Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

A seguinte parada foi uma boutique tão sofisticada, tão grande e com tanto estilo que, quanto mais entravam, mais tratava Anahí de esconder-se detrás Alfonso, envergonhada de seu humilde traje.

— Que papel você gostaria de representar aqui? O da filha de um milionário excêntrico? Um membro de uma casa real européia que viaja de incógnito?

—Acredito que prefiro ser eu mesma, embora eu gostaria que você te ocupasse de falar com a vendedora —sussurrou Anahí, ao ver que uma esbelta mulher se dirigia para eles.

—O único que preocupa a todas estas pessoas é a cor de meu dinheiro —murmurou Alfonso, não sem certo ar de amargura. — Quanto mais rico é, mais se humilham diante de ti estas pessoas.

—Eu não sei muito sobre isso, mas espero que não vás ser grosseiro —murmurou Anahí, muito preocupada. Inesperadamente, Alfonso se pôs-se a rir.

Enviou-a sozinha com a vendedora à seção de lingerie. Não prestou atenção aos abundantes conselhos da vendedora que tratava de lhe vender cem artigos de cada objeto, por não falar de coisas que Anahí nem sequer tinha sabido que existiam.

Ao final, decidiu-se simplesmente por vários jogos de sutiã e calcinhas. Decidiu que não necessitava de camisola, dado que tinha encontrado uma na bolsa que Ezio lhe tinha dado e que lhe servia muito bem. Não era nenhuma esbanjadora.

Sua consciência lhe advertiu que não estava bem que deixasse que Alfonso gastasse seu dinheiro nela. Entretanto, o estava fazendo sorrir e brincar. Só por isso, poderia deixar que lhe comprasse essas roupas se era aquilo o que ele queria.

—Esta é a parte que eu gosto mais —anunciou Alfonso, quando Anahí voltou a reunir-se com ele. Estava sentado sobre um banco, ao lado de um mini bar, em uma espaçosa sala que continha uma pequena passarela. —Gosta de um pouco de champanhe?

—O que é o que acontece agora? —quis saber Anahí enquanto subia com dificuldade a outro banco e aceitava a taça que ele lhe oferecia.

—As modelos mostram as criações. Nós escolhemos o que nós gostamos e então você lhe prova isso.

—Vejo que já tem feito isto antes —disse ela. Descobriu que não gostava da idéia de que tivesse feito aquilo mesmo com outras mulheres.

—Mas nunca sem que me peçam isso ou me enganem para que o faça —confessou Alfonso, tristemente.

—Se for isso o que sentia, simplesmente deveria haver dito que não —afirmou Anahí, assombrada de que certas mulheres pudessem chegar a tais extremos só por interesse. —Quer dizer, isto não foi minha idéia e não parece estar te divertindo muito mais que a mim assim por que não o deixamos já? Por favor...

—Eu não quero deixá-lo —replicou ele, lhe agarrando um cacho e enredando-lhe no dedo. —Quero ver que está linda...

—Não posso ser o que não sou... —sussurrou ela, muito confusa.

—Você pode ser o que quiser ser, cara...