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Sério. Hoje ela está mais linda do que nunca. Seu cabelo (que está de um vermelho vivo), sua pele clara e seus olhos castanhos claros estão combinando maravilhosamente com essa roupa. Como alguém pode ser tão bonita? E como alguém pode ser tão babaca, que não consegue parar de olhá-la?

Ai. Droga! O que foi isso?

Christopher, seca mais, é capaz dela não ter percebido ainda toda essa baba em cima da sua carteira. – A.H.

Rs. É sério cara, ta dando muito na cara!

O Alfonso tem razão, eu posso olhar, babar, mas nunca vai passar disso. Deixa-me tentar explicar. Dulce é popular, é linda e todos gostam dela. Eu sou o tipo menino normal, tem gente que diz que sou bonito e nem todos gostam de mim. Estamos em realidades diferentes.

Não é como se eu nunca tivesse falado com ela, já falei. Também não é como se ela não soubesse o meu nome, ela sabe. Mas também não é como se eu fosse amigo dela ou saísse com pessoas que ela anda. Isso dificulta um pouco a relação.

Eu já tentei me aproximar várias vezes, ela é sempre muito gentil comigo, mas eu empaco todas as vezes. Eu me odeio por isso.

Eu gosto dela desde o dia que ela me defendeu e desse dia em diante eu larguei os meus cards do Pokemon e comecei a dar valor ao que é realmente belo. Mas isso me fez conseguir algo? Não, claro que não.

Vou dizer pra vocês: não é nada fácil gostar de alguém como eu gosto dela. Pode parecer bobeira, mas é muito estranha a forma que me sinto nervoso quando tenho que trocar um simples "oi" com ela e o jeito em que eu coro quando ela me pergunta algo idiota, como, "que horas são?". Eu sei, é patético.

Na hora do intervalo, como sempre, eu vou com Poncho até o pátio aberto da escola e agente fica sentado no banco tomando coca-cola, enquanto conversamos com uns amigos.

- Então Christopher – começa Henrique, um amigo meu – Você vai pra festa de fim de ano?

- Vou – eu digo meio desanimado. Não gosto de ir pra festas em que a Dulce está, pois eu me sinto culpado de ficar com alguém, sendo que ela está por ali. Ridículo, mais é assim que em sinto.

- Ah cara – Alfonso dá um tapa na minha cabeça – eu sei o que se passa nessa cabeça e pode esquecer!

Eu dei de ombros.

- Sabe o que você podia fazer – Henrique se levanta e a gente o encara meio confusos – Você pode se declarar pra ela e tal!

- Ou simplesmente tasca-lhe um beijão nela – diz Alfonso achando aquela conversa idiota.

- É isso mesmo que vou fazer! – os dois me encaram surpresos.

- O que? – Alfonso se engasga com a coca-cola.

- Isso mesmo! – eu digo convicto – Eu, Christopher Uckermann, vou beijar Dulce Maria na festa de fim de ano!

Comentários:

Naquele tempo eu achara uma ótima idéia. Que babaca!

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