfeitamente, seus amplos ombros ligeiramente curvados, de costas para a rua, inclinado em um gesto inconsciente de autoproteção... não dos elementos, mas dos olhares curiosos das pessoas.
O que sua atraente companheira de cabelos escuros estaria pensando sobre a ausência de Christopher, estaria sentada sozinha à mesa, esperando enquanto ele falava com Dulce?
Todos esses pensamentos distantes não tinham nada a ver com o que ela lhe perguntou a seguir.
— Onde você cresceu?
— Em uma cidade chamada Avery em Dakota do Sul, nos arredores de Black Hills. Mas morei em Montana, nos últimos 15 anos. Por quê?
— Nada — ela murmurou. — Eu gosto do seu sotaque, isso é tudo.
— Eu não tenho sotaque. Você, no entanto, tem.
Dulce riu suavemente de sua declaração. Ela podia imaginar um sorriso curvando seus lábios perfeitos. Ela apertou mais o telefone no ouvido, completamente hipnotizada, querendo-o mais perto, mesmo nesse sentido não físico.
— E meu sotaque é de onde exatamente?
— Parece que você cresceu na Costa Norte... Glencoe? Lake Forest?
Suas pálpebras se abriram. Sua suposição e algo no tom de sua voz a fez arder – embora ele estivesse inteiramente correto...
— Kenilworth, na verdade.
— Hummm.
O taxista fez outra curva e parou em frente ao Riverview Tower. Doeu, seu grunhido de reconhecimento mostrou que ela, de repente, confirmara algo desagradável sobre si, como se crescer em uma vizinhança abastada fosse um crime vergonhoso.
— Eu deveria desligar. Estou em casa — disse ela com voz rouca, percebendo que as palavras soavam muito mais íntima para seus ouvidos do que pretendia.
— Eu provavelmente vou trabalhar até tarde amanhã, mas gostaria de jantar com você depois, se estiver disponível.
Autor(a): Thaaaay
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— Vou ligar por volta das oito dizendo como as coisas estão. Ok?— Tudo bem. Tenha uma boa noite.— Boa noite.Dulce estava distraída enquanto caminhava pelo luxuoso lobby do Riverview Towers. Ela não entendia por que estava tão preocupada até que chegou em frente à sua porta e olhou para a entrada do apartamento de Ch ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 32
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vandira20 Postado em 18/03/2024 - 18:06:09
Ameiiii demais essa história ❤️
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stellabarcelos Postado em 21/09/2015 - 07:37:41
Fanfic maravilhosa, linda, incrível! Uma história de amor e dor! Amei! Parabéns!
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juhcunha Postado em 15/05/2015 - 20:20:20
ja acabou queria mais amei essa web ela e maravilhosa vc vai adaptar outros livros? se for posta os links aqui ta?!
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juhcunha Postado em 06/05/2015 - 23:36:17
posta mais
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juhcunha Postado em 23/04/2015 - 22:53:03
fique puta com ucker ele nao que escuta ela cara nao acredito que a dul vai aceita so sexo com ele eu madaria ele se fude cara mesmo se fosse que eu amo ta loca na aceitava uma merda dessa. Cara porque vc colocou a maite com a puta tinha que ser outra eu gosta da maite mais na web eu odiooooo!
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Anny Lemos Postado em 23/04/2015 - 16:59:32
Hey moça, tudo bom com você moça? Comigo ta moça. Moça gostei da capa da sua web, é do jeito das capas da WNV moça. Moça, continua logo viu moça. Ei moça, a senhora e lacradora em besha. Ei moça, a senhora troca divulgação? Moça tive um orgasmo só com o titulo da web viu moça. Moça a senhora deixe de safadeza, vou ali moça, gudy naite
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nessavondy Postado em 16/04/2015 - 13:00:42
Oieeee Affs dul nao vai falar pro Christopher nao? Ela tem que falar, pra eles voltarem E LOGOOOO CONTINUA
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dulamaucker95 Postado em 15/04/2015 - 17:41:45
Olá, acho que é a primeira vez que comento aqui, mas já tenho vindo a acompanhar essa fic desde o inicio. Bem, mas decidi comentar, porque está otima e acho que quem a posta deveria merecer reconhecer seu merito atraves de suas leitoras. (experiencia propria). Não sei qual é a dos pais de Dulce ao querer tomar as decisões dela e em insistir que ela deve estar junto a Stephen, mas ela já é uma mulherzinha e cara por o que to percebendo, ela sofreu muito, não só seu filho morreu como ainda teve que encarar a loucura de seu marido. Odeio a mãe de Dulce argh! Acho que Dulce devia contar tudo para Christopher, porque ela parece que gosta de sofrer, né porque assim ta dificil. Continua :)
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juhcunha Postado em 11/04/2015 - 23:34:56
Dulce corvade porque ela nao esplicou logo a cituaçao
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juhcunha Postado em 10/04/2015 - 23:09:56
a dul tem que contar a verdade paera o ucker logo