Fanfic: Calor Perverso | Tema: Vondy
Capitulo Doze
Dulce podia ouvir o som do sino do Exército da Salvação soando à distância juntamente com o som abafado de canções que vinham de alto-falantes na vila Natal Alemão erguida todos os anos no Daley Plaza. À sua volta a cidade parecia frenética de energia e objetivos, ecoando sua própria vibração e senso de felicidade. Ela sorriu. O motivo real por estar se sentindo tão feliz era como um segredo precioso, maravilhoso, que estava prestes a estourar e saltar de seu peito.
Dulce estava apaixonada.
— Porque que você está sorrindo? — Ouviu Christopher perguntar antes de se aproximar e dar-lhe um beijo no pescoço, logo acima do cachecol.
Dulce girou e se banqueteou com a visão dele. Eles estavam sob a marquise do Teatro Hesse. Ela fora para lá depois do trabalho e esperava por ele, para que pudessem fazer compras de Natal na State Street antes de irem jantar.
Dulce se perguntou quanto de seu segredo podia ser divisado, alto e claro, através de em seus olhos quando viu a curva da boca de Christopher enquanto olhava para ela. Algo dentro de sua barriga se revirou. Ela duvidava que algum dia a visão do sorriso lento e sexy de Christopher deixaria de afetá-la.
— Eu tenho um segredo — ela disse a ele com um olhar significativo.
Uma sobrancelha escura subiu especulativamente antes dele se inclinar e beijá-la nos lábios.
— Será que isso tem a ver com o meu presente de Natal? — ele brincou. — Eu espero que você se lembre de que quero apenas brinquedos sexuais.
— Tenho certeza de que Meg, Tim e sua mãe ficariam fascinados ao vê-lo retirar aquelas coisas de sua meia — Niall murmurou satisfeita quando Christopher roçou os lábios pelo seu nariz e bochechas.
Dulce havia sido convidada por Christopher para passar o Natal em sua fazenda naquele fim de semana. Ela transbordava de excitação com a perspectiva de ver sua casa pela primeira vez. Ela não havia visto a mãe de Christopher desde o dia seguinte à estreia da peça, há cinco semanas, quando Dulce havia-lhes oferecido um passeio pelo museu.
Meg a havia visitado várias vezes nesse ínterim, no entanto. Ela e a irmã de Christopher haviam ido almoçar duas vezes quando Meg fora a Chicago para uma conferência de diretores. Em uma das vezes Annie havia se juntado a elas e ela e Meg se deram tão bem quanto Meg e Dulce. Annie e Meg tinham a mesma idade e descobriram que ambas frequentaram a Universidade de Illinois, nos mesmos anos e que tinham alguns conhecidos em comum. Dulce também conheceu Tim, o marido de Meg, quando o casal fora a Chicago a fim de fazer compras de Natal e chamaram Christopher e Dulce para jantar.
— Se eu fosse você, o daria para mim reservadamente — Christopher brincou antes de beijar sua boca.
— Seu presente de Natal não é o meu segredo — ela respondeu com um fingido olhar superior.
— Hmmm — Christopher murmurou. — É melhor me dizer o que é. Posso ver que você está morrendo de vontade.
— Está nevando — disse ela suavemente.
Christopher levantou a cabeça inspecionando-a com seu olhar penetrante.
— Neve? Não era esse o segredo.
Dulce sorriu quando pegou sua mão e puxou-o para que ele ficasse ainda mais perto dela.
— Não. Mas vamos apreciá-la de qualquer maneira.
Christopher conseguia enxergar a expressão de felicidade no rosto de Dulce enquanto eles deixavam o restaurante na State Street mais tarde naquela noite, carregando várias sacolas de compras. Talvez fosse pelo fato dele suspeitar que seu próprio rosto refletia alguns daqueles mesmos sentimentos.
Ou talvez fosse apenas o seu lado machão se pavoneando por ser o motivo da felicidade de Dulce. Ele sabia que a frequência de seus pesadelos havia diminuído ao longo do último mês, porque eles gastaram uma boa parte de suas noites nos braços um do outro. Ele não vira mais aquela dolorosa expressão de tristeza em seus olhos.
Claro que ela nunca havia lhe revelado o porquê de parecer tão triste ou a causa daqueles sonhos assustadores. Mas por que aquilo deveria importar, realmente, se seus pesadelos se tornaram uma coisa do passado?
Christopher realmente acreditava que aquilo era uma possibilidade quando Dulce parou, já fora do restaurante, e virou o rosto para a neve que caía. O sorriso que curvou seus lábios lhe pareceu sublime. Um poste de luz brilhava sobre ela, mas o brilho elétrico não era nada em comparação à sua radiante luminosidade.
Ele deu um passo em sua direção. Os lábios dela estavam quentes e macios sob os flocos da neve fresca.
— Estaria tudo bem para você se caminhássemos para casa? — ela perguntou sem fôlego quando ele finalmente levantou a cabeça, todas as evidências de gelo derretidas há muito tempo devido à pressão de seus lábios.
Christopher assentiu. A neve caía pesada e silenciosa, calando os sons da cidade enquanto eles caminhavam através da Washington Street. Nenhum deles falou por vários quarteirões, desfrutando da companhia um do outro e de rara beleza da noite.
Christopher parecia tão calmo e satisfeito que o inesperado som de um estouro quando passavam pela rua Franklin realmente o abalou. No momento em que parou de piscar, percebeu o que o barulho era e voltou-se para Dulce para fazer uma piada. As palavras em sua boca cessaram quando ele viu a palidez e rigidez em seu rosto.
— Dulce? — Ele perguntou abruptamente.
Ela não falou. Christopher viu que suas pupilas estavam dilatadas de medo enquanto olhava na direção do carro.
— Dulce! — Repetiu ele.
Ela saltou e deixou cair a sacola de compras que estava na mão direita. O lenço de seda que ela havia comprado para sua mãe caiu da sacola, criando uma barra vermelha ao longo da calçada coberta de neve.
— Foi o escapamento de um carro — disse Christopher, mais severamente do que pretendia, quando apertou o braço de Dulce. A expressão selvagem e abalada dela fez um alarme primitivo retumbar em seu cérebro. Ele disse seu nome novamente, desta vez com mais suavidade, com uma nota de súplica através de seu tom.
Ela olhou para ele em completo e absoluto desconhecimento.
Christopher deu uma olhada para ela e acenou para um táxi que passava. Ele inclinou-se e pegou sacola e conteúdo antes de guiar Dulce para o banco de trás.
No momento em que Christopher destrancou a porta do apartamento no Riverview Towers, Dulce havia quase se recuperado. Ainda assim ela não protestou quando Christopher guiou-a para a sala e empurrou-a para o sofá antes de ir até a cozinha e começar a mexer em seus armários.
— Obrigada — murmurou com a voz rouca, quando ele entregou-lhe um copo de uísque meio minuto mais tarde. Ela estremeceu. O licor queimou sua garganta como fogo, descongelando não só o frio profundo, mas também a dormência que havia se impregnado nela. Ela percebeu que o licor chacoalhava dentro do copo. Mortificou-a perceber que não conseguia parar de tremer, especialmente quando sentiu o olhar firme de Christopher sobre ela.
Ela colocou o copo abruptamente sobre mesa de café. Seus ouvidos zumbiam estranhamente no silêncio que se seguiu.
— Por que você não fala respeito — Christopher disse por fim, calmamente.
Dulce respirou fundo e olhou para o horizonte brilhante.
— Eu sinto muito — ela sussurrou.
Christopher se deslocou em direção a ela, no sofá.
— Sente muito pelo quê exatamente? Você está se desculpando pelo fato de um carro explodir na rua e lhe deixar em estado de choque? Porque certamente você sabe que não há razão para se desculpar por isso. — Seus dedos tocaram o queixo dela, inclinando seu rosto em direção a ele. — Ou você está se desculpando pelo fato de não confiar em mim o suficiente para me dizer o que a está machucando? É por isso que você está dizendo que sente muito, Dulce?
Os lábios dela se abriram. As palavras estavam presas na garganta, causando uma sensação de asfixia.
— Eu quero falar sobre isso — disse ela de forma entrecortada.
Os olhos de Christopher se estreitaram.
— Mas?
Ela amaldiçoou as lágrimas que rolaram por suas bochechas. Droga, por que elas escapavam de seu corpo tão facilmente e as palavras não?, Dulce pensou amargamente. Ela viu a mudança na expressão de Christopher ao ver suas lágrimas. Ela enxugou-os com o dorso da mão e levantou-se bruscamente. A última coisa que queria naquele momento era sua pena. Mas sua compaixão, sim.
Apesar de não haver nenhuma garantia sobre como seria sua reação, não é?
Ela sentiu-o aproximar-se, por trás, até onde ela estava, olhando pelas janelas com vista para a cidade.
— Eu sei que algo de ruim deve ter acontecido a você... Algo que a faz ter esses pesadelos... Algo que a deixa triste e amedrontada. Eu vejo isso em seus olhos.
Ela engoliu pesadamente. Sua voz soava tão amável e gentil. Ela queria tanto desabafar que chegava a doer em seu peito. Ter Christopher a abraçando, confortando – a amando tanto quanto ela o amava, apesar de tudo – parecia um sonho bonito, indescritível.
Se ela não se sentisse como se fosse perder cada grama de seu controle uma vez que ela começasse a falar. Se ela tivesse cem por cento de certeza de que ele não iria julgá-la.
Devia ter sido você, Dulce.
Um espasmo atravessou seu peito e garganta quando sentiu os dedos longos acariciarem seu pescoço, acalmando-a. Ela se perguntou se não estava ainda mais chocada do que Christopher aparentava estar, quando abruptamente se afastou dele.
— Eu... quero falar com você sobre isso, Christopher. Eu só não posso agora — disse rapidamente. Ela não estava olhando para ele, mas poderia facilmente imaginar seus traços severos repuxados de preocupação e frustração.
— Tudo bem — ela ouviu Christopher dizer depois de uma longa pausa. — Eu não vou pressioná-la sobre isso, querida.
Dulce apenas acenou com a cabeça. Ela parou no processo de pegar um dos suas sacolas de compras quando ele perguntou abruptamente:
— O que diabos você está fazendo?
Dulce mal conseguia um pouco de saliva para falar de tão embargada que estava pela emoção.
— Eu... Eu acho melhor ir.
Isso fez Christopher entrar em ação. Imediatamente estava ao lado dela.
— Não, Dulce. Você não deve ficar sozinha. Se não quer falar agora, tudo bem, mas...
Dulce apenas balançou a cabeça rapidamente evitando incisivamente o olhar de Christopher. Sua infelicidade ameaçava explodir a qualquer momento. O sentimento a assustava.
— Eu tenho que ir — ela murmurou. Quando sentiu a mão de Christopher em seu braço a contendo, ela empurrou-o com força, os dedos do pânico se fechado em torno de sua garganta.
No final ela deixou as sacolas de compras e seu casaco para trás e agarrou cegamente sua bolsa antes de fazer uma retirada precipitada do apartamento de Christopher.
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juh cunha e nessa vondy, muito obrigada pelos comentarios, serio mesmo. Isso me faz muito feliz.
Autor(a): Thaaaay
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 32
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vandira20 Postado em 18/03/2024 - 18:06:09
Ameiiii demais essa história ❤️
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stellabarcelos Postado em 21/09/2015 - 07:37:41
Fanfic maravilhosa, linda, incrível! Uma história de amor e dor! Amei! Parabéns!
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juhcunha Postado em 15/05/2015 - 20:20:20
ja acabou queria mais amei essa web ela e maravilhosa vc vai adaptar outros livros? se for posta os links aqui ta?!
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juhcunha Postado em 06/05/2015 - 23:36:17
posta mais
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juhcunha Postado em 23/04/2015 - 22:53:03
fique puta com ucker ele nao que escuta ela cara nao acredito que a dul vai aceita so sexo com ele eu madaria ele se fude cara mesmo se fosse que eu amo ta loca na aceitava uma merda dessa. Cara porque vc colocou a maite com a puta tinha que ser outra eu gosta da maite mais na web eu odiooooo!
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Anny Lemos Postado em 23/04/2015 - 16:59:32
Hey moça, tudo bom com você moça? Comigo ta moça. Moça gostei da capa da sua web, é do jeito das capas da WNV moça. Moça, continua logo viu moça. Ei moça, a senhora e lacradora em besha. Ei moça, a senhora troca divulgação? Moça tive um orgasmo só com o titulo da web viu moça. Moça a senhora deixe de safadeza, vou ali moça, gudy naite
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nessavondy Postado em 16/04/2015 - 13:00:42
Oieeee Affs dul nao vai falar pro Christopher nao? Ela tem que falar, pra eles voltarem E LOGOOOO CONTINUA
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dulamaucker95 Postado em 15/04/2015 - 17:41:45
Olá, acho que é a primeira vez que comento aqui, mas já tenho vindo a acompanhar essa fic desde o inicio. Bem, mas decidi comentar, porque está otima e acho que quem a posta deveria merecer reconhecer seu merito atraves de suas leitoras. (experiencia propria). Não sei qual é a dos pais de Dulce ao querer tomar as decisões dela e em insistir que ela deve estar junto a Stephen, mas ela já é uma mulherzinha e cara por o que to percebendo, ela sofreu muito, não só seu filho morreu como ainda teve que encarar a loucura de seu marido. Odeio a mãe de Dulce argh! Acho que Dulce devia contar tudo para Christopher, porque ela parece que gosta de sofrer, né porque assim ta dificil. Continua :)
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juhcunha Postado em 11/04/2015 - 23:34:56
Dulce corvade porque ela nao esplicou logo a cituaçao
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juhcunha Postado em 10/04/2015 - 23:09:56
a dul tem que contar a verdade paera o ucker logo