Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Ao ver quem entrava, Anahí se ruborizou, como se tivesse sido a ela a quem tivessem surpreendido falando naqueles termos. Rapidamente, a enfermeira saiu correndo da habitação com a cabeça encurvada.

Entretanto, ao contemplar ao homem que se aproximava lentamente aos pés de sua cama, esteve completamente de acordo com as palavras que tanto a tinham envergonhado. Não tinha visto em toda sua vida a um homem mais atraente.

Por muito que se esforçasse, não podia deixar de olhá-lo. As palavras da enfermeira não tinham sido um exagero. Alto, forte, com um rosto de orgulhosos maçãs do rosto, estreita boca e pronunciada mandíbula, aquele homem era a pura essência da masculinidade.

Ao olhá-lo nos olhos, que eram de um castanho esverdeado, não pôde evitar pensar que estava virtualmente nua sob aquela camisola de hospital.  Aqueles formosos olhos apareciam flanqueados por umas espessas pestanas.

Naquele momento, seu olhar parecia estar fixo na boca de Anahí. Quando seus olhares voltaram a cruzar-se depois de um segundo, ela recebeu de novo o impacto daquele intenso olhar e, sem poder evitá-lo, perguntou-se como se sentiria uma mulher ao sentir aqueles lábios tão masculinos sobre os seus...

—Como se encontra? —perguntou-lhe ele.

—Bem —sussurrou Anahí, aterrorizada de que ele se desse conta do efeito que estava tendo sobre ela, —mas tenho uma ligeira contusão cerebral.

—Sei— respondeu Alfonso Herrera, enquanto se aproximava do berço do pequeno Miguel.

Apesar de que tratou de fazê-lo com todas suas forças, Anahí não pôde afastar a atenção dele. Media mais de um metro oitenta, com um físico espetacular.

—Miguel parece estar perfeitamente bem.

—Sim... é um berço muito bonito e muito cômodo —murmurou Anahí.

—Não deveria ter estado na rua a essas horas com o Miguel —disse ele, levantando o olhar para fixá-la de novo sobre ela.

—Eu... sei.

Alfonso sentiu que a jovem se estava ruborizando tanto como se fosse uma colegial. Aquela falta de artifício lhe resultou muito emotiva. Aqueles enormes olhos azuis eram como janelas que revelavam a tensão que sentia. Tinha um cabelo surpreendente.

Naqueles momentos lhe caía em formosos cachos quase até a cintura e brilhava sob a escassa luz como se fosse bronze. Era tão magra que quase se fundia com a cama.

Notou como os arredondados seios se apertavam contra a camisola do hospital, a proeminência de seus mamilos, visíveis inclusive sob a barreira de algodão. Eram uns bonitos seios... Ao ter aqueles pensamentos, seu corpo o surpreendeu com uma repentina ereção.

Nem o cansaço nem as emoções da noite tinham conseguido suprimir seus instintos mais básicos.

—Vou ocupar me do Miguel... de verdade —prometeu Anahí, desesperada-se porque aquele homem tivesse melhor conceito dela. —Assim que sair daqui.

—Precisa descansar durante uns dias —respondeu Alfonso. — Amanhã, virá a vê-la uma mulher. Ninguém vai organizar nada contra sua vontade, mas acredito que estará de acordo comigo em que necessita ajuda de um profissional nestes momentos.

Anahí sentiu que os músculos do ventre lhe contraíam com uma forte sensação de alarme, que não passou desapercebida para Alfonso.

—Os dois estarão bem —lhe assegurou ele, enquanto se dirigia de novo para a porta.

Durante um momento, recordou aquele pensamento tão amalucado que tinha tido uns minutos antes de que Anahí caísse diante de sua limusine. Ela era, efetivamente, a primeira mulher com a que se encontrou depois de abandonar a Claúdia.

Menos mal que não estava o suficientemente louco para casar-se com uma completa desconhecida. Depois de tudo, por mais jovem que Anahí Puente fosse, era já uma mãe solteira.

Apesar de ser um homem que se orgulhava de sua aberta mentalidade, sua educação italiana, tão tradicional, tinha-lhe imbuído certos valores dos que não podia desprender-se facilmente.