Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

—Eu... vou encontrar um albergue para as pessoas sem lar.

—Eu não acredito! —espetou ele. —Onde está seu carrinho?

—Eu... não pude encontrá-lo...

Anahí estava tremendo.

Seu próprio conflito interior sobre o acertado de sua decisão se via intensificado pela desaprovação que emanava de Alfonso Herrera.

—Me dê o Miguel...

Estava tão aturdida e tão envergonhada que, instintivamente, obedeceu o que aquela voz tão autoritária lhe tinha ordenado.

Entretanto, um segundo depois, não pôde acreditar que tivesse sido capaz daquilo e se enfrentou a Alfonso Herrera.

—Devolva-me ele.

—Não até que aceite voltar para o hospital e espere para ver a assistente social, que só quer lhe ajudar. —lhe recordou Alfonso, reconhecendo perfeitamente a causa de tanto temor.

—Não posso fazê-lo!

Naquele momento, Alfonso viu o Ezio. Estava a poucos metros deles, observando-o completamente atônito.

—Deve te mostrar sensata —afirmou Alfonso.

Naquele momento, notou que o pequeno ficava completamente rígido e que lançava um grito ao notar a angústia de sua mãe. Miguel estava a ponto de explodir em choro. Em qualquer momento, uma histeria coletiva ia estalar entre mãe e filho.

—Por favor, devolva-me ele. —gritou a jovem. Um homem, que acaba de abrir a porta de seu carro, observava-os como se estivesse pensando se devia intervir. Alfonso decidiu tratar de acalmar à moça.

—Meu carro está muito perto. Falaremos disto tranqüilamente em privado.

Anahí estava completamente desconcertada, mas seguiu Alfonso.

Quando o chofer lhes abriu a porta da brilhante limusine chapeada, Alfonso entrou rapidamente para evitar uma cena em público. Anahí o seguiu e sentiu como a porta se fechava a suas costas.

Alfonso Herrera tinha a seu filho nos braços enquanto falava por telefone em seu idioma materno. Foi então, quando, assombrada, deu-se conta de que seu filho estava sorrindo. Ele, que nunca sorria a ninguém mais que a ela!

Aquilo a confundiu ainda mais. Sentia-se doente, enjoada e assustada.

—Por favor, devolva-me ele.

—Olhe, não tenho tempo para isto neste momento. Tenho uma reunião muito importante —lhe disse Alfonso, enquanto fazia alguns ajustes no assento que havia em frente do dele. Para surpresa do Anahí, apareceu um assento infantil completo.

—Senhor Herrera, eu...

—Pode ficar em minha casa durante uns dias até que se sinta mais forte —a interrompeu Alfonso. —Não está em condições de tomar decisão alguma nestes momentos. Darei-te tempo para que pense em sua situação.

—Sua casa? —perguntou Anahí, atônita pelo que acabava de escutar.

Naquele momento, Alfonso estava colocando o Miguel no assento. Depois de lhe ajustar todos os cinturões, voltou-se a recostar em seu assento com um ar de satisfação por sua própria eficácia.

—Em sua casa? —repetiu ela, incapaz de pensar em nada. Tinha dormido muito pouco, esperando a oportunidade de poder escapar do hospital.

—Por que não? —perguntou Alfonso, embora algo em seu interior lhe dizia que não era próprio dele reagir de um modo tão impulsivo.

Dava milhões para causas humanitárias. Por que tinha tido que implicar-se pessoalmente naquele assunto? Apesar de suas dúvidas, decidiu que sua intervenção era mais que necessária.

Sem ajuda, havia uma possibilidade real de que Anahí Puente terminasse vendendo seu corpo pelo preço da próxima comida. Tinha a palavra "vítima" escrita sobre a testa...