Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

—Vou levar te as compras e não quero escutar nenhum argumento em contra. Ver-te vestida como uma mendiga em minha casa me envergonha.

—Mas...

—Contratei uma babá para que se ocupe do Miguel. Pode dormir até agora porque ela já se está ocupando do pequeno. Estão os dois no jardim. Assim que você tenha tomado o café da manhã, quero que desça em seguida.

Alfonso pendurou o telefone sem lhe dar opção de falar.

Enquanto Anahí estava pendurando o telefone, completamente assombrada, alguém bateu na porta. Era o mordomo, que lhe levava o café da manhã que Alfonso lhe tinha prometido.

E tinha contratado uma babá para que se ocupasse do Miguel? Tornou-se louco? Além disso, não podia permitir que lhe comprasse roupa. Aquilo estava completamente descartado.

Entretanto, a fome a fez sucumbir à primeira tentação, a do café da manhã que lhe tinham subido sobre uma bandeja, que o mordomo lhe tinha colocado em cima da cama. Enquanto comia, tocou-se o lugar da base do crânio onde se golpeou. Ainda lhe doía um pouco, mas depois de uma noite de descanso se sentia muito melhor.

Assim que teve tomado o café da manhã, deu-se uma rápida ducha e vestiu sua calça jeans e sua camisa, já limpos. Além disso, acrescentou a seu traje um pulôver de homem que tinha encontrado entre as roupas que Ezio lhe tinha levado.

Depois de pentear-se vigorosamente, desceu correndo as escadas. Encontrou Alfonso, passeando impacientemente pelo vestíbulo. Só vendo-o, sentiu que o fôlego lhe gelava na garganta.

Ia vestido com um elegante traje cinza pérola, que destacava ainda mais sua atitude e sua pele bronzeada. Seu cabelo negro brilhava sob a luz que entrava pelas janelas e Anahí sentiu um irrefreável desejo de tocá-lo.

—Não posso deixar que me leve às compras —lhe disse, em troca, com um fio de voz.

Uma curiosa expressão esticou os traços de Alfonso. Sua forte mandíbula se esticou.

—Hoje necessito de uma distração. E você é essa distração. Estará me fazendo um favor.

Tão desconcertada ficou Anahí por aquelas palavras que estava já quase dentro da limusine antes de que recordasse que ainda não tinha visto seu filho.

—Só dois minutos, Alfonso —disse, pronunciando seu nome pela primeira vez, o que a fez ruborizar-se ligeiramente.

A babá era uma jovem muito agradável que até usava uniforme. Parecia o tipo de babá que se contrataria para cuidar de um príncipe. De fato, o pequeno Miguel sentado em um imponente carrinho, poderia ter aspirado a ser um a não ser por suas puídas roupinhas.

—Satisfeita? —perguntou-lhe Alfonso, enquanto Anahí entrava de novo na limusine. —Miguel parece estar muito contente... É... é que algo vai mau... que te faz necessitar uma distração? —murmurou ela, minutos depois.

—Tudo vai perfeitamente —replicou Alfonso, de perfil, deixando que ela admirasse suas longas e espessas pestanas. —Tudo vai como deveria ir —acrescentou, em um tom de voz tão duro que fez que Anahí ficasse gelada até a medula.

—Então, hoje não tem que trabalhar? —disse ela, tratando de fazer todo o possível para reparar o aparente dano que tinha causado.

—Não.

—E o que me levar às compras é só um capricho... algo que revistam fazer as pessoas ricas quando se aborrecem?

—Poderia se pensar isso —respondeu Alfonso, —mas também se poderia dizer que quero te mimar um pouco porque você não pede nada e não estou acostumado a isso em uma mulher.

—E eu não estou acostumada a que os homens me comprem coisas —afirmou Anahí, com uma repentina segurança em si mesmo. —Jeff estava acostumado a me pedir dinheiro emprestado constantemente. Sempre lhe acabava. E eu sempre paguei minhas coisas... bom, até recentemente.

—Jeff... É esse tipo o pai do Miguel? Parece uma jóia —disse ele, com desprezo, —Onde está?

—Não sei... nem quero saber —sussurrou Anahí, apesar de que um tremor a sacudiu da cabeça aos pés. —A última vez que o vi, bateu-me...

—Como disse? —perguntou Alfonso. Depois de voltar-se para olhá-la, agarrou-a pelo ombro.