Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Anahí o olhou nos olhos e sentiu que o coração começava a lhe pulsar a toda velocidade. A cautela que as últimas e duras lições que a vida lhe tinha ensinado lhe obrigou a ter os pés no chão. Sabia que os contos de fadas não existiam na vida real.

Entretanto, quando separou ligeiramente os lábios para tomar oxigênio, notou que Alfonso se aproximava dela e que lhe acariciava brandamente a boca com a ponta da língua.

Só durou um segundo, mas sentiu uma corrente elétrica que se abriu passo através dela e fez que seu corpo respondesse de um modo instantâneo, apaixonado. Aquela sensação lhe tinha produzido tanto prazer que pôs-se a tremer, e se teria caído ao chão se ele não a tivesse rodeado com um braço para evitá-lo.

—Te relaxe...

Anahí estava atônita. Talvez aquilo só tinha sido uma ligeira paquera para ele, mas lhe tinha provocado sensações que ela nunca tinha conhecido. Quis mostrar uma atitude tão despreocupada como ele, mas lhe resultou impossível.

O que ele queria dela? Não seria o evidente, não é verdade? Não seria que queria uma amante de baixo pressuposto? O que tinham eles em comum?

—Sinto muito, não pude resistir —admitiu Alfonso, em voz baixa.

—Aposto-me algo a que pode resistir a meus encantos perfeitamente —espetou ela. —Não brinque comigo!

—Então, deixa de me dar luz verde —replicou ele, deixando Anahí tão desconcertada que a jovem se sentiu aliviada quando uma mulher se aproximou do estrado.

As cortinas se abriram e saiu a primeira modelo. Do primeiro momento, Anahí ficou atônita. Nunca antes tinha visto um desfile de modelos e a desconcertava que tudo aquilo se preparou exclusivamente para eles dois.

As descrições que a mulher ia fazendo dos trajes não significavam nada para ela, mas todos os desenhos lhe pareceram maravilhosos. Entretanto, não se podia imaginar vestida com objetos daquele calibre.

—Gostou? —perguntou-lhe Alfonso, quando as cortinas se fecharam por fim.

—Sim... obrigada.

—Irá agora a te provar a seleção que tenho feito para ti?

—Por que? Eu nunca me vou pôr esses objetos em toda minha vida —protestou Anahí. —Sou muito mais humilde que tudo isso e me alegro de ser. Onde diabos eu ia pôr todos esses trajes e vestidos longos?

Sem prestar atenção ao que havia dito, Alfonso a ajudou a descer do banco e a enviou em direção para a mulher que tinha estado descrevendo os modelos e que a esperava com os braços abertos.

Levaram-na a um vestidor, onde Anahí se converteu no centro de atenção de uma várias vendedoras. Já a esperavam uma seleção de bolsas e sapatos. Fizeram-na vestir-se com gosto, para depois ela ter que desfilar pela passarela.

Ao princípio, mostrou-se muito tímida e se limitou a ficar imóvel enquanto Alfonso lhe dizia que se movesse.

Então, alguém pôs um pouco de música e Anahí encontrou o espírito próprio da ocasião. Começou a posar, a imitar às modelos. Cada vez que ele ria, exagerava mais seus movimentos. Anahí também se estava divertindo, mas seu maior prazer provinha de ver como Alfonso desfrutava.