Fanfic: Paixão Italiana *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Levou-a a um restaurante que parecia ser um dos mais exclusivos da cidade.

O maítre se aproximou rapidamente para saudar Alfonso, por isso Anahí deduziu que era um cliente habitual. Enquanto avançavam entre as mesas, a suave conversação desapareceu secamente, deixando uma sensação incômoda. Todas as cabeças pareciam estar pendentes deles.

—Por que me dá a sensação de que todos estão nos olhando?

—Estão olhando a ti —respondeu Alfonso.

—A mim? —replicou Anahí, atônita.

—Estão especulando qual a sua identidade. Está muito bonita com esse vestido...

Para ouvir aquelas palavras de apreciação, Anahí sentiu que o coração lhe pulsava ainda com mais força e sorriu. Não acreditava que ninguém tivesse o mínimo interesse por ela, mas aceitou o elogio.

Quando se tiveram sentado, ficou a estudar o menu que o maítre lhe tinha entregue. Apesar de que tudo parecia estar em inglês, não entendia nenhum dos termos que ali se mostravam.

Quando chegou o garçom, Anahí se sentia a beira do pânico. Ainda estava procurando freneticamente um prato que pudesse reconhecer.

—Eu te recomendaria o sorvete —murmurou Alfonso.

—Oh, sim... acredito que eu gostaria dele —disse Anahí, aliviada.

Alfonso estava conversando animadamente quando lhe colocaram em frente algo que parecia um pudim em uma taça muito alta. Tratou de não parecer surpreendida e não lhe prestou atenção.

Entretanto, não conseguia saber qual dos talheres devia utilizar. Enquanto isso, Alfonso se estava tomando tranqüilamente uma sopa.

—Na realidade, não tenho muita fome —disse, quando o sorvete começou a perder sua consistência, apesar de que se sentia verdadeiramente faminta.

Quando chegou a hora de escolher o seguinte prato, decidiu mostrar-se mais segura de si mesma.

—Comerei uma salada —afirmou, embora em seguida lamentou havê-lo feito.

Aquilo parecia ser um prato especial e se produziu um grande revôo para decidir o tipo de salada que queria comer. Anahí morria por dizer que simplesmente lhe bastava com um pouco de alface.

Soube que tinha utilizado os talheres equivocados para comer a salada porque, quando os agarrou, o garçom se inclinou sobre ela para retirar-lhe. Entretanto, decidiu pretender que não se deu conta. Ao menos, pôde comer algo.

Quando chegou à sobremesa, sentiu-se muito mais tranquila. Não havia dúvida alguma de que chocolate quereria dizer chocolate. Aos poucos minutos, o garçom lhe levou o que tinha pedido.

Era um pouco parecido a um tecido de aranha, que cobria uma espécie de concha que continha algo que não era capaz de tomar, e um montão de folhas e bagos que adornavam o prato. Estas últimas tinham sabor de veneno puro e lhe tiraram as vontades de provar o resto.

—Deveria comer mais —lhe disse Alfonso, sem tocar as folhas e os bagos que havia em seu prato e tomando diretamente uma porção de merengue com um garfo.

Um garfo? Anahí afastou o prato e decidiu que a fome era melhor que a vergonha pública.

Decidiu que, assim que todos se foram à cama, iria assaltar a geladeira que tinha visto na cozinha.