Fanfics Brasil - 12 Parte II Calor Perverso

Fanfic: Calor Perverso | Tema: Vondy


Capítulo: 12 Parte II

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Dulce deixou uma mensagem no correio de voz de Rosa Gonzalez e pulou para a próxima mensagem que Kendra havia dado a ela, era de Annie. A primeira coisa que ela havia feito, uma vez que os pedaços de papel estavam em suas mãos, foi verificar para ver se o nome de Christopher estava entre eles.
Não estava. Mas, novamente ela não esperava mesmo que estivesse. Não após tê-lo empurrado e depois corrido de seu apartamento na noite passada.
Ela passou a manhã em reuniões. E estava grata pela natureza das reuniões que não exigiram que ela participasse muito, já que se sentia tão exausta e apática depois de sua noite de insônia. Considerando a forma como se sentia, estava meio que torcendo para que Anne não atendesse o telefone quando Dulce retornou sua chamada. Mas ela atendeu, é claro.
— Ei! Estou feliz que tenha voltado tão cedo. Você está livre para o almoço? Adivinha com quem vai almoçar comigo no Walnut Roon? — Annie perguntou.
— Eu não sei, Annie. Estou muito ocupada...
— Bem, você tem que comer e é só atravessar a rua, pelo amor de Deus. Além disso, é feriado. Quando mais você poderia ter longos almoços que possivelmente incluíssem duas... ou mesmo três... taças de vinho? Além de que é praticamente uma ocasião familiar. Essa é a surpresa – vou me encontrar com Meg Sandoval! Ela me disse para ligar e convidá-la. É uma espécie de coisa de última hora por parte dela. Lembra-se de quando falamos, na última vez em que jantamos, sobre um dos meus alunos de pós-graduação que talvez fosse para o interior ensinar história da arte para as crianças superdotadas? Bem, a diretoria da escola acaba de aprovar o dinheiro para ele e parece que o Instituto vai aprovar mais do que apenas os fundos para pagar um estudante de pós-graduação. É bom para nós oferecer programas em áreas rurais. Além disso, é bom para o Instituto. Enfim, você pode ouvir mais sobre isso durante o almoço.
Os olhos de Dulce queimaram quando ela apertou-os com os dedos.
— Acho que não posso, Annie. Estou realmente atarefada. Mas, por favor, diga a Meg um olá. Diga a ela... — Dulce engoliu a seco. É claro que ela ainda iria para a fazenda de Christopher no Natal. Achar o contrário só por causa do que havia acontecido na noite passada era um pensamento desastroso de sua parte. Ela realmente precisava sair daquela melancolia generalizada. — Diga a ela o quanto estou ansiosa para vê-la, assim como, Tim e Ellen no Natal.
Annie a afagou, repreendeu e depois ficou devidamente preocupada quando aquilo não funcionou. Ela só desligou o telefone sem discutir quando Dulce a acalmou concordando em jantar com ela no The Art na noite anterior a sua ida com Christopher para a fazenda.
— Traga aquele lindo pedaço de cowboy dramaturgo com você, se puder — Annie encorajou maliciosamente. — Ah... É melhor eu ir ou vou me atrasar para encontrar Meg.


 


Christopher parou em frente à porta de Dulce quando chegou em casa às sete horas daquela noite. Ele parara de ir a cada apresentação do X Alias há várias semanas, embora ainda ficasse em seu escritório, nos bastidores, ou com algum membro da equipe técnica, pelo menos, três noites na semana.
O show fluía tão suave quanto uma cara peça de software numa unidade de hard drive. Os comentários continuaram a ser excelentes e seu grupo geralmente deixava a casa cheia. Já fazia muito tempo que estava obcecado com a peça em vez de curtir o espaço aberto de sua fazenda, então descobriu que as coisas estavam indo muito bem. Depois do Natal ele planejava retornar ao seu horário regular de ficar apenas duas ou três noites na cidade.
Pelo menos ele tinha a esperança de fazer isso, se pudesse convencer Dulce de passar boa parte de seus fins de semana com ele na fazenda.
Christopher não podia acreditar que apenas na noite passada estava se sentindo tão contente, como se nada pudesse interferir em seu mundo. A rapidez com que tudo havia desmoronado ao se virar e ver o rosto de Dulce...
Havia sido assim em todas as noites que ele a despertara de seus sonhos. Exceto na noite passada que em ela estava totalmente acordada e ele olhou para seus olhos arregalados... diretamente no coração de seu pesadelo.
Aquilo o fez se sentir como um merda por saber que, mesmo antes de eles se envolvessem, ela já sofria, mas ele fez questão de não enxergar. Porém, agora, que estava pronto para reconhecer tudo sobre Dulce, incluindo seu doloroso passado, ela o estava excluindo.
Ele não sabia o que diabos fazer com aquele fato. A única coisa que sabia era que estava cansado daquilo. Em algum momento, durante as últimas cinco semanas, ele decidiu que queria entrar. Não apenas no corpo de Dulce, mas em sua mente... em sua vida.
Ter visto Jenny na noite de abertura do X Alias lhe permitira finalizar um roteiro que estava em sua mente há muito tempo e que necessitava de um ato final. Ele pensou que havia conseguido isso ao se recusar a ver ou falar com Jenny, mas esse mecanismo de defesa havia servido apenas para torná-la maior e mais nítida em sua mente do que ela merecia.
A noite de abertura da X Alias havia lhe ensinado algo valioso: Dulce tinha tanto em comum com Jenny como uma borboleta tinha com uma víbora.
Seu rosto endureceu com o pensamento e ele bateu com força na porta de Dulcel. Sua pequena borboleta estava sendo atingida por alguns ventos turbulentos e Christopher estava determinado a extrair dela o motivo daquilo para que ele pudesse oferecer-lhe alguma proteção contra eles.
Ela respondeu quase que imediatamente. Seus olhos preocupados brilharam sobre ela. Ela ainda usava suas roupas de trabalho, uma saia preta reta e uma blusa de seda verde esmeralda. Seu olhar permaneceu por um momento em seu elegante pescoço entrelaçado com pérolas. Ele não conseguia entender como Dulce sempre conseguia transmitir uma sensação de beleza atemporal, clássica e ao mesmo tempo parecer tão indecente... tão absolutamente tangível. A despeito de como ela parecia linda naquele momento, ele notou a palidez em seu rosto. Seus lábios tremeram ligeiramente quando ela sorriu. Christopher acalmou o esmagador, e cada vez mais familiar, desejo de envolvê-la em seus braços e protegê-la. Do que, ele não poderia dizer com precisão.
Nem ela poderia, e aí estava o problema.
— Oi — ela cumprimentou-o com voz rouca, antes deixar a entrada da porta livre. — Entre.
Christopher não falou quando ela fechou a porta e conduziu-o até a sala de estar.
— Posso lhe oferecer algo para beber? — Ela perguntou alegremente quando ele se sentou no sofá.
Christopher fez uma careta.
— Eu não vim aqui para uma visita social, Dulce.
Ele chamou a si mesmo de miserável filho da puta quando viu seu sorriso desaparecer.
— Merda. Somente... venha aqui, querida — ele murmurou quando estendeu a mão para ela.
Ela se agarrou a ele imediatamente. Parecia tão bem embrulhada em seus braços. Ele apertou-lhe a cabeça debaixo de seu queixo e inalou o familiar perfume frutado de seu cabelo. Seus olhos se fecharam com força por alguns segundos, como se a estivesse absorvendo.
— Você está bem? — perguntou ele rispidamente quando finalmente a soltou e ela se endireitou o suficiente para olha-lo. Seus grandes olhos brilhavam com lágrimas e algo mais... algo que irradiava de dentro.
— Sim — ela sussurrou. — Estou tão feliz por você estar aqui. Eu sinto muito sobre ontem à noite.
Christopher estremeceu ligeiramente.
— Por que você continua se desculpando, Dulce? Apenas...
Ela levantou a mão.
— Eu sei — disse suavemente. — Só quero te dizer que fico nervosa às vezes. O problema, Christopher, é que nem tudo é simples para mim... ou fácil.
Sua cabeça caiu para frente quando ela inspirou como se buscasse coragem. Christopher sentiu um peso inexplicável imprensando seu peito e um aperto na garganta enquanto observava a luta dela com suas emoções. Ele agarrou sua mão e apertou-a como um encorajamento.
Uma batida na porta da frente ressoou pelo corredor.
Os olhos de Dulce se arregalaram de surpresa.
— Eu me pergunto quem seria — ela murmurou de onde estava. — Meg, talvez? Ela estava na cidade para almoçar com Annie... mas certamente o porteiro teria interfonado antes.
— Mãe — Christopher ouviu-a exclamar em surpresa um segundo depois.
— Eu tinha que vir, querida. Algo incrível aconteceu.
Christopher viu quando Dulce voltou para a sala de estar com Alexis Savinón em seus calcanhares.
— Ah... — Alexis começou quando o viu. Seu belo rosto endureceu. — Eu não sabia que você tinha companhia.
— Mãe esse é Christopher Uckermann. Chris eu gostaria que você conhecesse minha mãe, Alexis Savinon. Eu não tive a chance de lhes apresentar antes...


Dulce parecia trêmula. Algo indefinível passou pelo rosto de Alexis Savinon quando ela olhou para ele, algo que lembrou a Christopher uma nuvem bloqueando, rapidamente, a luz do Sol. Mas desapareceu em milésimos de segundos e sua gélida expressão impenetrável estava de volta.
— Sr. Uckermann — Alexis disse com um frio aceno de cabeça. — Eu preciso falar com a minha filha em particular.
— Mamãe... — Dulcel interrompeu, obviamente desconfortável com a dispensa brusca de sua mãe.
— Dulce está tudo bem — Christopher disse calmamente.
Ele cruzou os braços sobre o peito e calmamente encontrou o olhar de Alexis Savinon. Ele não queria deixar as coisas mais difíceis para Dulce, mas não se importou com a atitude de sua mãe megera, nem apreciou a forma como a sua presença fazia o rosto de Dulce ficar rígido de ansiedade. Ele não ia jogar Dulce para os tubarões tão facilmente desta vez.
— Sua mãe só não pegou as coisas ainda. Ela não percebe que o que precisa lhe dizer, pode ser dito na minha frente.
As sobrancelhas de Alexis levantaram-se ligeiramente em surpresa ao desafio. Seus brilhantes olhos castanhos se moveram sobre ele rapidamente, como se ela o estivesse medindo.
— Dulce, isso é verdade? — Alexis perguntou.
Christopher encolheu interiormente quando viu o rosto de Dulce. Parecia que ela havia sido alvejada. Até mesmo seus lábios estavam tingidos de branco. Ele abriu a boca para se desculpar por sua arrogância. Ele obviamente não estava ajudando Dulce.
— Se é verdade que você quer que esse homem ouça sobre o que aconteceu com Stephen, então eu vou respeitar os seus desejos — Alexis Savinon continuou.
— Quem é Stephen? — Christopher perguntou.
Alexis Savinon riu brevemente.
Christopher  olhou para a mulher que estava a poucos metros dele, como se não pudesse enfocá-la.
— Marido de Dulce — repetiu ele laconicamente. Ele olhou para Dulce, um sorriso de descrença começando a curvar seus lábios.
Seu sorriso morreu quando ele encontrou os olhos de Dulce.
— Eu ia... Eu ia te dizer... — ela sussurrou.
Ele sentiu como se não fosse conseguir ouvir muita coisa por causa do estranho barulho em seus ouvidos.
— Você ia me dizer o quê?
Ele viu sua garganta convulsionar e engolir com dificuldade.
— A respeito de Stephen — ela tentou continuar com a voz embargada.
— Ele está muito doente — Alexis afirmou categoricamente. — Foi por isso que vim aqui esta noite. Eu recebi um telefonema de Evergreen Park há uma hora atrás. Pegue suas coisas rapidamente, Dulce. — O sorriso brilhante de Alexis para a filha perfurou o torpor de choque de Christopher. — Não é nada menos que um milagre. Seu marido se recuperou, querida. E ele está pedindo para ver você.
Christopher ergueu ambas as mãos, antes de apontar para Alexis Savinon.
— Você pode ficar quieta por um segundo, por favor? — Ele se concentrou em Dulce. — Que diabos ela está falando? — Ele exigiu. Certamente Alexis Savinon era maluca ou algo assim. Dulce não poderia ser casada.
Ela teria dito a ele. Ele sabia que ela teria. Aquilo não era algo que você simplesmente se esquecia de mencionar quando estava em um relacionamento com alguém.
A menos que você estivesse propositalmente tentando manter segredo, claro...
Ele notou que Dulce parecia estar procurando por respostas em seu rosto, tão desesperadamente quanto ele buscava-as no dela.
— Você não pode ser casada — Christopher declarou numa voz áspera.
A expressão de Dulce cedeu. Sua postura murchou, também. Ela baixou o olhar. O gesto foi feito em silêncio, é claro, mas Christopher sentiu como se uma porta houvesse sido estrondosamente fechada em sua cara.
— Eu sou — disse ela, confusa. — Deixe-me pegar minha bolsa e casaco, mamãe, e estarei pronta para ir ver o Stephen.



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Autor(a): Thaaaay

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • vandira20 Postado em 18/03/2024 - 18:06:09

    Ameiiii demais essa história ❤️

  • stellabarcelos Postado em 21/09/2015 - 07:37:41

    Fanfic maravilhosa, linda, incrível! Uma história de amor e dor! Amei! Parabéns!

  • juhcunha Postado em 15/05/2015 - 20:20:20

    ja acabou queria mais amei essa web ela e maravilhosa vc vai adaptar outros livros? se for posta os links aqui ta?!

  • juhcunha Postado em 06/05/2015 - 23:36:17

    posta mais

  • juhcunha Postado em 23/04/2015 - 22:53:03

    fique puta com ucker ele nao que escuta ela cara nao acredito que a dul vai aceita so sexo com ele eu madaria ele se fude cara mesmo se fosse que eu amo ta loca na aceitava uma merda dessa. Cara porque vc colocou a maite com a puta tinha que ser outra eu gosta da maite mais na web eu odiooooo!

  • Anny Lemos Postado em 23/04/2015 - 16:59:32

    Hey moça, tudo bom com você moça? Comigo ta moça. Moça gostei da capa da sua web, é do jeito das capas da WNV moça. Moça, continua logo viu moça. Ei moça, a senhora e lacradora em besha. Ei moça, a senhora troca divulgação? Moça tive um orgasmo só com o titulo da web viu moça. Moça a senhora deixe de safadeza, vou ali moça, gudy naite

  • nessavondy Postado em 16/04/2015 - 13:00:42

    Oieeee Affs dul nao vai falar pro Christopher nao? Ela tem que falar, pra eles voltarem E LOGOOOO CONTINUA

  • dulamaucker95 Postado em 15/04/2015 - 17:41:45

    Olá, acho que é a primeira vez que comento aqui, mas já tenho vindo a acompanhar essa fic desde o inicio. Bem, mas decidi comentar, porque está otima e acho que quem a posta deveria merecer reconhecer seu merito atraves de suas leitoras. (experiencia propria). Não sei qual é a dos pais de Dulce ao querer tomar as decisões dela e em insistir que ela deve estar junto a Stephen, mas ela já é uma mulherzinha e cara por o que to percebendo, ela sofreu muito, não só seu filho morreu como ainda teve que encarar a loucura de seu marido. Odeio a mãe de Dulce argh! Acho que Dulce devia contar tudo para Christopher, porque ela parece que gosta de sofrer, né porque assim ta dificil. Continua :)

  • juhcunha Postado em 11/04/2015 - 23:34:56

    Dulce corvade porque ela nao esplicou logo a cituaçao

  • juhcunha Postado em 10/04/2015 - 23:09:56

    a dul tem que contar a verdade paera o ucker logo


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