Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Jeff, com seu carro esportivo de segunda mão, um descarado sorriso e uma impressionante aura de sofisticação. Era um dos socorristas na piscina e sete anos mais velho que ela. Anahí havia se sentido muito emocionada quando lhe pediu um encontro e se sentiu completamente apaixonada por ele ao final da primeira semana, embora não tanto como para meter-se na cama com ele.

O lado sexual de uma relação nunca a tinha atraído muito. Sempre tinha preferido o romantismo, o agarrar-se pela mão... Bastava lhe escutar falar sobre seus planos de converter-se em instrutor em um ginásio de moda em Londres e admirava o fato de que tivesse uma meta e uma ambição.

—É muito moderno —lhe havia dito sua mãe, quando finalmente o conheceu.

—É um arrogante — tinha suspirado seu pai. —E é muito mais velho que você. Estaria melhor com um moço de sua idade.

Jeff a tinha deixado tiragem em um par de ocasiões e se foi com outras garotas. Cada vez que tinha retornado a ela, Anahí não tinha podido evitar perdoá-lo.

Então, Jeff conseguiu por fim o trabalho com o que tanto tinha sonhado.

Anahí, tratando de ocultar que aquela notícia lhe tinha quebrado o coração, foi com ele e seus amigos a celebrar a última noite juntos.

O álcool tinha desfilado diante dela. Jeff a tinha animado a beber e ela, por não ser menos, tinha obedecido. Jeff havia dito que ela era sua garota, que mandaria buscá-la quando tivesse um apartamento... Para lhe ouvir falar daquele modo, ver que Jeff a incluía em seus planos, Anahí se tinha sentido cheia de felicidade.

—Quero-te muito, Anahí —lhe havia dito. —Você é a garota com quem quero me casar, assim pode vir comigo a minha casa esta noite...

E o tinha feito.

Anahí tinha apertado os dentes na escuridão, tinha chorado diante tanta brutalidade, envergonhada e dolorida da experiência.

Tinha querido lhe agradar, tinha querido lhe demonstrar que não era a garotinha que ainda seguia atada aos ditados paternos mas sim era uma mulher adulta, capaz de amar a um homem e de ser amada. Tal e como tinha prometido, Jeff a tinha chamado por telefone enquanto a vida em Londres lhe tinha resultado estranha.

Lhe tinha enviado longas e carinhosas cartas, mas antes de que se desse conta estava grávida de quatro meses sem nem sequer dar-se conta de que tinha concebido um filho.

Durante a última chamada por telefone, lhe tinha suplicado que viesse a vê-la para poder lhe dar a notícia cara a cara. Entretanto, ele se tinha queixado do muito que custava a viagem e não havia tornado a chamá-la. Semanas depois, quando ela subia pelas paredes por seu silêncio, haviam-lhe devolvido a última carta com uma nota do carteiro em que a informava que aquele homem já não residia naquela direção.

Não havia tornado a ver o Jeff até que por fim tinha conseguido encontrá-lo, meses depois, em Londres.