Fanfics Brasil - 14 Calor Perverso

Fanfic: Calor Perverso | Tema: Vondy


Capítulo: 14

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Capitulo Quatorze 


 


Dulce olhou para cima de onde estava, ajoelhada no chão de seu escritório, quando ouviu a batida.
— Entre!
Ela sorriu quando viu seu chefe, Alistair McKenzie.
— Não arrume demais — disse ele com alarme falso quando olhou ao redor seu escritório, como se a tranquilizar-se de que todos os móveis grandes ainda estavam no local. — Você vai me faz pensar que nunca voltará de sua licença!
— Você não vai se livrar de mim assim tão fácil — disse ela enquanto fechava uma caixa que continha alguns materiais que ela coletou de seus arquivos para as aulas de verão que daria. Ainda a assombrava um pouco pensar que fora a cerca de 6 meses apenas que ela sentou-se naquele escritório e ouviu Annie mencionar a perspectiva de dar aula para alunos do ensino médio do interior. Na época Dulce não tinha a menor noção de que ela acabaria sendo a professora que o Instituto contrataria para o trabalho.
Mas isso foi só para mostrar o quanto as coisas podem mudar na metade de um ano.
Ela se levantou e acenou em convite para uma das cadeiras em frente à sua mesa. Ela sentou-se em sua própria cadeira e se inclinou para frente estudando seu chefe com intensidade.
— Eu espero que não tenha nada de errado com as pinturas Nakamura. Eu mesma olhei a embalagem e...
— Não, não, nada disso, Dulce — Mac disse fazendo um gesto de desprezo. — Elas estão embrulhadas e confortáveis como um bichinho, prontas para embarque, assim como o resto da exposição. Você realmente superou a si mesma nesse trabalho. Dulce sorriu, aquecida como de costume, pelo reconhecimento e brilho que via em seus olhos castanhos. Mac sempre fora favorável a ela, mas, nos seis anos que Dulce estava no museu, a conexão entre ambos havia crescido e sua relação se assemelhava mais a de pai e filha do que de empregado e empregador.


— Eu tenho que admitir que fiquei orgulhosa dele — admitiu Dulce quando se recostou na cadeira e exalou. — Eu só queria que Nakamura tivesse me permitido ter as pinturas por mais tempo... pelo menos até ao fim do Verão.
Mac encolheu os ombros elegantemente.
— Tivemos a sorte de tê-las durante todo esse tempo. Foi um show impressionante, Dulce. Todo mundo está comentando. Além disso, se a exposição passasse mais tempo, você não seria capaz de tirar sua licença, não é?
— Não, eu acho que não — Dulce concordou. Algo sobre a pausa que se seguiu disse a Dulce que Mac tinha algo a lhe dizer, mas estava tendo problemas para encontrar a abertura apropriada. Ela esperou enquanto ele se ajeitava na cadeira.
— Sabe, eu estava pensando, quando foi a última vez que você realmente lecionou? — perguntou ele.
— Eu não faço oficialmente desde que era estudante de pós-graduação, mas você sabe que dou palestras aqui no museu regularmente sobre a nossa coleção.
— Vai ser muito diferente para você ensinar alunos do ensino médio, não é?
Ela sorriu.
— Sim, mas estou me sentindo pronta para o desafio. — Ela fez uma pausa experimentando uma onda de gratidão quando reconheceu a verdade de suas palavras.
Sua alma pode ter levado metade de um ano procurando por uma resposta, mas Dulce estava, de fato, pronta para o desafio. E isso significava que o desafio era muito maior do que ensinar história da arte a um grupo de estudantes do ensino médio durante as férias de verão. Significava recuperar sua vida.
Significava ir atrás Christopher Uckermann ele gostasse ou não.
— Na verdade, Meg Sandoval diz que eles são um grupo muito talentoso, crianças dotadas — disse Mac a Dulce — Tenho certeza que não vai ser tão diferente de ensinar alunos de graduação de 19-20-anos.
Mac alisou a perna da calça distraidamente. Seu chefe sempre se vestia impecavelmente.
— Sim, acho que você está certo.
Dulce balançou a cabeça e riu.
— Mac, por que você não diz logo o que está em sua mente?
Seu olhar encontrou o dela abruptamente.
— Não consigo esconder nada de você, não é, Dulce? É que Kendra e eu estávamos preocupados com você no início do ano. Todas aquelas coisas com Stephen devem ter sido extremamente estressantes para você. E, é claro — seus olhos brilharam com cautela —, janeiro sempre foi difícil para você, por causa do aniversário da morte de Michael.
Dulce ficou tensa, mais por hábito do que por qualquer outra coisa. Quando ela percebeu que a menção da morte de seu filho não a acertou com o golpe doloroso e retumbante que era usual, ela exalou lentamente. Seu olhar pousou suavemente nas três fotos que ela sempre manteve em sua mesa – Michael no cobertor azul de malha que ele usava quando a enfermeira a levou pela primeira vez ao berçário, Michael sorrindo de orelha a orelha, segurando um dinossauro verde em seu terceiro aniversário e Michael com seu cabelo castanho claro cuidadosamente penteado e um muito sóbrio e doce sorriso parado na porta de entrada da casa em que moravam em Barrington, antes de seu primeiro dia na creche.
— Fazem três anos e meio agora que Matthew Manning atirou em Michael — disse ela calmamente. Imaginou que Mac deve ter ficado tão chocado quanto ela por ter mencionado não apenas seu filho, mas o nome de seu assassino em voz alta. — É difícil de acreditar que tanto tempo se passou. De muitas maneiras ainda sinto como se tivesse sido ontem. E, então, meu divórcio foi finalizado em fevereiro — acrescentou ela em voz baixa. — Bom, acho que você está preocupado com o fato de eu estar correndo para fora da cidade nesse verão, a fim de enterrar a cabeça na areia – ou em solo fértil, mais apropriadamente. Está se perguntando se tirar essa licença foi uma boa decisão ou se eu estou fugindo com medo.
Mac parecia a ponto de negar, mas levantou a mão em rendição.
— Sim. Suponho que é o que Kendra e eu estivemos pensando. Eu já aprovei sua licença, Dulce. E não vou mudar minha mente como seu chefe. Mas, como amigo, estou preocupado com a rudeza de sua decisão, a... natureza inesperada disso...
Dulce sentiu uma pontada de remorso quando reconheceu a sincera preocupação de Mac. Ele e Kendra obviamente haviam notado que ela estava extraordinariamente preocupada e tensa desde o Natal do ano passado. Eles assumiram que se relacionava à recuperação parcial de Stephen, à finalização de seu divórcio e ao aniversário do assassinato de Michael. E não estavam completamente errados em suas suposições.
Mas eles não sabiam que a razão principal de sua agitação emocional se relacionava ao homem que ela, tão recentemente, percebera que amava, e que havia desaparecido de sua vida. Nem sabiam que Dulce, imobilizada por uma névoa de incerteza e de culpa, havia acabado por deixar Christopher ir sem sequer uma palavra de protesto ou explicação.
Talvez ela merecesse o desprezo de Christopher naquele momento fatídico em que Alexis deixara escapar a verdade sobre seu casamento. Dulce não tinha certeza sobre isso. A única coisa que sabia com certeza era que ao longo dos últimos meses a névoa se dissipou. Levara três anos e meio para chegar até ali, mas ela chegou, mesmo que em estado de resignação.
Ela sabia que sofreria por Michael o resto de sua vida. A morte sem sentido de seu menino, sem mencionar o fato de que Dulce havia estado lá e testemunhado tudo, tinha deixado uma ferida irregular e profunda que fora extremamente difícil de curar. Dulce suspeitava que a cicatriz psíquica faria sua dor ser intermitente durante toda a sua vida. A subsequente perda de Stephen para a loucura só havia agravado seu pesar.
Mas o que aconteceu com Stephen em janeiro a ajudou a entender as maquinações de insanidade do marido... e com o entendimento veio a cura.
Ela considerou contar a Mac sobre sua jornada solitária, mas absteve-se. Por alguma razão, a primeira pessoa com quem ela queria falar sobre o que havia mantido trancado por tanto tempo era Christopher. Não que houvesse qualquer garantia de que ele fosse ouvi-la... mas ela tinha que tentar fazer isso, por ambos.
Ela se inclinou para frente, com os cotovelos sobre a mesa, e chamou a atenção de Mac.
— Eu quero que você escute com muita atenção. Mal posso esperar para ir ao interior e ensinar as crianças sobre a história da arte. Vai ser um desafio trabalhar com adolescentes, mas um desafio refrescante eu acho. E eu vou ficar hospedada na casa de Meg. E não posso te dizer o quanto estou ansiosa para respirar o ar puro, fazer longas caminhadas... olhar para o céu à noite e, na verdade, ser capaz de ver as estrelas.
Mac relaxou um pouco na cadeira quando viu o seu entusiasmo.
— Você está jogando tudo para o alto, não é? — Perguntou ele com uma risada.
Dulce suspirou.
— Você não tem ideia.
Mais uma vez, Mac hesitou.
— E... e sua decisão não tem nada a ver com... o que vai acontecer no final de junho?
Os olhos de Dulce cintilaram para Mac em surpresa.
— Como é que você sabe sobre isso, Mac?
— Eu li uma nota no Tribune falando que a execução de Manning havia sido remarcada.
Dulce expirou lentamente durante o silêncio que se seguiu.
— Já foi adiada duas vezes agora, desde que fizeram dele uma exceção para a moratória sobre as execuções em Illinois. As chances são de que não vá mais acontecer.
— Então, sua saída da cidade neste verão não tem nada a ver com isso?
— Não — Dulce disse abruptamente, sacudindo a cabeça. Mas mesmo respondendo com tanta segurança, ela se perguntou se alguma parte inconsciente de seu cérebro não a havia cutucado para planejar os eventos de forma que ela pudesse escapar do horror que nunca parecia sumir... Como se ela secretamente quisesse estar perto de Christopher no fatídico dia da execução Matthew Manning.
Ela estava tão nervosa e animada em ir para fazenda de Christopher na manhã seguinte que praticamente não tinha dormido durante toda a semana. Ela também estava com um medo estúpido de que Christopher ficasse furioso com Meg por conspirar com Dulce, a ponto de bani-la tão eficientemente quanto fizera com Jennifer Atwood quando descobriu sua traição.
Meg ainda não conhecia todos os detalhes do passado de Dulce, mas Dulce contou a ela sobre a morte de seu filho, não revelando exatamente como ele havia morrido. Ela também contou a Meg sobre a condição de Stephen, seu divórcio e como Christopher havia descoberto, de uma forma tão chocante, que Dulce ainda era casado durante seu relacionamento.
Meg havia sido extremamente gentil e simpática. Mas ela também foi honesta e, sem rodeios, contou a Dulce que toda vez que falou com o irmão sobre Dulce ele fora frio como o vento gélido do Inverno em Chicago. Christopher nunca havia proibido a Meg de falar sobre Dulce na frente dele. Mas Meg explicou a Dulce, apenas algumas semanas atrás, que tinha a impressão de que ele de se virou e se afastou todas as vezes em que Meg tentou conversar sobre o que havia acontecido entre ele e Dulce.



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Autor(a): Thaaaay

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Meninas muito obrigada pelos comentarios, vocês não tem ideia o quanto fico feliz e o quanto isso me anima. Pois, não quero parar com a web gosto bastante dessa historias e varias outra que tenho planos de adaptar também. Obrigado por estarem aqui. Espero que estejam gostando.    ______________________ Dulce se sentiu terrível s ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • vandira20 Postado em 18/03/2024 - 18:06:09

    Ameiiii demais essa história ❤️

  • stellabarcelos Postado em 21/09/2015 - 07:37:41

    Fanfic maravilhosa, linda, incrível! Uma história de amor e dor! Amei! Parabéns!

  • juhcunha Postado em 15/05/2015 - 20:20:20

    ja acabou queria mais amei essa web ela e maravilhosa vc vai adaptar outros livros? se for posta os links aqui ta?!

  • juhcunha Postado em 06/05/2015 - 23:36:17

    posta mais

  • juhcunha Postado em 23/04/2015 - 22:53:03

    fique puta com ucker ele nao que escuta ela cara nao acredito que a dul vai aceita so sexo com ele eu madaria ele se fude cara mesmo se fosse que eu amo ta loca na aceitava uma merda dessa. Cara porque vc colocou a maite com a puta tinha que ser outra eu gosta da maite mais na web eu odiooooo!

  • Anny Lemos Postado em 23/04/2015 - 16:59:32

    Hey moça, tudo bom com você moça? Comigo ta moça. Moça gostei da capa da sua web, é do jeito das capas da WNV moça. Moça, continua logo viu moça. Ei moça, a senhora e lacradora em besha. Ei moça, a senhora troca divulgação? Moça tive um orgasmo só com o titulo da web viu moça. Moça a senhora deixe de safadeza, vou ali moça, gudy naite

  • nessavondy Postado em 16/04/2015 - 13:00:42

    Oieeee Affs dul nao vai falar pro Christopher nao? Ela tem que falar, pra eles voltarem E LOGOOOO CONTINUA

  • dulamaucker95 Postado em 15/04/2015 - 17:41:45

    Olá, acho que é a primeira vez que comento aqui, mas já tenho vindo a acompanhar essa fic desde o inicio. Bem, mas decidi comentar, porque está otima e acho que quem a posta deveria merecer reconhecer seu merito atraves de suas leitoras. (experiencia propria). Não sei qual é a dos pais de Dulce ao querer tomar as decisões dela e em insistir que ela deve estar junto a Stephen, mas ela já é uma mulherzinha e cara por o que to percebendo, ela sofreu muito, não só seu filho morreu como ainda teve que encarar a loucura de seu marido. Odeio a mãe de Dulce argh! Acho que Dulce devia contar tudo para Christopher, porque ela parece que gosta de sofrer, né porque assim ta dificil. Continua :)

  • juhcunha Postado em 11/04/2015 - 23:34:56

    Dulce corvade porque ela nao esplicou logo a cituaçao

  • juhcunha Postado em 10/04/2015 - 23:09:56

    a dul tem que contar a verdade paera o ucker logo


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