Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Capítulo 3

—Anahí está fazendo o que? —bufou Alfonso, com incredulidade.

—Já quase terminou de esfregar o chão da cozinha, chefe — repetiu Ezio, a contra gosto. —Esteve limpando o pó, esfregando e tirando brilho às coisas todo o dia, mas além de tratar de impedir-lhe não houve nada que eu pudesse fazer. Tem muita resistência, mas está a ponto de desfalecer...

—O chão da cozinha —rugiu Alfonso, enquanto baixava pela porta que levava a porão e em que se situava a zona de serviços da casa.

Seu estado de ânimo não melhorou quando se chegou na porta e se encontrou na sala de caldeiras. Fazia muito tempo desde a última vez que tinha visitado a cozinha...

Quando finalmente a localizou, o primeiro que viu foi ao Miguel, em cima de uma poltrona completamente adormecido. A cabeça do pequeno, coberta de escuros cachos, descansava sobre o braço da poltrona. Tinha uma tacinha na mão e parecia um marinheiro bêbado em miniatura. Tinha as perninhas cobertas por... umas meias. E o que eram todos aqueles encaixes que tinha ao redor do pescoço?

"Dio mio", pensou. Miguel tinha posto um vestido de menina, realizado em lã e com o pescoço de encaixe. Este descobrimento deixou profundamente afetado ao Alfonso.

Girou para entrar na cozinha propriamente dita, que tinha mais de doze metros de profundidade. Então fixou seu assombrado olhar no traseiro feminino que rebolava de um lado a outro, Anahí estava de joelhos sobre o chão, com um balde ao lado, e estava esfregando o chão como se se tratasse de uma donzela vitoriana.

Entretanto, a visão daquela parte tão feminina fez que se detivesse uns segundos. Cada linha do tecido lhe rodeava deliciosamente às curvas... Sem prévio aviso, Alfonso sentiu um ataque de um poderoso desejo, apesar de que todos seus músculos se esticaram para opor resistência.

Quatro semanas sem sexo o tinham convertido em um animal, preparado para equilibrar-se sobre qualquer mulher. Apertou os punhos com força para concentrar-se e assim conseguir que seu membro viril voltasse para proporções mais adequadas.

—Te levante do chão! —gritou então, cheio de ira.

Anahí se deu a volta sobre os joelhos, completamente assustada. Ao fazê-lo, golpeou sem querer o balde e fez que este se derrubasse ruidosamente contra o chão.

—Olhe o que me fez fazer! —exclamou ela, completamente desolada.

—Como te atreve a vir aqui e começar a esfregar o chão de minha casa?

Muito lentamente, Anahí ficou de pé. Tinha posto um vestido muito grande para ela, com um amplo decote que lhe deixava um ombro ao descoberto.

Entretanto, o verde destacava de um modo incrível sobre sua delicada e clara pele.

—Sinto muito, acreditei que...

Naquele momento, Alfonso notou que a jovem se cambaleava e que seu rosto ficava, literalmente, de cor branca. Por cima da água que se derramou, aproximou-se dela e a tomou nos braços antes de que desmaiasse diante dele.

—Como pudeste ser tão tola? Acaso acha que convidei a minha casa para que exerça de empregada para mim?

—Só queria ser útil —sussurrou Anahí, enquanto aspirava o ligeiro aroma que emanava da jaqueta de Alfonso, que tinha tão perto do nariz.

Tê-la entre seus braços não era o mais adequado para que a crescente excitação de Alfonso remetesse. Sentia-se furioso consigo mesmo, com ela.