Fanfics Brasil - 10 Parte II Calor Perverso

Fanfic: Calor Perverso | Tema: Vondy


Capítulo: 10 Parte II

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Dulce se sentiu um pouco melhor quando deixou o banheiro feminino. Ela espirrara um pouco de água fria no rosto numa tentativa de reavivar a si mesma e depois reaplicara a maquiagem. Quando se inspecionou no espelho, um momento depois, percebeu o quanto estava pálida. Ela procurou na bolsa um batom para adicionar alguma cor à sua paleta de cores desbotadas, tornando-se irracionalmente irritada quando percebeu que o havia deixado no bolso do casaco.
— Consiga algum controle sobre si mesma — sussurrou para seu reflexo alguns segundos mais tarde. Ela respirou fundo e exalou.
Eileen Moore poderia estar errada sobre os sentimentos de Christopher para com Jennifer Atwood. A arte muitas vezes imitava a vida, certamente, mas também variava grandemente. Além disso, X Alias reflete um determinado momento na vida de Christopher, como uma fotografia em um álbum de fotos. Não significava, necessariamente, que Christopher ainda era loucamente apaixonado por Jennifer.
Ou será que ainda era?
Os laços da alma – mesmo aqueles torcidos – poderiam ser tão facilmente cortados?
Dulce jogou o pente de volta na bolsa com uma careta. Ela não chegaria a nenhuma revelação estarrecedora sobre a vida amorosa de Christopher olhando para si mesma no espelho. Foi a ela que ele pedira para estar na peça aquela noite, não à Jennifer Atwood.
Dulce virou a esquina que levava ao local onde os casacos eram guardados, planejando pegar o batom que estava no bolso antes de se encontrar com Christopher.
Então ela o achou.
Ela parou bruscamente ao ver a cena à sua frente. Christopher encostava-se nos painéis de madeira do corredor estreito com a cabeça inclinada para baixo enquanto Jennifer Atwood esticava-se para ele, seus corpos colados tão firmemente quanto suas bocas.
Dulce achava que não havia feito barulho, mas deve ter feito, porque de repente os olhos castanhos de Christopher estavam sobre ela, o impacto deles a golpearam como uma rajada de vento gelado, frígido.
Ela virou-se e fugiu.
— Dulce — Christopher chamou bruscamente se endireitando e deixando Jenny um pouco sem equilíbrio em seus saltos agulha.
— Christopher espere, por favor! Sinto muito. Eu não queria que isso acontecesse... — Jenny disse sem fôlego quando colocou uma mão sobre seu ombro.
— Sim, você queria — disse Christopher distraído enquanto passava por ela. — E talvez eu também.
Jennifer ficou olhando para ele com sua boca entreaberta, vendo-o se afastar dela.
Christopher amaldiçoou pela segunda vez aquela noite, quando viu a parte de trás do cabelo brilhante de Dulce e, num movimento rápido, sua perna coberta de couro, antes que ela desaparecesse atrás de outra porta... desta vez, a do elevador.
Droga, por que sempre parecia que Dulce estava escapulindo de seus dedos?
Ele parou do lado de fora do saguão, um minuto depois, após ter esperado por outro elevador, procurando em ambas as direções por Dulce. Ela não estava à vista. Sua boca se torceu numa linha sombria quando começou a correr em direção ao oeste, imaginando instintivamente que ela iria para casa.
Dulce nem sequer registrou que estava tremendo como uma louca até que finalmente chamou um táxi na Rua Rush e chegou a um impasse em sua fuga frenética. Droga. Ela deixara o casaco para trás. A temperatura oscilara até estar a ponto de congelar e tudo que ela usava era uma blusa de seda e uma saia.
Voltar para o Mina‘s, naquele momento – retornar para aquele corredor onde vira Christopher beijar Jennifer – não era uma opção, no entanto. Pelo menos ela não teria que se preocupar em levar Ellen e Meg ao hotel, Dulce pensou com uma pontada de culpa. A mãe e a irmã de Christopher estavam hospedadas, literalmente, em frente ao prédio onde o Mina‘s estava localizado.
— Dulce.
Ela olhou em volta espantada ao ver Christopher correndo pela rua em direção a ela. Ela abriu a porta do táxi que havia acabado de parar junto ao meio-fio e entrou. A mão de Christopher ficou presa na porta quando ela tentou fechá-la à força. Pelo som de sua maldição concisa, sua ação devia tê-lo machucado.
Bom. Não poderia chegar nem perto da dor que atravessou Dulce quando viu a cabeça escura dele inclinada sobre o rosto de Jennifer Atwood enquanto a beijava.
— Não fuja mais, Dulce.
— Não! Este é o meu táxi — ela respondeu, percebendo que soava como uma criança petulante.
— Afaste-se... acabou — Christopher exigiu com o maxilar cerrado.
Dulce apenas olhou para ele durante alguns segundos. Como ele ousava agir como se estivesse bravo com ela? Por alguma razão, toda aquela desagradável dualidade verbal que Sissy e David encenaram durante a X Alias subiu-lhe à mente. Dulce abruptamente deslizou pelo assento e olhou para frente, sem nada ver.
Ela não era Sissy ou Jennifer. Ela não iria sentar ali e brigar com Christopher como uma vagabunda qualquer. Se esse era o tipo de coisa que ele esperava iria ficar muito decepcionado, Dulce prometeu a si mesma.
Era ela a pessoa enganada, no entanto, se ela refletisse, Christopher iria julgar e iniciar uma luta com ela. Mas ele permaneceu friamente em silêncio durante a corrida de táxi até Riverview Tower assim como ela. Ele não falou, na verdade, até que as portas do elevador se fechassem atrás deles e ele apertasse o botão do 17º andar.
— Eu sinto muito por você ter visto aquilo.
Dulce encontrou seu olhar, pela primeira vez desde batera a porta em sua mão. Ela não podia ler sua expressão rígida enquanto ele estava a vários centímetros de distancia e a prendia com seu olhar.
— Eu também sinto muito por ter visto. Mas talvez tenha sido melhor — respondeu o mais uniformemente possível. Ela exalou bruscamente e olhou para o teto, balançando a cabeça. — Você não tem que se desculpar, Christopher. Não é como se me devesse algo.
— Não — ele falou.
Ela balançou a cabeça de novo, ainda evitando seu olhar.
— Assim como você não me deve nada, Dulce? Uma transa satisfatória se a conveniente oportunidade surgir. É isso o que devemos um ao outro, certo?
A fúria se apossou dela, apesar de ter jurado para si mesma que não permitiria que ele a tirasse do sério.
— O que é que isso significa? — Ela exigiu assim que a porta do elevador se abriu com um ding.
Sua mão subiu automaticamente para mantê-lo no lugar, mas ele realmente não parecia consciente de suas ações quando se inclinou para frente e respondeu.
— Significa que você tem muita coragem em me acusar de não estar interessado em ter um relacionamento com você quando você é tão evasiva e cheia de segredos sobre seu passado, mais ainda do que eu sobre o meu. Você acabou de ver meus feios segredinhos desfilarem na frente de seus olhos em um palco esta noite. Eu não tinha que convidá-la para ver aquilo, mas o fiz. Quanto mais honesto você acha que posso ser com você?
— Então eu suponho que apenas devo encolher os ombros para o fato de ver você beijando outra mulher, uma mulher por quem todos, incluindo sua mãe e irmã, acreditam que você é loucamente apaixonado?
— A mulher por quem eu era louco de amor! — Christopher respondeu, piscando os olhos ferozmente.
Ambos pularam quando um alarme de repente começou a berrar porque Christopher havia segurado a porta do elevador aberta por tempo demais. Christopher piscou como se o som o tivesse despertado de um sonho. Dulce se viu encontrando seus olhos novamente, curiosa para saber o que ele iria dizer em seguida... faminta por aquilo.
— É melhor sairmos — disse ele em voz baixa, decepcionando-a. Seus olhares permaneceram bloqueados pelos próximos segundos enquanto ela se movia em sua direção com cautela, como se tivesse um terrível medo de ser atraída para ele, como se ele fosse um ímã poderoso e ela fosse um frágil filamento de ferro incapaz de agir voluntariamente.
Ela atravessou o corredor, sem se resignar, num piscar de olhos. Ela parou quando chegaram diante de suas portas e olhou para ele, sentindo-se abalada e insegura.
— Eu a beijei porque precisava, Dulce. Eu a beijei porque tinha que saber. Você entende?
Os lábios de Dulce se abriram. Não foi a explicação que ela esperava. Mas era o que ela precisava.
— E? — ela perguntou, com a voz vacilante de ansiedade.
Christopher encolheu os ombros, os singulares


— Eu estou aqui com você, não é?



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Autor(a): Thaaaay

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Capitulo Onze Por alguns segundos tensos, Christopher não soube o que Dulce ia fazer. Ele ficou surpreso quando ela de repente se lançou sobre ele.Era agradável... ter seu pequeno corpo colidindo com o seu, ter suas mãos puxando sua cabeça avidamente para baixo. Ele gemia de prazer com o impacto de seu beijo febril e seu gosto alucinava se ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • vandira20 Postado em 18/03/2024 - 18:06:09

    Ameiiii demais essa história ❤️

  • stellabarcelos Postado em 21/09/2015 - 07:37:41

    Fanfic maravilhosa, linda, incrível! Uma história de amor e dor! Amei! Parabéns!

  • juhcunha Postado em 15/05/2015 - 20:20:20

    ja acabou queria mais amei essa web ela e maravilhosa vc vai adaptar outros livros? se for posta os links aqui ta?!

  • juhcunha Postado em 06/05/2015 - 23:36:17

    posta mais

  • juhcunha Postado em 23/04/2015 - 22:53:03

    fique puta com ucker ele nao que escuta ela cara nao acredito que a dul vai aceita so sexo com ele eu madaria ele se fude cara mesmo se fosse que eu amo ta loca na aceitava uma merda dessa. Cara porque vc colocou a maite com a puta tinha que ser outra eu gosta da maite mais na web eu odiooooo!

  • Anny Lemos Postado em 23/04/2015 - 16:59:32

    Hey moça, tudo bom com você moça? Comigo ta moça. Moça gostei da capa da sua web, é do jeito das capas da WNV moça. Moça, continua logo viu moça. Ei moça, a senhora e lacradora em besha. Ei moça, a senhora troca divulgação? Moça tive um orgasmo só com o titulo da web viu moça. Moça a senhora deixe de safadeza, vou ali moça, gudy naite

  • nessavondy Postado em 16/04/2015 - 13:00:42

    Oieeee Affs dul nao vai falar pro Christopher nao? Ela tem que falar, pra eles voltarem E LOGOOOO CONTINUA

  • dulamaucker95 Postado em 15/04/2015 - 17:41:45

    Olá, acho que é a primeira vez que comento aqui, mas já tenho vindo a acompanhar essa fic desde o inicio. Bem, mas decidi comentar, porque está otima e acho que quem a posta deveria merecer reconhecer seu merito atraves de suas leitoras. (experiencia propria). Não sei qual é a dos pais de Dulce ao querer tomar as decisões dela e em insistir que ela deve estar junto a Stephen, mas ela já é uma mulherzinha e cara por o que to percebendo, ela sofreu muito, não só seu filho morreu como ainda teve que encarar a loucura de seu marido. Odeio a mãe de Dulce argh! Acho que Dulce devia contar tudo para Christopher, porque ela parece que gosta de sofrer, né porque assim ta dificil. Continua :)

  • juhcunha Postado em 11/04/2015 - 23:34:56

    Dulce corvade porque ela nao esplicou logo a cituaçao

  • juhcunha Postado em 10/04/2015 - 23:09:56

    a dul tem que contar a verdade paera o ucker logo


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